Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,6% e 0,1%, respectivamente.
• No Brasil, (i) a Eletrobras vendeu 992 toneladas de créditos de carbono para a compensação de gases de efeito estufa emitidos pela Brasilseg Companhia de Seguros – os créditos são provenientes pela usina hidrelétrica de Teles Pires, localizada na divisa entre os estados do Pará e do Mato Grosso; e (ii) a Renner apresentou ontem, pela primeira vez, o relatório de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade conforme as novas normas do International Sustainability Standards Board (ISSB), conhecidas como IFRS S1 e S2 – no longo prazo, o principal efeito negativo no fluxo de caixa seria o maior custo de matérias-primas sustentáveis para produção de roupas, o que representaria entre R$ 148 milhões e R$ 172 milhões adicionais em 10 anos.
• Ainda no país, a Neoenergia, por meio de sua subsidiária Neoenergia Renováveis, firmou um acordo com a Ambev envolvendo a venda de participações minoritárias (5,73%) em três sociedades de propósito específico, que integram o Complexo Eólico de Oitis – a operação inclui também um contrato de compra e venda de energia, com a Ambev prevista para receber cerca de 55 megawatt (MW) de energia produzida por geração eólica até 2033.
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Brasil
Empresas
Ambev (ABEV3) e Neoenergia (NEOE3) fecham parceria de autoprodução de energia eólica
“A Neoenergia (NEOE3), por meio de sua subsidiária Neoenergia Renováveis, firmou acordo com a Ambev (ABEV3) envolvendo a venda de participações minoritárias (5,73%) em três sociedades de propósito específico (Oitis 3, 5 e 7), que integram o Complexo Eólico de Oitis (PI e BA). A operação inclui também um contrato de compra e venda de energia (PPA), com o objetivo de viabilizar a autoprodução por equiparação de energia eólica. A Ambev receberá 55 megawatt (MW) médios até 2033. O negócio foi aprovado sem restrições pelo Cade, mas ainda depende do cumprimento de condições precedentes.”
Fonte: Eixos; 21/07/2025
Matéria-prima sustentável deve aumentar custos da Renner
“A varejista de moda Renner apresentou nesta segunda-feira (21), pela primeira vez, as suas estimativas (com cifrões) sobre o impacto dos riscos e oportunidades climáticas em suas operações e finanças. Em outras palavras: quanto a empresa tem a ganhar e a perder com as mudanças do clima. Este é o primeiro relatório de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade apresentado pela empresa conforme as novas normas do International Sustainability Standards Board (ISSB), conhecidas como IFRS S1 e S2. Ele mostrou que os efeitos financeiros derivados de eventos climáticos teriam um saldo positivo nas operações da varejista. Os principais riscos climáticos materiais identificados pela Renner foram ondas de calor, inundações, secas e incêndios florestais. O relatório apresentou quais os efeitos financeiros e as medidas de mitigação para cada um deles. No longo prazo, o maior efeito negativo no fluxo de caixa seria o maior custo de matérias-primas sustentáveis para produzir as roupas, o que representaria entre R$ 148 milhões e R$ 172 milhões adicionais em 10 anos. Inundações e ondas de calor podem ter efeito negativo entre R$ 88 milhões a R$ 99 milhões no mesmo período. As oportunidades, porém, são maiores: o uso de energia renovável e a venda de produtos mais sustentáveis têm o potencial de impacto positivo entre R$ 424 milhões e R$ 488 milhões no fluxo de caixa operacional (antes de imposto) – todos os valores foram trazidos a valor presente.”
