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Petrobras vai produzir diesel 100% renovável e bioquerosene de aviação | Café com ESG, 02/01

Petrobras vai produzir diesel 100% renovável e bioquerosene de aviação; Governo federal aumenta imposto de importação sobre veículos elétricos e placas solares

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• Na última semana do ano, o Ibovespa subiu 1,08%. Já no pregão de quinta-feira, o mercado encerrou em território misto, com o IBOV andando de lado (0,0%), enquanto o ISE registrou queda de 0,16%.

• Do lado das empresas, (i) a Petrobras informou no último sábado que assinou um contrato para importar uma nova tecnologia para produzir diesel 100% renovável e bioquerosene de aviação (BioQav) na refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (SP) - a iniciativa é um dos destaques do Programa de BioRefino, parte importante do plano de descarbonização da companhia; e (ii) a Statkraft concluiu a compra de dois parques eólicos no Rio Grande do Norte construídos pela EDP Renováveis, totalizando agora ativos em sete Estados brasileiros - segundo o diretor-presidente da companhia, Fernando de Lapuerta, a companhia seguirá investindo na expansão do portfólio, buscando a geração de energia renovável por meio de projetos eólicos e solares.

• Na política, o governo federal aumentou ontem o imposto de importação incidente sobre veículos elétricos e placas solares - segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, os recursos derivados do aumento na tributação dos itens serão utilizados para custear parte do programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que visa conceder, em 2024, R$3,5 bilhões em créditos financeiros para que as empresas invistam em descarbonização.

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Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!

Brasil

Empresas

Índice de Transparência da Moda Brasil tem 60 varejistas; média geral cresce, mas avanço é lento

"2023 é marcado pelos desafios do clima, as negociações na COP28 para a diminuição das emissões de CO2, e a expressão “mudanças climáticas” entre as mais importantes do ano. Neste cenário, o setor da moda, o segundo mais poluente do mundo, é fundamental para uma mudança que considera a sustentabilidade. Assim, o Instituto Fashion Revolution Brasil mantém o compromisso de trabalhar para promover transformações e elencar no Índice de Transparência da Moda Brasil (ITMB) no qual as marcas do setor são apontadas ao acentuar ou mitigar os desafios socioambientais. Neste ano, 60 das principais marcas e varejistas do mercado brasileiro foram analisadas e classificadas a partir de dados divulgados publicamente sobre suas políticas, práticas e impactos. O ITMB foi elaborado pelo Fashion Revolution CIC e Instituto Fashion Revolution Brasil e contou com o apoio financeiro do Labora – Fundo de Apoio ao Trabalho Digno, do Fundo Brasil de Direitos Humanos e parceiros financiadores. A fim de abranger diferentes tópicos referentes à atuação das marcas, o ITMB conta com mais de 250 indicadores diferentes, em temas como direitos humanos e da natureza, igualdade de gênero e racial e descarbonização. Os indicadores estão distribuídos em cinco seções: políticas e compromissos; governança; rastreabilidade; conhecer, comunicar e resolver e tópicos em destaque.”

Fonte: Exame, 31/12/2023

Orizon amplia fornecimento de biometano para Copergás

"A Orizon VR assinou esta semana um aditivo ao contrato de fornecimento de biometano para a Companhia Pernambucana de Gás (Copergás). O acordo inicial fechado em fevereiro previa a venda de 60 mil m3/dia para a distribuidora pernambucana. Agora, o volume será de até 130 mil m3/dia. O aditivo prevê um volume adicional de 50 mil m3/dia de biometano e uma opção de fornecer mais 20 mil m3/dia a partir do segundo trimestre de 2025 por um prazo de 10 anos. O biometano será produzido no Ecoparque Jaboatão dos Guararapes, que ainda será construído. Os 130 mil m3/dia representam entre 85% e 90% da capacidade instalada de produção da planta dimensionada atualmente para essa localidade. A Orizon informou que os investimentos para a implantação da planta de Jaboatão dos Guararapes estão em andamento, já tendo sido contratada a primeira tranche dos equipamentos para purificação do biogás e produção do biometano a fim de atender o cronograma do contrato. O acordo também determina o compartilhamento dos resultados econômicos dos certificados de rastreabilidade entre a subsidiária Orizon Meio Ambiente e a Copergás para a totalidade do volume de biometano do contrato, além da cessão do contrato para a Orizon Biometano Jaboatão dos Guararapes Ltda.”

