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Raízen (RAIZ4) capta US$ 1 bi em emissão de título verde | Café com ESG, 13/09

Títulos soberanos devem ser emitidos anualmente no Brasil; Governo brasileiro pede que UE não implemente lei antidesmatamento

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,48% e 0,49%, respectivamente.

• No Brasil, (i) a Raízen captou US$ 1 bilhão em sua segunda emissão de títulos de dívida verdes no exterior – segundo a companhia, os recursos levantados serão utilizados para quitar dívidas e em propósitos corporativos gerais, com o compromisso de alocar o mesmo montante em projetos sustentáveis; e (ii) a Vale prevê que até 2030 cerca de 10% de sua produção de minério de ferro seja obtida por meio do reaproveitamento de rejeitos e estéril, segundo o vice-presidente executivo Técnico da mineradora, Rafael Bittar - para 2024, a empresa projeta recuperar cerca de 7 milhões de toneladas de minério de ferro a partir da criação de um programa de mineração circular.

• No internacional, os países-membros do G20 chegaram a um consenso inédito ao estabelecer os “Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia” – o documento foi acordado durante uma reunião do Grupo no Rio de Janeiro nesta semana, e marca a primeira vez que a bioeconomia ganha destaque em um acordo multilateral dedicado ao tema.

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Brasil

Empresas

Vale prevê que 10% de sua produção de minério de ferro em 2030 venha de rejeitos

"A Vale (VALE3) prevê que até 2030 cerca de 10% de sua produção de minério de ferro seja obtida por meio do reaproveitamento de rejeitos e estéril, em medida com potencial para reduzir materiais que sobram do processo de beneficiamento do minério, ainda acumulados em barragens. A previsão é do vice-presidente executivo Técnico da mineradora, Rafael Bittar, que falou à Reuters nos bastidores do congresso do setor de mineração Exposibram, em Belo Horizonte. Para 2024, a empresa projeta recuperar cerca de 7 milhões de toneladas de minério de ferro dessa forma, a partir da criação de um programa de mineração circular. Bittar não deu projeções em volumes de minério produzido a partir de rejeitos em 2030, mas eles devem ser crescentes nos próximos anos, considerando o esperado aumento da produção de minério de ferro. A empresa, uma das maiores produtoras de minério de ferro do mundo, revisou na véspera para cima sua projeção de produção da commodity em 2024 para até 330 milhões de toneladas. A partir de 2030, a companhia espera mais de 360 milhões de toneladas de produção. “Essa é uma realidade que virá muito forte, a gente se antecipou quando desenhou o programa”, disse Bittar. “Esse programa visa reaproveitar rejeitos que já estão nas nossas barragens, criando produtos a partir desses rejeitos.” As iniciativas para reduzir os volumes de rejeitos ganharam força após o colapso fatal de barragens em Mariana e Brumadinho, em 2015 e 2019. As estruturas de maior risco também receberam prazos para serem desconstruídas no Brasil. Agora, com o programa, fruto de investimentos em inovação, a Vale busca ampliar a extração de minério a partir de pilhas e barragens já existentes, otimizar o processamento mineral para reduzir a quantidade de rejeitos e estéreis gerados e desenvolver coprodutos, como areia e blocos para construção civil. "

Fonte: InfoMoney; 11/09/2024

Brasil já tem onze projetos de hidrogênio com estudos de conexão à rede elétrica

"O Brasil já conta com onze projetos de hidrogênio verde com pedidos para conexão à rede elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN), que juntos somam uma capacidade instalada de 45 GW até 2038. Destes, sete já tiveram portarias emitidas, reconhecendo a viabilidade de conexão com base no critério de mínimo custo global, enquanto os outros cinco continuam em fase de estudo. Esses projetos, ainda no estágio de análises de viabilidade, somam novos desafios ao setor elétrico e, por isso, foram incluídos no estudo de expansão da Rede Básica do SIN, programado para 2024 pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Segundo Thiago Barral, secretário de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME), o objetivo é garantir que o sistema de transmissão esteja preparado para integrar essa nova indústria intensiva em energia, em que cada projeto é da escala de gigawatts. Os empreendimentos com pedidos de conexão representam uma demanda inicial prevista de 0,9 GW já em 2026, crescendo até 45 GW em 2038. “O MME está recebendo a sinalização de demanda de infraestrutura de transmissão para conexão de plantas para produção e consumo de hidrogênio da escala de gigawatts”, diz o secretário. Ele também ressaltou a necessidade de compartilhar esses desafios com associações e agentes do setor, a fim de compreender as escolhas que precisam ser feitas nos estudos de planejamento da transmissão. Os projetos de hidrogênio em análise estão concentrados em poucas subestações, em especial no Nordeste, o que requer investimentos adicionais em tecnologias que garantam a flexibilidade e o controle do sistema elétrico, de acordo com a EPE."

