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Paten deve ser votado ainda essa semana no Senado | Café com ESG, 02/12

Votação do Paten está programada para dia 4 de dezembro; Governo deve lançar a Estratégia Nacional de Adaptação, do Plano Clima, ainda esse ano

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado terminou a semana passada em território negativo, com o Ibovespa e o ISE caindo 2,7% e 3,5%, respectivamente. Já o pregão de sexta-feira fechou em território positivo, com o IBOV avançando 0,8% e o ISE 0,9%.

• No Brasil, (i) o Senado Federal marcou para 4 de dezembro a votação Programa da Aceleração da Transição Energética (Paten), após o relator, Laércio Oliveira, desistir das propostas para reduzir a concentração da Petrobras na oferta de gás natural – o objetivo do Senado e da Câmara dos Deputados é enviar o Paten para sanção ainda este ano; e (ii) o governo federal prepara o lançamento da Estratégia Nacional de Adaptação ainda este ano – trata-se de um dos eixos do Plano Clima 2024-2035 que, ao lado da Estratégia Nacional de Mitigação, dará os caminhos da descarbonização da economia brasileira e do enfrentamento da crise climática em uma trajetória com melhor custo-efetividade.

• No internacional, as fabricantes chinesas de veículos elétricos (EV), BYD, XPeng e Zeekr, registraram novos recordes de venda globalmente em novembro – a BYD, por exemplo, vendeu 506.804 veículos elétricos no mês, um aumento de 67,9% em relação ao ano anterior.

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Brasil

Empresas

Mineradora descobre reservas de terras raras em Minas Gerais

“A mineradora Cabo Verde Mineração, por meio de sua controladora COPEM, anunciou na quinta (28/11) a descoberta de elementos terras raras (ETR) em suas áreas de exploração nos municípios de Cabo Verde, Muzambinho e Botelhos, localizados no Sul de Minas Gerais. A companhia espera investir R$ 70 milhões em uma planta de beneficiamento. A descoberta foi comunicada à Agência Nacional de Mineração (ANM), onde a Cabo verde destaca a ocorrência inédita desses elementos associados ao minério de ferro na borda do Complexo de Poços de Caldas. A região de Poços de Caldas já conta com um empreendimento para extração de ETR, da australiana Meteoric Resources, que prevê investimentos de US$ 425 milhões. Terras raras são fundamentais para produção de turbinas eólicas, motores de veículos elétricos, entre outras tecnologias para a energia renovável. “A descoberta reforça nosso compromisso com a inovação e nos posiciona como um player global para atender à demanda por minerais essenciais na transição energética”, comenta Túlio Rivadávia Amaral, diretor executivo da Cabo verde. De acordo com informações da empresa, as pesquisas revelaram concentrações que chegam a 3.942 ppm de óxidos totais de terras raras (TREO), um valor considerado promissor no setor de mineração. Além disso, testes de recuperação apresentaram eficiência de 81,69%, um índice excepcional usando lixiviação iônica, tecnologia de baixo custo operacional. A Cabo Verde Mineração afirma que seguirá “investindo em pesquisa geológica através de sondagens de detalhamento, análises químicas” e na ampliação das suas operações para “retomada da exploração do minério de ferro na região”.”

Fonte: Eixos; 29/11/2024

Porto do Açu e empresa belga estudam logística para eólica offshore

“O Porto do Açu, no Rio de Janeiro — controlado pela Prumo Logística em parceria com o Porto de Antuérpia-Bruges Internacional — assinou, na quinta (28/11), um memorando de entendimento (MoU) com a empresa belga Sarens, para estudar parcerias em soluções logísticas no transporte de componentes da cadeia de energia eólica offshore. A formalização do acordo ocorreu durante a visita da Princesa Astrid à missão econômica belga no Brasil e é o primeiro da Sarens no país para projetos eólicos no mar. “Queremos combinar logística integrada e nos tornar um hub de operação e manutenção com custos mais competitivos para a indústria eólica offshore no Brasil”, diz Mauro Andrade, diretor executivo de Desenvolvimento de Negócios da Prumo. A Prumo estima que aproximadamente 35% do custo de um projeto eólico depende de fatores logísticos. Os estudos irão avaliar soluções para o transporte de turbinas, pás e outros componentes fabricados na cadeia de valor do setor, já que a logística desses equipamentos demanda operações específicas. O grupo belga é especializado em içamento e transporte de equipamentos pesados, tais como pás de eólicas offshore, que podem ultrapassar os 100 metros de comprimento. O plano do Açu é ser um hub de apoio à indústria eólica offshore no Brasil, além de um polo de fabricação e montagem da cadeia de valor, atraindo fabricantes de turbinas, pás e cabos. Com quase 39 GW em projetos com pedidos de licenciamento na costa do Rio de Janeiro, de acordo com o Ibama, o complexo porto-indústria tem uma localização estratégica, além de estar conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e poder aproveitar sinergias com a logística existente para o setor de petróleo e gás.”

