XP Expert

O que podemos dizer sobre a segunda rodada da COP da biodiversidade? | Brunch com ESG

Nossa visão sobre as principais notícias da semana na agenda ESG

Compartilhar:

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no X
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Compartilhar no LinkedIn
  • Compartilhar via E-mail

Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. Cúpula de biodiversidade da ONU (COP16) é retomada em Roma após impasse em Cali no ano passado

Na mídia. Cúpula da natureza fecha acordo na última hora, mas críticos dizem que não é suficiente – The Guardian, 28 de fevereiro (link)

Um breve contexto. Entre os dias 25 e 27 de fevereiro, os países se reuniram em Roma para a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16), retomando as discussões após a reunião do ano passado em Cali, na Colômbia, que terminou sem um acordo final sobre como financiar ações de preservação da biodiversidade. O impasse em Cali destacou as grandes divergências entre as nações desenvolvidas e em desenvolvimento, principalmente em relação à escala e à estrutura do financiamento necessário. Os países em desenvolvimento, liderados pelo Brasil, pressionaram pela criação de um novo fundo dedicado à biodiversidade, enquanto as nações desenvolvidas, incluindo a Europa, o Japão e o Canadá, defenderam a criação de vários fundos menores. Quatro meses depois, em Roma, a conferência foi retomada com o objetivo de romper o impasse e avançar nas negociações. De forma geral, os principais resultados foram: (i) o estabelecimento do Fundo Cali, desenvolvido para financiar iniciativas de biodiversidade por meio de contribuições corporativas de setores que dependem de recursos naturais, como farmacêutico, biotecnológico e cosmético1. No entanto, até o momento, nenhuma empresa se comprometeu publicamente com o fundo; e (ii) um guia financeiro para a proteção da biodiversidade, delineando as etapas necessárias para mobilizar os US$200 bilhões por ano prometidos na COP15 em 2022 - um compromisso que ainda não foi cumprido. Olhando adiante, a próxima Conferência da ONU sobre Biodiversidade (COP17) está programada para 2026 em Yerevan, na Armênia.

Nossa visão. Embora a biodiversidade não venha sendo tratada como um aspecto prioritário pelos investidores, estamos notando sua crescente integração na análise de investimentos, especialmente no que diz respeito ao gerenciamento de riscos relacionados à natureza. Do ponto de vista corporativo, as empresas sob cobertura do Research da XP também estão demonstrando interesse em padronizar a divulgação de dados relacionados à natureza, em conformidade com as recomendações da Força-Tarefa sobre Divulgações Financeiras Relacionadas à Natureza (TNFD). Esse foco crescente na biodiversidade aumentou a atenção de investidores e empresas para a conferência de biodiversidade da ONU, que, após uma primeira sessão interrompida em Cali no ano passado, foi novamente convocada em Roma em uma segunda tentativa de alcançar um acordo. Embora reconheçamos que a criação de um guia financeiro seja um avanço, ainda persistem dúvidas sobre se o financiamento necessário será concretizado. Como sempre, os mecanismos de monitoramento para garantir o cumprimento continuam sendo essenciais para garantir um programa de financiamento eficaz. No entanto, as discussões em Roma ofereceram pouca clareza sobre como garantir os fundos necessários para deter e reverter a perda de biodiversidade nos próximos cinco anos. As atenções agora se voltam para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será sediada no Brasil, marcada para os dias 10 a 21 de novembro, onde a integração da biodiversidade e do capital natural deve ser um tópico central da agenda.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


XPInc CTA

Abra a sua conta na XP Investimentos!

XPInc CTA

Receba conteúdos da Expert pelo Telegram!


Ainda não tem conta na XP? Clique aqui e abra a sua!

Onde Investir em 2025 banner
XP Expert

Avaliação

O quão foi útil este conteúdo pra você?


Newsletter
Newsletter

Gostaria de receber nossos conteúdos por e-mail?

Cadastre-se e receba grátis nossos relatórios e recomendações de investimentos

A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Cookies (gerencie suas preferências de cookies) e a nossa Política de Privacidade.