Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território misto, com o IBOV andando de lado (-0,1%), enquanto o ISE avançou 0,5%.
• No Brasil, (i) a Unipar levantou R$ 673 milhões com o BNDES para financiar a conclusão da modernização de sua planta de Cubatão – a maior parte dos recursos (R$ 400 milhões) veio do Fundo Clima, que tem R$ 10 bilhões do Governo Federal para emprestar para empresas investirem em projetos de descarbonização; e (ii) o Senado voltará a analisar nesta terça-feira (26) a proposta de marco legal das eólicas offshore, que, se aprovado na versão atual, deve impor um custo bilionário aos consumidores de energia elétrica do país, segundo dados da PSR, uma das consultorias mais respeitadas do setor – o PL 576/21 foi incluído na pauta da reunião da Comissão de Serviços de Infraestrutura marcada para hoje, com possibilidade de ser submetido a votação.
• No internacional, a equipe de transição de Donald Trump está elaborando um amplo pacote de energia, previsto para ser lançado poucos dias após sua posse, que prevê a aprovação de licenças de exportação para novos projetos de gás natural liquefeito (GNL) e aumentaria a exploração de petróleo na costa dos EUA – segundo especialistas, o plano mostra que a produção de petróleo e gás será um dos pilares fundamentais da plataforma de governo do novo presidente.
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Brasil
Empresas
Cadeia de suprimentos nuclear no Brasil está fragmentada, avalia Framatome
“A interrupção de projetos nucleares no Brasil, como a paralisação das obras a usina de Angra 3 em 2015, deixou a cadeia de suprimentos nacional em situação crítica, avalia o diretor-executivo da Framatome para América do Sul, Alexandre Honaiser. “A cadeia de suprimentos foi quebrada […] O governo brasileiro, por não ter uma continuidade de projetos, levou uma situação complicadíssima às várias empresas da cadeia produtiva”, disse o executivo, em entrevista à agência eixos. A Framatome é fornecedora de equipamentos e tecnologia para Angra 3, além de realizar serviços de manutenção e modernização nas usinas de Angra 1 e 2, todas operadas pela Eletronuclear. “Várias coisas foram interrompidas, o que freou o nosso planejamento”, diz o executivo. Até o momento, aproximadamente 86% dos equipamentos para Angra 3 já foram entregues, apurou a agência eixos, e seguem aguardando em galpões, enquanto segue o impasse sobre a continuidade das obras da terceira planta nuclear no Brasil. A decisão sobre retomada das obras está na pauta da próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), marcada para 4 de dezembro. Com 66% das obras prontas, o empreendimento na Costa Verde do Rio de Janeiro deve ficar pronto entre 2030 e 2031 caso o CNPE aprove sua conclusão. Hoje, estima-se que a Eletronuclear gaste R$ 100 milhões por ano para a preservação de mais de 11 mil equipamentos que estão nas instalações da usina. Além disso, a estatal suspendeu pagamentos a fornecedores, incluindo a Framatome, por falta de recursos em caixa.”
Fonte: Eixos; 25/11/2024
Unipar levanta R$ 673 milhões com o BNDES para modernizar Cubatão
“A Unipar levantou R$ 673 milhões com o BNDES para financiar a conclusão da modernização de sua planta de Cubatão, um investimento que vai gerar uma economia relevante de energia e aumentar o EBITDA da operação. A petroquímica captou os recursos com duas linhas do banco de fomento — ambas ligadas ao meio ambiente. A maior parte (R$ 400 milhões) veio do Fundo Clima, que tem R$ 10 bilhões do Governo Federal para emprestar para empresas investirem em projetos de descarbonização. Esse empréstimo tem prazo de 12 anos e saiu a uma taxa fixa de 7,5% ao ano (um desconto de mais de 3,5 pontos percentuais em relação ao CDI). Já o restante dos recursos virá do FINEM Meio Ambiente. Essa linha tem prazo de 20 anos e saiu a TLP + 1,1% — uma taxa mais próxima dos padrões de mercado. A captação vai melhorar o prazo e o custo médio da dívida da companhia. O prazo médio, que hoje é de 4,4 anos, vai subir para 6,5 anos, enquanto o custo médio vai cair de CDI + 1,5% para CDI + 0,65%. O CFO Alexandre Jerussalmy disse ao Brazil Journal que a Unipar conseguiu se habilitar para o financiamento do Fundo Clima porque a modernização da planta vai gerar uma redução de 70 mil toneladas de CO2 por ano — que virá principalmente da redução no consumo de energia, especialmente a gerada por vapor. “Temos três tecnologias para fazer a eletrólise para produzir cloro e soda: o mercúrio, o diafragma e a membrana,” disse o CFO. “O projeto de modernização é para unificar tudo numa única tecnologia, a membrana, que é a mais moderna e ‘ecoeficiente’ das três. Ela é o estado da arte em termos de tecnologia para eletrólise.””
