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Natura (NTCO3) capta R$ 1,3 bi em emissão de título verde | Café com ESG, 09/07

Natura encerrou captação em debêntures com metas atreladas à sustentabilidade; BYD deve investir mais de US$ 1 bi em fábrica na Turquia

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território misto, com o IBOV subindo 0,22%, enquanto o ISE andou de lado (-0,06%).

• No Brasil, a Natura Cosméticos encerrou a captação de R$ 1,326 bilhão em debêntures com metas atreladas à sustentabilidade – os títulos têm prazo de cinco anos e metas ligadas ao desenvolvimento de bioingredientes da Amazônia.

• No internacional, (i) a BYD vai investir US$ 1 bilhão na Turquia para fabricação de veículos elétricos (VEs) e híbridos plug-in, com capacidade anual de 150 mil unidades e produção estimada para o final de 2026 - será a primeira fábrica de VEs de uma montadora estrangeira no país e o segundo centro de produção e exportação na Europa; e (ii) segundo o Energy Institute, o consumo total de energia primária chegou a 620 Exajoules (EJ), 2% acima do nível de 2022 e mais de 5% acima do nível pré-Covid de 2019 – além disso, cresceram também as emissões de gases de efeito estufa provenientes do uso de energia, processos industriais e queima de metano, a 2,1%, superando o recorde estabelecido em 2022.

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Brasil

Empresas

Como o novo imposto vai diminuir a competitividade da mineração e do Brasil

"Jabuticaba só existe no Brasil, e uma nova está nascendo – o que pode diminuir a competitividade de todo o setor de mineração, afetar a balança comercial do País e até prejudicar a transição verde almejada pela sociedade. Na proposta de regulamentação da reforma tributária, o governo quer utilizar o Imposto Seletivo (IS) — também conhecido como o imposto de pecado — para taxar diversos setores, incluindo o de mineração. Mas há diversos problemas nessa proposta. A começar por um ineditismo: nenhum país no mundo adota o imposto seletivo sobre o minério de ferro. Essa é a nossa mais nova jabuticaba. “Se isso for instituído, irá encarecer a venda de matéria-prima para a siderurgia nacional, tirando a competitividade do setor,” disse o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann. E não é que o setor pague poucos impostos. Ao contrário. Em 2023, o governo arrecadou R$ 85,6 bilhões em tributos e encargos do setor. Além disso, somente em royalties por meio da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), o setor pagou R$ 6,7 bilhões no ano passado. Para completar, segundo Jungmann, o discurso de que a mineração é prejudicial ao meio ambiente não se sustenta. Afinal, o minério de ferro é o insumo básico para diversos produtos e serviços que são essenciais para a descarbonização. “A mineração é a indústria das indústrias, insumo para tudo. Sem o aço, que feito do minério de ferro, não temos o carro elétrico, aerogeradores ou placas solares,” disse o presidente do IBRAM. Ou seja, o minério de ferro é um insumo que não possui substituto. Ao mesmo tempo, lembra o executivo, há diversos movimentos dentro do setor de siderurgia e mineração para neutralizar a emissão de carbono."

Fonte: Brazil Journal; 08/07/2024

Vale, BHP e Samarco querem acordo em Mariana. As vítimas têm pressa

"Um dos mais complexos acordos de indenização do Brasil — e cuja repactuação está sendo negociada há três anos e meio — está chegando na reta final, mas periga voltar à estaca zero se não for fechado logo. Em jogo: R$ 140 bilhões que a Vale, a BHP e a Samarco terão que pagar para indenizar as vítimas da tragédia de Mariana e os Estados afetados pela queda da barragem de rejeitos de Fundão. O timing para se fechar o acordo é sensível. No final de agosto, o desembargador Ricardo Rabelo, do TRF-6 — que lidera a mediação entre as empresas e o Poder Público desde o ano passado — deixará sua função, e um novo desembargador assumirá o caso. “Se não fizermos um acordo até lá, essa mudança do desembargador pode acabar mudando tudo,” disse uma fonte envolvida nas negociações. “O novo desembargador precisaria se inteirar do caso, e só isso já geraria mais um atraso enorme no processo." Caso a discussão se arraste até o final do ano, outras mudanças importantes podem afetar o processo: a saída do CEO da Vale, Eduardo Bartolomeo, e dos procuradores federais, que também podem ser substituídos. A última proposta na mesa foi enviada pela Vale, BHP e Samarco em 12 de junho. As mineradoras propuseram pagar R$ 140 bilhões, dos quais R$ 82 bilhões de dinheiro novo, ao longo de 20 anos; R$ 37 bilhões de valores já pagos pelas companhia; e outros R$ 21 bilhões em obrigações de reparo a serem cumpridas pelas empresas. O Poder Público ainda não se manifestou oficialmente sobre essa proposta, mas a sinalização é de que espera um valor maior. Nos últimos dias, o Presidente Lula chegou a dar declarações criticando especificamente a Vale, dizendo que a empresa está “enrolando” para pagar o que deve."