Fonte: Capital Reset; 21/07/2025
Eletrobras e Banco do Brasil vendem créditos de carbono da hidrelétrica de Teles Pires
“A Eletrobras vendeu 992 toneladas de créditos de carbono para a compensação de gases de efeito estufa emitidos pela Brasilseg Companhia de Seguros. O Banco do Brasil intermediou a operação. Os créditos são provenientes pela usina hidrelétrica de Teles Pires, localizada na divisa entre os estados do Pará e do Mato Grosso. A hidrelétrica tem potência instalada de 1.820 megawatts (MW), o suficiente para abastecer 13,5 milhões de habitantes. A seguradora compensou quase duas mil toneladas de CO₂ equivalente, relativas às operações de 2024. Segundo o presidente da Eletrobras, Ivan Monteiro, o contrato representa a expansão dos canais de venda da companhia para todo o país, de forma capilarizada. “A parceria com o Banco do Brasil reforça nossa estratégia de atuação com centralidade no cliente final, ampliando o portfólio de produtos e soluções sustentáveis, muito além da simples oferta de contratos de energia”, afirmou em nota. O banco e a empresa de energia têm também uma parceria de ESG que envolve a comercialização no mercado livre de energia para os clientes do Banco do Brasil. “Com esta iniciativa, estamos não apenas expandindo nossos canais de venda, ampliando nosso escopo de negócios com mais esta modalidade de intermediação financeira, mas também reiteramos nosso compromisso com a redução de emissões e a promoção de práticas empresariais responsáveis”, disse, em nota, o vice-presidente de Negócios de Atacado do banco, Francisco Lassalvia.”
Fonte: Eixos; 21/07/2025
PIB da cadeia de soja e biodiesel deve crescer 11% em 2025, estima Cepea/Abiove
“Estimativas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) apontam um crescimento de 11% do PIB da cadeia de soja e biodiesel em 2025. Com isso, o setor deve responder por 21,7% das riquezas produzidas pelo agronegócio e 6,4% o PIB nacional. O avanço se deve à safra recorde no Brasil, que pode somar 169,7 milhões de toneladas, e ao aumento do processamento da oleaginosa. Segundo a Abiove, este cenário acompanha o aumento da mistura de biodiesel ao diesel em 2024 e a adoção do B15 (mistura de 15% de biodiesel ao diesel) a partir de agosto de 2025. Embora os preços da commodity tenham caído ao longo do primeiro trimestre de 2025, eles permaneceram acima do observado no mesmo período de 2024. Pesquisadores do Cepea/Abiove destacam que, diante da expansão produtiva e do avanço nos preços, a renda da cadeia da soja e do biodiesel deve aumentar após três anos de queda. A partir de informações levantadas até o primeiro trimestre de 2025, a pesquisa projeta que o PIB gerado por tonelada de soja produzida e processada poderá representar 4,4 vezes o PIB gerado pelo grão exportado diretamente. As exportações da cadeia de soja e biodiesel somaram 27,91 milhões de toneladas no primeiro trimestre deste ano, mas o valor exportado recuou.”
Fonte: Eixos; 21/07/2025
Projeto pioneiro de baterias da ISA Energia é ‘resposta ao desafio da transição energética’, diz CEO
“”O desafio da humanidade hoje é a partir da expansão de energias renováveis e intermitentes, garantir a mesma estabilidade e qualidade que temos com hidrelétricas e térmicas”, destacou em entrevista à EXAME Rui Chammas, diretor-presidente da ISA Energia. A companhia é responsável pela transmissão de 30% da energia do Brasil e 95% no estado de São Paulo e implementou o primeiro sistema de armazenamento de energia em baterias em larga escala do país. Há mais de dois anos em operação no litoral sul de São Paulo, o projeto está localizado na Subestação do município de Registro e representa uma resposta concreta ao grande desafio global da transição energética, destacou o CEO. Com um investimento de R$ 150 milhões, se torna um exemplo bem-sucedido em inovação ao conciliar sustentabilidade com eficiência energética. As baterias, geralmente compostas de lítio, são uma das tendências do ano e devem ganhar escala com o leilão previsto para acontecer neste segundo semestre. “Para nós, o maior ganho é justamente de, nesse pioneirismo, ser capaz de adquirir conhecimento e capacidade de operar melhor os sistemas de baterias”, disse Rui. Segundo o executivo, a solução se mostrou viável economicamente e já existem desenvolvedores para fazer baterias a base de sódio, um mineral muito mais abundante na natureza e presente na água do mar.”