Fonte: Brazil Journal; 25/11/2024
Política
Medida Provisória libera R$ 118,2 mi para gestão de desastres no Rio Grande do Sul
“O Congresso Nacional analisa a Medida Provisória (MP) 1.275/2024, que libera R$ 118,2 milhões para a gestão de desastres naturais e a recuperação de estruturas danificadas pelas cheias no Rio Grande do Sul. A matéria foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (25). A maior parte dos recursos vai para o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. São R$ 107 milhões, que devem ser aplicados na gestão de riscos e desastres. Entre as medidas previstas, está a realização de estudos, projetos e obras para a contenção ou o amortecimento de cheias, inundações e erosões. Outros R$ 7,4 milhões vão para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ligado ao Ministério do Planejamento. Parte dos dinheiro (R$ 4,9 milhões) deve ser aplicada na administração da unidade do IBGE no estado. O restante (R$ 2,4 milhões) vai para a realização de pesquisas e estudos estatísticos e geocientíficos. A MP 1.275/2024 também abre crédito extraordinário de R$ 3,7 milhões para a Defensoria Pública da União (DPU). Desse total, R$ 1,5 milhão é destinado à recuperação da unidade do órgão em Porto Alegre. Outros R$ 2,1 milhões vão para o atendimento extrajudicial de vítimas da calamidade no estado. As chuvas no Rio Grande do Sul mataram 183 pessoas e atingiram 478 municípios gaúchos. Houve inundações, quedas de barreiras e deslizamentos de terra. Mais de 442 mil moradores tiveram que deixar suas casas por conta das tempestades ocorridas entre abril e maio deste ano.”
Fonte: InfoMoney; 25/11/2024
Lira ameaça pautar PL da reciprocidade ambiental em retaliação a grupo Carrefour
“O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), afirmou nesta segunda-feira (25/11) que o projeto de lei 1406/2024, apresentado em abril deste ano com uma proposta de “reciprocidade ambiental” em acordos internacionais, poderá entrar na pauta de prioridades da semana, em retaliação ao grupo francês Carrefour. A reação ocorre depois que a multinacional decidiu interromper a importação de carnes provenientes de países do Mercosul. Com a ameaça de tirar o PL 1406/2024 da gaveta, Lira diz esperar que o CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, faça uma retratação pública e mude de ideia a respeito do fim da parceria comercial. A decisão do grupo francês atinge diretamente a JBS, Marfrig e Minerva Foods. As empresas brasileiras aderiram a boicote, estimulado pelo governo federal, contra a multinacional. “Não é possível que o CEO de um grupo importante como o Carrefour não se retrate de uma declaração de praticamente não contratar as proteínas animais advindas e oriundas da América do Sul. O Brasil, como Congresso Nacional, como os empresários e a população, tem que dar uma resposta clara”, afirmou Lira na manhã desta segunda (25/11). As declarações do presidente da Câmara ocorreram durante o evento CNC Global Voices, promovido pela Confederação Nacional do Comércio e outras entidades, em São Paulo. A ideia da proposição, de autoria do deputado Tião Medeiros (PP/PR) e outros 15 parlamentares, é proibir o governo brasileiro de propor ou assinar acordo internacional com cláusulas ambientais que restrinjam a exportação de produtos brasileiros, sem que os países signatários adotem medidas de proteção ambiental equivalentes.”
