XP Expert

Tesouro Nacional levanta US$ 2,25 bi com títulos verdes no mercado internacional | Café com ESG, 07/11

Noruega anuncia maior contribuição para o TFFF até o momento; Google fecha acordo de reflorestamento como principal fonte de crédito de remoção de carbono

Compartilhar:

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no X
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Compartilhar no LinkedIn
  • Compartilhar via E-mail
Banner Onde Investir em 2026 intratexto

Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território misto, com o IBOV avançando 0,03% e o ISE recuando 0,26%.

• No Brasil, o Tesouro Nacional acessou o mercado de dívida internacional pela quarta vez neste ano e captou US$ 2,25 bilhões com títulos de dívida em dólar, com a demanda pelos papéis chegando a US$ 6,7 bilhões, segundo o Tesouro Nacional – a operação consistiu na reabertura de um título que vence em 2035 (US$ 750 milhões) e na emissão de um novo papel, com vencimento em 2033 (US$ 1,5 bilhão).

• No internacional, (i) o Google concordou em financiar a restauração da Floresta Amazônica em seu maior acordo até agora para créditos de remoção de carbono, em um acordo que compensará 200 mil toneladas métricas de emissões de carbono; e (ii) o governo da Noruega anunciou que contribuirá com cerca de US$ 3 bilhões para o Tropical Forests Forever Facility (TFFF), fundo multilateral proposto para apoiar a conservação global de florestas ameaçadas – essa é a maior contribuição anunciada até o momento para o novo fundo.

Gostaria de receber os relatórios ESG por e-mailClique aqui.
Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!

Brasil

Engie adia investimentos em energia renovável e mira fusões e aquisições de hidrelétricas

“A Engie Brasil vai adiar investimentos em projetos novos de eólicas e solares, diante do cenário de sobreoferta de energia e dos cortes de geração (“curtailment”) que vêm afetando a rentabilidade do setor. Entretanto, a empresa francesa disse que tem interesse em fusões e aquisições de ativos hidrelétricos, mas reconhece que são escassos no mercado. A avaliação é do diretor de energias renováveis e armazenamento, Guilherme Ferrari, durante teleconferência com acionistas e investidores, nesta quinta-feira (6). “Com a sobreoferta de energia e com o curtailment impactando massivamente nos resultados, isso já é um fator que vai fazer com que a gente postergue um pouco nossas decisões de em ‘greenfield’”, afirmou Ferrari. O executivo explicou que o “curtailment” – quando o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reduz a geração de usinas por limitações na rede de transmissão ou excesso de oferta – se tornou ponto central na análise de viabilidade de novos empreendimentos. Segundo ele, a incerteza sobre o tema leva a empresa a adotar uma postura mais cautelosa até que haja maior clareza regulatória. A Engie aguarda, em especial, os desdobramentos da Medida Provisória 1.304, que prevê ajustes na governança do setor elétrico e pode influenciar diretamente o planejamento e a operação do sistema. “A estratégia é aguardar um pouco até ter uma visão clara do impacto da MP 1.304”, disse Ferrari.”

Fonte: Valor Econômico; 06/11/2025

Após prêmio, Re.green quer novas áreas de atuação

“Fundada em 2021 a partir da união entre cientistas e grandes investidores brasileiros, a empresa Re.green tem consolidado a atuação na restauração de áreas degradadas na Amazônia e na Mata Atlântica, com 37 mil hectares de terras em seu portfólio. Segundo o diretor-presidente da companhia, Thiago Picolo, o objetivo é transformar pastos em florestas nativas e gerar créditos de carbono de alta integridade – estratégia que já atraiu clientes como Microsoft, Nestlé e Vivo. Em operação desde 2022, o reconhecimento do trabalho veio neste ano com o Prêmio Earthshot na quarta-feira (5), criado pelo príncipe William, da coroa britânica, para impulsionar soluções inovadoras contra a crise climática. A Re.green venceu na categoria “Proteger e Restaurar a Natureza”, entre mais de 2,8 mil concorrentes. Com a vitória, a empresa vai receber 1 milhão de libras (cerca de R$ 7,3 milhões). Para Picolo, o prêmio representa não apenas um selo de credibilidade internacional, mas também uma inspiração para as equipes que trabalham em campo: “É um reconhecimento ao potencial do Brasil em liderar a restauração ecológica e mostrar que é possível unir impacto ambiental e geração de valor”, disse ao Valor.”

