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Perdas seguradas decorrentes de desastres naturais devem ultrapassar US$ 135 bi em 2024, segundo a Swiss Re | Café com ESG, 06/12

PL que altera o RenovaBio vai à sanção; Mudança no Conselho da Petrobras

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 1,4% e 1,3%, respectivamente.

• No Brasil, a Equinor firmou um acordo com o Senai Cimatec para investir cerca de R$ 20 milhões em um projeto que alia a produção de biocombustíveis a sistemas agroflorestais sustentáveis, no Polo de Camaçari, na Bahia - segundo a petroleira norueguesa, o projeto pode auxiliar na redução das emissões das suas operações em campos de exploração e produção de óleo e gás no Brasil. 

• No internacional, (i) a Stellantis fez uma parceria com a Zeta Energy para desenvolver baterias de lítio-enxofre para veículos elétricos como parte de sua estratégia contínua de eletrificação - segundo a companhia, o investimento em baterias tornaria a posse de um veículo elétrico mais conveniente para os consumidores, já que sua tecnologia tem o potencial de melhorar a velocidade de carregamento rápido em até 50%; e (ii) de acordo com um novo relatório da Swiss Re, as perdas seguradas decorrentes de catástrofes naturais, como enchentes e furacões, devem ultrapassar US$ 135 bilhões este ano, levando as maiores seguradoras do mundo a pedir mais ações para combater as mudanças climáticas - no histórico, esse foi o terceiro ano mais caro em termos de inundações em todo o mundo e o segundo mais caro para a Europa, que teve perdas seguradas de aproximadamente US$ 10 bilhões.

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Brasil

Empresas

Ilan Goldfajn: BID vai emprestar mais a empresas e ampliar presença no Brasil

"O debate sobre a questão fiscal está pegando fogo, mas o Brasil tem oferecido oportunidades únicas no setor privado, como os negócios relacionados ao desafio climático. “O Brasil está crescendo um pouco mais rápido do que se imaginava nos últimos três, quatro anos. Será que isso não tem a ver com o novo papel do Brasil no investimento em energia renovável?,” Ilan Goldfajn, o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, disse ao Brazil Journal. O ex-presidente do Banco Central está empenhado em ampliar a atuação no Brasil do BID Invest, o braço do BID que atua junto ao setor privado. O banco acaba de abrir uma posição de gerente sênior em São Paulo para acompanhar o financiamento a projetos de empresas na América Latina. “O BID está virando um banco multilateral com forte ênfase no setor privado,” disse Ilan. “E a experiência de 65 anos trabalhando com os governos traz uma sinergia quase única.” No começo do ano, o BID Invest recebeu um aumento de capital de US$ 3,5 bilhões e criou um novo modelo de atuação, que ajuda na originação dos projetos e depois delega ao mercado a captação de grande parte dos recursos. Maior cliente do banco, o Brasil terá R$ 20 bilhões em 2025 para projetos públicos e privados. Ilan é o primeiro brasileiro a liderar a instituição desde sua fundação em 1959, mas costuma dizer que é presidente do BID “para os 26 países da região". “Mas é óbvio que, quando estou conversando aqui, eu já conheço todo mundo e todo mundo me conhece. Quando falam da COP em Belém, eu sei onde é Belém. Já estive lá. Os governadores e prefeitos me conhecem. Isso dá uma certa facilidade.”"

Fonte: Brazil Journal; 05/12/2024

Gigante do agronegócio vai medir captura de carbono no solo

"Ainda no ensino fundamental aprendemos sobre o processo de fotossíntese das plantas, em que por meio da energia solar substâncias inorgânicas, como gás carbônico, são transformadas em orgânicas, produzindo alimento para as plantas. Esse é um dos processos por meio do qual a agricultura, uma das principais atividades econômicas brasileiras, sequestra carbono, ou seja, captura o CO2 e o armazena no solo. A ADM, uma das maiores negociadoras de alimentos do mundo e dona de um faturamento anual de US$ 100 bilhões, quer medir esse estoque. O objetivo é fazer a conta precisa da pegada de carbono da soja. A empresa já calcula as emissões de gases de efeito estufa associadas à produção, incluindo a abertura de áreas para cultivo, o uso de fertilizantes e a queima de combustível pelo maquinário das fazendas. Descontando o que fica sequestrado no solo, a companhia americana terá o saldo de carbono final. A nova medição faz parte da segunda fase do programa de agricultura regenerativa da ADM. Chamada de ADM Re:generação, a iniciativa foi lançada há um ano e acompanha 16 produtores rurais de soja de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul cuja produção é comprada pela empresa. Eles respondem por uma área total de 25 mil hectares. A meta do programa é ter 200 mil hectares em cinco anos. Ainda se trata de uma fase piloto, diz André Germanos, gerente de negócios de carbono e agricultura regenerativa da ADM para América Latina. Apesar de a área de cobertura não ter aumentado nesta segunda etapa, ele afirma que o compromisso não mudou. “Mantemos o nosso objetivo. Recebemos contatos de produtores que querem participar. Temos conseguido cumprir as metas nos Estados Unidos e na Europa, e pretendemos cumprir aqui também.”"