Fonte: Eixos; 25/11/2024
Em missão no Brasil, Bélgica quer impulsionar práticas sustentáveis na indústria
“Visando fortalecer laços econômicos e estabelecer parcerias para promover práticas sustentáveis no setor industrial, a Bélgica desembarcou no último semana no Brasil para uma missão especial. Até o dia 1º de dezembro, a “Missão econômica Belga” terá uma série de agendas em São Paulo e Rio de Janeiro e terá a presença da Princesa Astrid do país, além de uma delegação de mais de 400 empresários e representantes da academia. Entre os setores e negócios prioritários, estão tecnologias verdes e limpas, energias renováveis, economia circular e bioeconomia, infraestrutura e construção sustentável e agricultura de baixo carbono. Neste domingo (24), o primeiro compromisso foi uma visita à unidade da Rhodia em Paulínia (SP), gigante da indústria química do grupo belga Solvay e que está liderando ações de descarbonização no setor. Na ocasião, a companhia lançou dois novos projetos voltados a reduzir ainda mais seus impactos ambientais: um focado na reutilização de água em processos industriais e outro em parceria com a ComBio Energia, para a adoção de uma caldeira de biomassa — em substituição ao uso de combustíveis fósseis. Enquanto o primeiro recebeu um investimento de 1,5 milhão de euros e inicia sua operação em dezembro de 2024, o segundo bateu os 45 milhões de euros, informou a Rhodia. Com as iniciativas, a unidade fabril em Paulínia irá alcançar uma redução de 97% de gases de efeito estufa até 2027 e chegar mais perto do alcance da meta da Solvay de neutralidade de carbono até 2030 no Brasil.”
Fonte: Exame; 25/11/2024
MP prevê emendas parlamentares como fonte de financiamento de combate a incêndios florestais
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou nesta segunda-feira uma medida provisória que prevê emendas parlamentares como uma das fontes de financiamento do Fundo Nacional do Meio Ambiente. Antes o Fundo, que existe desde 1989 e é usado para diversas ações ambientais como combate a incêndios florestais por exemplo, contava apenas com recursos do Orçamento e doações de empresas ou pessoas físicas. De acordo com a MP, publicada na edição desta segunda-feira do “Diário Oficial da União”, os recursos financeiros do Fundo também poderão ser transferidos aos estados, municípios e ao Distrito Federal para conta específica sem necessidade de assinatura de convênio para financiar “projetos de prevenção, preparação e combate a incêndios florestais, inclusive de resposta à fauna atingida ou potencialmente atingida”. Para receber as verbas do Fundo, governos estaduais e prefeituras também terão que apresentar um requerimento e o Ministério do Meio Ambiente precisa declarar situação de emergência ambiental na região sob risco de incêndio florestal e ainda aprovar plano de operação de prevenção e combate às queimadas.”
Fonte: Valor Econômico; 25/11/2024
Senado analisa projeto de lei das eólicas offshore e ‘jabutis’ com custo bilionário aos consumidores
“O Senado voltará a analisar nesta terça-feira (26) a proposta de marco legal das eólicas offshore (geração de energia elétrica em plataformas marítimas) que, se aprovado na versão atual, vai impor um custo bilionário aos consumidores de energia elétrica do país. O projeto de lei 576/21 foi incluído na pauta da reunião da Comissão de Serviços de Infraestrutura marcada para amanhã (26), com possibilidade de ser submetido a votação. A movimentação no Congresso colocou integrantes do setor em alerta. Eles consideravam o debate sobre a nova legislação importante para o país, mas agora classificam como uma “pauta bomba” que se volta contra os consumidores de diferentes portes de consumo. A despesa bilionária foi estimada ainda no ano passado pela PSR, uma das consultorias mais respeitadas do setor. Em análise técnica, eles indicaram que os consumidores serão onerados em R$ 25 bilhões por ano até 2050, com alta de 11% na conta de luz. O cálculo da PSR considera o impacto dos chamados “jabutis” — emendas parlamentares que não têm relação direta com o texto original de projetos de lei. A versão atual foi aprovada no fim do ano passado pela Câmara. No Senado, o PL 576/21 (antigo PL 11.247/18) é relatado pelo senador Weverton de Sousa (PDT-MA). Integrantes do setor avaliam que existem grandes chances do texto atual ser aprovado na comissão e seguir para votação para apreciação no plenário na quarta-feira (27). As críticas aos jabutis inseridos no projeto partem de diferentes especialistas do setor ligados a entidades, consultorias e institutos independentes.”
