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No Brasil, PL do mercado de carbono é aprovado; Na COP29, acordos sobre carvão e metano em destaque | Café com ESG, 21/11

Mercado de carbono regulado é aprovado pela Câmara; Avanços em carvão e metano na COP29

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,3% e 0,8%, respectivamente.

• No Brasil, a Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (19) o projeto de lei que regulamenta o mercado de carbono brasileiro (acesse aqui a nossa visão) – segundo estudos preliminares do Ministério da Fazenda, atualmente, esse mercado deve ter sob seu guarda-chuva entre 4 mil e 5 mil empresas, cobrindo cerca de 15% das emissões de gases de efeito estufa do país.

• Na COP29, (i) a Presidência da cúpula lançou, na última terça-feira, a Declaração de Redução de Metano de Resíduos Orgânicos, assinada por sete dos dez maiores emissores deste tipo de resíduos, entre eles o Brasil – a declaração foi assinada inicialmente por mais de 30 países, que firmaram o compromisso de definir metas setoriais de metano dentro de suas futuras Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs); e (ii) 25 países comprometeram-se nesta quarta-feira (20) a não inaugurar mais centrais a carvão sem sistemas de captura de CO2, na esperança de encorajar outras nações a abandonarem essa fonte de energia – Reino Unido, Canadá, França, Alemanha e Austrália, assinaram o acordo, enquanto China, Índia e EUA não apoiaram a iniciativa.

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Brasil

Empresas

Aumento de imposto sobre painéis solares eleva custo de investimento em mais de 8%, afirma Greener

“O aumento de 9,6% para 25% do imposto de importação das células fotovoltaicas utilizadas em painéis solares (extra-quota) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) pode elevar o custo do investimento de projetos de geração centralizada de energia solar em mais de 8%, segundo levantamento da Greener. De acordo com a consultoria, as empresas podem ter, ainda, desafios na rentabilidade dos ativos de geração centralizada, no contexto da percepção de riscos mais elevados, devido às incertezas dos casos de curtailment (cortes de geração) e restrições de conexão. A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltacia (Absolar) também criticou a decisão da pasta e disse que a medida pode aumentar o desemprego e gerar fuga de capital. Segundo a entidade, pelo menos 281 projetos de empreendimentos, que gerariam 750 mil novos empregos, estão em potencial risco com a elevação do imposto. Além da maior taxação, a associação afirma em nota técnica que os projetos correm riscos também por causa da revogação de ex-tarifários a partir de 30 de junho de 2025. Segundo a Absolar, ficará mais difícil o financiamento por bancos operadores dos fundos constitucionais, comum em projetos de grandes usinas solares, já que a metodologia de concessão de crédito inclui a consulta à lista de ex-tarifários. A organização questiona o argumento do governo de que as medidas visam o fortalecimento da produção local, uma vez que toda a demanda por células fotovoltaicas é pela importação. “Não há adensamento industrial relevante ou demanda por peças, componentes e outros insumos produtivos nacionais”, afirmou a Absolar.”

Fonte: Eixos; 19/11/2024

Regra aprovada pela CVM deve ampliar diversidade nas empresas listadas

“Medidas educativas e de conscientização para promover a diversidade nos postos de liderança das companhias abertas brasileiras devem ganhar um novo impulso com uma regra da B3. De acordo com o Anexo ASG, proposto pela bolsa de valores e aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 2023, as empresas listadas deverão eleger ao menos uma mulher e um integrante de comunidade sub-representada – pessoas pretas, pardas, indígenas, LGBTQIA+ ou com deficiência -, para o conselho de administração ou a diretoria estatutária. Foi dado um prazo de transição, sendo que, em 2025, deverá ser informada a eleição de pelo menos um integrante destes grupos, chegando ao mínimo de dois integrantes previstos no regulamento, a partir de 2026. O modelo de aplicação do Anexo ASG é “pratique ou explique”, no qual as companhias têm que divulgar no Formulário de Referência o atendimento à nova regra ou detalhar os motivos de não cumprimento. Segundo Flavia Mouta, diretora de emissores da B3, o objetivo é dar transparência aos investidores e demais stakeholders. “Estamos fazendo um trabalho educativo intenso com as companhias sobre o Anexo ASG, pois nessa época do ano elas começam a decidir a nova composição dos conselhos, que será concluída nas assembleias gerais de abril”, afirma Mouta. Ela ressalta ainda que as informações previstas no regulamento deverão ser apontadas no Formulário de Referência até 31 de maio do próximo ano.”