Fonte: Eixos; 29/11/2024

Senado marca votação do Paten após exclusão de gas release

“O Senado Federal marcou para 4 de dezembro a votação Programa da Aceleração da Transição Energética (Paten), após o relator Laércio Oliveira (PP/SE) desistir das propostas para reduzir a concentração da Petrobras na oferta de gás natural. O calendário foi definido ontem (28/11), em reunião de líderes com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG). Ele próprio vinha cobrando celeridade na tramitação do Paten. Laércio Oliveira havia proposto um capítulo adicional no projeto, com uma série de medidas incluindo uma alternativa ao gas release, medida de desconcentração prevista na Lei do Gás. Com oposição do governo federal, o projeto não teve apoio no Senado. A decisão foi tomada após os Pacheco e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), definirem um calendário de votações até 20 de dezembro. O objetivo é enviar o Paten para sanção ainda este ano. “Reconheço que tais aprimoramentos podem ser realizados em momento oportuno, respeitando o tempo da política e o discernimento que ela traz aos meus nobres colegas”, registrou o Oliveira, no voto. Após alinhamento com o Ministério de Minas e Energia (MME) e negociações com a própria Petrobras, o parlamentar havia alterado a proposta original, mas o texto nem sequer chegou a ser protocolado. O foco do programa passa a ser impedir a estatal de comprar gás de outros produtores nacionais, além de impor limites à petroleira na importação da Bolívia – e, futuramente, da Argentina. O primeiro parecer apresentado na Comissão de Infraestrutura do Senado propôs a redução compulsória da participação de mercado de qualquer agente que detenha mais de 50% da oferta de gás.”

Fonte: Eixos; 29/11/2024

Plano Clima até 2035 começa a dar primeiros passos

“O governo federal prepara o lançamento da Estratégia Nacional de Adaptação ainda este ano. Trata-se de um dos eixos do Plano Clima 2024-2035 que, ao lado da Estratégia Nacional de Mitigação, dará os caminhos da descarbonização da economia brasileira e do enfrentamento da crise climática em uma trajetória com melhor custo-efetividade e calculando-se uma taxa de crescimento do PIB de 2,6% ao ano. Uma das peças centrais da iniciativa, a meta climática nacional para 2035, conhecida pela sigla NDC, foi lançada em novembro. “É a primeira vez que teremos um Plano Clima com as duas partes juntas, mitigação e adaptação”, diz a economista Ana Toni, secretária Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente (MMA). “Esse processo tem sido coletivo e de todos os ministérios”, explica. “Não é um plano do Ministério do Meio Ambiente. É um plano de todo o governo.” A meta nacional, apresentada em forma de banda -um corte de emissões líquidas de gases estufa entre 59% e 67% em 2035 em relação aos níveis de 2025- equivale a uma redução de emissões entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de CO2 equivalente a ser alcançada nos próximos 11 anos. Trata-se de um orçamento de carbono e de mais um ponto rumo à meta de longo prazo, de o país se tornar carbono neutro em 2050. A Estratégia Nacional de Mitigação indica como o país pode chegar lá. “A estratégia é a visão nacional sobre o tema. A partir daí vêm os planos setoriais”, explica Ana Toni.”