Fonte: Valor Econômico; 25/11/2024
Equipe econômica sugere exclusão de ‘jabutis’ de PL das eólicas offshore
“Parecer técnico, assinado por técnicos do Ministério da Fazenda, reforça a preocupação com a eventual aprovação da proposta de marco legal das eólicas offshore (geração de eletricidade em plataformas marítimas) analisada no Senado e recomenda a retirada das emendas parlamentares com potencial de encarecer a conta de luz criando ou prorrogando benefícios a setores específicos do mercado de energia. A análise, elaborada pela Secretaria de Reformas Econômicas (SRE), começou a circular entre representantes do setor após movimentação de senadores para acelerar a aprovação do Projeto de Lei 576/21. A nota técnica foi assinada eletronicamente no início de julho. O projeto de lei voltou a tramitar nesta segunda-feira (25) ao entrar na pauta da reunião da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado, marcada para amanhã (26). Considera-se a possibilidade do texto ser aprovado por integrantes da comissão e seguir para votação final no plenário da Casa, na quarta-feira (27). No documento, técnicos da Fazenda ressaltam que a aprovação do texto “causa preocupação em relação à eficiência na concessão e na extensão de subsídios às fontes de energia incentivadas e na contratação de energia sem estudos de planejamento, com consequências sobre as tarifas de energia elétrica do consumidor”. O parecer, assinado pela secretária substituta Ana Maria Oliveira e outros técnicos do ministério, ressalta que os subsídios embutidos nas contas de luz dos brasileiros têm crescido de forma desproporcional nos últimos anos.”
Fonte: Valor Econômico; 25/11/2024
Internacional
Empresas
Air Liquide vai fornecer hidrogênio renovável para combustíveis sustentáveis da TotalEnergies
“A Air Liquide anunciou nesta segunda (25/11), mais um projeto de produção de hidrogênio renovável na França, desta vez em Fos-sur-Mer, Sudeste do país, com investimentos que podem chegar a € 150 milhões. O empreendimento, planejado para entrar em operação em 2028, vai ser instalado na biorrefinaria La Mède, da TotalEnergies, com capacidade de fornecer 25 mil toneladas por ano hidrogênio renovável para produção de combustível sustentável de aviação (SAF) e diesel verde pela petroleira francesa. “Quase dez anos após o anúncio de sua conversão, La Mède continua sua transformação e está se tornando um centro de produção de hidrogênio de baixo carbono, contribuindo assim para a ambição de descarbonização da região de Provence-Alpes-Côte-D’azur”, disse Vincent Stoquart, presidente de refino e produtos químicos da TotalEnergies. A iniciativa faz parte de contrato de longo prazo entre as duas empresas e se soma a outro projeto, na região da Normandia, em que a Air Liquide espera fornecer 10 mil toneladas de hidrogênio verde, via eletrólise, por ano, para a refinaria de Gonfreville da TotalEnergies. O hidrogênio renovável produzido em Fos-sur-Mer vai utilizar como matéria-prima subprodutos biogênicos reciclados da biorrefinaria da TotalEnergies, que pretende reduzir as emissões de CO₂ em cerca de 130 mil toneladas por ano com o projeto. “Continuamos nossa parceria com a TotalEnergies para atender à transição energética por meio da implementação de nossas soluções de descarbonização”, disse Emilie Mouren-Renouard, membro do Comitê Executivo da Air Liquide.”
