Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE caindo 1,0% e 1,6%, respectivamente.
• No Brasil, a Petrobras divulgou ontem o planejamento estratégico 2025-2029 e o plano 2050, com foco na diversificação rentável de portfólio – sobre projetos de geração renovável, a companhia informou que irá buscar parcerias com empresas de grande porte para descarbonizar operações, integrar carteira de baixo carbono e capturar oportunidades no país.
• No internacional, (i) a “COP das finanças”, como foi batizada a conferência da ONU sobre Mudança do Clima, em Baku, no Azerbaijão, chega ao último dia em impasse – negociadores de 195 países ainda estão longe de decidir sobre o financiamento climático ao mundo em desenvolvimento, com um dos principais entraves sendo referente ao valor, que gira em torno de US$ 1,3 trilhão ao ano; e (ii) a Alliance for Automotive Innovation, um grupo que representa os principais fabricantes de automóveis, incluindo General Motors, Toyota e Volkswagen, enviou uma carta ao novo presidente dos EUA, Donald Trump, pedindo que mantenha os principais créditos fiscais para a compra de veículos elétricos – a carta também levantou preocupações sobre as regras de emissões de veículos, citando um descompasso entre as regras e o mercado automotivo atualmente.
Gostaria de receber os relatórios ESG por e-mail? Clique aqui.
Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!
Brasil
Empresas
Maioria dos brasileiros se diz favorável a biocombustíveis, mas ainda prefere abastecer com gasolina
“Pesquisa Nexus divulgada nesta quinta (21/11) mostra que o consumidor brasileiro tem uma percepção positiva sobre o papel dos biocombustíveis na economia, mas esse fator ainda não ganhou relevância na hora de abastecer. Para 69% dos entrevistados, o aumento da produção de etanol e biodiesel no país está diretamente ligado ao crescimento econômico do Brasil, ao passo que 71% também concordam que a medida vai gerar mais empregos nas áreas rurais por meio do incentivo à agricultura. No entanto, apenas 29% dos entrevistados usam hoje o etanol como principal combustível. A pesquisa Combustível e Energia Sustentáveis: A Visão dos Brasileiros foi encomendada pela Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República para entender a recepção da sociedade em relação à lei do Combustível do Futuro sancionada no início de outubro. Ao todo, 2.004 pessoas com idade a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação, participaram do mapeamento. Quando questionados sobre combustíveis limpos, 77% acreditam que os carros elétricos são a melhor alternativa, seguido por etanol (40%) e GNV (33%). Além disso, o aumento dos limites de mistura do etanol à gasolina e do biodiesel ao diesel, como previsto no Combustível do Futuro, ainda é desconhecido por metade (51%) dos brasileiros. Quando explicada, a medida é vista por dois terços dos entrevistados (66%) como solução ambiental, uma vez que reduz a emissão de gases poluentes, aponta o levantamento.”
Fonte: Eixos; 21/11/2024
Implementação de taxa de carbono tem impacto limitado no sistema financeiro, diz BC
“O Relatório de Estabilidade Financeira (REF) relativo ao primeiro semestre apontou que uma simulação realizada para mensurar os impactos da implementação de taxa de carbono para “fazer face” ao risco climático indica “impacto limitado” no Sistema Financeiro Nacional (SFN). O REF foi publicado pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira. “Os resultados indicam que o impacto sobre o capital das instituições é limitado, em função do aumento moderado dos Ativos Problemáticos (APs) dos setores mais impactados pela taxa de carbono”. O estudo considerou um indicador que avalia a emissão bruta de gases efeito estufa, a exposição relativa ao valor adicionado de cada setor e a dependência do mercado externo. O modelo utilizado considera um custo adicional das emissões por meio da imposição de uma taxa sobre os setores econômicos. Foram utilizados dois cenários com elevação gradual de custos a partir de 2025 atingindo, em 2030, um cenário US$ 50 por tonelada emitida e no segundo, US$ 100 por tonelada. Segundo o REF, as perdas para as instituições financeiras ficaram concentradas nos setores de indústria de transformação, construção e transporte “devido ao aumento dos ativos problemáticos”. Segundo o levantamento, os setores de agricultura, pecuária e de transportes apresentam “as maiores reduções no valor adicionado quando comparado ao cenário sem imposição da taxa de carbono”. Essa redução “decorre do aumento do custo de produção do próprio setor e do custo dos insumos utilizados na produção provenientes dos demais setores”.”
