Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de terça-feira em leve queda, com o IBOV e o ISE recuando 0,67% e 0,97%, respectivamente.
• Do lado das empresas, de olho na demanda por novos combustíveis, a Petrobras está em busca de uma aproximação com o agronegócio, em uma estratégia que passa por investimentos em biorrefino e aquisições no setor de etanol e biometano – “vamos fundir o setor petróleo com o agro brasileiro”, disse ontem a presidente da companhia, Magda Chambriard, ao defender o retorno da petroleira ao mercado de etanol.
• Na política, (i) o BNDES lançou essa semana um edital orçamento de até R$ 5 bilhões para fundos de investimento verdes – a Chamada de Clima pretende atrair R$ 13 bilhões em capital privado, totalizando R$ 18 bilhões para projetos de descarbonização de processos industriais, transição energética, infraestrutura climática, agricultura sustentável, restauração ecológica, reflorestamento e conservação florestal; e (ii) o prefeito de São Paulo assinou ontem o decreto que institui o programa Bio SP, com regras para aquisição de biometano e sua incorporação progressiva à frota de transporte público e de veículos de coleta da cidade – “é fundamental avançar na substituição dos ônibus e caminhões a diesel por veículos movidos a energia limpa, seja biometano ou eletricidade”, disse Nunes.
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Brasil
Empresas
Fusão agro e óleo da Petrobras inclui biometano e etanol
“De olho na demanda por novos combustíveis, a Petrobras está em busca de uma aproximação com o agronegócio, em uma estratégia que passa por investimentos em biorrefino e aquisições no setor de etanol e biometano. “Vamos fundir o setor petróleo com o agro brasileiro”, disse nesta terça (2/9) a presidente da estatal, Magda Chambriard, ao defender o retorno da petroleira ao mercado de etanol. Durante o 12º Fórum do Biogás, em São Paulo (SP), a executiva criticou a saída da empresa do segmento de etanol e lembrou que o plano de negócios 2025-2029 prevê US$ 16,5 bilhões em investimentos em transição energética. “É muito dinheiro, é uma carteira que precisa ser rentável”, apontou a presidente. Desse montante, US$ 2,2 bilhões já aprovados pelo conselho da empresa são para o retorno ao etanol. Está prevista uma parceria com uma grande empresa do setor — ainda não definida. A atualização do plano está em curso e deve ser divulgada até o fim do ano. Outra aquisição no radar é para posicionar a petroleira no emergente mercado de biometano. A partir de 2026, a molécula de gás renovável passará a ser obrigatória no gás fóssil comercializado no país e a estatal está atenta a isso. Segundo Chambriard, a Petrobras “está em conversas avançadas com players do setor” para investir em plantas existentes de biometano.”
Fonte: Eixos; 02/09/2025
Eólica e solar serão mais importantes para Petrobras a partir de 2035, diz Magda Chambriard
“A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou nesta terça-feira (2) que a companhia manterá o foco na produção de petróleo e derivados ao longo das próximas duas a três décadas, mas tem direcionado esforços para ampliar a participação de combustíveis renováveis em seu portfólio. Segundo ela, até 2035, a prioridade da estatal será a produção de “moléculas”, numa alusão aos biocombustíveis, enquanto os investimentos mais robustos em energia eólica e solar devem ganhar força apenas depois desse período. “Para os próximos dez anos, vamos fazer mais moléculas do que elétrons. Isso significa retomar projetos de etanol, diesel processado no mercado, biogás. Queremos entregar produtos cada vez mais renováveis”, disse a executiva em evento promovido pela Bloomberg. A executiva conta que o plano da Petrobras prevê US$ 16 bilhões em investimentos em projetos de energias renováveis, com destaque para biogás, etanol e refino. Entre as iniciativas está a construção de uma refinaria no Rio Grande do Sul, com capacidade para cerca de 15 mil barris por dia, voltada à produção 100% renovável. Além disso, a empresa aposta no biodiesel como forma de reduzir a dependência externa. “Vamos reduzir a importação de diesel”, afirmou Chambriard, ressaltando que o Brasil já conta com 15% de biodiesel misturado ao diesel comercializado no país. O biogás, acrescentou, também deve ganhar espaço, sendo incorporado à matriz de gás natural.”