Fonte: Valor Econômico; 19/11/2024

CEO global do Carrefour diz que vai vetar carne do Mercosul (e agro do Brasil reage)

“As multinacionais francesas estão mesmo dispostas a comprar briga com o agro brasileiro. Primeiro, o diretor financeiro da Danone, Jurgen Esser, uma das maiores indústrias de alimentos do mundo, disse que a companhia havia deixado de comprar soja brasileira por problemas de rastreabilidade. Agora é a vez do Carrefour, gigante do varejo, fazer coro, dessa vez mirando a pecuária brasileira e dos demais países do Mercosul. O CEO global da companhia, Alexandre Bompard, divulgou nesta quarta-feira, dia 20 de novembro, uma carta em que diz que a varejista não vai mais comercializar carnes vindas do Mercosul, bloco econômico composto por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. O documento, publicado por Bompard em seus perfis nas redes sociais LinkedIn, Instagram e X, foi endereçado a Arnaud Rousseau, presidente da FNSEA, a Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores. A carta não detalha as razões da decisão da varejista e nem se afetará apenas as operações do Carrefour apenas na França ou também no Brasil. O texto foi divulgado em meio a protestos dos agricultores franceses contra um possível acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, rechaçado por produtores de países do bloco. O presidente da França, Emmanuel Macron, viajou ao Brasil para participar da Cúpula dos Líderes do G20, no Rio de Janeiro. No texto, Bompard também diz que o Carrefour pretende “inspirar outros atores do setor agroalimentar e impulsionar um movimento mais amplo de solidariedade, além do papel da distribuição, que já lidera a luta em favor da origem francesa da carne que comercializa.” O Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (Mapa) respondeu à carta do CEO do Carrefour no começo da noite desta quinta-feira.”

Fonte: AGFeed; 20/11/2024

Brasil é fonte de energia renovável para a AWS, diz CEO

“O mercado global de nuvem computacional, que no terceiro trimestre movimentou US$ 84 bilhões, com empresas armazenando e trafegando quantidades crescentes de dados, vem atraindo investimentos bilionários. Não apenas para construir “data centers”, mas também para garantir energia para fazer funcionar essa estrutura de prédios e computadores potentes. A Amazon Web Services (AWS), líder desse mercado, é uma das “big techs” com planos bilionários de expansão e vê no Brasil uma fonte de energia renovável para seus projetos. Seu executivo-chefe (CEO) Matt Garman diz ao Valor, em uma entrevista on-line desde a sede da companhia em Seattle, que o Brasil “está 100%” inserido na estratégia de expansão de centros de dados da empresa, com geração de energia renovável. O executivo, que ingressou na AWS como trainee, na fundação da empresa, em 2006, assumiu o comando em junho deste ano, após atuar como vice-presidente de vendas, marketing e serviços globais. Garman diz que o Brasil tem papel importante na meta da Amazon de zerar as emissões de carbono em todas as suas operações até 2040. “Parte dessa estratégia não é apenas comprar créditos, mas realmente investir em novos projetos para trazer nova energia renovável para a rede. Achamos que essa é a coisa real, que faz a diferença para o mundo, em vez de apenas ir e comprar créditos ou coisas assim”, diz o executivo. Dois dos 500 projetos de energia renovável nos quais a empresa investiu nos últimos cinco anos estão no Brasil.”

Fonte: Valor Econômico; 21/11/2024

Lula conversa sobre carros híbridos e cooperação na agricultura e indústria com premiê do Japão

“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma reunião bilateral nesta terça-feira (19), no âmbito da Cúpula do G20, com o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba. Eles falaram sobre carros híbridos e movidos a hidrogênio, e trataram de cooperação na área de agricultura e indústria, além de financiamentos para o setor agrícola brasileiro. Foi o primeiro encontro entre os dois, já que o chefe de governo japonês assumiu o cargo em outubro de 2024. Lula e Ishiba marcaram uma visita de Estado do presidente brasileiro ao Japão em março do ano que vem, acompanhado de uma comitiva empresarial. Participaram da reunião hoje, do lado brasileiro, os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Carlos Fávaro (Agricultura), além do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Márcio Elias Rosa.”