Fonte: Capital Reset; 05/12/2024

Equinor investe na produção de biocombustíveis na Bahia

"A Equinor firmou um acordo com o Senai Cimatec, nesta quarta (4/12), para investir cerca de R$ 20 milhões em um projeto que alia a produção de biocombustíveis a sistemas agroflorestais sustentáveis, no Polo de Camaçari, na Bahia. Segundo a petroleira norueguesa, o projeto pode auxiliar na redução das emissões das suas operações em campos de exploração e produção de óleo e gás no Brasil. Batizado de Safe – sigla para Agroflorestas Sustentáveis para Energia, em tradução livre – a iniciativa tem foco em bioenergia e sequestro de carbono na Mata Atlântica. Neste sistema, plantas como a soja, por exemplo, podem ser cultivadas em meio a florestas plantadas em áreas degradadas, o que contribui para a captura de carbono. As oleaginosas, então, podem ser utilizadas para produção de combustível sustentável marítimo ou de aviação. “Conhecemos a relevância dos biocombustíveis para a descarbonização de setores como o marítimo, do qual fazemos parte com nossas operações nas Bacias de Campos e Santos”, afirma Andrea Achoa, gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Equinor no Brasil. “Nesse sentido, enxergamos na cultura sustentável de oleaginosas uma alternativa possível para reduzir as emissões das nossas operações”, completa. Em Camaçari, na Bahia, um campo experimental será desenvolvido no Senai Cimatec Park. Após os 42 meses previstos para o Safe, a infraestrutura poderá ser utilizada para testes e análises adicionais, em programa a ser definido pelos parceiros ao final do cronograma."

Fonte: Eixos; 05/12/2024

Açu reserva mais dois milhões de metros quadrados para projetos de hidrogênio verde

"O Porto do Açu – controlado pelo Prumo Logística – irá reservar mais dois milhões de metros quadrados de sua área para projetos de hidrogênio verde destinados à produção de e-metanol e combustível sustentável de aviação (SAF), disse o CEO da Prumo Logística, Rogério Zampronha, na última quarta (4/12). Esta nova área se soma a 1 milhão de metros quadrados já licenciados no porto localizado no norte do estado do Rio de Janeiro, com contratos de reserva pelas empresas Fuella e a HIF Global. “Não são memorandos de entendimento, são contratos de locação pagos com empresas internacionais”, disse Zampronha em encontro com jornalistas. A norueguesa Fuella assinou o primeiro contrato do hub para desenvolver uma planta de amônia verde de até 520 MW. Já a HIF Global planeja uma instalação para produção de e-metanol, para a descarbonização do transporte marítimo. “As grandes petroleiras deixaram de ser protagonistas [na transição energética]. Agora percebemos empresas financiadas por fundos de capital privado, soberanos ou verdes, como a Fuella e a HIF Global”, avaliou o CEO. Para o executivo da Prumo, o transporte marítimo vai ser um divisor de águas no uso de combustíveis verdes, por conta da sua maior viabilidade econômica. “O impacto do custo adicional para o consumidor final é menor, pois é diluído em grandes volumes de carga. […] Enxergamos uma pressão significativa, especialmente da União Europeia, para a adoção do e-metanol em novas embarcações”, explicou. Além dos contratos firmados com Fuella e HIF, o Porto do Açu espera anunciar mais duas empresas interessadas em produzir combustíveis verdes para a aviação e navegação a partir do hidrogênio."