Fonte: Brazil Journal; 08/07/2024

CTG Brasil vai testar solar com baterias em usina hidrelétrica

"A CTG Brasil começa a construir, no segundo semestre de 2024, um laboratório de armazenamento de energia em baterias conectado a uma pequena usina fotovoltaica de 500 kWp nas instalações da Usina Hidrelétrica Ilha Solteira, localizada no rio Paraná, entre os municípios de Ilha Solteira (SP) e Selvíria (MS). Com investimentos de cerca de R$ 15 milhões, dos quais mais de R$ 12 milhões virão da CTG Brasil através do programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel, a intenção é desenvolver soluções com baterias para aumentar a flexibilidade de geração e estabilidade do sistema. ISI-TICs/Senai Pernambuco, Thymos Energia e Wisebyte também são parceiros do projeto que será desenvolvido em um período de 18 meses. A empresa JA Solar será a fornecedora dos quase 900 módulos solares fotovoltaicos que devem ser instalados até o segundo semestre de 2025. Quando entrar em operação, o sistema terá capacidade de armazenamento de 100 kWh. Inicialmente, a ideia é que a energia gerada pelos painéis fotovoltaicos e armazenada nas baterias atenda somente ao consumo da CTG Brasil dentro da área de cobertura da distribuidora local. Os estudos técnicos, que serão conduzidos junto ao ISI-TICs/Senai Pernambuco, Thymos Energia e Wisebyte, avaliarão como sistemas de baterias, que têm um enorme potencial de usos, podem contribuir com fontes não despacháveis através do aumento da flexibilidade da geração, fornecimento de serviços ancilares, controle de oscilações na rede, e outros serviços, explica a CTG. Também está previsto o desenvolvimento de sistemas computacionais usando inteligência artificial para indicar a melhor relação custo-benefício para a implantação Utility Scale Battery (USB) nos ativos de geração hidrelétricos, eólicos ou solares."

Fonte: Epbr; 08/07/2024

Natura conclui captação de R$ 1,3 bilhão em green bonds e atrai IFC e BID

"A Natura Cosméticos encerrou a captação de R$ 1,326 bilhão em debêntures com metas atreladas à sustentabilidade, conforme comunicado ao mercado nesta noite. Os títulos têm prazo de cinco anos, com vencimento em 15 de junho de 2029. As metas estão ligadas ao desenvolvimento de bioingredientes da Amazônia, e os recursos serão usados para fortalecer o caixa da companhia. A emissão contou com o investimento do International Finance Corporation (IFC), que integra o Grupo Banco Mundial, e do BID Invest, braço do Banco Interamericano de Desenvolvimento voltado para o setor privado, com aportes de R$ 300 milhões e R$ 200 milhões, respectivamente. As debêntures foram distribuídas de forma pública, exclusivamente para investidores profissionais, como instituições financeiras, companhias seguradoras e aqueles têm mais de R$ 10 milhões em investimentos."