Fonte: Valor Econômico; 06/11/2025

BV e Powersafe fecham parceria inédita para financiar sistemas de energia e armazenagem

“O Banco BV e a Powersafe, fabricante brasileira de baterias e sistemas de energia, fecharam uma parceria inédita no mercado brasileiro para financiar projetos de armazenamento de energia voltados para residências, empresas, propriedades rurais e empreendimentos de diversos portes, informou a Powersafe nesta quinta-feira (6/11). A linha de crédito contempla tanto baterias de pequeno porte, estações portáteis de energia, chegando a sistemas de armazenamento de grande porte (BESS). Segundo a Powersafe, o financiamento vai permitir que consumidores reduzam custos com energia elétrica, aumentem a autonomia e segurança da operação, e contribuam para uma matriz energética mais limpa. “Estamos muito felizes em anunciar esta parceria com o Banco BV. Juntos, queremos acelerar o acesso a tecnologias que tornam o consumo de energia mais sustentável, inteligente e independente”, afirmou em nota o executivo de operações na área de renováveis da Powersafe, André Ribeiro.Os financiamentos poderão ser utilizados por residências e condomínios, que buscam independência energética e redução na conta de luz, e empresas e indústrias, que desejam mitigar riscos de interrupção no fornecimento e garantir estabilidade operacional. Com a parceria, a Powersafe se consolida como a primeira fabricante brasileira de sistemas de armazenamento a oferecer crédito estruturado em conjunto com uma instituição financeira.”

Fonte: Eixos; 06/11/2025

Tesouro confirma captação de US$ 2,25 bilhões com títulos sustentáveis

“O Tesouro Nacional acessou o mercado de dívida internacional pela quarta vez neste ano e captou US$ 2,25 bilhões com títulos de dívida em dólar. Ao longo do dia, a demanda pelos papéis rotulados como “ESG” chegou a US$ 6,7 bilhões, segundo o Tesouro Nacional. A operação, feita em meio à COP30, em Belém, consistiu na reabertura de um título que vence em 2035 e na emissão de um novo papel, com vencimento em 2033. Foram levantados US$ 750 milhões com a reabertura e US$ 1,5 bilhão com o novo bond. Com interesse do investidor estrangeiro, as taxas foram reduzidas. A do novo título, estimada inicialmente em cerca de 6%, ficou em 5,75%. A da reabertura, que seria em torno de 6,5%, chegou a 6,2%. Segundo executivos de bancos de investimento ouvidos pelo Valor, os spreads ficaram no menor nível das emissões soberanas em ao menos dois anos. O resultado pode incentivar emissões corporativas, disse um deles, lembrando que nos últimos meses o mercado foi tomado de preocupações por eventos de crédito envolvendo emissoras brasileiras. “A demanda elo Brasil, no entanto, segue forte”, afirmou. Segundo o Tesouro, o objetivo da oferta é “reafirmar o compromisso da República com políticas sustentáveis, convergindo com o crescente interesse de investidores não residentes”. A oferta também está alinhada ao objetivo de promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo, provendo referência para o setor corporativo, além de antecipar o financiamento de vencimentos em moeda estrangeira.”

Fonte: Valor Econômico; 06/11/2025

Internacional

O acordo do Google torna o reflorestamento da Amazônia sua principal fonte de créditos de remoção de carbono

“O Google concordou em financiar a restauração da Floresta Amazônica em seu maior acordo até agora para créditos de remoção de carbono, enquanto as gigantes da tecnologia buscam créditos de alta qualidade para compensar as emissões ligadas aos centros de dados que consomem muita energia. O Google e a startup brasileira de reflorestamento Mombak disseram à Reuters que o acordo compensará 200 mil toneladas métricas de emissões de carbono, quatro vezes o volume de um acordo piloto firmado em setembro de 2024 com a Mombak, único fornecedor de créditos de carbono florestais do Google. Ambas as empresas se recusaram a comentar o valor do acordo. O acordo destaca como as empresas de tecnologia estão buscando maneiras de suavizar os impactos climáticos de seus grandes investimentos em centros de dados voltados para inteligência artificial, impulsionando a demanda por compensações de carbono por meio da nascente indústria de reflorestamento do Brasil. No ano passado, a Alphabet, controladora do Google, comprometeu mais de US$ 100 milhões em diversas tecnologias de remoção de carbono, desde intemperismo de rochas e biochar até captura direta de ar e projetos de alteração da acidez de rios. Mas, quando chegou a hora de intensificar os esforços, foi difícil superar a eficiência do plantio de árvores.”