Fonte: Eixos; 05/12/2024

Brasil processa unidade da Volkswagen por tratar trabalhadores rurais como escravos décadas depois

"Procuradores do trabalho brasileiros acusaram a unidade local da Volkswagen de submeter trabalhadores rurais a condições análogas à escravidão décadas atrás e estão pedindo R$ 165 milhões (US$ 27,5 milhões) em indenizações, informaram na quinta-feira. A Volkswagen do Brasil disse em um comunicado que ainda não havia sido formalmente notificada das acusações. A Volkswagen cometeu violações de direitos humanos na fazenda de sua propriedade de 1974 a 1986 no norte do Brasil, alegaram os promotores. Um juiz do trabalho analisará as acusações e decidirá se o processo contra a VW seguirá adiante. Os procuradores federais do trabalho brasileiros começaram a investigar após relatos de Ricardo Rezende, padre e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 2019, a partir de documentos e depoimentos dos trabalhadores da fazenda. Os procuradores do trabalho constataram que ocorreram “graves violações de direitos humanos” na fazenda, com trabalhadores submetidos a condições “análogas à escravidão” por meio de jornadas de trabalho exaustivas, condições degradantes de trabalho e servidão por dívida, disse o procurador Rafael Rodrigues em um comunicado. As acusações, que incluem o pedido de indenização por danos morais coletivos, são consequência de negociações fracassadas com a Volkswagen do Brasil visando a um acordo, disseram os procuradores. Eles disseram que a empresa abandonou as negociações em março de 2023 e “não demonstrou interesse” em assinar um acordo com eles."

Fonte: Reuters; 05/12/2024

PL da reciprocidade pode ajudar Brasil nas discussões internacionais, avaliam Itamaraty e Meio Ambiente

"A tramitação, no Congresso Nacional, de projetos de lei (PL) que tratam da reciprocidade ambiental em acordos internacionais têm recebido apoio de representantes do governo nos Ministérios de Relações Exteriores (MRE) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). A visão é que uma legislação sobre o tema poderia ajudar o Brasil a responder a medidas protecionistas verdes, em especial na União Europeia, como a Lei Anti-Desmatamento (EUDR) e o Mecanismo de Ajuste de Carbono nas Fronteiras (CBAM). O EUDR restringe a importação de produtos oriundos de áreas desmatadas após 2020, e o CBAM taxa emissões de carbono de produtos que entram na UE. As discussões ocorrem em meio à decisão do Carrefour de boicotar a carne brasileira – que já foi revertida – e aos ataques de parlamentares franceses, que chamaram de “lixo” a carne produzida no Brasil. O ocorrido também trouxe mais um desafio para assinatura do acordo comercial Mercosul-UE, que poderia ser assinado esta semana. “A lei anti-desmatamento e o CBAM mostram que o protecionismo verde não sairá da pauta”, disse a secretária de Mudanças Climáticas do MMA, Ana Toni, durante audiência pública sobre o PL da reciprocidade no Senado, nesta quarta (4/12). Na avaliação da secretária, uma lei brasileira também pode ajudar o governo a trabalhar esse tema de uma maneira “altiva e proativa”, em fóruns internacionais. Ela indica o trabalho do Basic (bloco de quatro países recentemente industrializados – Brasil, África do Sul, Índia e China) como uma forma de marcar posição contrária a medidas unilaterais, de interesse meramente comercial, que dificultam o combate às mudanças climáticas."

Fonte: Eixos; 05/12/2024

Como ficam as propostas para as eólicas offshore no PL que propõe contratação de térmicas

"Além da manutenção das térmicas a gás e carvão no PL das eólicas offshore, o relatório do senador Weverton Rocha (PDT/MA) traz mudanças importantes quanto ao Planejamento Espacial Marinho (PEM) e preferência para as petroleiras em áreas que já sejam destinadas à exploração e produção de petróleo e gás natural. São alterações negociadas no projeto que trava originalmente, no Senado, da contratação das áreas para geração de energia no mar. No que diz respeito ao PEM, o senador sugeriu incluir a expressão “ou instrumento equivalente” para permitir que outros dispositivos sejam usados enquanto o PEM não estiver concluído. Atende a um temor do mercado quanto à redação que veio da Câmara dos Deputados, em relação à vinculação com um estudo que ainda está em elaboração. Rocha rejeitou pontos do texto que eram favoráveis às petroleiras que desejassem investir em projetos de geração eólica offshore nas áreas em que exploram e produzem petróleo e gás. Na análise do senador, não deve haver oitiva prévia do operador, nem atribuição de demonstrar incompatibilidade entre as atividades. A posição também é contrária quanto à preferência de outorga. Caberá ao Poder Executivo administrar eventuais conflitos entre diferentes atividades – um dos objetivos do PEM. Pelo substitutivo do projeto aprovado na Câmara dos Deputados, seria respeitada a vedação de outorga para eólicas offshore em blocos licitados no regime de concessão, cessão onerosa ou partilha de produção de petróleo e gás. O texto do substitutivo previa que o operador da área fosse ouvido previamente, sendo o responsável por demonstrar a incompatibilidade, além da preferência aos operadores."

