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ONS propõe corte temporário em pequenas usinas durante excedente de energia | Café com ESG, 03/11

ONS apresenta plano para reduzir excedente de energia renovável; BNDES aprova financiamento para a Volkswagen eletrificar seu portfólio

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou a semana passada em alta, com o IBOV e o ISE subindo 2,3%. No pregão de sexta-feira, o Ibovespa e o ISE registraram leve alta de 0,51% e 0,56%, respectivamente.

• No Brasil, (i) a Volkswagen anunciou que, a partir de 2026, todo novo modelo desenvolvido e fabricado na América Latina terá versões híbridas leves, plenas ou “plug-in” – a empresa também anunciou o desenvolvimento de uma nova plataforma na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), que vai comportar a produção dos híbridos plenos e “plug-in”, além da aquisição de uma linha de crédito de R$ 2,3 bilhões do BNDES para impulsionar o desenvolvimento desses modelos e a exportação; e (ii) o plano emergencial elaborado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para momentos de excedentes de geração de energia prevê, entre outras medidas, a redução temporária da produção em usinas de pequeno porte conectadas diretamente à rede de distribuição – em geral, esses empreendimentos são pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), usinas a biomassa, além de eólicas e solares de menor porte.

• No internacional, os Estados Unidos não enviarão nenhum funcionário do alto escalão à próxima cúpula da Conferência das Partes, a COP30, que ocorrerá em Belém, informou um funcionário da Casa Branca, aliviando algumas preocupações entre líderes mundiais de que Washington enviaria uma equipe para boicotar as negociações.

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Brasil

Volkswagen anuncia que todo modelo desenvolvido e produzido no país a partir de 2026 terá uma versão híbrida

“A partir de 2026, todo novo modelo Volkswagen desenvolvido e fabricado na América Latina terá versões híbridas, que poderão ser híbridos leves, plenos ou “plug-in”. A empresa anunciou, ainda, o desenvolvimento de uma nova plataforma, na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), que vai comportar a geração dos híbridos plenos e os “plug-in”. A direção da Volks anunciou, ainda, nesta sexta-feira (31), a aquisição de uma linha de crédito de R$ 2,3 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para impulsionar o desenvolvimento dos modelos híbridos e também a exportação. O anuncio foi feito durante visita de Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, na fábrica da Volks no ABC. “Essa é uma indústria inovadora. É engenharia brasileira indo para o mundo”, disse Alckmin. A direção da montadora não revelou qual modelo terá a sua primeira versão híbrida. Espera-se que a estreia da Volks no mercado dos eletrificados seja por meio de um híbrido leve, como já fez a Fiat. No híbrido leve, o motor elétrico não é usado para a propulsão do veículo. Mas ajuda o motor a combustão, o que resulta na economia de combustível e redução de emissões. O leve tem a vantagem de ser mais barato que o híbrido pleno.”

Fonte: Valor Econômico; 31/10/2025

Promotores brasileiros investigam uso ilegal de madeira nativa na produção de etanol de milho

“O estado brasileiro de Mato Grosso está investigando se usinas de etanol de milho estão queimando madeira proveniente de desmatamento ilegal para produzir biocombustível, contrariando os objetivos de descarbonização do setor, disse a promotora Ana Luiza Peterlini à Reuters. Mato Grosso é o maior produtor de soja do Brasil e responde por dois terços da produção nacional de etanol de milho, que cresceu rapidamente nos últimos anos. A investigação busca determinar se as usinas estão queimando ilegalmente madeira nativa para gerar energia no processo de produção, disse Peterlini. Embora as usinas devam usar árvores plantadas para alimentar as caldeiras, algumas estão queimando madeira nativa, que custa cerca da metade do preço, segundo denúncia enviada aos promotores. “Vou investigar, com certeza. A hipótese de que essas empresas estão usando matéria-prima do desmatamento já vai contra a lógica do próprio setor”, disse Peterlini, referindo-se à menor pegada de carbono do combustível renovável. O Brasil tem sido líder na adoção de biocombustíveis, mas o desmatamento é a maior fonte de emissões de gases de efeito estufa no país, que sediará a próxima cúpula climática das Nações Unidas em novembro. O governo anunciou uma queda de 11% no desmatamento da Amazônia nos 12 meses até julho. Ainda assim, 5.796 km² da floresta foram destruídos no período.”