Fonte: Valor Econômico; 21/11/2024
CPFL inaugura projeto de microrredes com foco em geração e armazenamento de energia
“O grupo CPFL Energia inaugurou, nesta quinta-feira (21), a CampusGrid, um sistema de microrrede instalado no campus da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O projeto integra geração solar fotovoltaica, baterias de íons de lítio e um gerador a gás natural. Desenvolvido pela área de inovação da CPFL Energia e com financiamento de R$ 45,3 milhões pelo Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a iniciativa teve a colaboração da própria Unicamp, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), do Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação (IATI), da China Electric Power Research Institute (CEPRI) e da empresa Hexing. A CampusGrid vai atender a dois prédios da biblioteca, um ginásio multidisciplinar e a Faculdade de Educação Física do campus. A estimativa é que a microrrede proporcione uma economia anual de R$ 450 mil para a universidade. Na inauguração do projeto, o presidente da CPFL, Gustavo Estrella, ressaltou que a transição energética é uma das principais iniciativas para a economia de baixo carbono: “É motivo de orgulho ter conseguido desenvolver uma tecnologia economicamente viável para gerar energia elétrica a custo barato e limpo com a energia renovável”. O projeto faz parte de uma iniciativa mais ampla da CPFL Energia, que inclui outras duas microrredes em desenvolvimento. A primeira, também na Unicamp, é a NanoGrid, uma microrrede instalada no Laboratório de Redes Elétricas Inteligentes (LabREI), voltada para testar aplicações do sistema em residências.”
Fonte: Valor Econômico; 21/11/2024
Petrobras irá priorizar parcerias para atuar em negócios de baixo carbono
“A Petrobras informou nesta quinta-feira (21) que irá priorizar modelos de parcerias para atuar em negócios de baixo carbono. Ao divulgar o planejamento estratégico 2025-2029 e o plano 2050, a petroleira afirmou que a atuação visa uma diversificação rentável de portfólio. Sobre projetos de geração renovável, a companhia irá buscar parcerias com empresas de grande porte para descarbonizar operações, integrar carteira de baixo carbono e capturar oportunidades no Brasil, conforme diz a Petrobras em fato relevante. Para os chamados “bioprodutos”, que incluem etanol, biodiesel e biometano, a Petrobras diz que busca entrar em segmentos por parcerias estratégicas minoritárias ou com controle compartilhado. “Levando em conta todas as iniciativas de baixo carbono (escopos 1, 2 e 3), o investimento totaliza US$ 16,3 bilhões em transição energética, englobando, além dos projetos em energias de baixo carbono, projetos para descarbonização das operações e Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) que permeia todos os segmentos”, diz a Petrobras. “Esse volume representa 15% do capex [investimento] total previsto para o quinquênio (contra 11% no plano anterior) e um aumento de 42% em relação ao plano anterior.” A companhia anunciou um investimento total de US$ 111 bilhões para 2025-2029.”
Fonte: Valor Econômico; 21/11/2024
CMN obriga banco a relatar dado sustentável
“O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma resolução obrigando que as instituições financeiras de maior porte elaborem e divulguem, juntamente com suas demonstrações financeiras, o relatório de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade. A obrigatoriedade de divulgação do relatório se dará a partir do exercício de 2026, para as instituições registradas como companhia aberta ou que componham os segmentos S1 ou S2, consideradas de maior porte. Para as instituições do segmento S3 e instituições que publicam voluntariamente demonstrações financeiras consolidadas adotando o padrão internacional, essa obrigatoriedade se dará a partir do exercício de 2028, mas é permitida a adoção voluntária antecipada. A medida determina ainda que o relatório deve ser objeto de “asseguração razoável por auditor independente”. “Ao fornecer aos investidores informações financeiras comparáveis e confiáveis sobre os riscos e oportunidade relacionados à sustentabilidade, a medida permite que essas informações sejam consideradas na tomada de decisões relacionadas ao fornecimento de recursos à entidade, incentivando assim um desenvolvimento econômico mais sustentável e equilibrado”, diz nota do Banco Central (BC).”