Fonte: Valor Econômico; 19/11/2024

BNDES e CAF assinam captação de R$ 2,7 bi para projetos de economia verde no Brasil

“O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o CAF, banco de desenvolvimento da América Latina e Caribe, assinaram, nesta terça-feira (19), durante a Cúpula de Líderes do G20, o primeiro contrato entre as duas instituições para abertura de linha de crédito do CAF ao banco brasileiro, no valor de R$ 2,7 bilhões. A operação visa financiar projetos estratégicos no Brasil, promovendo a reindustrialização sustentável, a economia verde, a inclusão financeira e a emissão de títulos temáticos com impactos positivos na economia e no meio ambiente. A assinatura aconteceu na Marina da Glória, espaço destinado para delegações oficiais, e contou com a presença do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, do presidente-executivo do CAF, Sérgio Díaz-Granados, e do diretor de Planejamento e Relações Institucionais do banco brasileiro, Nelson Barbosa, entre outras autoridades. Os recursos serão destinados a quatro áreas prioritárias. Em primeiro lugar, o financiamento para “powershoring” apoiará plantas industriais novas ou reformadas com alto consumo energético, incentivando a produção de bens manufaturados verdes, como aço, celulose, cimento e químicos, com foco na redução de emissões de carbono e melhorias ambientais. Além disso, serão apoiados projetos de produção de Hidrogênio Verde (H2V), fonte energética limpa e sustentável. Também está prevista a melhoria da infraestrutura necessária para atrair novas plantas industriais sustentáveis, incluindo investimentos em linhas de transmissão, gasodutos, ferrovias e rodovias.”

Fonte: Valor Econômico; 19/11/2024

Brasil endossa Declaração de Redução de Metano de Resíduos Orgânicos na COP 29

“A Presidência da Conferência das Nações Unidas para a Mudança Climática (COP 29) de Baku, no Azerbaijão, lançou nesta terça-feira a Declaração de Redução de Metano de Resíduos Orgânicos, assinada por sete dos dez maiores emissores deste tipo de resíduos, entre eles o Brasil. A declaração foi assinada inicialmente por mais de 30 estados, que juntos representam mais de 47% das emissões globais de metano provenientes de resíduos orgânicos, firmando o compromisso de definir metas setoriais de metano dentro de suas futuras Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). Os resíduos orgânicos são a terceira maior fonte de emissões antropogênicas de metano, atrás da agricultura e dos combustíveis fósseis, o que significa que a ação neste setor é crucial para alcançar as metas climáticas globais de limitar o aquecimento a 1,5ºC com relação aos níveis pré-industriais. “Ações rápidas para reduzir o metano de resíduos orgânicos são essenciais para manter as metas do Acordo de Paris ao nosso alcance e podem fortalecer nossos sistemas alimentares globalmente, ao mesmo tempo em que aproveitam as oportunidades da economia circular”, disse Martina Otto, chefe do Secretariado da Climate and Clean Air Coalition (CCAC) convocado pelo PNUMA. “Considerando que mais de 50% dos resíduos sólidos urbanos são resíduos orgânicos que emitem metano, e quase 1/3 de todos os alimentos produzidos são perdidos ou desperdiçados a cada ano, esta declaração ajudará a aumentar a ambição na prevenção, coleta seletiva e melhor gestão de resíduos orgânicos, inclusive por meio de metas na próxima rodada de planos climáticos e de cooperação em todos os níveis de governo e finanças, o que nos ajudará a manter os alimentos fora dos aterros sanitários”.”

Fonte: Valor Econômico; 19/11/2024

Brasil e China assinam acordos e estabelecem sinergias entre PAC e Nova Rota da Seda

“Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping assinaram nesta quarta-feira (20) quase 40 acordos bilaterais entre Brasil e China, incluindo abertura de mercado para produtos agrícolas e cooperação tecnológica, e decidiram estabelecer “sinergias” entre estratégias brasileiras de desenvolvimento, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e a iniciativa chinesa da Nova Rota da Seda. Os acordos assinados pelos dois países também incluem comércio e investimentos, infraestrutura, indústria, energia, mineração, finanças, comunicações, desenvolvimento sustentável, turismo, esportes, saúde e cultura, entre outras áreas. “Estabeleceremos sinergias entre as estratégias brasileiras de desenvolvimento, como a Nova Indústria Brasil (NIB), o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Programa Rotas da Integração Sul-Americana, e o Plano de Transformação Ecológica, e a Iniciativa Cinturão e Rota”, disse Lula em pronunciamento à imprensa após reunião bilateral no Palácio da Alvorada. Os dois presidentes também anunciaram que Brasil e China elevaram sua parceria estratégica global a um novo patamar. Xi disse que as relações entre os dois países “são aos melhores da história” no momento. “Esta visita de Estado reforça a ambição e renova o pioneirismo do nosso relacionamento. O presidente Xi e eu decidimos elevar a Parceria Estratégica Global ao patamar de Comunidade de Futuro Compartilhado por um Mundo mais Justo e um Planeta Sustentável”, disse Lula.”

