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Reunião com Bento Albuquerque, ex ministro de Minas e Energia

Principais destaques de uma conversa com o ex ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque

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Política energética do Brasil e demais destaques do setor, segundo o ex ministro

O time de Research ESG da XP realizou uma reunião com o Sr. Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia do Brasil, para discutir os desafios e oportunidades no setor de energia do país. As principais mensagens foram: (i) posição privilegiada do Brasil permite que o país faça escolhas quando o tema é energia; (ii) maior ceticismo em relação à eólica offshore e hidrogênio no país; (iii) perspectiva otimista sobre o papel da geração nuclear como energia de base; e (iv) visão de que a relevância e dependência de petróleo e gás seguirá alta no médio prazo, com foco em eficiência.


Vantagem competitiva no setor de energia

Posição privilegiada do Brasil permite que o país faça escolhas quando o tema é energia. Segundo o Sr. Albuquerque, as crescentes preocupações com a segurança energética global estão levando os países a buscarem a diversificação de suas fontes, tarefa esta que o Brasil está particularmente bem posicionado. Em sua visão, a abundância e diversidade de fontes energéticas do país, somado ao cenário de sobre oferta de energia, evidenciam que o caminho para a descarbonização é diferente entre os países, reforçando que as decisões de investimento e definições de políticas energéticas devem levar em conta as características e potencialidades de cada região.

Eólica offshore e hidrogênio

Maior ceticismo em relação à eólica offshore e hidrogénio no país. Defendendo um planejamento regional, o Sr. Albuquerque levantou questionamentos sobre a viabilidade econômica e a efetiva necessidade para a matriz energética brasileira de se investir em: (i) eólica offshore, reforçando os altos custos para desenvolver projetos, ao mesmo tempo em que acreditando que o caminho via subsídios não seria o ideal, o que ele considera desnecessário considerando o excesso de oferta no país atualmente; e (ii) hidrogênio de baixo carbono, notando que as ações das empresas ainda são incipientes, e quase 100% focadas em investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D).

Energia nuclear

Perspectiva otimista para o papel da geração nuclear como energia de base. De acordo com o Sr. Albuquerque, à medida que a capacidade de geração via fontes intermitentes aumenta, o papel da energia de base, particularmente a nuclear, torna-se mais importante. Segundo ele, o Brasil é extremamente competitivo na geração nuclear, sendo um dos três países (junto aos Estados Unidos e Rússia) que possui as características necessárias para destravar o potencial dessa fonte, incluindo: (i) grandes reservas de urânio; (ii) domínio da tecnologia de enriquecimento de urânio como combustível nuclear; e (iii) longa experiência na operação de reatores nucleares. Localmente, ele observou um interesse crescente de empresas privadas pelo setor nuclear, mercado atualmente restrito à empresa estatal Eletronuclear. Em relação à expectativa de novas medidas de flexibilização do papel do governo, ele mencionou a necessidade de atualização do marco legal e regulatório da energia nuclear, destacando que já existem discussões em curso no Congresso Nacional, e citou a Lei nº 14.514/2022 – que definiu como permitida a exploração de urânio por empresas privadas – como um potencial indicativo de avanços futuros. Por fim, o uso de micro reatores foi enfatizado como uma tendência crescente, capaz de substituir o alto custo e a complexidade de projetos do porte de Angra 3.

Óleo e gás

Relevância e dependência do petróleo e gás seguirá alta no médio prazo, com foco em eficiência. Refletindo sobre o papel dos setores altamente poluentes na transição energética, o Sr. Albuquerque reforçou que a dependência do petróleo e do gás deverá permanecer inalterada no médio prazo, com expectativas de que a demanda siga aumentando pelo menos até 2040, antes de reduzir gradualmente. Em relação às questões ambientais, ele destacou o foco do Brasil na eficiência energética, destacando: (i) a intensidade de carbono relativamente mais baixa do petróleo bruto nacional em comparação com os seus pares produtores; e (ii) o papel dos projetos de captura e armazenamento de carbono (CCS) no setor.

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