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MP Redata concede benefícios fiscais a data centers sob compromisso com energia limpa | Café com ESG, 18/09

Mineradoras australianas miram o Brasil para minerais críticos; IA com o uso de energias renováveis

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 1,06% e 1,28%, respectivamente.

• No Brasil, (i) assinada ontem pelo presidente Lula, a Medida Provisória da Política Nacional de Data Center estabelece entre as contrapartidas para benefícios fiscais o uso de energias renováveis, gás natural ou nuclear – a expectativa é atrair até R$ 2 trilhões em investimentos na cadeia de serviços digitais em dez anos, sob condições de cumprir critérios ambientais, de uso de energia renovável e limpa, eficiência hídrica, entre outros parâmetros a serem definidas em regulamentação nos próximos meses; e (ii) a evolução das finanças sustentáveis no Brasil tem colocado o setor bancário em posição de destaque internacional – segundo Amaury Oliva, diretor-executivo da Febraban, o sistema financeiro já compreendeu que riscos sociais, ambientais e climáticos se traduzem em riscos financeiros que precisam ser monitorados de perto.

• Do lado das empresas, frente ao domínio da China, mineradoras australianas buscam diversificação com projetos de mineração de terras raras no Brasil – esse é o caso da Viridis Mining e da Meteoric Resources, mineradoras australianas que estão liderando duas das principais iniciativas do tipo no país, previstas para entrar em operação até 2028.

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Brasil

Empresas

Bancos brasileiros avançam na agenda de finanças sustentáveis, diz Febraban

“A evolução das finanças sustentáveis no Brasil tem colocado o setor bancário em posição de destaque internacional. Segundo Amaury Oliva, diretor-executivo de Sustentabilidade, Cidadania Financeira, Relações com o Consumidor e Autorregulação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o sistema financeiro já compreendeu que riscos sociais, ambientais e climáticos se traduzem em riscos financeiros que precisam ser monitorados de perto. “Temos clareza de que eles se traduzem em risco econômico e financeiro. Sempre uso como exemplo o caso do Rio Grande do Sul do ano passado: uma tragédia climática impacta finanças, empresas, famílias, e tudo isso tem que ser devidamente gerenciado pelo sistema financeiro para não se tornar um risco financeiro e sistêmico”, afirmou Oliva. O executivo lembra que o Brasil tem uma tradição de regulação robusta pelo Banco Central em temas socioambientais. “O setor bancário é altamente regulado, e o BC tem uma história de mais de uma década nesse tema. Há dois anos, novos regramentos trouxeram a agenda climática para o centro, determinando inclusive que os bancos reportem as emissões financiadas em suas carteiras de clientes”, explicou, se referindo a às resoluções que obrigam as instituições a publicar o Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticas (GRSAC) e incorporação de critérios ESG, como a exigência de registro no Cadastro Ambiental Rural (CAR) para acesso ao crédito.”

Fonte: Valor Econômico; 17/09/2025

Para australianas, Brasil é alternativa à China em terras raras

“Frente ao domínio da China, mineradoras australianas buscam diversificação com projetos de mineração de terras raras no Brasil. É o caso da Viridis Mining e da Meteoric Resources, companhias juniores listadas na bolsa da Austrália, à frente de duas das principais iniciativas do tipo no país e que têm previsão de entrar em operação até 2028. Esses projetos compõem um grupo de nove iniciativas destacadas pelo Ministério de Minas e Energia (MME) como em andamento no país – o número de autorizações de pesquisa no setor é maior, de quase duas mil, e há cerca de 400 pedidos ativos, a maioria deste ano, segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM). “Hoje, esses dois projetos são considerados os principais do Brasil. O da Viridis apresenta algumas das maiores taxas globais de recuperação de neodímio, praseodímio, disprósio e térbio, minerais [do grupo de terras raras] essenciais para ímãs de turbinas eólicas e motores de veículos elétricos. A Meteoric possui recurso total de 1,5 bilhão de toneladas em argila iônica [que concentra elementos de terras raras], um dos maiores depósitos fora da China”, diz Solange Srour, diretora de macroeconomia para o Brasil no UBS Global Wealth Management. Ambas traçam estratégias para diversificar tanto a origem do financiamento das próximas etapas dos projetos quanto o consumo futuro de seus produtos, e têm preferido caminhos paralelos à influência chinesa.”