Fonte: InfoMoney; 20/11/2024

Mercado regulado de carbono deve abranger 5 mil empresas, diz Fazenda

“O mercado regulado de carbono brasileiro deve ter sob seu guarda-chuva entre 4 mil e 5 mil fontes emissoras (leia-se empresas), segundo estudos preliminares do Ministério da Fazenda com base no projeto de lei aprovado pelo Congresso. Hoje, o mercado cobriria cerca de  15% das emissões de gases de efeito estufa do país. “Não é pequeno para economias em desenvolvimento e está alinhado com o de países da América Latina, como Colômbia, Chile e Argentina”, diz José Pedro Bastos Neves, coordenador-geral de finanças sustentáveis do Ministério da Fazenda. Essa fatia deve ser maior quando o sistema estiver em operação. Os dados mais recentes apontam que o desmatamento responde por quase metade do CO2 lançado pelo Brasil na atmosfera. Caso se atinja a meta de zerar a devastação em termos líquidos – com políticas de controle e a recuperação de áreas degradadas –, a participação dos grandes poluidores deve crescer percentualmente. Existem 75 jurisdições, como União Europeia e Califórnia,  que colocam um preço no carbono, segundo o Banco Mundial. Elas adotam dois tipos de esquema: de comércio de emissões (conhecido como cap and trade,  que será implantado no Brasil) ou de imposto sobre o carbono emitido. Cerca de 24% das emissões globais estão sujeitas a esses mecanismos de precificação. A implementação do mercado regulado está prevista na NDC, o plano nacional de descarbonização do Brasil, uma das obrigações do país perante o Acordo de Paris, apresentado pelo governo federal durante a COP29. Ele prevê corte de 59% a 67% nas emissões de gases de efeito estufa até 2035, na comparação com os níveis de 2005.”

Fonte: Capital Reset; 20/11/2024

Internacional

Empresas

Vanguard diz que acionistas podem votar por colocar lucros acima de questões de ESG

“Vanguard está dando aos acionistas de varejo a possibilidade de votar a favor de colocar os lucros acima de todo o resto de suas políticas, enquanto dobra o tamanho de seu experimento de permitir que mais investidores tenham voz em votações por procuração. Quase 4 milhões de pessoas, que controlam ações de empresas dos Estados Unidos equivalentes a até US$ 250 bilhões, poderão escolher uma das cinco opções, que também incluem deixar a Vanguard tomar a decisão, votar com a administração, dar prioridade a fatores ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) ou, para todos os efeitos, votar “presente”. O acréscimo da opção de lucros acima da política foi anunciado enquanto a Vanguard e outras grandes gestoras de ativos tentam lidar com uma reação negativa conservadora contra a ESG sem irritar os clientes que continuam comprometidos com o combate às mudanças climáticas e à desigualdade social. “É uma resposta ao feedback dos investidores”, disse John Galloway, diretor mundial de administração de investimentos da Vanguard. “Os investidores têm perspectivas diferentes sobre o que acreditam que vai ampliar ao máximo o valor para os acionistas.” A Vanguard, que tem US$ 10,1 trilhões em ativos, recebeu críticas de ativistas progressistas no início deste ano, quando anunciou que fora contra todas e cada uma das propostas ambientais e sociais nas votações de acionistas dos EUA este ano. Mas ela e outras gestoras de fundos de índice continuam na mira dos conservadores, que afirmam que os gestores de dinheiro têm usado suas grandes participações acionárias para impingir o “capitalismo woke” (de pautas identitárias) às empresas americanas.”

Fonte: Valor Econômico; 19/11/2024

As grandes petrolíferas estão apostando alto nos biocombustíveis, com mais de 40 projetos até 2030, diz Rystad

“As principais empresas de petróleo e gás aumentaram os investimentos no setor de biocombustíveis, apostando no combustível de aviação sustentável (SAF), com 43 projetos que deverão estar em funcionamento até 2030, informou a consultoria Rystad em um relatório. A empresa de pesquisa de energia indica que os investimentos de gigantes do setor, como ExxonMobil, Chevron, BP, Shell, TotalEnergies e Eni, poderiam acrescentar 286.000 barris por dia (bpd) de capacidade de produção. O SAF, produzido a partir de lixo e resíduos, como óleo de cozinha usado ou culturas orgânicas, emite a mesma quantidade de dióxido de carbono que o querosene quando queimado. No entanto, é considerado menos poluente devido à sua produção a partir de sobras ou plantas, em vez de petróleo recém-perfurado, que libera gases de efeito estufa adicionais. O setor de aviação é responsável por quase 2% das emissões globais de dióxido de carbono relacionadas à energia. “À medida que a transição energética avança, esses biocombustíveis oferecem uma solução prática e de curto prazo para reduzir as emissões sem exigir mudanças significativas na infraestrutura atual”, disse Lars Klesse, analista de pesquisa de bioenergia da Rystad. A BP lidera o grupo com a maior capacidade de produção anunciada, atingindo um total de 130.000 bpd. Aquisições estratégicas, como a compra da Bunge Bioenergia pela BP e a aquisição do Renewable Energy Group pela Chevron, fortaleceram as posições das grandes petrolíferas nesse espaço.”