Fonte: Agencia epbr, 29/12/2023

Petrobras compra tecnologia para produzir bioquerosene de aviação e diesel renovável com óleo de soja e sebo bovino

"A Petrobras informou neste sábado (30) que assinou contrato para importar uma nova tecnologia para produzir diesel 100% renovável (HVO) e bioquerosene de aviação, o BioQav. A solução, chamada de HEFA (Ésteres Hidroprocessados ​​e Ácidos Graxos, em tradução livre), será fornecida à Petrobras pela Honeywell UOP, uma das licenciadoras do produto. Com a implantação, a Petrobras irá produzir HVO e BioQav na refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (SP), a partir de matéria prima renovável, como óleo de soja e sebo bovino. A partir da compra da HEFA, a Petrobras poderá processar 2.700 m³/d de carga com proporção de 70% de óleo de soja e 30% de sebo bovino produzindo BioQav e o diesel renovável. “A iniciativa é um dos destaques do nosso Programa de BioRefino, crucial para entregarmos produtos com menos emissões de gases de efeito estufa, em linha com as demandas da sociedade e com um mundo em transformação”, diz o diretor de processos industriais e produtos, William França, em nota. “Este é um marco importante na trajetória de descarbonização da Petrobras. Já adaptamos algumas de nossas refinarias com unidades de coprocessamento capazes de produzir o Diesel R5, composto de diesel mineral com 5% de óleo vegetal.” Segundo a estatal, a produção de BioQav é estratégica para a Petrobras por agregar valor ao parque de refino com processos mais eficientes e novos produtos, em direção a um mercado de baixo carbono."

Fonte: Valor Econômico, 31/12/2023

Engie vende fatia da TAG para investir em renováveis e não descarta alienar parcela restante

"A venda de 15% da Transportadora Associada de Gás (TAG) para o fundo canadense CDPQ por R$ 3,1 bilhões visa a rotação de ativos e fazer caixa para investimentos de projetos em curso, sem aumentar a pressão sobre a alavancagem, disseram executivos da Engie Brasil Energia em teleconferência com acionistas e investidores. “A venda vai monetizar a empresa. Não queríamos pressionar os ratings de dívidas. A recente aquisição de plantas solares da Altás também vai requerer capital”, disse o diretor presidente, Eduardo Sattamini. Neste novo acordo, a Engie S.A. mantém uma participação de 32,5%, enquanto a Engie Brasil fica 17,5%, e a CDPQ assume os 50% restantes. O controle da empresa passa a ser compartilhado entre as duas companhias. Segundo o executivo, o gás continua fazendo parte dos negócios da companhia e é estratégico no atual contexto, já que é considerado o combustível da transição energética. Entretanto, o foco está nos negócios de energia elétrica de geração e transmissão. Ele frisa que a empresa não descarta a venda da fatia restante, caso as condições de mercado sejam favoráveis. “Não descartamos vender os outros 17,5% da TAG para o CDPQ”, diz. “Vimos a oportunidade de capturar este valor dentro da necessidade de fluxo de caixa. Podemos vender o restante se tiver boas condições de venda”, acrescenta."