Fonte: Eixos; 25/11/2024
“A Tesla gerou quase 34 milhões de toneladas métricas de créditos de gases de efeito estufa no ano-modelo de 2023 com a venda de veículos elétricos, já que o setor automotivo acumulou déficits de crédito significativos em face de padrões de emissões mais rigorosos. Em um relatório visto pela primeira vez pela Reuters, a Agência de Proteção Ambiental disse na segunda-feira que a economia de combustível de veículos novos aumentou em 1,1 milhas (1,8 km) por galão em 2023, atingindo um recorde de 27,1 mpg (43,6 kpg). A EPA disse que a economia de combustível em toda a frota está preliminarmente projetada para aumentar para 28 mpg (45,1 kpg) no ano modelo de 2024. O setor como um todo gerou quase 11 milhões de toneladas métricas, ou megagramas, de déficits de crédito de emissão de gases de efeito estufa, liderado pela General Motors, que registrou um déficit de 17,8 milhões de toneladas métricas. A GM comprou cerca de 44 milhões de créditos em 2023, segundo o relatório da EPA, enquanto a Tesla vendeu cerca de 34 milhões, a maior de todas as transações. Excluindo a Tesla, as montadoras geraram um déficit de 43,5 milhões de créditos em 2023. Em contrapartida, em 2022, o setor ganhou um total de 3 milhões de créditos, liderados pelos 19,1 milhões de créditos da Tesla. A EPA disse que o setor ainda tem um excedente total de 123 milhões de toneladas métricas de créditos para atender às exigências futuras. A GM também teve que abrir mão de outros 49 milhões de toneladas métricas de créditos como parte de um acordo em julho de uma investigação da EPA que encontrou excesso de emissões em aproximadamente 5,9 milhões de veículos da GM.”
Fonte: Reuters; 25/11/2024
Califórnia poderia deixar Tesla fora do programa de incentivos para VEs proposto
“A Tesla, de Elon Musk, pode ficar de fora dos descontos de impostos na Califórnia para veículos elétricos que estão sendo considerados pelo governador democrata do estado, Gavin Newsom. As propostas que Newsom revelou na segunda-feira fazem parte de um esforço mais amplo do governador para proteger a Califórnia de Donald Trump, o presidente eleito que ameaçou reverter os subsídios ecológicos e que, segundo se espera, eliminará o crédito fiscal federal para veículos elétricos após assumir o cargo em janeiro. Caso Trump cumpra sua promessa de acabar com o crédito fiscal federal – no valor de até US$ 7.500 para veículos comprados ou alugados – Newsom disse que a Califórnia, o estado mais populoso do país, com 39 milhões de habitantes, criaria seu próprio esquema. “Não estamos voltando atrás em um futuro de transporte limpo – vamos tornar mais acessível para as pessoas dirigirem veículos que não poluem”, acrescentou. O porta-voz de Newsom disse que as propostas incluiriam um elemento de “limite de mercado” que poderia excluir empresas maiores, como a Tesla, em uma tentativa de incentivar fabricantes de VEs menores e mais novos, embora os detalhes exatos estivessem sujeitos à negociação com a legislatura da Califórnia, disse ele. Musk respondeu aos relatos sobre a possível exclusão em sua plataforma de mídia social X, escrevendo: “Embora a Tesla seja a única empresa que fabrica seus veículos elétricos na Califórnia! Isso é loucura”.”
Fonte: Financial Times; 25/11/2024
Política
Trump prepara plano para impulsionar exportações de gás e perfuração de petróleo, dizem fontes
“A equipe de transição de Donald Trump está elaborando um amplo pacote de energia, para ser lançado poucos dias após sua posse, que aprovaria licenças de exportação para novos projetos de gás natural liquefeito (GNL) e aumentaria a perfuração de petróleo na costa dos EUA e em terras federais, de acordo com duas fontes familiarizadas com os planos. O “checklist” de energia reflete em grande parte as promessas feitas por Trump durante a campanha, mas o plano de divulgar a lista já no primeiro dia garante que a produção de petróleo e gás será classificada, ao lado da imigração, como um pilar da agenda inicial de Trump. Republicano, Trump também planeja revogar algumas das principais legislações e regulamentações climáticas de seu antecessor democrata, como créditos fiscais para veículos elétricos e novos padrões para usinas de energia limpa que visam eliminar gradualmente o carvão e o gás natural, disseram as fontes. Uma prioridade inicial seria suspender a pausa imposta por Joe Biden, em ano eleitoral, sobre novas licenças de exportação para GNL e agir rapidamente na aprovação de permissões pendentes, disseram fontes. Trump também buscaria acelerar a emissão de permissões de perfuração em terras federais e reabrir rapidamente os planos de perfuração de cinco anos na costa dos EUA para incluir mais vendas de arrendamento, disseram as fontes. Em um gesto simbólico, Trump buscaria aprovar o oleoduto Keystone, que era um ponto ambiental crítico e que foi interrompido depois que Biden cancelou uma licença importante em seu primeiro dia no cargo.”