Fonte: Capital Reset; 08/07/2024

O investimento no clima não espera ninguém

"A década atual será marcada pela transição para investimentos climáticos que prometem não apenas preservar o meio ambiente, mas também oferecer retornos financeiros significativos para aqueles que agirem com rapidez e visão. Apesar de alguns ainda associarem investimentos climáticos à filantropia e duvidarem de sua capacidade de gerar retornos competitivos, a recente migração de grandes instituições financeiras e agências de desenvolvimento desafia essa percepção. O Banco Mundial, por exemplo, anunciou que até 2030 terá 45% dos financiamentos associados a ações de mitigação das mudanças climáticas. Há ainda o programa de proteção cambial, para atrair capital estrangeiro para financiar projetos verdes no Brasil, com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Além das instituições financeiras de desenvolvimento, investidores institucionais têm aumentado sua alocação em investimentos climáticos, indicando uma mudança de mentalidade em direção a um futuro mais verde. Segundo pesquisa do BNP Paribas com 420 investidores institucionais, em 2018 apenas 18% dos investidores assumiram compromissos de descarbonização – hoje, são 41%. Já 51% dos entrevistados estão integrando insights de ESG em decisões de investimento e gerenciamento de portfólio. O compromisso com a neutralidade de carbono está acelerando, de acordo com o levantamento do banco francês: 41% dos entrevistados afirmam que o net zero é uma prioridade para sua organização agora, contra apenas 18% na mesma pesquisa conduzida há seis anos. Dois dos maiores ofensores das mudanças climáticas no cenário global são a geração de energia e os transportes, responsáveis por mais de 50% das emissões de CO2 equivalente do planeta."

Fonte: Capital Reset; 09/07/2024

Rastreio de bois passa por teste em fazendas de MT

"A empresa brasileira UP2Tech começou a testar seu novo serviço de rastreabilidade de bovinos, o iBoi, em fazendas com conexão 4G de sua parceira TIM no projeto. O serviço, que rastreia a movimentação do gado por meio de brincos e envia dados por geolocalização, foi desenvolvido em dois anos e agora está em fase de testes em duas “Fazendas Conectadas” em Mato Grosso — consideradas exemplos nacionais de conexão — com 4G narrow band IoT da TIM. A conexão é semelhante à utilizada em tornozeleiras eletrônicas. O produto está perto de estrear no mercado. A novidade é mais um passo de evolução nos esforços de sustentabilidade da pecuária, mas mostra como a evolução depende diretamente da qualidade da conexão das fazendas. Nos testes, a medição da intensidade do sinal de narrow band (banda estreita) revelou variações significativas. Segundo dados preliminares, dos 78 dispositivos testados, a média de intensidade do sinal — dentro de uma faixa que varia de 0 a 31 — foi superior a 15. Porém, em determinados períodos, chegou a apenas 2 pontos. Segundo o fundador da UP2Tech, Rodrigo Abreu, o sinal ainda insuficiente em alguns momentos pode ter várias razões, como casos em que os animais possam ter ficado embaixo de árvores, pontes ou outros locais onde o sinal oscilava. Ele sustenta, no entanto, que a média de intensidade do sinal é mais que suficiente para o bom funcionamento do serviço, que realiza dois pulsos por dia para oferecer a localização do animal. Embora reconheça que seja preciso acesso a uma boa conexão para o funcionamento da tecnologia, Abreu demonstra otimismo com o produto."

Fonte: GloboRural; 09/07/2024

Política

Comissão aprova proposta que amplia recursos para eficiência energética

"A Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que amplia os recursos que as companhias de distribuição de energia elétrica devem aplicar anualmente em programas de eficiência energética, como a troca de lâmpadas incandescentes por lâmpadas LED na iluminação pública. Atualmente, a Lei 9.991/00 obriga essas empresas a aplicar pelo menos 0,5% da receita operacional líquida em eficiência energética e 0,5% em pesquisa e desenvolvimento (P&D). A norma prevê, no entanto, que a partir de 2026 o montante para a primeira destinação pode ser reduzido para 0,25%. O texto aprovado foi o substitutivo do relator, deputado Evair Vieira de Melo (PP/ES), ao Projeto de Lei 3.447/21, do deputado Bibo Nunes (PL/RS). A proposta acaba com essa possibilidade, tornando regra a destinação de 0,5% da receita também para programas de eficiência energética. “O investimento em eficiência energética possibilita a melhoria de gestão pelo lado da demanda e contribui para reduzir a necessidade de novos investimentos em geração”, argumentou Evair Vieira de Melo, ao alterar o texto original. O texto aprovado também busca antecipar o fim de outra medida prevista na Lei 9.991/00. A norma obriga as distribuidoras a transferir para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), até 31 de dezembro de 2025, os recursos não comprometidos com projetos de P&D e eficiência energética. A CDE subsidia diversas políticas do setor elétrico. O projeto permite que essa transferência acabe na data de publicação da futura lei, se isso ocorrer antes de 31 de dezembro de 2025. A medida abre a possibilidade de que os recursos para P&D e eficiência energética voltem mais rapidamente para a sua destinação original."