Fonte: Valor Econômico, 29/12/2023

Statkraft compra dois parques eólicos da EDP Renováveis no Rio Grande do Norte

"A Statkraft concluiu hoje (29) a compra de dois parques eólicos no Rio Grande do Norte construídos pela EDP Renováveis. Juntos, os parques têm capacidade instalada de 260 megawatts. Com a aquisição, a Statkraft inclui em seu portfólio no Brasil um empreendimento com maquinário Vestas, informa a norueguesa em nota. “Agora temos ativos em sete Estados brasileiros e vamos, cada vez mais, investir na expansão do nosso portfólio, buscando a geração de energia renovável por meio de projetos eólicos e solares”, diz Fernando de Lapuerta, diretor-presidente. A Statkraft começará o processo de integração dos ativos para inclusão dos novos parques no portfólio atual de operações das usinas, que deve durar seis meses. A norueguesa ainda está na reta final da construção do maior empreendimento fora da Europa, o Complexo Eólico Ventos de Santa Eugênia, na Bahia. A produção de energia renovável do complexo deve atingir 2.300 Gigawatt-hora (GWh) por ano, o suficiente para abastecer 1,17 milhão de residências brasileiras."

Fonte: Valor Econômico, 29/12/2023

Política

Imposto maior para importação de carros elétricos entra em vigor nesta segunda-feira

"O governo federal vai aumentar, a partir desta segunda-feira (1⁰), o imposto de importação incidente sobre veículos elétricos e placas solares. Em entrevista neste domingo (31), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, explicou que os recursos derivados do aumento na tributação dos itens serão utilizados para custear parte de dois programas lançados pelo governo: o Mobilidade Verde e Inovação - Mover, criado por medida provisória, e o programa de depreciação acelerada, enviado ao Congresso por projeto de lei em regime de urgência. A medida que criou o Mover vai conceder, em 2024, R$ 3,5 bilhões em créditos financeiros para que as empresas invistam em descarbonização e se enquadrem nos requisitos obrigatórios do programa. Segundo Alckmin, parte desse valor já está prevista na Lei Orçamentária Anual (LOA), no total de R$ 2,9 bilhões. Os R$ 600 milhões restantes serão compensados pelo aumento do imposto de importação para os carros elétricos. A elevação do tributo será gradual até 2026, e foi pensada como uma forma de incentivar o investimento na produção nacional de veículos elétricos. Com o aumento do imposto para os veículos importados, a ideia é tornar a mercadoria nacional mais atraente, uma vez que o custo deverá ser menor ao consumidor final.”

Fonte: Globo, 31/12/2023

Internacional

Empresas

El Niño vem mais forte em 2024?

"O ano de 2024 deve ser ainda mais quente do que o de 2023, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), em consequência das mudanças climáticas em curso somadas à ocorrência do fenômeno El Niño, de aquecimento das águas do Pacífico, que se estenderá até meados do ano. Novos recordes de temperatura foram batidos em muitos lugares do mundo — inclusive no Brasil — em meio às ondas de calor registradas em 2023. Segundo o novo relatório da OMM, agência da Organização das Nações Unidas (ONU), esses eventos representaram o início do colapso climático. Como o El Niño só deve se dissipar entre abril e junho de 2024, é possível esperar novas ondas de calor. De acordo com relatório da OMM assinado pelo diretor-geral da organização Petteri Taalas, o principal fator por trás do aumento das temperaturas é o aquecimento global, mas o El Niño "tem impacto na temperatura global, especialmente no ano seguinte ao de sua formação, neste caso, 2024". "Como resultado das temperaturas recordes da superfície e dos oceanos desde junho, 2023 deverá ser o ano mais quente já registrado até hoje, mas a previsão é de que o próximo ano seja ainda mais quente." No Brasil, além das ondas de calor e elevação das temperaturas, o El Niño pode provocar alteração no regime de chuvas, causando novos eventos de secas e estiagens intensas, sobretudo no Nordeste e no Norte, e chuvas acima do normal no Sul, a exemplo do que já ocorreu em 2023. Além disso, incêndios florestais no cerrado e na Amazônia podem ocorrer com mais frequência.”