Fonte: Valor Econômico; 22/11/2024
Política
Taxonomia sustentável do Brasil vai a consulta pública, com debate sobre desmatamento legal
“O Brasil quer atrair recursos para a transformação ecológica de sua economia e, para fazê-lo, um dos desafios é definir o que são ou não atividades e negócios sustentáveis, ou seja, aqueles aptos a receber esse capital. O governo acaba de apresentar sua proposta de taxonomia sustentável, que servirá como régua para o sistema financeiro e corporativo. O documento foi divulgado no último sábado, 16, na COP29 em Baku, mas o lançamento oficial da consulta pública no Brasil será feito no dia 28. A ferramenta foi desenvolvida de abril a outubro deste ano, e teve propostas ligadas a projetos do agronegócio como um dos tópicos sensíveis em sua construção – o que não surpreende em um país onde o agro responde por 24% do Produto Interno Bruto (PIB) e a mudança do uso da terra, por 46% das emissões de gases do efeito estufa. A taxonomia foi fatiada em duas para a consulta pública. A primeira, que receberá contribuições até 31 de janeiro de 2025, traz a metodologia de seleção dos setores priorizados, os critérios usados na construção da taxonomia, informações sobre o sistema de Reporte, Monitoramento e Verificação, salvaguardas mínimas gerais, com requisitos ambientais e sociais para cada organização, e especificações para oito setores. Ao todo, são doze documentos que somam mais de 360 páginas. “Vocês estão vendo entre 70% e 80% do que será a taxonomia brasileira”, disse ao Reset Cristina Reis, subsecretária de desenvolvimento econômico sustentável do Ministério da Fazenda, à frente da construção. A segunda parte, com os demais 20% a 30%, ficará em consulta entre 1 de fevereiro e 31 de março de 2025.”
Fonte: Capital Reset; 21/11/2024
Leilão de sistemas isolados prevê R$ 452 milhões em investimentos e terá participação de baterias
“O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou na quinta-feira (21/11) as diretrizes do próximo leilão de sistemas isolados (Sisol). São R$ 452 milhões previstos em investimentos, para o fornecimento de energia elétrica em 10 localidades dentro da Amazônia Legal. A capacidade total é de 49 megawatts (MW). O certame, previsto para maio de 2025, incluirá a exigência de, pelo menos, 22% de fontes renováveis em cada lote. Os lotes podem ter sistemas de armazenamento de energia. Essa previsão abre espaço para as baterias. As medidas de descarbonização da geração de energia serão divulgadas pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante um workshop sobre o programa Energias da Amazônia, em Belém. As áreas que receberão a energia estão localizadas nos estados do Amazonas e do Pará. Os lotes 1 e 2 contém cinco localidades cada, dentro da área atendida pela Amazonas Energia. No lote 3, o fornecimento será destinado a uma localidade atendida pela Equatorial Pará. O início das operações deve ocorrer em dezembro de 2027, com contrato de 15 anos. Na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Sistemas de Armazenamento de Energia (Absae), Markus Vlasits, a cota de renováveis poderia ser mais ousada. “Para sistemas isolados, com carga predominantemente residencial e comercial, a participação renovável ideal seria na faixa de 50 a 70%. Seria ideal no sentido de alcançar o menor custo global de geração”, disse. Além do leilão com cota de fontes renováveis, o programa Energias da Amazônia terá destinação de recursos do Fundo Pró-Amazônia Legal para financiar medidas de descarbonização.”