Fonte: Reuters; 31/10/2025

Plano do ONS prevê corte temporário de pequenas usinas em momentos de excedente de energia

“O plano emergencial elaborado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para momentos de excedentes de geração de energia prevê, entre outras medidas, a redução temporária da produção em usinas de pequeno porte conectadas diretamente à rede de distribuição. Em geral, esses empreendimentos, classificados como “Usinas do Tipo III”, são pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), usinas a biomassa, além de eólicas e solares de menor porte. A medida integra o “Plano Emergencial de Gestão de Excedentes de Energia na Rede de Distribuição”, documento entregue à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nessa sexta-feira (31). O objetivo, segundo o Operador, é definir com antecedência os procedimentos a serem seguidos em situações emergenciais, quando houver indicações de que haverá excedente de energia elétrica e não for mais possível reduzir a geração centralizada. As usinas centralizadas são aquelas que estão sob responsabilidade do Operador Nacional do Sistema Elétrico, que consegue monitorar e despachar sua geração em tempo real, conforme a necessidade do sistema. Já as descentralizadas, que são usinas menores, estão conectadas diretamente às redes de distribuição e fora do controle operacional direto do ONS. Em nota, o ONS destacou que o plano visa estabelecer medidas a serem adotadas quando todas as alternativas operacionais da rede básica, como o corte de usinas centralizadas ou ajustes nas operações das usinas hidrelétricas, já estiverem esgotadas.”

Fonte: Valor Econômico; 31/10/2025

Rodovias entram na rota da descarbonização com programas ambientais e uso de energia limpa

“A preocupação com a segurança no trânsito e com a redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE) e as iniciativas de proteção ao meio ambiente vêm sendo importantes frentes de atuação das concessionárias de rodovias quando se trata de responsabilidade corporativa. Marco Aurélio Barcelos, diretor-presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), nota que os investimentos em temas socioambientais são crescentes, o que reflete o amadurecimento das políticas de sustentabilidade das empresas e a crescente expectativa da sociedade por práticas responsáveis e transparentes. Na seara ambiental, as concessionárias vêm investindo em iniciativas que combinam redução de emissões e proteção à biodiversidade. A EcoRodovias estruturou um programa de compras sustentáveis, com critérios ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês), para a avaliação de fornecedores e o monitoramento de emissões de GEEs. “Há alguns anos, compensamos 100% das emissões das operações e consumo de energia, e temos como meta reduzir em 42% nossas emissões até 2030. Além disso, encerramos 2024 com 46 usinas fotovoltaicas gerando energia limpa para praças de pedágio, bases de atendimento ao usuário e centros de controle operacional”, diz Monica Jaén, diretora de sustentabilidade da EcoRodovias.”

Fonte: Valor Econômico; 31/10/2025

Marina critica brecha para licenciamento de hidrelétricas na MP 1304

“A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede) criticou nesta sexta (31/10) a mudança no licenciamento ambiental aprovada na medida provisória 1304/2025 para empreendimentos considerados estratégicos, a chamada LAE. “A LAE (Licença Ambiental Especial) estabelece que os projetos estratégicos são determinados pelo conselho de governo. E ontem teve uma mudança estabelecendo que quando se trata de reservatórios e hidrelétricas, isso já é considerado estratégico automaticamente”, disse a ministra a jornalistas. Durante briefing sobre a COP30, em Brasília, ela citou o debate sobre a hidrelétrica de Belo Monte, no Pará e criticou a velocidade com que a medida passou na comissão mista e nas duas casas legislativas, num intervalo de apenas poucas horas. “Fomos surpreendidos numa votação que durou mais ou menos cinco minutos [no Senado] para poder aprovar esse dispositivo ao arrepio das boas práticas de licenciamento para projetos altamente impactantes”. A MP foi aprovada na quinta (30/10) após três dias de discussões na comissão mista criada para análise do texto enviado pelo governo. A LAE não constava do texto original. Após ajustes no relatório do senador Eduardo Braga (MDB-AM), a matéria foi aprovada por votação simbólica nos plenários da Câmara e do Senado, em minutos. Segundo a ministra, o governo não tem compromisso com essa mudança.”

Fonte: Eixos; 31/10/2025

Terras raras: do que tratou o encarregado dos EUA com mineradoras no Brasil

“A Exposibram, feira do setor de mineração realizada em Salvador (BA) neste ano, chegou ao fim na quinta-feira (30). Para o encarregado de negócios dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, o saldo do evento foram discussões sobre financiamento e formas de cooperação com empresas que detêm projetos de mineração de terras raras no país, além da proposta de criação de um grupo de trabalho com o setor privado para canalizar investimentos americanos em projetos de minerais críticos no Brasil. Já o plano de constituir um grupo de trabalho, proposto pela embaixada americana, com o setor privado foi confirmada pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Em nota, a entidade chama a articulação, apresentada no encontro com Escobar, de “inédita”. Ela envolveria governos brasileiro e americano, além da indústria da mineração brasileira. A participação do governo do Brasil no arranjo ainda será tratada diretamente entre a embaixada americana e o Ibram com as autoridades brasileiras. “Enquanto isso, o Ibram irá prospectar, junto às mineradoras associadas, oportunidades de investimento na produção mineral que poderão contar com eventuais aportes de capital dos EUA, via instituições de fomento”, afirma o instituto.”