Fonte: Exame; 21/07/2025
Política
Frente Parlamentar do Biodiesel vai apresentar PL para exigir depósitos de CBIOs
“O presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), deputado federal Alceu Moreira (MDB/RS), apresentará um projeto de lei para exigir o depósito judicial de valores da negociação de créditos de descarbonização (CBIOs) antes de liminares que suspendem as sanções previstas no programa RenovaBio. A proposta visa assegurar que as distribuidoras comprovem, por meio de depósito prévio, o cumprimento das obrigações ambientais. A Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) publicou nesta segunda-feira (21/7) a lista de distribuidoras inadimplentes com metas individuais de descarbonização, que estão bloqueadas do comércio de combustíveis. Nos últimos dias, mais de dez companhias conseguiram liminares contra a entrada em vigor do bloqueio. O presidente da FPBio criticou a postura dos agentes e disse que a Justiça reforçou uma brecha para adiar o cumprimento de metas. “Esse quadro consagra a ideia de que o crime compensa no Brasil. Empresas que contestam metodologias ou se valem de manobras processuais ganham tempo e vantagens competitivas desleais”, disse em nota. “Ao se escorarem em liminares e técnicas protelatórias, conseguem driblar a aplicação imediata de multas e restrições de mercado, enquanto empresas que cumprem suas obrigações são penalizadas injustamente”, acrescentou.”
Fonte: Eixos; 21/07/2025
Internacional
Empresas
China lidera investimentos globais em energia limpa com US$ 625 bilhões em 2024
“No dia 20 de julho, repórteres do Science and Technology Daily visitaram a área de exposição da Cadeia de Energia Limpa na 3ª Exposição Internacional da Cadeia de Suprimentos da China (Chain Expo). Eles observaram a exibição completa da indústria de energia limpa, desde o fornecimento até o consumo. O desenvolvimento verde e de baixo carbono tornou-se objetivo comum em toda a cadeia. Segundo Yu Jianlong, vice-presidente do Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional (CCPIT), a China é o maior mercado de energia limpa do mundo e tem papel central no desenvolvimento global do setor. Em 2024, o país investiu US$ 625 bilhões em energia limpa, um terço do total global, consolidando-se como estabilizador da cadeia mundial de fornecimento e produção. A unidade geradora hidrelétrica de um milhão de quilowatts da Usina Baihetan, no rio Jinsha, em Sichuan, produz 1 milhão de kWh por hora. O Pavilhão Inteligente Zero Carbono utiliza tecnologias de baixo carbono, como bomba de calor com fonte de ar, energia solar e climatização de baixo consumo, alcançando uma redução de carbono de 100%. Carros solares carregam diretamente com luz solar e têm autonomia de até 20 km. Dados da Administração Nacional de Energia indicam que, até o final de maio, a capacidade instalada total de energia eólica e solar superou a de termelétricas, chegando a 1,65 bilhão de kW.”
Fonte: Exame; 21/07/2025
Padrão de emissões “Net Zero” é interrompido com a saída da Shell
“A Shell e outras importantes empresa de energia abandonaram uma tentativa de seis anos de definir uma estratégia de emissões “líquidas zero” após serem informados de que tal padrão exigiria que eles parassem de desenvolver novos campos de petróleo e gás, segundo documentos vistos pelo Financial Times. A Shell, a norueguesa Aker BP e a canadense Enbridge deixaram o grupo de consultoria especializada do órgão corporativo global de definição de padrões climáticos, a iniciativa Science Based Targets (SBTi), desde o final do ano passado. Isso ocorreu após a circulação de minutas de normas, vistas pelo FT, que estipulavam que as empresas não deveriam desenvolver “novos campos de petróleo e gás” após apresentarem um plano climático à SBTi, ou até o final de 2027, o que ocorresse primeiro. As normas também indicavam que a produção de petróleo e gás deveria cair significativamente. O órgão agora “pausou” o trabalho no padrão para petróleo e gás, citando “considerações de capacidade”, mas negou que isso estivesse relacionado às saídas do setor, afirmando que não há “nenhuma base na realidade para essas alegações”. A SBTi também enfraqueceu a orientação separada para instituições financeiras, prevista para esta semana, sobre o término de acordos de financiamento ou seguro para empresas envolvidas em novas produções de petróleo e gás. O prazo para essa medida foi adiado para 2030, segundo pessoas familiarizadas com o assunto, que falaram ao FT.”
Fonte: Financial Times; 22/07/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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