Fonte: Epbr; 08/07/2024

Comissão aprova incentivo para veículos urbanos sobre trilhos movidos por geração solar

"A Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que institui um programa de incentivo à geração de energia solar conectada a linhas de metrôs, trens e veículos leves sobre trilhos, trólebus (ônibus elétrico), entre outros sistemas de transportes sobre trilhos. Esses incentivos fiscais valerão por cinco anos. O texto aprovado é uma versão do deputado licenciado Ícaro de Valmir (SE) ao Projeto de Lei 6.123/2019, do ex-deputado Rodrigo Agostinho (SP). O texto do relator suprime dois pontos do original. Um deles é o que previa maior incidência da Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide-combustíveis) sobre o óleo diesel e a gasolina. O relator afirmou que o aumento da Cide para compensar a implementação do incentivo à energia fotovoltaica para veículos sobre trilhos desobedece a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF, Lei Complementar 101/00) ao não apresentar estimativa do impacto orçamentário-financeiro. Outro ponto retirado do texto aprovado foi redução da alíquota as contribuições ao PIS e à Cofins incidentes sobre a energia elétrica consumida. Por fim, a proposta permite a depreciação acelerada de bens novos utilizados na execução de obras e serviços relacionados ao transporte de passageiros sobre trilhos e destinados ao ativo imobilizado da empresa adquirente. A depreciação acelerada é uma medida que reduz a tributação pelo Imposto de Renda. A ideia é favorecer novos investimentos no transporte coletivo urbano e metropolitano. O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, a proposta também precisa ser aprovada pelo Senado."

Fonte: Epbr; 08/07/2024

Comissão aprova projeto que incentiva reciclagem de painéis fotovoltaicos

"A Comissão de Minas e Energia (CME) aprovou projeto de lei que define regras para incentivar o reaproveitamento, a reciclagem e o descarte ambientalmente adequado de painéis fotovoltaicos (PL 998/2024). A proposta é de autoria do deputado Benes Leocádio (União/RN) e está sendo analisada pela Câmara dos Deputados. O texto cria a Política de Incentivo ao Desenvolvimento da Logística Reversa de Painéis Fotovoltaicos, que prevê fundos, linhas de crédito, sistemas de certificação e incentivos tributários específicos para a pesquisa, a inovação tecnológica e a implementação dos processos. Entre os objetivos da política, podem se destacar: expandir a reciclagem de painéis fotovoltaicos; reduzir os impactos ambientais desses produtos; promover tecnologias de reciclagem mais eficientes, seguras e econômicas; e definir normas claras sobre a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos painéis fotovoltaicos, abrangendo fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e titulares dos serviços públicos de limpeza urbana. O projeto estabelece que caberá à administração pública editar normas e regulamentos complementares, incluindo critérios de elegibilidade e formas de acesso a linhas de financiamento e benefícios fiscais e financeiros. O relator, deputado Lafayette de Andrada (Republicanos/MG), explicou que a participação da geração a partir da fonte solar na matriz energética brasileira vem aumento de forma muito expressiva, graças sobretudo à redução no custo de aquisição e instalação desses sistemas, combinado com o aumento generalizado nos preços da energia."

Fonte: Epbr; 08/07/2024

Projetos que subsidiam energia eólica e solar não fazem mais sentido

"Dois Projetos de Lei sobre energia renovável que tramitam no Congresso escondem, sob alegadas preocupações com o meio ambiente, subsídios desnecessários que, se aprovados, encarecerão a conta de energia. Se não forem barradas, as propostas, que tratam de energia eólica offshore e microgeração distribuída com placas solares para a população de baixa renda, poderão representar um custo extra nas tarifas de R$ 28,9 bilhões por ano até 2050, como mostrou reportagem do GLOBO. Entre os problemas embutidos no projeto das usinas eólicas offshore, está a contratação compulsória de fontes como térmicas a gás e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), construção de usinas de hidrogênio, eólicas na Região Sul e a manutenção da operação de usinas a carvão — um contrassenso numa proposta sobre energias renováveis. Não menos nociva é a ampliação de um período de desconto já extenso nas tarifas de transmissão para as fontes renováveis. O PL que prevê incentivo à microgeração distribuída para baixa renda tem sido questionado não só por ampliar o prazo para que esses projetos sejam incluídos no regime antigo de subsídios, mas também por estabelecer que consumidores não paguem pela energia durante o dia, apenas à noite. Na prática, a iniciativa surtiria efeito contrário ao pretendido, aumentando o custo para as famílias pobres, devido ao impacto do subsídio nas tarifas. Os dois projetos defendem soluções erradas no momento errado. Parlamentares deveriam entender que as tarifas de energia já estão em alta. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acaba de anunciar bandeira amarela, devido à previsão de chuvas abaixo da média registrada nos últimos anos e à expectativa de aumento no consumo."