Fonte: Reuters; 06/11/2025

Primeiro-ministro de Portugal anuncia 1 milhão de euros ao TFFF

“O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, anunciou uma contribuição inicial de 1 milhão de euros ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês). Portugal é o primeiro país europeu a divulgar a quantia da contribuição. “Portugal é um país que está absolutamente comprometido com o objetivo desta COP, de promover mais implementação”, disse Montenegro a jornalistas no começo da tarde desta quinta-feira (6), em Belém (PA), durante a COP30. “Por um lado, está muito direcionado para a questão das alterações climáticas, a diminuição dos gases com efeito de estufa, mas também não quer deixar ninguém para trás, portanto apoia todos aqueles que estão em desenvolvimento. Montenegro participa da Cúpula de Líderes da COP30 que ocorre entre hoje e amanhã. Ainda na tarde desta quinta, participará do almoço promovido sobre o TFFF, uma das principais apostas do Brasil para financiar a preservação das florestas tropicais. A gestão Lula busca recursos públicos e privados para viabilizar o TFFF, que propõe um novo modelo de financiamento climático para preservação das florestas tropicais. Em setembro, Lula anunciou na Organização das Nações Unidas (ONU) o investimento, por parte do governo brasileiro, de US$ 1 bilhão no fundo.”

Fonte: Valor Econômico; 06/11/2025

Noruega investirá cerca de US$ 3 bilhões em fundo de conservação florestal

“Durante uma cúpula de líderes realizada em Belém, antes das negociações climáticas da ONU conhecidas como COP30, o governo da Noruega anunciou que contribuirá com cerca de US$ 3 bilhões para o Tropical Forests Forever Facility (TFFF), um fundo multilateral proposto para apoiar a conservação global de florestas ameaçadas. Essa doação, inicialmente divulgada pela Reuters, é a maior contribuição anunciada até agora para o novo fundo, idealizado pelo Brasil, país anfitrião da cúpula. A Noruega confirmou, em comunicado oficial, que destinará até 30 bilhões de coroas norueguesas (aproximadamente US$ 2,99 bilhões) até 2035 ao TFFF. O objetivo do fundo é utilizar contribuições governamentais para atrair investimentos privados em larga escala. Brasil e Indonésia já se comprometeram com US$ 1 bilhão cada para o fundo. O Ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, afirmou nesta semana que considera a meta de US$ 10 bilhões em recursos públicos para o primeiro ano do fundo como ambiciosa, mas viável. Os formuladores de políticas imaginam o TFFF como um fundo de US$ 125 bilhões, combinando contribuições soberanas e do setor privado, que seria gerido como um fundo patrimonial. Os países receberiam estipêndios anuais com base na quantidade de floresta tropical preservada.”

Fonte: Reuters; 06/11/2025

Líderes mundiais rebatem negacionismo climático dos EUA antes das negociações da COP30 no Brasil

“Líderes mundiais reunidos em uma cúpula climática no Brasil nesta quinta-feira lamentaram o consenso global fragmentado sobre ações climáticas, criticando o governo dos Estados Unidos por negar a crise climática, enquanto tentavam assegurar ao mundo que continuam comprometidos com a causa. O secretário-geral da ONU, António Guterres, atacou duramente os países por não conseguirem limitar o aquecimento global a 1,5°C, durante a cúpula que antecede a conferência climática COP30, realizada na cidade amazônica de Belém. “Muitas corporações estão lucrando com a devastação climática, gastando bilhões em lobby, enganando o público e obstruindo o progresso”, disse Guterres. “Muitos líderes continuam reféns desses interesses arraigados.” Segundo ele, os países gastam cerca de US$ 1 trilhão por ano em subsídios aos combustíveis fósseis. Guterres afirmou que os líderes têm duas opções claras: “Podemos escolher liderar — ou ser levados à ruína.” Estavam ausentes da cúpula os líderes de quatro das cinco maiores economias poluidoras do mundo — China, Estados Unidos, Índia e Rússia — embora a presidente da Comissão Europeia e o vice-premiê chinês tenham comparecido. O governo dos EUA optou por não enviar representantes. Em vez disso, autoridades americanas estavam na Grécia, ao lado da gigante dos combustíveis fósseis ExxonMobil, assinando um novo acordo de exploração de gás natural offshore.”

Fonte: Reuters; 06/11/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
.


Ainda não tem conta na XP? Clique aqui e abra a sua!

XP Expert

Avaliação

O quão foi útil este conteúdo pra você?


A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Cookies (gerencie suas preferências de cookies) e a nossa Política de Privacidade.