Fonte: Valor Econômico; 02/12/2024

Demora sobre presidente da COP30 gera apreensão

“Com o fim da 29ª Conferência do Clima da ONU (COP29), no Azerbaijão, e a virada para 2025 mais próxima, cresce a pressão para que o governo federal defina o quanto antes o presidente e a equipe responsáveis pela COP30, que será realizada em novembro do ano que vem, no Pará. Soma-se ao cenário geopolítico mais fragmentado após a eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, o resultado frustrante da conferência de Baku, que empurrou para o Brasil discussões espinhosas, como o financiamento climático. Pesa ainda sobre a presidência brasileira o marco de dez anos do Acordo de Paris, que baliza as ações climáticas para frear o aquecimento global. Será o ano de redefinição das metas de emissões, com a publicação de novas contribuições nacionalmente determinadas (NDCs), que precisam ser reapresentadas a cada cinco anos. Para especialistas ouvidos pelo Valor, a transição tem de começar o mais rápido possível, já que 2025 deve se iniciar com uma intensa agenda de preparação para a cúpula de novembro. Além do presidente, a “diretoria” da COP contempla um CEO e comissários de alto nível (“high-level champion for climate change”), que também não foram indicados. Havia a expectativa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciaria o indicado na Assembleia Geral da ONU, em setembro. Depois, as atenções se voltaram para Baku, onde se esperava que, mesmo sem a presença de Lula – que cancelou a participação após acidente doméstico -, o anúncio fosse feito. Pessoas que frequentam as conferências do clima da ONU dizem que não há uma regra para nomeação da equipe.”

Fonte: Valor Econômico; 02/12/2024

Internacional

Empresas

YPFB estuda quatro hubs de hidrogênio verde na Bolívia

“A estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) revelou, na última semana, sua estratégia de desenvolvimento de quatro projetos de hidrogênio verde na Bolívia, nas regiões de Entre Ríos, Río Grande, Warnes e Villa Montes. O anúncio foi feito pelo diretor de avaliação e controle de projetos da YPFB, Jorge Ríos Urquidi, durante o Fórum Internacional de Hidrocarbonetos, Fertilizantes, Energias Renováveis e Alternativas, realizado em Santa Cruz de la Sierra. Segundo ele, a empresa estuda a implementação de hubs de hidrogênio verde, com resultados esperados para o terceiro trimestre de 2025. “A publicação da nossa estratégia nos permite avançar com mais firmeza. Identificamos quatro áreas com potencial para sediar plantas de produção de hidrogênio verde”, destacou. Urquidi também ressaltou o compromisso de descarbonização da YPFB, posicionando a Bolívia como líder regional na produção de energia limpa. Os quatro projetos estão planejados para áreas próximas a instalações industriais já existentes de produção de amônia e ureia, separação de líquidos e processamento de gás natural, com uma produção estimada de hidrogênio verde de 420 toneladas por dia. A empresa considera tanto a possibilidade de conexão dos projetos ao grid, como possibilidade de geração de energia renovável. “O hidrogênio verde vai nos dar soberania e segurança energética, isso significa uma redução da dependência das importações de combustíveis”, disse Urquidi. Nos últimos anos, a Bolívia vem passando por uma escassez de combustíveis, devido a queda na produção da YPFB e aos recentes bloqueios de estradas, realizados por opositores ao governo do presidente Luis Arce.”

Fonte: Eixos; 29/11/2024

Fabricantes chineses de carros elétricos registram recorde de vendas em novembro

“As fabricantes de veículos elétricos (EV) BYD, XPeng e Zeekr – as rivais chinesas da Tesla – registraram novos recordes de venda em novembro, enquanto a Li Auto e a Nio divulgaram vendas menores em relação a outubro. A BYD vendeu um recorde de 506.804 veículos elétricos em novembro, um aumento de 67,9% em relação ao ano anterior. Mas houve um aumento de apenas 0,8% em relação a outubro, quando a BYD ultrapassou meio milhão de carros vendidos no mês pela primeira vez. Apesar do recorde, os dados vieram abaixo da expectativa de venda de 520 mil unidades do banco Deutsche Bank. Dos seus 504.003 veículos de passageiros, a BYD vendeu 305.938 híbridos plug-in (Phev), um aumento de 133,1% em relação ao ano anterior, mas uma queda de 1,6% em relação a outubro. Isso quebrou uma sequência de oito meses de vendas recordes de Phev. As vendas de veículos totalmente elétricos a bateria (Bevs) atingiram um recorde de 198.065, aumento de 16,4% em relação ao ano anterior e 4,5% em relação a outubro. As vendas de EV comerciais, que incluem ônibus, caminhões pesados e outros equipamentos grandes, aumentaram para um recorde de 2.801 em novembro, um aumento de 433,5% em relação ao ano anterior e 31,4% em relação a outubro. A BYD parece estar a caminho de ultrapassar 4 milhões de vendas em 2024, incluindo híbridos. A montadora chinesa continua a atualizar e aumentar sua linha de veículos elétricos. A maioria das vendas da BYD ainda vem da China, embora esteja se expandindo para o exterior. Em 2023, as vendas de EV da BYD atingiram um recorde de 3 milhões de veículos elétricos a bateria e híbridos plug-in, aumentando 62% em relação ao ano anterior.”