Fonte: Valor Econômico; 17/09/2025

Redata: data centers terão que usar energia renovável, gás natural ou nuclear

“Assinada pelo presidente Lula (PT) na tarde desta quarta-feira (17/9), a Medida Provisória da Política Nacional de Data Center — o tão aguardado Redata — estabelece entre as contrapartidas para benefícios fiscais o uso de energias renováveis, gás natural ou nuclear. A publicação da MP está prevista para amanhã (18), quando os detalhes serão divulgados. De acordo com as informações do governo, o incentivo aos investimentos inclui a desoneração do imposto de importação para produtos sem similar nacional, além de PIS/Pasep, Cofins e IPI, pelo prazo de cinco anos. Expectativa é atrair até R$ 2 trilhões em investimentos na cadeia de serviços digitais em dez anos. Em contrapartida, será preciso cumprir critérios ambientais, de uso de energia renovável e limpa (gás natural e nuclear) e eficiência hídrica, entre outras condições a serem definidas em regulamentação nos próximos meses. Além disso, empresas beneficiadas terão que aplicar 2% de seus investimentos em P&D no Brasil e reservar ao menos 10% da prestação dos serviços para o mercado doméstico. Vale lembrar que em julho o governo publicou a MP 1307 voltada aos data centers, mas sem eles, obrigando a contratação de energia renovável nova por empresas instaladas em ZPEs. Agora, o Redata amplia o escopo para incluir projetos termelétricos a gás e nuclear. A MP antecipa os efeitos da Reforma Tributária sobre a desoneração de investimentos. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o governo reservou R$ 5,2 bilhões no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2026 para dar início ao programa. Já a partir de 2027, começa a valer parcialmente a reforma. A desoneração dos impostos atuais vai demandar a alocação no orçamento.”

Fonte: Eixos; 17/09/2025

Queimadas na Amazônia durante governo Bolsonaro adiaram acordo Mercosul-EFTA

“As queimadas que se intensificaram na Amazônia em 2019, no início do governo Jair Bolsonaro, influenciaram o atraso em cinco anos da assinatura do acordo de livre comércio entre a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) e o Mercosul. Foi o que afirmou, nesta terça (17/9), o vice-secretário-geral da EFTA, Markus Schlagenhof, durante evento promovido pela Noruega no Rio de Janeiro, um dia após a assinatura do tratado. “Acompanhei as negociações até 2019, quando de alguma forma concluímos, mas não estávamos prontos para comunicar. Até que Bolsonaro, o então presidente do Brasil, tuitou, e a notícia foi divulgada no meio da Amazônia em chamas, e a controvérsia começou”, conta Schlagenhof, que na época era o chefe negociador da Suíça. O diplomata lembrou que, após a divulgação precipitada de Bolsonaro sobre o acordo, em agosto de 2019, as críticas internacionais se intensificaram por conta da devastação ambiental. Naquele ano, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou 89.178 focos de queimadas na Amazônia, 30% a mais que em 2018. No mesmo mês, a então primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, classificou como um “péssimo momento” a conclusão do acordo comercial, lembrando que a Amazônia “estava em chamas”. Dias depois, Noruega e Alemanha anunciaram o bloqueio de mais de R$ 133 milhões em repasses ao Fundo Amazônia, acusando o Brasil de não querer mais combater o desmatamento. As dificuldades para avançar no acordo se agravaram com a mudança de governo na Argentina e a pandemia de Covid-19, que praticamente paralisou o processo. Apenas em 2024 as negociações foram retomadas, até a assinatura formal nesta terça (16/9).”

Fonte: Eixos; 17/09/2025

Pressão para incluir geração distribuída em cortes de energia pode enfrentar obstáculos legais

“Um movimento que envolve empresas geradoras, distribuidoras de energia, fabricantes e até consumidores articula uma investida dentro do setor elétrico para tentar incluir a micro e minigeração distribuída (MMGD) no rateio dos cortes de geração renovável (“curtailment”) impostos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para evitar sobrecarga. A chamada geração distribuída (GD) responde por quase um quinto de toda a demanda por energia no Brasil. Por estar espalhada principalmente em painéis solares instalados em telhados e pequenos terrenos, esse tipo de geração escapa do controle direto do ONS e reduz a previsibilidade da operação do sistema. Entretanto, ela ganhou relevância ao alterar o perfil de consumo. O argumento é que a GD pressiona o sistema, aumenta os desligamentos compulsórios de grandes usinas e transfere custos para quem não possui painéis solares ou sistemas próprios de geração em casa ou no comércio e dependem das distribuidoras, além de crescer apoiada em um modelo de subsídios considerado insustentável. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontam que estes subsídios concedidos ao segmento ultrapassaram R$ 11,5 bilhões em 2024, valor que foi diluído nas tarifas pagas pelos consumidores que não têm painéis solares. Outra crítica é que o sistema atual é um benefício cruzado que favorece uma parcela dos consumidores — geralmente de maior poder aquisitivo — e onera os demais, especialmente os mais pobres. Daí a pressão por rever a valoração da energia injetada e reduzir as distorções.”