Fonte: Reuters; 20/11/2024

Estados Unidos e Reino Unido anunciam acordo no setor nuclear civil

“Os Estados Unidos e o Reino Unido assinaram um novo acordo de colaboração no setor nuclear civil para ajudar a descarbonizar a indústria e impulsionar a segurança energética, durante a realização da Conferência das Nações Unidas para Mudança Climática (COP 29), em Baku, no Azerbaijão. O acordo, assinado pelo secretário de Energia do Reino Unido, Ed Miliband, e o vice-secretário de Energia dos EUA, David Turk, busca reunir bilhões em pesquisa e desenvolvimento nuclear – incluindo as principais instituições acadêmicas e inovadores nucleares do mundo – e assim agradar também parte da comunidade climática que defende o investimento em energia nuclear como a forma mais rápida de descarbonizar redes de energia. Novas tecnologias, como reatores modulares avançados, podem ajudar a descarbonizar a indústria pesada, fornecendo calor e energia de baixo carbono. Eles também são menores e podem ser feitos em fábricas, sendo menos custosos e mais rápidos de construir. “Hoje assinamos um acordo multilateral de pesquisa sobre reatores nucleares avançados com o vice-secretário de Energia dos EUA, David Turk. Ele nos verá desempenhar um papel de liderança na aceleração da implantação de tecnologia nuclear de ponta para ajudar a descarbonizar a indústria”, postou Miliband no X. “A energia nuclear terá um papel vital no nosso futuro de energia limpa e ajudará a descarbonizar a indústria ao fornecer calor e energia de baixa emissão de carbono, além de apoiar a criação de novos empregos e investimentos no Reino Unido”, afirmou o representante do governo britânico.”

Fonte: Valor Econômico; 19/11/2024

O governo Trump planeja reverter os padrões de eficiência de combustível mais rígidos de Biden

“O novo governo do presidente eleito Donald Trump planeja atacar as regulamentações federais defendidas pelo presidente Joe Biden que visam tornar os automóveis mais eficientes em termos de combustível e incentivar uma mudança para veículos elétricos, de acordo com duas fontes em contato com a equipe de transição de Trump. A medida parece ter como objetivo cumprir uma promessa de campanha de Trump de “acabar com o mandato de VE” e espelharia uma medida semelhante durante o primeiro governo Trump para desmantelar as regras de eficiência veicular da era Obama. Embora não exista tal “mandato de VE”, as regulamentações do governo Biden exigiriam efetivamente que as montadoras mudassem pelo menos 35% da produção para VEs a fim de atender aos requisitos de 2032 e incentivariam uma eliminação gradual da produção de veículos movidos a combustíveis fósseis. O novo governo planeja enfraquecer as normas sobre requisitos de eficiência de combustível e emissões de escapamento finalizadas no início deste ano pela Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário dos EUA e pela Agência de Proteção Ambiental, de acordo com as fontes. Uma das fontes disse que se espera que Trump instrua formalmente essas agências a reconsiderar as regulamentações de Biden. O esforço contrariaria os interesses da fabricante de veículos elétricos Tesla Inc., dirigida por Elon Musk, apoiador de Trump, que lucra com a venda de créditos regulatórios para montadoras tradicionais que não conseguem cumprir as regulamentações mais rígidas de emissões de veículos.”

Fonte: Reuters; 19/11/2024

Reino Unido lança aliança para triplicar renováveis em países emergentes

“O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, lançou nesta terça (19/11) uma aliança para estimular investimentos em energia de baixo carbono em países emergentes e ajudar a garantir segurança no fornecimento. A Aliança Global de Energia Limpa foi anunciada durante a reunião de líderes no G20, no Rio de Janeiro, e mira a o cumprimento da meta estabelecida em dezembro de 2023, na COP28 de Dubai, de triplicar a capacidade de geração renovável. Além disso, Starmer disse a jornalistas que a iniciativa deve ajudar “a reduzir as contas de energia, aumentar a segurança energética e reduzir as emissões em todo o mundo”. A Aliança já conta com 12 países signatários, entre eles, Austrália, Barbados, Canadá, Chile, Colômbia, França, Alemanha, Marrocos, Noruega e Tanzânia, além do Brasil, que será responsável pode liderar a primeira missão do grupo, de buscar financiamento privado para garantir que os países em desenvolvimento façam suas transições. Estados Unidos e União Europeia também devem se juntar ao grupo, segundo o governo britânico. Para o ministro de Energia inglês, Ed Miliband, a adesão do Brasil à missão financeira é um voto de confiança antes da COP30, que ocorrerá em Belém em 2025. “[Estamos] enviando uma forte mensagem ao mundo de que juntos podemos acelerar a revolução da energia limpa”, comentou. Reino Unido e Brasil estão trabalhando em conjunto, a pedido da presidência da COP29, no Azerbaijão, em busca de acordos que viabilizem o compromisso global de US$ 1 trilhão anuais para apoiar a transição econômica dos países de baixa renda.”