Fonte: Eixos; 12/09/2024

Com biometano e H2 verde: novo plano de transição climática da Natura antecipa metas para 2030

"A fabricante de cosméticos Natura acaba de lançar um plano de transição climática que busca zerar as emissões próprias de carbono até 2030 na América Latina. A meta visa incentivar a indústria na jornada contra eventos climáticos extremos, como secas e queimadas no interior do Brasil e enchentes no Rio Grande do Sul. Buscando reduzir em 90% as emissões no escopo 1 e 2, referentes à própria operação da companhia e ao uso de energia elétrica, a Natura investirá R$ 35 milhões em melhorias nas fábricas e operações diretas em todo o continente. Angela Pinhati, diretora de sustentabilidade da Natura América Latina, conta que a iniciativa inclui a modernização de equipamentos para gerar menor impacto ambiental. Maquinários, como caldeiras, sistemas de refrigeração e ar-condicionado, além da frota de veículos, serão modernizados para que possam operar com combustíveis limpos, como biometano e hidrogênio verde. “A prioridade são as caldeiras, onde ainda temos muito impacto ambiental. As que são movidas por gás GLP, derivado do petróleo, serão substituídas por etanol ou insumos da biodiversidade”, explica. Entre os insumos, estão biomassa de madeira e casca de açaí. Na fábrica de Cajamar (SP), foi aprovado um projeto de instalação de caldeiras e frota movida a biometano, que pode ter um impacto ambiental até 96% menor em comparação ao uso de diesel, segundo estudo da Iveco. Fora do Brasil, onde a disponibilidade de fontes renováveis é escassa, outras opções são avaliadas de acordo com a infraestrutura local, como caldeiras elétricas. No escopo 2, que trata das emissões provenientes da energia elétrica, a empresa avalia negociações de compra de fontes limpas, uma vez que outros países da América Latina enfrentam dificuldades na instalação de uma matriz energética de baixo carbono."

Fonte: Exame; 12/09/2024

Raízen capta US$ 1 bilhão com bonds em oferta com forte demanda

"Pela segunda vez no ano, a Raízen voltou ao mercado de títulos de dívida no exterior e captou US$ 1 bilhão. O plano inicial era levantar US$ 750 milhões, mas a forte demanda – de mais de US$ 3,5 bilhões – permitiu à companhia elevar o montante com uma taxa menor que da operação mais recente. Em fevereiro, a Raízen levantou US$ 1,5 bilhão. Os títulos são rotulados como “verdes” e têm prazo de dez anos. Dessa forma, a Raízen vai usar o dinheiro para quitar dívidas e em propósitos corporativos gerais, com o compromisso de alocar o mesmo montante em projetos sustentáveis. A remuneração (yield) é equivalente ao rendimento dos Treasuries (títulos do Tesouro americano) com acréscimo de 2,18% ao ano, segundo fontes que acompanharam a operação. A estimativa inicial era de um spread de cerca de 2,5%. Na emissão de fevereiro, os bonds foram emitidos em duas séries. Uma delas, de US$ 1 bilhão, com vencimento em dez anos, teve spread de 2,2%. Na outra, de US$ 500 milhões, com prazo de 30 anos, o spread ficou em 2,65% ao ano. Antes da Raízen, Petrobras e Eletrobras captaram na semana passada US$ 1 bilhão e US$ 750 milhões, respectivamente, em duas ofertas marcadas também pela forte demanda. Na emissão da Eletrobras, a demanda foi quase quatro vezes maior que a oferta. A “janela” de captação de setembro deve ser uma das mais movimentadas do ano para companhias brasileiras, segundo bancos de investimento. Isso porque, além do nível atual das taxas, alguns nomes poderão antecipar ofertas para fugir da volatilidade comum em períodos eleitorais."