Fonte: Valor Econômico; 01/11/2025

Internacional

EUA não enviarão autoridades de alto escalão para a COP30, diz Casa Branca

“Os Estados Unidos não enviarão nenhum funcionário do alto escalão à próxima cúpula da Conferência das Partes, a COP30, que ocorrerá em Belém, informou um funcionário da Casa Branca, aliviando algumas preocupações entre líderes mundiais de que Washington enviaria uma equipe para boicotar as negociações. Na próxima semana, o Brasil sediará uma cúpula de líderes de alto nível na próxima semana, antes do início da COP. No início deste mês, os EUA ameaçaram impor restrições de visto e sanções em retaliação contra países que votassem a favor de um plano apresentado pela agência marítima da ONU, a Organização Marítima Internacional (OMI), para reduzir as emissões de gases de efeito estufa provenientes do transporte marítimo. Essas táticas levaram a maioria dos países na OMI a votar pelo adiamento, por um ano, da decisão sobre um preço global de carbono para o transporte marítimo internacional. O funcionário da Casa Branca disse que o presidente americano, Donald Trump, já deixou clara a posição de seu governo em relação à ação climática multilateral em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, quando chamou as mudanças climáticas de “a maior farsa do mundo” e criticou os países por adotarem políticas climáticas que , segundo ele, “custaram fortunas às suas nações.”.”

Fonte: Valor Econômico; 31/10/2025

Investidores pedem criação de Agência Internacional de Minerais

“Um grupo de investidores do setor de mineração pediu nesta segunda-feira a criação de uma agência independente para o setor, inspirada na Agência Internacional de Energia. O grupo, que administra ou assessora cerca de US$ 18 trilhões em ativos, afirmou que a nova Agência Internacional de Minerais poderia monitorar o fornecimento e demanda global de minerais, além de fluxos ilegais, segundo comunicado. A agência também forneceria dados sobre quais empresas estão avançando em direção a padrões globais de desempenho em sustentabilidade. O grupo de investidores, chamado Comissão Global de Investidores para a Mineração 2030, inclui: PIMCO; ING; Legal & General (L&G); Allianz Investment Management; Fundo de Pensão da Igreja da Inglaterra; Royal London Asset Management. Eles divulgaram um relatório em São Paulo, com o objetivo de apresentar um plano de 10 anos para um setor de mineração responsável, antes das negociações climáticas das Nações Unidas, após se reunirem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A visão da Comissão oferece um roteiro para os investidores desbloquearem valor promovendo sustentabilidade e melhorando a percepção pública”, disse Peter Kindt, chefe global de aceleração de transição do ING.”

Fonte: Reuters; 03/11/2025

Os EUA são acusados ​​de usar táticas de “intimidação” para inviabilizar o acordo climático.

“Autoridades do governo Trump alertaram sobre a possibilidade de tarifas comerciais adicionais e fizeram ameaças pessoais contra negociadores de outros países para bloquear um acordo climático histórico para o transporte marítimo, segundo pessoas presentes nas negociações. Mais de dez diplomatas, autoridades de outros governos e observadores do setor disseram ao Financial Times que os EUA ignoraram as normas usuais da diplomacia internacional e utilizaram “táticas de intimidação” para sabotar a Estrutura Net Zero para o transporte marítimo global, apoiada pela ONU, em reuniões realizadas em Londres no mês passado. Uma série de autoridades americanas intimidou países africanos e pequenas ilhas do Pacífico e do Caribe para que retirassem seu apoio à estrutura, que teria imposto uma taxa sobre as emissões de carbono no transporte marítimo, de acordo com pessoas presentes nas negociações na sede da Organização Marítima Internacional da ONU, em Londres. O grupo americano era composto por oito pessoas, segundo uma das participantes. A intimidação incluiu abordagens a representantes de outros países durante os intervalos para o café, com o objetivo de alertá-los de que poderiam ser impedidos de transitar pelos Estados Unidos ou de que eles e suas famílias poderiam enfrentar restrições de entrada no país, caso agissem contra os interesses americanos, segundo cinco pessoas presentes nas negociações, incluindo duas de países que foram diretamente ameaçados.”

Fonte: Financial Times; 02/11/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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