Fonte: Valor Econômico; 01/12/2024

China conclui cinturão verde de 3.000 km ao redor de seu maior deserto, diz a mídia estatal

“A China concluiu uma campanha de 46 anos para cercar seu maior deserto com árvores, parte dos esforços nacionais para acabar com a desertificação e conter as tempestades de areia que assolam partes do país durante a primavera, informou a mídia estatal na sexta-feira. Um “cinturão verde” de cerca de 3.000 km (2.000 milhas) ao redor do Taklamakan foi concluído na quinta-feira na região noroeste de Xinjiang, depois que os trabalhadores plantaram os últimos 100 metros de árvores na borda sul do deserto, informou o People’s Daily, dirigido pelo Partido Comunista. Os esforços para cercar o deserto com árvores começaram em 1978, com o lançamento do projeto chinês “Cinturão de Proteção Três-Norte”, coloquialmente conhecido como a Grande Muralha Verde. Mais de 30 milhões de hectares (116.000 milhas quadradas) de árvores foram plantados. O plantio de árvores no árido noroeste ajudou a elevar a cobertura florestal total da China para mais de 25% até o final do ano passado, em comparação com cerca de 10% em 1949. Somente em Xinjiang, a cobertura florestal aumentou de 1% para 5% nos últimos 40 anos, segundo o People’s Daily. O projeto do cinturão de proteção envolveu décadas de experimentos com diferentes espécies de árvores e plantas para determinar quais são as mais resistentes. Os críticos dizem que as taxas de sobrevivência têm sido frequentemente baixas e que o projeto tem sido ineficaz na redução de tempestades de areia, que rotineiramente atingem a capital Pequim. A China continuará a plantar vegetação e árvores ao longo da borda do Taklamakan para garantir que a desertificação seja mantida sob controle, disse Zhu Lidong, funcionário do setor florestal de Xinjiang, em uma coletiva de imprensa em Pequim na segunda-feira.”

Fonte: Reuters; 29/11/2024

Negociações da ONU sobre plástico fracassam sem acordo sobre metas

“Os países que estão negociando um tratado global para redução da poluição causada por plástico não conseguiram chegar a um acordo neste domingo, com mais de 100 nações buscando limitar a produção e um pequeno grupo de produtores de petróleo querendo apenas foco sobre o lixo. A quinta reunião do Comitê de Negociação Intergovernamental da ONU para um tratado global vinculante, realizada em Busan, Coreia do Sul, deveria ser a última. No entanto, os países continuaram muito distantes quanto ao escopo básico de um tratado e concordaram apenas em adiar as principais decisões para uma reunião futura. “Embora eu tenha visto pontos de convergência em muitas áreas, as posições continuam divergentes em algumas outras”, disse Luis Vayas Valdivieso, presidente da reunião. As questões mais polêmicas incluíram a limitação da produção de plástico, o gerenciamento de produtos plásticos e químicos de interesse e o financiamento para ajudar os países em desenvolvimento a implementarem o tratado. Uma opção proposta pelo Panamá, apoiada por mais de 100 países, teria criado um caminho para uma meta global de redução da produção de plástico, enquanto outra proposta não incluiu limites de produção. As falhas ficaram evidentes em um documento revisado divulgado neste domingo por Valdivieso, que poderia ter formado a base de um tratado, mas permaneceu repleto de opções sobre as questões mais sensíveis. “Um tratado que…se baseia apenas em medidas voluntárias não é aceitável”, disse Juliet Kabera, Diretora Geral da Autoridade de Gestão Ambiental de Ruanda. “É hora de levarmos isso a sério e negociarmos um tratado que seja adequado ao propósito e não feito para falhar.””