Fonte: Valor Econômico; 12/09/2024

Crise climática leva seguradora a repensar cálculo de riscos

"As mudanças climáticas, que têm aumentado a ocorrência e a gravidade de eventos como chuvas, ondas de calor e seca, começam a forçar uma transformação na maneira como as seguradoras gerenciam os riscos. A percepção é que esse talvez seja o “elefante na sala” com o qual eles devem aprender a lidar de forma urgente. O ajuste é necessário porque o cenário que parece ser o novo normal desafia o modelo de negócios do setor. “O que estamos observando são eventos que antes ocorriam uma vez a cada cem, 200 anos passarem a ser mais frequentes. Isso é um aumento de risco e, quando se aumenta o risco, o preço do seguro sobe. E assim as pessoas deixam de comprar seguros porque o preço subiu, mas justamente em um momento em que o seguro passa a ser ainda mais importante”, disse ao Valor o diretor-presidente do IRB(Re), Marcos Falcão. Nesse contexto, afirmou, o ressegurador terá de melhorar os modelos de avaliação e de precificação. “É um desafio, na verdade, para toda a indústria”. O IRB (Re) estruturou no início deste ano uma área com dedicação exclusiva à pesquisa e ao desenvolvimento que analisa a questão dos riscos climáticos. Uma das primeiras iniciativas foi um fórum realizado nesta semana no Rio de Janeiro que reuniu representantes dos setores público e privado, além de pesquisadores, para debater o que está acontecendo e traçar possíveis caminhos para lidar e mitigar os efeitos da mudança no clima. Se há pouco tempo o Brasil era visto como “sem problemas” do ponto de vista de eventos naturais extremos - diferentemente de outros países -, “agora eles aprenderam o caminho”, disse o presidente da BrasilSeg, Amauri Vasconcelos."

Fonte: Valor Econômico; 13/09/2024

Lula defende reforma de conselho da ONU e cobra esforço contra mudança climática

"Em um momento no qual o Brasil enfrenta os efeitos de uma uma forte onda de calor, com seca prolongada e queimadas em diversas regiões do país, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou uma mensagem, nesta quinta-feira (12), convocando as nações mais ricas a cooperarem com os países em desenvolvimento no combate às mudanças climáticas. Em vídeo divulgado pela Presidência da República, Lula faz um “chamado global” para a Cúpula do Futuro, que acontece nos dias 22 e 23 de setembro, em Nova York. O evento deve contar com a presença de 130 chefes de Estado de todo o mundo, às vésperas da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 24. Em sua mensagem, Lula voltou a defender uma ampla reforma no Conselho de Segurança da ONU – uma demanda antiga do governo brasileiro, que pede maior representatividade e diversidade nas instâncias decisórias globais. “É impossível explicar o que se passou nas últimas oito décadas sem aludir ao papel da ONU e das instituições de Bretton Woods. Ou sem recorrer a conceitos como descolonização, desarmamento, direitos humanos e desenvolvimento sustentável. No entanto, assim como acontece com qualquer criança que cresce e amadurece, as roupas que vestimos em 1945 já não nos cabem mais”, disse Lula. “Há mais de vinte anos temos falado sobre a reforma da governança global. Estamos correndo em círculos. Chegou a hora de agir”, prossegue o presidente. Segundo Lula, “o Brasil está dando novo impulso à reforma da governança global na sua presidência do G20 [grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana]”. “Mas esse debate também precisa ser travado na ONU, o fórum mais inclusivo de todos”, afirmou."

Fonte: InfoMoney; 12/09/2024

Gasolina terá mais etanol? O diesel vai mudar? Entenda o 'combustível do futuro' que vai à sanção de Lula

"O projeto do "combustível do futuro", que altera percentuais mínimos e máximos de mistura de etanol na gasolina e de biodiesel no óleo diesel foi aprovado pela Câmara nesta quarta-feira. E, agora, segue para sanção do presidente Lula. De acordo com o projeto aprovado, o percentual de mistura de etanol na gasolina deve ser de 27%. Mas o governo poderá reduzir para até 22% ou aumentar para até 35%. Atualmente, a mistura pode chegar a 27,5%, com um mínimo de 18% de etanol. Sobre a mistura do biodiesel no diesel, estabelecida em 14% desde março deste ano pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), o projeto estabelece que poderá ser acrescentado um ponto percentual de mistura anualmente a partir de março de 2025 até atingir 20% em março de 2030. A proposta ainda estabelece que o diesel verde poderá ter participação volumétrica mínima obrigatória nos combustíveis, sob definição do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), até 2037. O percentual, porém, não poderá exceder o limite de 3% ao ano. O diesel verde é produzido a partir de matérias-primas exclusivamente derivadas de biomassa renovável. O mesmo projeto também obriga as companhias aéreas a reduzirem emissões de gases de efeito estufa a partir de 2027, partindo de 1% até 10%, em 2037, por meio do Sustainable Aviation Fuel (SAF), o combustível sustentável de aviação. Uma emenda incluída durante a tramitação do projeto estendia de 12 para 30 meses o prazo para que minigeradores de energia solar possam concluir as instalações de painéis e obterem subsídios nas suas contas. São subsídios pagos pelos demais consumidores de todo o país, o que encarece a conta de energia."