Fonte: Eixos; 19/11/2024

Iniciativa lançada no G20 quer combater desinformação ambiental

“O governo brasileiro, as Nações Unidas e a UNESCO lançaram, nesta terça (19/11), uma iniciativa conjunta para fortalecer pesquisas e medidas de combate à desinformação climática. O entendimento é que as campanhas com informações falsas atrasam ações de combate à crise, ao mesmo tempo em que confundem e afastam a população do debate. “Sem acesso a informações confiáveis sobre as alterações climática, nunca poderemos ter esperança de superá-las”, comenta Audrey Azoulay, diretora-geral da UNESCO. “Por meio dessa iniciativa, apoiaremos os jornalistas e pesquisadores que investigam as questões climáticas, às vezes com grande risco para si mesmos, e combateremos a desinformação relacionada ao clima que corre desenfreada nas mídias sociais”, explica. A Iniciativa Global para Integridade da Informação sobre Mudanças do Clima busca impulsionar o apoio a ações climáticas urgentes em um momento em que os cientistas alertam que o tempo do mundo está se esgotando. Até agora, Chile, Dinamarca, França, Marrocos, Reino Unido e Suécia já confirmaram participação na iniciativa. Relatório Riscos Globais de 2024 do Fórum Económico Mundial (WEF, em inglês) publicado em janeiro colocou os eventos climáticos extremos no topo da lista dos 10 principais riscos que as populações globais enfrentarão ao longo da década. Já no curto prazo, a desinformação é apontada como o maior fator de risco para as economias. E destaca os efeitos potenciais do mau uso da inteligência artificial para inundar os sistemas de informação com narrativas falsas.”

Fonte: Eixos; 19/11/2024

Brasil e Reino Unido assumem missão de destravar financiamento na COP29

“Brasil e Reino Unido receberam a missão conjunta de facilitar as negociações na cúpula climática da ONU (COP29), que encerra nesta sexta (22/11) em Baku, no Azerbaijão, e precisa entregar respostas sobre o financiamento climático. São várias as divergências em relação ao texto da nova meta coletiva (NCQG, em inglês), começando pelo valor – que varia de US$ 200 bilhões a US$ 1,3 trilhão, passando por quem paga e como verificar que está pagando. Há também uma discussão sobre o próprio conceito de financiamento. A meta original era de US$ 100 bilhões até 2025, que deveriam ser mobilizados pelos países ricos para os de baixa renda, que historicamente enfrentam mais dificuldades no acesso ao crédito. Mas boa parte desses recursos foi disponibilizada na forma de empréstimos, com taxas de juros não muito diferentes das que eles já pagam normalmente, aumentando o endividamento de economias vulneráveis. Agora, países emergentes do bloco G77+China, do qual o Brasil faz parte, defendem que o aumento da meta de financiamento venha junto com uma definição de como esse dinheiro será fornecido: preferencialmente na forma de doações e empréstimos a juros baixos. Esta é parte da missão que caberá à dupla Brasil-Reino Unido. Enquanto o latinoamericano se prepara para a COP30 em Belém, os britânicos contam com a experiência de terem sido o último país rico a presidir a cúpula do clima (a COP26, em Glasgow). Segundo a embaixadora Liliam Chagas, diretora do Departamento de Clima do Itamaraty, o objetivo é um pacote completo de decisões.”