Fonte: Valor Econômico; 17/09/2025

Internacional

Empresas

Keppel e Dell colaboram em data centers e plataformas de IA na Ásia

“A gestora de ativos Keppel, listada em Cingapura, e a empresa de tecnologia americana Dell Technologies concordaram em colaborar em data centers e investir em plataformas de inteligência artificial de última geração na Ásia, em meio à crescente demanda por soluções de conectividade na região. A Keppel planeja trabalhar com a Dell para desenvolver instalações em hubs de dados na Ásia, utilizando as tecnologias verdes e os recursos de energia renovável da gestora de ativos, afirmou a Keppel nesta quarta-feira. A Keppel visa desenvolver plataformas de IA específicas para setores como saúde, serviços financeiros, manufatura, varejo e telecomunicações. A Keppel afirmou que seu braço de soluções corporativas e de nuvem, a AsiaPac Technology, também fornecerá serviços em mercados de alto crescimento, como Cingapura, Malásia e Vietnã, sob a parceria. A Ásia está se beneficiando da crescente demanda global por IA, tornando-se um polo para data centers e soluções de nuvem. A Vantage Data Centers, sediada nos EUA, garantiu recentemente um investimento de 1,6 bilhão de dólares de Cingapura (US$ 1,247 bilhão) dos fundos soberanos GIC e Abu Dhabi Investment Authority para expandir seus negócios na Ásia-Pacífico.”

Fonte: Valor Econômico; 17/09/2025

Por falta de baterias, Nissan reduz produção do novo Leaf elétrico pela metade

“A Nissan Motor reduziu os planos de produção do novo veículo elétrico Leaf para menos da metade de setembro a novembro por falta de baterias, segundo apurou o “Nikkei Asia”. O novo Leaf para os mercados americano e japonês está sendo produzido na fábrica da Nissan na província de Tochigi. Os planos de produção para o ano fiscal de 2025 tiveram reduções particularmente acentuadas em setembro e outubro, de acordo com diversos executivos da Nissan. Em alguns meses, a produção foi reduzida em vários milhares de unidades. Atrasos na obtenção de baterias estão por trás do corte na produção. Com lançamento previsto para este ano, o novo Leaf deve ser uma parte fundamental do plano de retomada da Nissan. As baterias para a fábrica de Tochigi são fornecidas pela AESC, que tem sede em Yokohama e é parcialmente controlada pela Nissan. Fontes da Nissan afirmam que a produção de baterias para o Leaf não melhorou conforme as expectativas, o que significa que a montadora não consegue garantir um fornecimento suficiente. A confusão pode impactar as vendas. Lançado em 2010 como o primeiro veículo elétrico produzido em massa do mundo, o Leaf está agora em sua terceira geração com esta reformulação. Seu lançamento está previsto para o segundo semestre nos Estados Unidos, no Japão até o fim do ano e na Europa no próximo ano. O modelo atualizado tem um aumento de mais de 30% na autonomia e uma reformulação completa no popular estilo SUV, aumentando as expectativas de crescimento nas vendas.”

Fonte: Valor Econômico; 17/09/2025

China ameaça fechar fábricas de polissilício se novas normas energéticas não forem cumpridas

“A China está ameaçando fechar produtores de polissilício, um componente essencial para painéis solares, caso não cumpram os novos padrões de consumo energético, segundo medidas preliminares divulgadas na terça-feira pela Administração de Padronização do país. Assim que os padrões entrarem oficialmente em vigor, as fábricas que não atingirem o consumo energético básico de 6,4 kgce/kg para produtos de polissilício receberão um prazo para se adequar. Se, após atualizações, ainda não atingirem o padrão permitido de 5,5 kgce/kg, serão obrigadas a encerrar suas atividades, informou uma associação da indústria na quarta-feira. A capacidade efetiva dos produtores chineses de polissilício deve cair para 2,4 milhões de toneladas métricas por ano após a reestruturação — uma redução de 16,4% em relação ao final de 2024, segundo estimativas preliminares da Associação da Indústria de Silício da China (Nonferrous Metals Industry Association). “Com a implementação rigorosa dos novos padrões de consumo energético, o padrão de oferta e demanda do polissilício será substancialmente melhorado”, acrescentou a associação. Os padrões preliminares, divulgados esta semana para consulta pública, devem ser implementados dentro de 12 meses.”

Fonte: Reuters; 17/09/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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