Fonte: O Globo; 12/09/2024

Internacional

Em acordo inédito, G20 estabelece dez princípios para bioeconomia

"Após nove meses de debates, os países-membros do G20 chegaram a um consenso inédito ao estabelecer os “Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia”. O documento foi acordado durante uma reunião de técnicos no Rio de Janeiro, nesta quarta (11/9), dentro da Iniciativa do G20 sobre Bioeconomia (GIB, na sigla em inglês), e marca a primeira vez que a bioeconomia ganha destaque em um acordo multilateral dedicado ao tema. “Trata-se de uma conquista histórica para o Brasil e para o G20”, disse o Itamaraty em nota. A GIB foi criada pelo Brasil, que está na presidência rotativa do G20 este ano. O país busca uma taxonomia global da bioeconomia, o que poderia destravar investimentos na exploração sustentável da biodiversidade. Outro esforço brasileiro dentro da reunião de líderes mundiais é a criação de padrões de sustentabilidade que reconheçam o valor da biomassa e dos biocombustíveis. O país vai defender a contabilidade de emissão de carbono considerando todo o ciclo de vida dos combustíveis, do berço ao túmulo. Nas duas frentes, o país espera maior inserção dos biocombustíveis brasileiros na descarbonização global do transporte marítimo e aéreo. Segundo a nota divulgada ontem após a reunião, os 10 princípios acordados são voluntários e não vinculativos, servindo como referência para futuras discussões e ações sobre bioeconomia. Eles incluem compromissos com a equidade, inclusão social e promoção de igualdade de gênero, além da adaptação e mitigação das mudanças climáticas de acordo com os compromissos internacionais, como o Acordo de Paris."

Fonte: Eixos; 12/09/2024

Câmara dos EUA aprova projeto de lei voltado para a China que limitaria os créditos fiscais para VEs

"A Câmara dos Deputados dos EUA votou por pouco na quinta-feira para aprovar a legislação que restringe as regras que limitam o conteúdo chinês em veículos qualificados para créditos fiscais de veículos elétricos dos EUA.
A Câmara votou 217 votos a 192 para aprovar o projeto de lei, que não foi aceito pelo Senado, para restringir a definição de componentes chineses que tornam os veículos inelegíveis para os créditos fiscais de veículos elétricos dos EUA. A Aliança para Inovação Automotiva, que representa a General Motors, Toyota Motor, Volkswagen, Hyundai e outras montadoras, disse que o projeto de lei resultaria em menos veículos qualificados e significaria que regras agressivas sobre emissões de veículos e metas de EV precisariam ser revertidas. O CEO do grupo de montadoras, John Bozzella, disse que esses padrões foram baseados em parte na disponibilidade de créditos fiscais para veículos elétricos e que, se os incentivos forem eliminados, “a base industrial automotiva enfrentará um sério risco econômico e de segurança nacional da China, os EUA se tornarão menos competitivos e os consumidores serão afastados”. O projeto de lei, patrocinado pela deputada Carol Miller, tornaria mais rígida a definição da chamada “Entidade Estrangeira de Preocupação” que se aplica à China e a outros países. Ela disse que isso “garantiria que as empresas chinesas não pudessem mais se beneficiar dos créditos fiscais de veículos elétricos destinados aos fabricantes dos EUA”. As regras exigidas por uma lei de agosto de 2022 foram projetadas para afastar a cadeia de suprimentos de baterias de veículos elétricos dos EUA da China."

Fonte: Reuters; 12/09/2024

Na COP29, espere nova queda de braço sobre dinheiro

"O Novo Objetivo Coletivo Quantificado (NCQG) de financiamento climático parece um daqueles temas distantes, mas seu impacto é direto e prático no futuro do planeta. Seu foco é revisar o compromisso de US$ 100 bilhões anuais que as economias desenvolvidas assumiram para ajudar os países em desenvolvimento a enfrentar a crise climática. Esse valor, que expira em 2025, é uma gota no oceano quando comparado à necessidade real, que varia de US$ 1,1 trilhão a 5,9 trilhões anuais até 2030. Mas o debate não se resume a números. O descumprimento do compromisso existente e a ausência de clareza sobre o que conta como financiamento climático (e o que não conta) geraram desconfiança e cisão entre os países. Iniciado em 2022, esse processo de formulação do NCQG precisa ser concluído na COP29, que acontecerá em Baku, Azerbaijão, em novembro. O trabalho envolve uma série de diálogos técnicos de especialistas (TEDs, na sigla em inglês) e três reuniões do programa de trabalho ad hoc (AHWP) em 2024, destinadas a construir uma estrutura para o texto de negociação do NCQG. A rodada intermediária de negociações em Bonn, em junho, não trouxe avanços significativos. Em julho, em Baku, os chefes de delegação tentaram destravar o processo. Agora, a expectativa é por uma intensificação nas discussões técnicas e políticas. Em setembro, a 79ª Assembleia Geral da ONU, o Summit of the Future, a Taskforce Clima do G20 e a terceira reunião do AHWP e TED (entre 9 e 12) serão momentos cruciais para buscar consensos. Um dos grandes pontos de impasse é o valor do novo objetivo, também chamado de quantum."

Fonte: Capital Reset; 13/09/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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