Fonte: Eixos; 19/11/2024

COP29: Reino Unido, Colômbia e Nova Zelândia aderem à coalizão para eliminar os combustíveis fósseis

“Enquanto a Conferência do Clima da ONU (COP29) em Baku levanta uma série de controvérsias por estar lotada de lobistas e contar com a presença recorde de pelo menos 1.773 representantes da indústria petroleira, um sinal positivo rumo à transição energética foi dado nesta terça-feira (19) por alguns países. O Reino Unido, Colômbia e Nova Zelândia anunciaram a adesão à Coalizão Internacional para a Eliminação Gradual de Incentivos aos Combustíveis Fósseis (COFFIS). A iniciativa, lançada em 2021 durante a COP26 de Glasgow e liderada pela Holanda, já conta com a participação da Áustria, governo federal de Antígua e Barbuda, Bélgica, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Dinamarca, Finlândia, França, Irlanda, Luxemburgo, Holanda, Espanha e Suíça. Com a entrada, o grupo passa a contar com 16 membros e se comprometeu a ir para a próxima COP30 em Belém com um plano nacional para eliminar gradualmente os subsídios ineficientes aos combustíveis fósseis. Seu objetivo é atuar em conjunto com governos para remover barreiras e facilitar a transparência quanto ao uso destas fontes de energia altamente poluentes ao planeta e ambiente. Embora o Brasil tenha grande potencial para liderar soluções em energias renováveis, o país não faz parte da coalizão e tem gerado incógnitas em relação ao seu posicionamento de exploração de petróleo.”

Fonte: Exame; 19/11/2024

Marina Silva e outras lideranças retornam à COP29 para salvar reta final de negociações

“Uma das mais experientes figuras em negociações difíceis nas COPs, Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, está em trânsito para o Azerbaijão, acompanhada do embaixador André Corrêa do Lago, conforme informou à EXAME a assessoria de imprensa do Ministério. O retorno já previsto engrossa o vaivém de autoridades que deixaram a COP29 rumo ao G20, como o especialista em clima e chefe da delegação dos EUA na Cúpula de Baku, John Podesta. Porém, carrega peso adicional, já que a estratégia de ter esses representantes no G20 para pressionar apoio às ações climáticas na reunião de líderes não surtiu todo o efeito esperado. Havia grande expectativa de que a repercussão da reunião brasileira influenciasse o ritmo de negociações no Azerbaijão, que caminham com morosidade e sob pressão pró-combustíveis fósseis, reforçada de forma explícita pelo presidente azerbaijano Ilham Aliyev, e de maneira implícita pela massiva presença de lobistas do setor pretoleiro pelos corredores da Conferência. Depois de Aliyev chamar petróleo e gás de “presente de Deus”, o Azerbaijão deu a entender na última segunda-feira, que não deverá promoverá mudanças em sua própria meta climática – em setembro deste ano, portanto dois meses antes da COP29, o país sede já havia recebido duras críticas da ONU, “pelos esforços climáticos severamente insuficientes”.”

Fonte: Exame; 20/11/2024

COP29: países ricos se comprometem a parar de abrir centrais a carvão

“Ao todo 25 países, a maioria deles ricos, comprometeram-se nesta quarta-feira (20) na COP29 a não inaugurar mais centrais a carvão sem sistemas de captura de CO2, na esperança de encorajar outras nações a abandonarem essa fonte de energia. O Reino Unido, que acaba de fechar a sua última central a carvão, Canadá, França, Alemanha e Austrália, um grande produtor de carvão, assinaram esse apelo voluntário durante a conferência da ONU sobre o clima em Baku. China, Índia e Estados Unidos não apoiaram a iniciativa. Os signatários afirmaram que seus próximos planos climáticos não incluirão nenhuma central a carvão que não possua mecanismos de captura de CO2. O compromisso, porém, não os obriga a desistir da extração ou exportação de carvão, cuja queima gera mais CO2 do que petróleo e gás. Seu uso continua aumentando em todo o mundo. “O compromisso de iniciar a transição dos combustíveis fósseis deve ser concretizado com ações reais no terreno”, declarou Wopke Hoekstra, responsável da Comissão Europeia para o Clima, que assinou o apelo. Os novos projetos de carvão “devem parar”, declarou o secretário britânico de Energia, Ed Miliband, também presente em Baku. O fato de a Austrália, cujo governo trabalhista tem planos ambiciosos sobre questões climáticas, ter assinado foi aplaudido pelas ONGs. “A porta do carvão foi fechada. Agora temos que trancá-la”, disse à AFP Erin Ryan, da filial australiana da Climate Action Network. Angola, Uganda e Etiópia estão entre os outros signatários deste compromisso, desenvolvido com a aliança “Powering Past Coal”.”