Fonte: Eixos; 21/11/2024
Internacional
Empresas
Honda promete bateria de estado sólido que dobra autonomia de veículos elétricos
“A Honda fabricará todas as baterias de estado sólido para veículos elétricos em uma linha de produção de teste a partir de janeiro. Segundo a empresa, será um passo em direção à produção em massa de baterias de maior duração e autonomia, a custos mais baixos. Uma linha de produção — anunciada como uma das maiores do gênero — está sendo construída na província de Tochigi, com uma área total de 27.400 metros quadrados, anunciou a montadora na quinta-feira. O investimento total para o projeto é de 43 bilhões de ienes (US$ 278 milhões). O plano é instalar as baterias em carros novos a serem lançados até 2030. Baterias de estado sólido, que usam materiais condutores secos para eletrólitos, prometem maior autonomia em relação a baterias convencionais de íons de lítio. Espera-se que a bateria da Honda dobre o alcance até a última parte desta década, disse a empresa. A Honda planeja estender ainda mais o alcance, para 2,5 vezes a autonomia atual, na década entre 2031 e 2040, o que significa que uma carga completa pode durar mil quilômetros para um veículo elétrico de médio porte. As baterias representam cerca de 30% dos custos totais de produção de veículos elétricos. A Honda estabeleceu uma meta de reduzir o custo das baterias de estado sólido em 25% até 2030 e em 40% na década até 2040. Para atingir essas metas, a Honda pretende melhorar a eficiência e consolidar os processos de produção. O peso das baterias também será reduzido em 35% até 2030 e em 45% até 2040. Uma bateria mais leve também ajuda a estender a autonomia do veículo.”
Fonte: Valor Econômico; 22/11/2024
Equinor, da Noruega, corta 20% da equipe da unidade de energias renováveis
“A norueguesa Equinor está cortando 20% da equipe de sua divisão de energia renovável e concorrerá a um número menor de novos projetos, à medida que simplifica a unidade de negócios, informou a empresa à Reuters na quinta-feira. O setor eólico offshore global, no qual a Equinor é um participante importante, enfrentou reveses em seus esforços para atingir metas elevadas, impulsionado pela inflação de custos, altas taxas de juros e gargalos de fornecimento, disseram as empresas e especialistas do setor. O recuo da Equinor reflete movimentos semelhantes dos rivais europeus Shell e BP, que nos últimos meses reduziram as operações em energias renováveis e operações de baixo carbono, à medida que se concentram nos negócios mais lucrativos. “Decidimos reduzir o número de pessoas que trabalham com energias renováveis na Equinor”, disse um porta-voz da empresa, acrescentando que a redução da força de trabalho da divisão correspondia a cerca de 250 empregos equivalentes em tempo integral. O tamanho dos cortes não foi informado anteriormente. No entanto, o número de pessoas que deixariam o grupo seria menor, com aqueles empregados diretamente na empresa controladora recebendo ofertas de funções alternativas em outras áreas de negócios. “Como dissemos anteriormente, saímos de alguns mercados e priorizamos os mercados existentes e reduzimos as atividades de desenvolvimento de negócios”, disse o porta-voz. No início deste ano, a Equinor abandonou suas atividades eólicas offshore no Vietnã, Espanha, Portugal e França. Ela também reduziu seus planos de energia eólica offshore na Austrália.”
Fonte: Reuters; 21/11/2024
Montadoras pedem a Trump que mantenha os créditos fiscais para VEs e impulsione os carros autônomos
“Um grupo que representa os principais fabricantes de automóveis, incluindo General Motors, Toyota Motor Corp e Volkswagen, pediu ao presidente eleito Donald Trump que mantenha os principais créditos fiscais para a compra de veículos elétricos e tome medidas para acelerar a implantação de carros autônomos. A Alliance for Automotive Innovation, em uma carta de 12 de novembro não relatada anteriormente para Trump, também levantou preocupações sobre as regras de emissões de veículos, citando “regulamentos de emissões federais e estaduais (particularmente na Califórnia e estados afiliados) que estão fora de sintonia com as realidades atuais do mercado automotivo e aumentam os custos para os consumidores”. As montadoras não especificaram como querem que as regras sejam revisadas, mas disseram que apoiam regulamentações de emissões “razoáveis e viáveis”. A equipe de transição de Trump não comentou imediatamente. A carta, assinada pelo CEO do grupo, John Bozzella, disse que as montadoras enfrentam concorrência desleal “de veículos elétricos fortemente subsidiados e tecnologias exportadas da China” e também observou que a China estava implementando uma estrutura regulatória para apoiar a implantação de veículos autônomos. O grupo também pediu a Trump que reconsiderasse as regras finalizadas em abril, exigindo que quase todos os carros e caminhões novos até 2029 tenham sistemas avançados de frenagem automática de emergência. O grupo disse anteriormente que as regras são “praticamente impossíveis com as tecnologias disponíveis”.”
