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Política de biocombustíveis no Brasil e EUA; Coreia do Sul avança em nuclear e renováveis | Brunch com ESG

Nossa visão sobre as principais notícias da semana na agenda ESG

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Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. Governo brasileiro adia aumento obrigatório da mistura de biodiesel

Na mídia. Mistura do biodiesel é mantida em 14% – Eixos, 18 de fevereiro (link)

Nossa visão. Na terça-feira (18/02), o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) anunciou a decisão de adiar, até a próxima reunião (data ainda a ser definida), o aumento obrigatório da mistura de biodiesel no diesel de 14% (B14) para 15% (B15). O aumento era previsto para acontecer em março de 2025. De acordo com Alexandre Silveira, Ministro de Minas e Energia, a medida foi motivada pela preocupação do governo com a inflação de alimentos e o aumento dos preços dos combustíveis. O CNPE também determinou a criação de dois grupos de trabalho destinados a: (i) aumentar a fiscalização nos postos de combustível para garantir a conformidade com a mistura B14; e (ii) explorar o uso de matérias-primas alternativas para a produção de biodiesel, além da soja. Conforme destacado no relatório do time Agro da XP (acesse aqui), nosso cenário base agora assume que a mistura B15 será implementada em julho (possivelmente quando ocorrerá a próxima reunião do CNPE), o que deve reduzir o consumo de óleo de soja, que representou mais de 70% das matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel no Brasil em 2024 (de acordo com dados da ABIOVE). De modo geral, essa decisão ocorre menos de um ano após o presidente Lula sancionar o programa Combustível do Futuro (Lei nº 14.993/2024), levantando preocupações do mercado sobre sua eficácia e credibilidade.

#2. Grupos de petróleo e biocombustíveis dos EUA pressionam por aumento da mistura de combustíveis renováveis no mix nacional de combustíveis

Na mídia. Grupos de petróleo e biocombustíveis dos EUA se unem para pedir à EPA de Trump que aumente os mandatos de biocombustíveis – Reuters, 20 de fevereiro (link)

Nossa visão. Nesta semana, grupos de petróleo e biocombustíveis dos EUA uniram forças para pressionar o governo Trump a aumentar a mistura de combustíveis renováveis na matriz nacional a partir de 2026. Em nossa visão, essa contribuição reflete a oposição de ambos os setores aos mandatos dos veículos elétricos (VEs), especialmente frente ao interesse de expandir a participação dos biocombustíveis no transporte em relação aos carros totalmente elétricos. De forma geral, esse posicionamento conversa com as recentes mudanças de política implementadas pelo presidente Trump, incluindo a: (i) revogação da ordem executiva do ex-presidente Joe Biden que visava 50% de vendas de VEs até 2030; (ii) proposta de eliminação do crédito fiscal federal de US$ 7.500 para novas compras de VEs; e (iii) fim do financiamento federal para infraestrutura de carregamento de VEs.

#3.Coreia do Sul pretende aumentar a geração de energia renovável e nuclear até 2038

Na mídia. Coreia do Sul planeja dois novos reatores nucleares de grande porte e mais energia renovável em sua matriz energética – Reuters, 21 de fevereiro (link)

Nossa visão. Nesta semana, a Coreia do Sul, quarta maior economia da Ásia, atualizou seu plano nacional de energia para 2038, que inclui: (i) a construção de duas novas usinas nucleares de grande escala e um pequeno reator nuclear; (ii) um aumento de nova capacidade de energia renovável em mais de quatro vezes; e (iii) uma redução na geração de energia a carvão. Considerando a forte dependência da Coreia do Sul em relação às importações de combustíveis fósseis, vemos os esforços do país em direção à energia renovável como uma etapa fundamental para reduzir essa dependência, aumentar a segurança energética e, ao mesmo tempo, apoiar sua meta de alcançar a neutralidade de carbono até 2050.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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