Fonte: Eixos; 05/12/2024

Internacional

Empresas

Perdas com seguros decorrentes de catástrofes naturais devem chegar a US$ 135 bilhões

"As perdas com seguros decorrentes de catástrofes naturais, como enchentes e furacões, estão a caminho de ultrapassar US$ 135 bilhões este ano, o que levou as maiores seguradoras do mundo a pedir mais ações para combater as mudanças climáticas. Dois terços das perdas globais ocorreram nos EUA, onde dois furacões devastaram a Flórida em setembro e outubro, de acordo com um novo relatório da Swiss Re. Inundações intensas na Europa, especialmente na Espanha, resultaram nas segundas maiores perdas seguradas de inundações na região, de acordo com estimativas da Swiss Re. Esse foi o terceiro ano mais caro em termos de inundações em todo o mundo e o segundo mais caro para a Europa, que teve perdas seguradas de aproximadamente US$ 10 bilhões. Chuvas intensas em abril causaram inundações na região do Golfo, interrompendo as operações no Dubai International, um dos aeroportos mais movimentados do mundo. Em setembro, a tempestade Boris causou inundações na Europa Central, afetando principalmente a República Tcheca, a Polônia e a Áustria. Este é o quinto ano consecutivo em que as perdas com catástrofes naturais ultrapassaram US$ 100 bilhões, o que levou a pedidos de mais investimentos em medidas para combater as causas fundamentais do clima severo. “Com 1,54°C acima da média pré-industrial, 2024 deve se tornar o ano mais quente já registrado”, disse o relatório da Swiss Re. “Um clima em aquecimento favorece a ocorrência de muitas das catástrofes naturais observadas em 2024.” Balz Grollimund, chefe de riscos de catástrofes da Swiss Re, disse: “Investir em medidas de mitigação e adaptação deve se tornar uma prioridade.”"

Fonte: Financial Times; 05/12/2024

Cadeias de suprimento de café da Nestlé e da Starbucks são alvo de escrutínio sobre práticas trabalhistas na China

"As fazendas de café das cadeias de suprimento chinesas da Nestlé e da Starbucks estão usando mão de obra infantil e empregando trabalhadores que cumprem jornadas excessivas em condições que não atendem aos padrões de segurança das próprias empresas, de acordo com a organização sem fins lucrativos China Labor Watch. Em um relatório divulgado esta semana, a organização ativista com sede em Nova York disse que algumas fazendas de café na província de Yunnan - a maior região produtora de café da China - não estão conseguindo atender aos requisitos de sustentabilidade das empresas devido à “falta de relações contratuais diretas entre empresas de café, propriedades certificadas e pequenas fazendas”. O relatório afirma que os principais compradores, incluindo a Starbucks e a Nestlé, obtêm grãos de café torrado de grandes fazendas certificadas. No entanto, essas propriedades aceitam grãos de fazendas “fantasmas” menores e não certificadas, permitindo que o café não regulamentado entre no mercado como um produto aparentemente de origem ética, disse a organização sem fins lucrativos. O relatório destaca os problemas enfrentados por grandes empresas com extensas cadeias de suprimentos em economias em desenvolvimento, incluindo a da China. No mês passado, o governo Biden bloqueou as importações de mais de duas dúzias de empresas chinesas por causa de seus supostos vínculos com o trabalho forçado na região de Xinjiang, sua maior expansão de uma lista de proibições que entrou em vigor em 2022. Também no mês passado, o Conselho da União Europeia aprovou uma regulamentação que proibiria, nos 27 estados-membros do bloco, a venda de produtos fabricados com trabalho forçado dentro ou fora da Europa."