Fonte: Reuters; 21/11/2024
Exxon avança com expansão de US$ 200 milhões em fábricas no Texas
“A Exxon Mobil Corp, que está enfrentando uma ação judicial na Califórnia por seu suposto papel na poluição global de resíduos plásticos, está dando continuidade aos planos de expandir a reciclagem de plásticos para substituir os combustíveis fósseis por resíduos plásticos descartados, informou a empresa na quinta-feira. A iniciativa de um dos maiores produtores de polímeros do mundo ocorre em meio a preocupações crescentes com o fato de os plásticos de desintegração lenta encherem aterros sanitários, infiltrarem-se em águas subterrâneas e criarem riscos potenciais à saúde. A Exxon, que defende as técnicas de pirólise que convertem resíduos em novos plásticos, gastará US$ 200 milhões no Texas para expandir as chamadas operações de circularidade em um esforço global para construir a capacidade de processar 454 milhões de kg (1 bilhão de libras) de resíduos anualmente até 2027. A empresa chama sua tecnologia de reciclagem de Exxtend. A Califórnia entrou com uma ação judicial contra a Exxon em setembro, alegando que a empresa estava deliberadamente enganando o público sobre as limitações da reciclagem. A Exxon rejeita as alegações de que está enganando o público sobre as limitações da reciclagem de plásticos ou sobre a mudança climática. O complexo da empresa em Baytown, Texas, processará este ano 80 milhões de libras de resíduos plásticos. A expansão permitirá que ela e uma fábrica próxima em Beaumont, Texas, tenham capacidade para processar até 500 milhões de libras em 2026. Os produtos serão vendidos com um certificado que descreve sua origem, explicou Karen McKee, presidente da ExxonMobil Product Solutions.”
Fonte: Reuters; 21/11/2024
“Um aumento na demanda de eletricidade por parte dos provedores de big data do mundo está levantando uma possibilidade preocupante para o clima mundial: um aumento a curto prazo no uso de combustíveis fósseis. Empresas de serviços públicos, reguladores de energia e pesquisadores em meia dúzia de países disseram à Reuters que o surpreendente crescimento da demanda de energia impulsionado pelo aumento da inteligência artificial e da computação em nuvem está sendo atendido no curto prazo por combustíveis fósseis, como o gás natural e até mesmo o carvão, porque o ritmo das implantações de energia limpa está muito lento para acompanhar. Nos Estados Unidos, onde se localiza um terço dos data centers do mundo, as concessionárias de serviços públicos estão adicionando novas usinas de gás e adiando a aposentadoria de usinas de energia de combustível fóssil à medida que uma série de novos data centers em expansão se conecta à rede. Na Polônia, Alemanha e Malásia, o carvão também pode fazer parte da mistura, de acordo com entrevistas com executivos de empresas, reguladores e analistas. A perspectiva representa um novo obstáculo para os governos mundiais, agora reunidos na conferência anual da ONU sobre o clima em Baku, que já estão lutando para cumprir metas ambiciosas de descarbonização dos sistemas de energia. O Azerbaijão, anfitrião da COP29, realizou o primeiro Dia da Digitalização em uma cúpula climática mundial e lançou uma declaração, endossada até agora por 68 países, incluindo China e Coreia, para limitar o impacto ambiental da digitalização.”