Fonte: Reuters; 25/11/2024
“O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse na segunda-feira que não deve haver multas na União Europeia para as empresas automobilísticas que não cumprirem os limites de emissão de carbono. “O dinheiro deve permanecer nas empresas para a modernização de seu próprio setor, de sua própria empresa”, disse ele aos repórteres. Mais cedo, na segunda-feira, o ministro da Economia, Robert Habeck, disse que estava aberto a suspender temporariamente as multas previstas para o próximo ano se as montadoras pudessem compensar seus limites de CO2 excedendo suas metas em 2026 e 2027. “Sobre os limites da frota, minha posição é a seguinte: Estamos mantendo os limites da frota e estamos sendo pragmáticos em relação à transição”, disse Habeck após uma reunião com o ministro italiano da Indústria, Adolfo Urso, em Berlim. Ele disse que isso daria às empresas flexibilidade e um incentivo para fazer mais progressos na proteção climática sem forçá-las a pagar bilhões em multas. De acordo com as regulamentações da UE, as emissões médias de carros novos registrados em 2025 devem ser 15% menores do que em 2021, mas a queda nas vendas de veículos elétricos dificultou o cumprimento dessa meta. Hildegard Mueller, chefe do lobby das montadoras de automóveis da Alemanha (VDA), disse que havia uma lacuna entre as ambiciosas metas de regulamentação da frota de CO2 e o apoio político e os incentivos suficientes. Ela disse que a fraca demanda dos consumidores por veículos elétricos e os desafios econômicos estavam impedindo o progresso, apesar do investimento de 410 bilhões de euros (US$ 430,05 bilhões) do setor em pesquisas e transformações de fábricas até 2028.”
Fonte: Reuters; 25/11/2024
Divisões sobre a redução do lixo plástico persistem no início das negociações do tratado da ONU
“Enquanto delegados de 175 países se reuniam em Busan, na Coreia do Sul, na segunda-feira, para a quinta rodada de negociações com o objetivo de garantir um tratado internacional para reduzir a poluição plástica, divisões persistentes lançavam dúvidas sobre a possibilidade de um acordo final. A Coreia do Sul está sediando a quinta e ostensivamente final reunião do Comitê de Negociação Intergovernamental da ONU (INC-5) nesta semana, depois que a rodada anterior de negociações em Ottawa, em abril, terminou sem um caminho a seguir para limitar a produção de plástico. Em vez disso, as negociações se concentrarão nos produtos químicos de interesse e em outras medidas, depois que nações produtoras de petroquímicos, como a Arábia Saudita e a China, se opuseram fortemente aos esforços para atingir a produção de plásticos, em detrimento dos protestos dos países que sofrem o impacto da poluição plástica. As divisões que assolam as negociações do tratado sobre plásticos ecoam os conflitos que há muito tempo paralisam os esforços da ONU para conter o aquecimento global, sendo que a mais recente cúpula sobre o clima, a COP29, acabou de terminar com um acordo que as nações mais pobres consideraram inadequado. O presidente do INC, Luis Vayas Valdivieso, disse aos repórteres na segunda-feira que estava confiante de que as negociações desta semana produziriam um tratado ou um texto que levasse a um tratado. “Sem uma intervenção significativa, espera-se que a quantidade de plástico que entra no meio ambiente anualmente até 2040 quase dobre em relação a 2022”, disse Valdivieso na sessão de abertura em Busan na segunda-feira.”
Fonte: Reuters; 25/11/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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