Fonte: The Wall Street Journal; 05/12/2024

Grupo LATAM adota couro reciclável em assentos de aeronaves

"A indústria da aviação é responsável por 70% da emissão de gases de efeito estufa e o Grupo LATAM tem apostado em uma estratégia para modernizar sua frota na América do Sul, investindo em tecnologias para a tornar mais eficiente e sustentável. Uma das iniciativas da companhia aérea é adotar o couro reciclado para revestir e renovar os assentos de 24 aeronaves do modelo Boeing 787 -- somando quase 7 mil utilizando o material que iria ser descartado em aterros ou lixões, e se tornar um problemão ambiental. Entre as suas metas ESG, está se tornar "zero resíduo" destinados para aterros sanitários até 2027. A novidade integra o processo de renovação de cabines de aviões que operam voos internacionais e parte dela será implementada no LATAM MRO, maior centro de manutenção da companhia, em São Carlos (SP). O couro fornecido pela fabricante Gen Phoenix soma 130 mil metros quadrados e pode cobrir 61% de toda a frota de assentos. Segundo estimativas, seu processo produtivo permite reduzir as emissões de carbono em até 60% e possibilita uma economia de até 55% no consumo de água ao diminuir a necessidade de criar gado, visto que evita o uso adicional de terras para pastagem e alimentação animal. Além disso, é capaz de reciclar 95% da água. A LATAM destacou que além do novo estofamento ser sustentável, é uma alternativa de primeira qualidade e se destaca em design, conforto e durabilidade. Johanna Cabrera, gerente de Sustentabilidade do LATAM Airlines Group, disse em nota que a mudança permite continuar posicionando a companhia como um ator relevante na indústria em termos de sustentabilidade."

Fonte: Exame; 05/12/2024

Stellantis faz parceria com a Zeta Energy, fabricante de baterias para veículos elétricos

"A Stellantis está fazendo uma parceria com a Zeta Energy para desenvolver baterias de lítio-enxofre para veículos elétricos como parte de sua estratégia contínua de eletrificação. A gigante automobilística disse nesta quinta-feira que seu investimento em tais baterias tornaria a posse de um veículo elétrico mais conveniente para os consumidores, já que sua tecnologia tem o potencial de melhorar a velocidade de carregamento rápido em até 50%. As baterias de lítio-enxofre para veículos elétricos também serão mais econômicas, disse a empresa controladora da Chrysler. Espera-se que elas custem menos da metade do preço por quilowatt-hora das atuais baterias de íon-lítio. Como parte do acordo de desenvolvimento conjunto, a Zeta Energy alavancaria uma cadeia de suprimentos curta e totalmente doméstica na Europa ou na América do Norte, disse Stellantis. De modo geral, o desenvolvimento de veículos elétricos de alto desempenho e acessíveis é um pilar fundamental do plano estratégico da Stellantis para 2030, que inclui a oferta de mais de 75 modelos de veículos elétricos a bateria, acrescentou a empresa."

Fonte: Valor Econômico; 05/12/2024

Degradação ambiental coloca metade do PIB do mundo em risco

"A cidade de Riad, na Arábia Saudita, está sediando esta semana a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD), também chamada de COP16, com um número desconfortável à mesa: a degradação ambiental pode custar US$ 23 trilhões até 2050. Significa que cerca de metade do PIB global está em risco devido às perdas de produtividade e diversidade biológica. Durante o encontro, a ONU tem pedido ao setor privado que torne a gestão sustentável da terra uma parte fundamental das estratégias corporativas e financeiras. A organização aponta que as secas aumentaram quase 30% em frequência e intensidade desde o ano 2000, ameaçando a agricultura e a segurança hídrica, enquanto até 40% das terras do mundo estão degradadas – com reflexos econômicos. Recursos naturais como solo, água e biodiversidade são a base da economia mundial, já que é a partir deles que produzimos alimentos, energia e matérias-primas para uma série de produtos. “A seca e a perda de terras terão consequências terríveis para o clima, a biodiversidade e os meios de subsistência das pessoas, bem como para as empresas, grandes e pequenas. A mudança para operações, cadeias de suprimentos e investimentos positivos para a natureza não se trata apenas de sustentabilidade ambiental”, explica Ibrahim Thiaw, secretário executivo da UNCCD. Ele afirma que a questão está diretamente relacionada à lucratividade e resiliência de longo prazo dos negócios. De acordo com a avaliação financeira de 2024 da UNCCD, US$ 878 bilhões são perdidos todos os anos devido à degradação da terra, desertificação e seca."

Fonte: Eixos; 05/12/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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