Fonte: Valor Econômico; 02/09/2025
Política
BNDES disponibiliza R$ 5 bi para fundos de transição energética e conservação
“O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou na segunda-feira (1º/9) um edital orçamento de até R$ 5 bilhões para fundos de investimento verdes. A Chamada de Clima integra retomada investimento em renda variável e pretende atrair R$ 13 bilhões em capital privado, totalizando R$ 18 bilhões para projetos de descarbonização de processos industriais, transição energética, infraestrutura climática, agricultura sustentável, restauração ecológica, reflorestamento e conservação florestal. De acordo com o BNDES, a iniciativa faz parte da estratégia de retomada de investimentos da BNDES Participações S.A. (BNDESPar), subsidiária integral do banco, em fundos de renda variável. Serão aceitas propostas de dois tipos de fundos, já existentes ou criados para este fim: Fundos de Equity e Fundos de Crédito. As inscrições ficam abertas até 20 de outubro de 2025, com possibilidade de participação de investidores estrangeiros. O resultado será divulgado em janeiro de 2026. O edital prevê a seleção de até cinco fundos de equity, com aporte total do BNDES de até R$ 4 bilhões. Destes, até três atuarão na Modalidade de Apoio de Transformação Ecológica, englobando transição energética, tecnologia para agricultura verde e descarbonização.”
Fonte: Eixos; 02/09/2025
Senado aprova PL que amplia vantagem para produtos verdes em compras públicas
“A Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado aprovou, nesta terça-feira (2/9), em turno suplementar de votação, o substitutivo apresentado por Cid Gomes (PSB/CE) ao PL 1086/2024. O texto original criava uma margem de preferência para compra de veículos menos poluentes — com exceção dos 100% elétricos. Agora, expande o conceito para quaisquer bens ou serviços. O projeto tramita em caráter terminativo, ou seja, se não for apresentado recurso para o votação em plenário, ele segue direto para análise da Câmara dos Deputados. No substitutivo aprovado, Cid Gomes propôs que licitações e contratos da administração pública sejam balizados por critérios de sustentabilidade, que serão regulamentados pelo governo federal. Originalmente, o projeto de autoria do senador Fernando Farias (MDB/AL) combatia a eletrificação da frota pública e estabelecia a margem de preferência para veículos de modelos híbridos ou exclusivamente movidos a biocombustível ou a hidrogênio, em compras e locações. Isto é, favorecia os elétricos, desde equipados para rodar com etanol. Cid Gomes ampliou o escopo da proposta. “É mais conveniente aprovar um projeto de lei que seja mais abrangente, e que as opções escolhidas pela política pública em questão sejam tratadas em ato infralegal, conferindo flexibilidade nesse processo de escolha pública”, defendeu o relator.”
Fonte: Eixos; 02/09/2025
Decreto municipal introduz biometano no transporte público de São Paulo
“O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), assinou nesta terça (2/9), o decreto que institui o programa Bio SP, com regras para aquisição de biometano e sua incorporação progressiva à frota de transporte público e de veículos de coleta da cidade. A assinatura ocorreu durante o 12º Fórum do Biogás, promovido pela Associação Brasileira do Biogás (ABiogás). Segundo a prefeitura, o decreto é um passo decisivo para a substituição de ônibus e caminhões a diesel por modelos movidos a combustíveis renováveis e menos poluentes. “É fundamental avançar na substituição dos ônibus e caminhões a diesel por veículos movidos a energia limpa, seja biometano ou eletricidade”, disse Nunes durante a assinatura do decreto. De acordo com o Programa de Metas de 2025 a 2028, a capital paulista deve substituir 2,2 mil ônibus movidos a diesel por alternativas mais limpas. É uma revisão para baixo da ambição anterior, que previa a substituição de 20% da frota. No final de julho, durante a entrega de 120 novos ônibus elétricos para o transporte público da cidade, Nunes anunciou que preparava uma chamada pública para o biometano. Em meio a uma crise com a Enel, a prefeitura tem indicado que os ônibus a gás renovável são uma alternativa para acelerar a transição da frota, sem depender exclusivamente da eletrificação.”