Fonte: Reuters; 21/11/2024
BP e seus parceiros investirão US$ 7 bilhões em projeto de captura de carbono em Papua, na Indonésia
“A BP e seus parceiros disseram que investiriam US$ 7 bilhões em um projeto de captura de carbono e no desenvolvimento de um campo de gás na região de Papua, no extremo leste da Indonésia, que poderia liberar 3 trilhões de pés cúbicos de recursos adicionais de gás. A produtora britânica de petróleo e gás anunciou o investimento na quinta-feira em uma reunião com o presidente Prabowo Subianto, que está visitando Londres. A produção no campo de Ubadari está programada para começar em 2028 e o gás do local será processado na atual instalação de gás natural liquefeito de Tangguh da empresa em Papua Ocidental, disse em um comunicado. A BP acrescentou que o CO2 recuperado de seu primeiro projeto de captura, utilização e armazenamento de carbono na Indonésia seria usado para aumentar a produção na instalação de Tangguh. O projeto tem o “potencial de sequestrar cerca de 15 milhões de toneladas de CO2 das emissões de Tangguh em sua fase inicial”, disse a gigante da energia. Prabowo disse que as empresas britânicas se comprometeram a investir US$ 8,5 bilhões nos setores de transição energética, educação, infraestrutura e saúde da Indonésia, incluindo o projeto de US$ 7 bilhões da BP. “Isso mostra seu otimismo em nossa economia”, disse Prabowo em uma declaração separada na quinta-feira. O projeto faz parte do Contrato de Compartilhamento de Produção de Tangguh operado pela BP, que detém 40,2%, em nome dos outros parceiros do contrato de compartilhamento de produção, incluindo a chinesa CNOOC e as japonesas Mitsubishi Corp, Inpex Corp e Japan Oil, Gas and Metals National Corp.”
Fonte: Reuters; 22/11/2024
Política
Nações produtoras de petróleo são criticadas na COP29 por omissão de combustíveis fósseis
“Os países ocidentais criticaram as nações produtoras de petróleo na cúpula da COP29 por bloquearem a menção aos combustíveis fósseis em documentos importantes sobre o combate às mudanças climáticas. A omissão de qualquer referência aos planos de transição para o abandono dos combustíveis fósseis em dois documentos importantes provocou uma onda de críticas na quinta-feira, com os participantes acusando os países recalcitrantes de retrocederem em uma promessa da cúpula do ano passado. O comissário europeu para a ação climática, Wopke Hoekstra, disse que os rascunhos eram “claramente inaceitáveis na sua forma atual”. Não se deve permitir que os “interesses adquiridos no status quo” atrapalhem as conversações de duas semanas, disse Eamon Ryan, ministro irlandês do clima, referindo-se à influência dos países produtores de petróleo e gás nas negociações. Os textos foram supervisionados pela presidência do Azerbaijão na COP29, com base nas contribuições dos ministros e nos últimos nove dias de negociações. Os negociadores culparam um bloco de países liderado pela Arábia Saudita pela falta de referência aos combustíveis fósseis, de longe o maior contribuinte para o aquecimento global. A omissão de qualquer menção aos combustíveis fósseis nos dois documentos, que tratam de finanças e esforços de “mitigação” para deter a mudança climática, ocorre apenas alguns dias depois que o G20 não incluiu tal referência na declaração de seus líderes na cúpula do Rio de Janeiro nesta semana. No entanto, a transição dos combustíveis fósseis foi incluída em uma lista de opções em um documento separado sobre o acordo da COP28 do ano passado.”
Fonte: Financial Times; 21/11/2024
COP 29 enfrenta impasse sobre financiamento
“A “COP das finanças”, como foi batizada a conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em Baku, no Azerbaijão, chega ao último dia em impasse. Negociadores de 195 países têm que decidir sobre o financiamento climático ao mundo em desenvolvimento. Um obstáculo é o valor. Os países em desenvolvimento sugeriram cifras, e a que parece alcançar o maior consenso é de US$ 1,3 trilhão ao ano em fluxos financeiros do Norte para o Sul. Os países ricos se negam a citar um número.”