Fonte: Exame, 01/01/2024

Apesar dos desafios econômicos, 2023 foi o ano das energias limpas

"O mundo adicionou energias renováveis em uma velocidade vertiginosa em 2023, uma tendência que, se amplificada, ajudará a Terra a se afastar dos combustíveis fósseis e a prevenir um aquecimento global severo e seus efeitos. A área em que houve mais avanços foi a da energia solar. Com frequência, as energias limpas são agora as menos caras, o que explica parte do crescimento. Os países também adotaram políticas que apoiam as energias renováveis, e algumas citaram preocupações com segurança energética, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE). Esses fatores contrabalançaram as altas taxas de juros e os desafios persistentes para obter materiais e componentes em muitos lugares. A AIE previu que mais de 440 GW (gigawatts) de energia renovável seriam adicionados em 2023, mais do que toda a capacidade instalada da Alemanha e Espanha juntas. China, Europa e Estados Unidos estabeleceram, cada um, recordes na captação solar em um único ano, de acordo com a Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês). Os acréscimos na China foram muito maiores do que as de todos os outros países — entre 180 e 230 GW. A Europa adicionou 58 GW. A energia solar é agora a forma mais barata de eletricidade na maioria dos países. Os preços dos painéis solares caíram entre 40% e 53% na Europa entre dezembro de 2022 e novembro de 2023, e agora estão em níveis historicamente baixos.”

Fonte: Valor Econômico, 01/01/2024

Empresas estatais "dinossáuricas" da China fazem um giro na direção 'verde'

"Durante décadas, os observadores da China rotularam as enormes empresas estatais do país como "dinossauros" que absorviam de forma ineficiente os preciosos recursos do Estado para obter ganhos econômicos mistos. No entanto, agora há evidências de que uma mudança ecológica por parte de algumas das maiores empresas estatais de energia da China está ajudando Pequim a atingir sua meta de independência energética e, ao mesmo tempo, ampliar a liderança do país em tecnologias limpas. Como resultado da canalização dos gastos de capital das empresas estatais para tecnologias limpas, a China aumentou a participação da capacidade de geração de eletricidade renovável - principalmente solar, eólica e hidrelétrica - para cerca de 50% em 2023, de 38% em 2019 e 29% em 2013, de acordo com a consultoria Rystad Energy, sediada em Xangai. De acordo com uma análise recente do analista Xuyang Dong, da Climate Energy Finance, um novo think-tank australiano, a China está no caminho certo para superar a meta de Pequim de um aumento de 50% na capacidade instalada de geração de energia renovável durante o período do 14º plano quinquenal do estado, de 2021 a 2025. Enquanto os políticos europeus e norte-americanos reclamam do generoso apoio estatal de Pequim à fabricação de produtos de tecnologia limpa, Dong aponta os benefícios decorrentes da estrutura centralizada de comando e controle da China, bem como da continuidade da governança.”

Fonte: Financial Times, 01/01/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


Nossos últimos relatórios

Análise ESG Empresas (Radar ESG)

Moura Dubeux (MDNE3): De tijolo em tijolo construindo uma agenda promissora(link)

Unipar (UNIP3) e Braskem (BRKM5): Entendendo os desafios (e oportunidades) do setor petroquímico no Brasil(link)

Smart Fit (SMFT3): O segredo para progredir é dar o primeiro passo(link)

Outros relatórios de destaque

Cosan (CSAN3): Principais destaques ESG do Investor Day(link)

Carteira ESG XP: Sem alterações no nosso portfólio para setembro (link)

ESG na Expert XP 2023: As três principais mensagens que marcaram o tema no evento(link)

Relatórios Semanais (Brunch com ESG)

Atenções voltados para a agenda de Lula em Nova York e os desdobramentos da Semana do Clima (link)

1° título verde soberano do Brasil avança; ORVR3 emite SLB no valor de R$130M; Bancos públicos de desenvolvimento se encontram (link)

Expert XP 2023 coloca transição energética em pauta; Marco legal de captura de carbono avança; Investidores pressionam BlackRock (link)


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