Fonte: Reuters; 01/12/2024

Noruega interrompe mineração no fundo do mar, por enquanto

“Um pequeno partido político ambientalista de esquerda da Noruega conseguiu, no domingo, bloquear os planos de mineração no fundo do mar no Ártico, exigindo que o governo cancelasse sua primeira rodada de licenciamento em troca de apoio ao orçamento. “Estamos interrompendo os planos de abrir a mineração no fundo do mar”, disse aos repórteres Kirsti Bergstoe, líder do partido SV, que não faz parte da coalizão governamental, mas apoia o governo minoritário. O governo, que havia planejado oferecer suas primeiras licenças de exploração de mineração em águas profundas no primeiro semestre de 2025, disse que, embora o plano tenha sido suspenso, o trabalho preparatório continuaria, incluindo a criação de regulamentos e o mapeamento do impacto ambiental. “Isso será um adiamento”, disse o primeiro-ministro Jonas Gahr Stoere, do Partido Trabalhista, à emissora privada TV2. A Noruega, cujas vastas reservas de hidrocarbonetos a tornaram um dos países mais ricos do mundo, assumiu um papel de liderança na corrida global para minerar o fundo do oceano em busca de metais que estão em alta demanda à medida que as nações se afastam dos combustíveis fósseis. “Esta é uma vitória crucial na luta contra a mineração em alto mar. Deve ser o prego no caixão da indústria destrutiva”, disse Frode Pleym, chefe do Greenpeace Noruega, à Reuters. Oslo tinha planos de abrir grandes áreas de sua região ártica no próximo ano para sua rodada inaugural de licenciamento do fundo do mar, apesar da oposição dos defensores do meio ambiente e de uma coalizão de 32 países, incluindo Alemanha, França, Canadá e Brasil.”

Fonte: Reuters; 01/12/2024

A Corte Mundial abrirá audiências sobre mudanças climáticas

“O principal tribunal das Nações Unidas inicia na segunda-feira as audiências sobre a obrigação legal dos países de combater a mudança climática e as consequências para os estados de contribuir para o aquecimento global, cujo resultado pode influenciar os litígios em todo o mundo. Vanuatu, um dos pequenos estados insulares que liderou o esforço para fazer com que a Corte Internacional de Justiça emitisse a chamada opinião consultiva, será o primeiro de mais de cem estados e organizações internacionais a dar seus pontos de vista em duas semanas de procedimentos a partir das 10h (0900 GMT). Embora as opiniões consultivas da corte não sejam obrigatórias, elas são legal e politicamente significativas. Especialistas afirmam que a eventual opinião da corte sobre a mudança climática provavelmente será citada em ações judiciais relacionadas à mudança climática em tribunais da Europa à América Latina e além. As audiências começam uma semana depois que as nações em desenvolvimento denunciaram como lamentavelmente inadequado um acordo alcançado na cúpula da COP29 para que os países forneçam US$ 300 bilhões em financiamento climático anual até 2035 para ajudar as nações mais pobres a lidar com as mudanças climáticas. Ralph Regenvanu, enviado especial de Vanuatu para as mudanças climáticas e o meio ambiente, disse que é imperativo que os combustíveis fósseis sejam eliminados gradualmente e que mais dinheiro seja fornecido às nações mais pobres que estão sofrendo o impacto das mudanças climáticas, como a sua nação insular do Pacífico.”

Fonte: Reuters; 02/12/2024

ONU pede investimento de US$ 2,6 trilhões para reverter a degradação da terra

“A restauração das terras degradadas do mundo e a contenção dos desertos exigirão pelo menos US$ 2,6 trilhões em investimentos até o final da década, disse à Reuters o executivo da ONU que supervisiona as negociações globais sobre o assunto, quantificando o custo pela primeira vez. Secas mais frequentes e severas como resultado da mudança climática, combinadas com as necessidades alimentares de uma população em crescimento, significam que as sociedades correm um risco maior de sofrerem perturbações, a menos que sejam tomadas medidas, disse Ibrahim Thiaw antes das negociações em Riad nesta semana. A reunião de duas semanas tem como objetivo fortalecer a resistência do mundo à seca, inclusive endurecendo as obrigações legais dos estados, definindo as próximas etapas estratégicas e garantindo o financiamento. Uma grande parte dos cerca de US$ 1 bilhão por dia necessários precisará vir do setor privado, disse Thiaw, que é Secretário Executivo da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD). “A maior parte dos investimentos em restauração de terras no mundo está vindo de dinheiro público. E isso não está certo. Porque, essencialmente, o principal fator de degradação da terra no mundo é a produção de alimentos… que está nas mãos do setor privado”, disse Thiaw, acrescentando que, até o momento, ele fornece apenas 6% do dinheiro necessário para reabilitar terras danificadas. “Como é possível que uma mão esteja degradando a terra e a outra tenha a responsabilidade de restaurá-la e consertá-la?”, disse Thiaw, reconhecendo a responsabilidade dos governos de estabelecer e aplicar boas políticas e regulamentações de uso da terra.”

Fonte: Reuters; 02/12/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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