Fonte: O Globo; 09/07/2024

Internacional

Empresas

Emissões globais de energia avançam, mesmo com recordes de renováveis

"O ano de 2023 foi de “recordes num mundo faminto por energia”, resume o Energy Institute na divulgação do seu mais recente Statistical Review. O consumo total de energia primária chegou a 620 Exajoules (EJ), 2% acima do nível de 2022, 0,6% acima de sua média de dez anos e mais de 5% acima do nível pré-Covid de 2019. Cresceram também as emissões de gases de efeito estufa provenientes do uso de energia, processos industriais e queima de metano, a 2,1%, superando o recorde estabelecido em 2022. De acordo com os analistas do instituto sediado no Reino Unido, foi a primeira vez na história que as emissões relacionadas à energia ultrapassaram o nível de 40 GtCO₂e, com as emissões do uso direto de energia ultrapassando inéditos 35 GtCO₂e. O mundo está consumindo cada vez mais energia. A maioria dos mercados já retomou suas expectativas de crescimento de longo prazo pré-Covid e os problemas na cadeia de suprimentos deram um alívio no último ano. Este cenário levou à recuperação do consumo de combustíveis fósseis, principalmente na China. Globalmente, a demanda por petróleo bruto ultrapassou o nível de 100 milhões de barris por dia pela primeira vez na história e a demanda por carvão superou em 1,6% o recorde do ano anterior, alcançando 179 EJ. Por mais que o consumo de energia renovável tenha crescido a uma taxa seis vezes maior que a do consumo total de energia primária, o deslocamento dos fósseis ocorre a passos lentos. A participação das renováveis no consumo total de energia primária atingiu 14,6%, um aumento de 0,4% em relação ao ano anterior – justamente o percentual que deixou de ser ocupado pelos fósseis. Se juntar a energia nuclear, fontes livres de carbono representaram mais de 18% do consumo total de energia primária."

Fonte: Epbr; 08/07/2024

As baixas avaliações dos grupos de energia limpa estão prejudicando a transição verde, diz o chefe da ReNew

"Os mercados públicos estão subvalorizando as empresas de energia limpa e dificultando a transição verde, disse o executivo-chefe de um dos maiores grupos de energia renovável da Índia, enquanto o setor luta para atrair investidores. Sumant Sinha, chefe da ReNew Energy Global, também levantou a possibilidade de transferir sua listagem da Nasdaq, já que as preocupações com uma possível presidência de Donald Trump e as altas taxas de juros ajudaram a estimular a venda de energia limpa. As avaliações mais baixas fizeram com que alguns grupos de aquisições se lançassem, atraídos pelo que consideram pechinchas no setor de energia renovável. A Brookfield está em negociações para comprar a Neoen da França, enquanto a KKR está comprando a alemã Encavis. "Se observarmos as avaliações básicas, fica muito claro que as empresas não estão sendo recompensadas pelo crescimento, pela escala que construíram nos últimos anos", disse Sinha. O valor do novo patrimônio líquido levantado por empresas de tecnologia climática e transição energética nos mercados públicos também caiu, de US$ 68 bilhões em 2022 para US$ 33 bilhões em 2023, de acordo com dados do grupo de pesquisa BloombergNEF. "Os mercados públicos de capital não são hospitaleiros no momento. E, para mim, esse é o maior obstáculo para o nosso setor hoje, em nível global", acrescentou Sinha. "Somos uma empresa lucrativa - não há razão para que nossa avaliação esteja onde está agora. Se você olhar para o mercado indiano, as avaliações são muito mais altas porque as pessoas estão vendo esse crescimento." A ReNew, que desenvolve projetos eólicos e solares na Índia, sofreu uma queda de mais de 30% no preço de suas ações."

