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Quem estará por trás das políticas climáticas no governo Trump?

Veja aqui as principais nomeações e mudanças na política climática do governo Trump!

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Um olhar para as principais nomeações e potenciais mudanças na política climática

O Presidente Donald Trump tomou posse hoje, 20 de janeiro, em meio à expectativas de uma mudança de rota na política norte-americana, especialmente aquelas ligadas ao clima do seu antecessor. Embora sejam esperadas mudanças nas prioridades, é provável que o progresso em questões ESG varie em diferentes áreas sob a nova administração. Embora o foco possa tender para o estímulo a outros setores, exemplos anteriores de pragmatismo de Trump sugerem que avanços em agendas relacionadas ao clima continuam possíveis. No geral, este relatório visa: (i) apresentar os principais nomeados políticos com influência sobre a política climática e (ii) avaliar quais políticas da administração Biden devem sofrer alterações nos próximos quatro anos.

Um breve contexto. O presidente eleito, Donald Trump, assumiu hoje o cargo. Embora tenha prometido promover ações executivas logo no 1º dia, ainda restam dúvidas quanto à composição de seu gabinete e outras nomeações. Com relação à política climática, ele prometeu mudanças significativas. Em discurso de posse, por exemplo, o líder Republicano prometeu reverter o pacote climático de Joe Biden. Para aprovar oficialmente os indicados do presidente para cargos chave, o Senado vem realizando audiências de confirmação desde a semana passada – processo que visa garantir que os indicados não sejam apenas qualificados para suas funções, mas também capazes de servir em cargos públicos -, que devem ser concluídos até o final da semana. Para serem aprovados, basta uma maioria simples. Com os republicanos detendo 53 dos 100 assentos, a maioria (se não todos) os indicados devem ser aprovados.

Conhecendo o novo governo. À medida que o segundo mandato de Trump começa, olhar para a sua equipa pode revelar importantes sinalizações de prioridades políticas para os próximos quatro anos. Embora existam inúmeros cargos e nomeações, este relatório foca naqueles com potencial influência em políticas climáticas – veja as próximas páginas para obter informações sobre cada nomeado. No geral, várias das escolhas de Trump para agências chave manifestaram a sua intenção de reverter grande parte da plataforma de Biden. Entre nomes e funções relevantes, destacamos:

(i) Chris Wright para o Departamento de Energia;

(ii) Brooke Rollins para o Departamento de Agricultura;

(iii) Sean Duffy para o Departamento de Transportes;

(iv) Scott Bessent para o Tesouro;

(v) Lee Zeldin para a Agência de Proteção Ambiental;

(vi) Elon Musk¹, Eficiência Governamental; e

(vii) Paul Atkins para a Comissão de Valores Mobiliários (SEC).

Nossa visão em poucas palavras. Desde que venceu as eleições, Trump tem gradualmente preparado as bases para o seu 2° mandato. Prometendo reduzir a burocracia federal e encargos regulamentares em todos os setores, vários nomeados para o Gabinete reafirmaram o seu compromisso com a desregulamentação ambiental, alinhando-se com a agenda mais ampla de Trump. Mesmo sem uma política climática contundente (e uma crescente politização da agenda), ainda esperamos que o setor privado avance em estratégias climáticas, impulsionado por dois fatores principais: (i) os EUA possuem um setor privado independente e forte, capaz de avançar mesmo sem apoio do governo; e (ii) as oportunidades econômicas oriundas da transição energética são importantes demais para serem ignoradas, oferecendo às empresas a oportunidade de obter vantagens competitivas em uma economia global cada vez mais interligada.

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