Fonte: Valor Econômico; 22/11/2024
Austrália e Turquia vivem impasse para saber quem sediará COP31 em 2026
“A Austrália e a Turquia vivem um impasse sobre qual país sediará a COP31, que acontecerá em 2026, enquanto tentam obter apoios na Conferência das Nações Unidas para Mudança Climática (COP29) de Baku, no Azerbaijão. Enquanto a Austrália busca uma candidatura conjunta com países insulares do Pacífico, que aparecem entre os mais ameaçados pelas mudanças climáticas, a Turquia desponta como um país em desenvolvimento sob o sistema da ONU e pode ganhar o apoio de vários parceiros da região. A Austrália tem tido um papel de destaque na COP29, através de seu ministro de Energia e Mudanças Climáticas, Chris Bowen, que tenta ao lado do Egito conduzir um novo acordo financeiro difícil de alcançar, já que os países desenvolvidos não querem ser os únicos responsáveis a financiar a luta contra mudança climática nos países em desenvolvimento e mais vulneráveis pelo aquecimento do clima. Bowen tem trabalhado intensamente pela COP31 na Austrália, tanto que antes de pousar no Azerbaijão para participar da COP29, fez uma parada estratégica na Turquia para tentar convencer as autoridades do país a desistirem da candidatura, mas não obteve o resultado esperado. Além disso, durante a Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, o presidente, Recep Tayyip Erdoğan turco teria reiterado ao primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, que seu país não retiraria sua candidatura. A Turquia, por sua vez, parece ter a preferência da ONU, mas isso nada importa, já que a escolha da candidatura vencedora é um processo de consenso.”
Fonte: Valor Econômico; 21/11/2024
“Pela primeira designado na agenda oficial de uma Conferência das Nações Unidas pela Mudança Climática, o “Dia do Gênero”, que acontece nesta quinta-feira, enfatiza a urgência de políticas focadas especialmente nas necessidades de mulheres e crianças, já que as mudanças climáticas acentuam ainda mais as lacunas de gênero, dando seguimento ao aprofundamento do Programa de Trabalho de Lima sobre Gênero (LWPG). Criado em 2014 durante a COP20, realizada em Lima, o LWPG adotou um acordo inédito de gênero e clima que avançou na integração em várias áreas, incluindo o fomento de políticas públicas com essa sensibilidade. Na COP29, a esperança é de que uma integração maior das questões de gênero nas mudanças climáticas abra caminho para a conclusão de um plano de ação mais abrangentes na COP30, que acontecerá em Belém, em 2025. Apesar dos avanços conquistados, como um dia dedicado ao tema na COP29, as mulheres seguem com pouca representação na tomada de decisões relacionadas ao clima. Segundo a ONU Mulheres, Apenas seis mulheres subiram ao plenário entre os líderes governamentais de 78 países no segmento de alto nível da cúpula (menos de 8%). Dentre elas, apenas quatro mencionaram os impactos das mudanças do clima sobre vidas femininas. Segundo o Gender Climate Tracker, a parcela de delegadas partidárias na última COP oscilou em torno de 34% e apenas um em cada cinco chefes de delegação eram mulheres.”
Fonte: Valor Econômico; 21/11/2024
COP29 chega à reta final; veja os textos em discussão
“A 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) está prevista para encerrar os trabalhos na sexta (22/11) – embora observadores já apostem na postergação fim de semana adentro – e precisa entregar resultados para o financiamento de ações de mitigação e adaptação capazes de alinhar o mundo à meta de limitar o aquecimento a 1,5°C até 2100. No início da semana, Brasil e Reino Unido foram incumbidos de facilitar as negociações do “pacote completo”, isto é, as diferentes frentes de discussão da cúpula sediada em Baku, no Azerbaijão. Além do financiamento – tema central deste ano –, estão sobre a mesa propostas para adaptação, mitigação, mercado de carbono internacional, transição justa e como fechar as lacunas apontadas pelo Global Stocktake (GST) em 2023, na COP28 de Dubai. A seguir, um resumo do que está em jogo: Em discurso na plenária da COP29 nesta quinta (21/11), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), disse que trilhões de dólares em financiamento serão necessários para que se cumpra os compromissos climáticos firmados até aqui, e que a cifra de US$ 1,3 trilhão defendida pelos países de renda baixa precisa ser o ponto norteador das negociações. “Para financiamento, como discutido no G20 e como aponta o Grupo de Alto Nível em Finanças Climáticas, trilhões são necessários, por mais que alguns também o considerem desafiador. Assim como 1,5ºC foi a estrela-guia para Dubai, temos que colocar 1,3 trilhão de dólares por ano também como nossa estrela-guia aqui em Baku”.”
Fonte: Eixos; 21/11/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
Ainda não tem conta na XP? Clique aqui e abra a sua!