Fonte: Financial Times; 09/07/2024

BYD vai investir US$ 1 bi em planta de veículos elétricos na Turquia

"A chinesa BYD vai investir US$ 1 bilhão na Turquia para fabricação de veículos elétricos (EVs) e híbridos plug-in, com capacidade anual de 150 mil unidades. Será a primeira fábrica de EVs de uma montadora estrangeira no país e o segundo centro de produção e exportação na Europa. Há um hub em fase de construção na Hungria. O presidente da BYD, Wang Chuanfu, e o ministro da Indústria e Tecnologia da Turquia, Mehmet Fatih Kacir, assinaram na segunda-feira (8) um acordo de investimento em Istambul. O presidente turco Recep Tayyip Erdogan também esteve presente antes de partir para a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que começa nesta terça-feira (9) em Washington. A produção está programada para começar até o fim de 2026 e espera-se que empregue 5 mil pessoas. A localização não foi informada oficialmente, mas segundo a Bloomberg, a fábrica será construída na província de Manisa, a cerca de 40 quilômetros de Izmir, um importante porto na costa do Mar Egeu. A montadora também vai instalar um centro de pesquisa e desenvolvimento na Turquia. Em comunicado, a montadora chinesa afirmou que, graças às 'vantagens únicas da Turquia, como seu ecossistema de tecnologia em desenvolvimento, base forte de fornecedores, localização extraordinária e mão de obra qualificada', o investimento na nova fábrica de produção irá desenvolver ainda mais as capacidades locais da marca e aumentar a eficiência logística. "Nosso objetivo é alcançar os consumidores na Europa, atendendo à crescente demanda por veículos de nova energia na região", diz o texto. O ministro turco mencionou que seu país é o terceiro maior fabricante de automóveis na Europa. "Vemos a transformação em direção a veículos elétricos de nova geração e ecologicamente corretos como um objetivo primordial no setor automotivo, que é o setor líder em exportações, com um volume anual superior a US$ 35 bilhões", disse Kacir."

Fonte: Valor Econômico; 09/07/2024

Política

Indonésia e EUA selam troca de dívida de recife de coral no valor de US$ 35 milhões

"Os EUA concordaram em perdoar US$ 35 milhões da dívida da Indonésia nos próximos nove anos, informou o Tesouro dos EUA na segunda-feira, em troca da restauração e preservação dos recifes de coral pelo país do Sudeste Asiático, que os especialistas estimam ser o pedaço de oceano com maior biodiversidade do mundo. Os recifes de coral estão sob crescente ameaça em todo o mundo, em grande parte devido à mudança climática que está aumentando as temperaturas do mar. Dados de maio mostraram que quase dois terços deles foram submetidos, no ano passado, a estresse térmico ruim o suficiente para desencadear o "branqueamento", que pode acabar com eles.
O acordo é a quarta troca de "dívida por natureza" que os dois países fizeram desde 2009 e deve financiar pelo menos 15 anos de trabalho de conservação em duas áreas importantes do que é conhecido como o "Triângulo de Coral". As áreas de Bird's Head Seascape e Lesser Sunda-Banda Seascape que são alvo da troca abrangem centenas de milhares de hectares, um habitat para mais de três quartos de todas as espécies de corais e mais de 3.000 tipos de peixes, tartarugas, tubarões, baleias e golfinhos. A Indonésia tem cerca de 5,1 milhões de hectares de recifes de coral, 18% do total mundial, de acordo com o Ministério do Turismo do país, mas os problemas de branqueamento deste ano já tiveram um impacto devastador. "Essas duas regiões estão no epicentro da biodiversidade", disse Alexandre Portnoi, consultor jurídico da Conservation International, que ajudou a organizar o acordo. A Indonésia se beneficiou de trocas de dívidas anteriores com os EUA em 2009, 2011 e 2014 que, coletivamente, ao longo do tempo, geraram quase US$ 70 milhões. Esse é o primeiro a se concentrar nos recifes de coral em vez de nas florestas tropicais da Indonésia, que estão ameaçadas pela expansão das plantações de óleo de palma."

Fonte: Reuters; 08/07/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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