Fonte: Eixos; 02/09/2025
Cortes de geração levam empresas a renegociar com bancos
“O impacto da perda de receita de empresas do setor elétrico causada pelos cortes de geração de energia, impostos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e conhecidos pelo termo “curtailment”, já chegou aos bancos. Algumas empresas estão quebrando cláusulas financeiras de contratos de financiamento (“covenants”) e provocando uma onda de “waivers”, pedidos de dispensa formal às instituições financeiras para evitar penalidades e vencimento antecipado de dívidas. Segundo uma fonte de um grande banco, as empresas estão negociando uma flexibilidade dos contratos e os casos estão sendo analisados de forma individualizada. Para aquelas em que o problema financeiro está concentrado nos cortes de geração de energia elétrica, as instituições financeiras estão concedendo o “perdão” na quebra de cláusulas de alavancagem máxima. No entanto, explicou a fonte, estão chegando companhias com problemas adicionais. Nesses casos, os bancos têm pedido mais garantias nesse processo de renegociação. O diretor da prática de finanças corporativas da FTI Consulting, Luciano Lindemann, diz que além dos “waivers”, as negociações dos credores estão envolvendo cortes dos valores devidos, os chamados “haircuts”, em processos de reestruturação. “Também estamos observando muitos projetos mudando de mãos”, diz o executivo. Os cortes de geração determinados pelo ONS ocorrem por três motivos: a falta de infraestrutura de transmissão, como linhas danificadas ou atrasadas, em que a empresa geradora pode ser ressarcida por não ser responsável pelo problema; quando as linhas de transmissão atingem o limite de capacidade e a energia não pode ser escoada; e o excesso de oferoferta de energia em relação à demanda. Nos dois últimos casos, não há direito a compensação.”
Fonte: Valor Econômico; 02/09/2025
Internacional
Empresas
GM tem recorde de vendas de veículos elétricos em agosto
“A General Motors reportou um grande mês na venda de veículos elétricos nos Estados Unidos, trazendo ao mercado uma boa notícia, com uma má notícia por debaixo. Embora a empresa normalmente divulgue suas vendas nos EUA ao fim de cada trimestre, ela quebrou a tradição nesta terça-feira (2) ao informar que vendeu mais de 21 mil carros totalmente elétricos em agosto. Foi “um recorde mensal de todos os tempos em agosto, à medida que os clientes correram para fazer compras antes da expiração dos créditos fiscais federais para veículos elétricos”, disse a GM em um comunicado. O crédito fiscal federal para carros elétricos nos EUA vai até US$ 7,5 mil por veículo qualificado, mas deixará de ser ofertado no fim de setembro, conforme especificado no projeto de lei de impostos e gastos aprovado recentemente pelo presidente americano, Donald Trump. A companhia tem vários modelos populares de elétricos, incluindo o Chevy Equinox, o Cadillac Lyriq e a picape GMC Sierra. No segundo trimestre, a GM vendeu cerca de 46 mil EVs (veículos elétricos, na sigla em inglês), ou pouco mais de 15 mil por mês. Os americanos compraram 310.839 carros totalmente elétricos no segundo trimestre, uma queda de 6,3% em relação ao ano anterior.”
Fonte: Valor Econômico; 02/09/2025
Política
Tribunal de Apelações dos EUA permite que EPA de Trump rejeite subsídios climáticos
“A EPA, sob a administração de Lee Zeldin, sustentou que o programa não estava alinhado às prioridades da agência e citou preocupações com potencial fraude, desperdício e abuso. O FBI e o Departamento de Justiça, durante a administração Trump, também investigaram o programa. Por 2 votos a 1, um painel do Tribunal de Apelações dos EUA para o Circuito do Distrito de Columbia decidiu que um juiz de instância inferior não tinha jurisdição para julgar o caso movido por cinco das oito organizações sem fins lucrativos que, coletivamente, receberam US$ 20 bilhões sob o programa Fundo de Redução de Gases de Efeito Estufa da lei. A juíza Neomi Rao, do Circuito dos EUA, afirmou que, como o caso dos beneficiários da subvenção era essencialmente de natureza contratual, ele deveria, em grande parte, ser julgado por um tribunal especializado que julga ações pecuniárias contra o governo, o Tribunal de Reclamações Federais. Embora a juíza distrital dos EUA, Tanya Chutkan, tivesse jurisdição para julgar uma alegação de que a EPA violou a Constituição dos EUA ao não cumprir as decisões de financiamento do Congresso, Rao afirmou que a agência não fez isso, pois nada na lei limitava a discricionariedade de Zeldin para reter ou rescindir verbas. A opinião de Rao foi apoiada por um colega indicado por Trump e gerou uma opinião divergente da juíza distrital dos EUA, Cornelia Pillard, indicada pelo presidente democrata Barack Obama, que classificou as ações do governo como uma “anulação ilegal da política devidamente promulgada pelo Congresso”.”
Fonte: Reuters; 02/09/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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