Fonte: Exame; 20/11/2024

COP29: As negociações sobre financiamento climático enfrentam a fase “mais difícil” à medida que a cúpula se aproxima do fim

“Na quarta-feira, os negociadores do clima foram alertados de que a “parte mais difícil” estava prestes a começar nas negociações sobre quanto dinheiro deveria ser fornecido aos países em desenvolvimento para ajudá-los a se adaptarem aos desastres climáticos causados pelo clima e a fazerem a transição para uma energia mais limpa. Descobrir a forma desse financiamento, quem paga e quanto é fundamental para as negociações da COP29. Com o prazo final de sexta-feira se aproximando, a frustração com a falta de progresso até o momento estava começando a vazar das salas de negociação. O negociador-chefe do Azerbaijão, anfitrião da cúpula da COP29, disse que “agora começa a parte mais difícil”, antes de um novo texto que deverá ser apresentado à meia-noite (2000 GMT) na capital Baku. O progresso na cúpula anual é normalmente marcado por documentos preliminares regulares que são reduzidos a um acordo final. O ministro do meio ambiente da Austrália, Chris Bowen, encarregado pela presidência da COP de reunir a gama de opiniões nas salas de negociação, disse que ouviu três propostas para o valor anual a ser dado pelos governos mais ricos. Essas propostas eram de US$ 900 bilhões, US$ 600 bilhões e US$ 440 bilhões, em comparação com o ponto de partida anunciado anteriormente de US$ 100 bilhões da União Europeia. O comissário climático da UE, Wopke Hoekstra, disse que o bloco não estava disposto a falar sobre o valor até que tivesse mais detalhes estruturais, acrescentando: “Caso contrário, você terá uma cesta de compras com um preço, mas não saberá exatamente o que está lá dentro”.”

Fonte: Reuters; 20/11/2024

Mais de 50 países assinam declaração de turismo sustentável da ONU durante COP 29

“Mais de 50 países presentes na Conferência das Nações Unidas pela Mudança Climática (COP 29) em Baku, no Azerbaijão, firmaram o compromisso nesta quarta-feira pela promoção do turismo sustentável como parte dos esforços para reduzir os efeitos causados pelo aquecimento do clima. As nações se comprometeram a reconhecer a necessidade de abordar o turismo na elaboração de planos climáticos, com a assinatura da “Declaração sobre Ação Aprimorada no Turismo”, lançada pela ONU com o objetivo de melhorar a integração do setor nas políticas climáticas nacionais e globais, a fim de expandir a ação climática no setor do turismo. “Na COP 29, alcançamos hoje um marco histórico ao sermos incluídos na Agenda de Ação da Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU pela primeira vez”, disse em entrevista coletiva a Diretora Executiva de Turismo da ONU, Zoritsa Urosevic. A Declaração assinada hoje enfatiza a necessidade urgente de ação climática acelerada no setor de turismo e apela às partes interessadas para que promovam práticas de turismo sustentáveis, reduzindo as emissões e aumentando a resiliência no setor. Esta é a primeira vez na história das Conferências do Clima que o turismo foi tema de um dia inteiro de debates na programação oficial. Segundo Urosevic, era imediata a discussão sobre o tema para limitar o aquecimento da Terra, já que a indústria global do turismo é responsável por 3% do PIB global e é a fonte de 8,8% das emissões de gases de efeito estufa.”

Fonte: Valor Econômico; 20/11/2024

A cúpula climática da ONU continua dividida em relação a dinheiro, combustíveis fósseis e gênero

“Os países continuaram em desacordo sobre o financiamento climático, o endosso da mudança para longe dos combustíveis fósseis e a linguagem sobre gênero, nas últimas 48 horas da cúpula climática COP29 da ONU em Baku. O mais importante é que as últimas minutas de acordos divulgadas na quinta-feira não incluíram um valor para uma nova meta de financiamento global, deixando um “X” no documento, já que as nações ricas e mais pobres discutiram sobre aspectos básicos, como a soma total, como ela deve ser estruturada e quem deve pagar. Muitos dos principais elementos dos documentos permaneceram entre parênteses, indicando falta de acordo, apesar de os ministros de diversos países terem trabalhado em pares para chegar a um consenso sobre os itens da agenda. O comissário europeu para a ação climática, Wopke Hoekstra, disse que os rascunhos eram “claramente inaceitáveis na sua forma atual”. Outro negociador de um país desenvolvido, que não quis se identificar, classificou os documentos como “inexpressivos” e levantou preocupações sobre a falta de foco na transição para longe dos combustíveis fósseis, outra batalha importante. Rob Moore, ex-líder negociador financeiro do Reino Unido, atualmente no think-tank E3G, disse que o texto preliminar sobre finanças mapeou as várias visões dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. “A falta de uma proposta de compromisso e de quaisquer números deixa os negociadores com uma enorme quantidade de progresso a fazer nos próximos dias, e o caminho para o acordo precisará ver um engajamento rápido e franco, com números sobre a mesa”, disse ele.”

Fonte: Financial Times; 21/11/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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