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Líderes da UE vão debater alinhamento entre metas climáticas e maior competitividade das empresas | Café com ESG, 23/10

Líderes da UE vão debater metas climáticas; EUA e Catar criticam regra de sustentabilidade da UE

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,55% e 0,06%, respectivamente.

• No continente africano, segundo o ministro da Eletricidade e Energia da África do Sul, Kgosientsho Ramokgopa, o país espera retirar o status de “manutenção e cuidado” do seu reator modular de Leito de Seixos (PBMR) até o primeiro trimestre do próximo ano, ou antes – “estamos bastante avançados em nossos processos internos para justificar a retomada do PBMR”, disse Ramokgopa em coletiva de imprensa.

• Na União Europeia, (i) os EUA e o Catar alertaram o grupo de que seu comércio, investimentos e fornecimento de energia serão prejudicados, a menos que o bloco recue em novas e rigorosas regras climáticas e de direitos humanos – Washington e Doha afirmaram que a Diretiva de Due Diligence de Sustentabilidade Corporativa da UE representa uma “ameaça existencial” ao crescimento, à competitividade e à resiliência da economia europeia, além de colocar em risco sua segurança energética; e (ii) os líderes dos países da UE vão debater nesta quinta-feira como alinhar metas climáticas ambiciosas com o fortalecimento da competitividade de suas empresas, buscando fechar um acordo sobre uma nova meta de emissões para 2040, apesar da crescente resistência de alguns Estados-membros às medidas ambientais.

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Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!

Brasil

GPA busca novo CEO após saída de Pimentel

“O CEO do Pão de Açúcar, Marcelo Pimentel, apresentou sua renúncia em reunião com o presidente do conselho, André Coelho Diniz, conforme antecipou na tarde de ontem o Pipeline, site de negócios do Valor. O executivo deixou o cargo e o assento no board. A saída foi informada oficialmente ao mercado logo depois, em fato relevante divulgado pela companhia. O posto será ocupado interinamente pelo CFO, Rafael Sirotsky Russowsky, enquanto a companhia inicia o processo de recrutamento de um novo presidente-executivo. Com a recente mudança na composição acionária e no conselho, mudanças na administração já eram esperadas pelo mercado, assim como uma revisão nos investimentos.”

Fonte: Valor Econômico; 23/10/2025

BC barrou R$ 20 bi em crédito rural por questões ambientais

“Frequentemente o Banco Central é questionado quando barra ou cancela operações de crédito rural devido a irregularidades ambientais. Nos últimos cinco anos, foram R$ 20 bilhões em quase 60 mil operações. “O Banco Central não é um órgão ambiental”, diz Silvio Arduini, chefe do departamento de regulação, supervisão e controle das operações de crédito rural do Banco Central. “Nossa questão é a estabilidade do sistema financeiro, e eventos climáticos impactam essa estabilidade.” O órgão regulador tem um birô verde para o crédito rural, que funciona como uma espécie de “Serasa da sustentabilidade”. “No momento em que uma instituição financeira submete uma operação para o Banco Central, para ela ser registrada no sistema, nós fazemos uma série de verificações de conformidade mínima”, explicou Arduini ao apresentar o sistema em evento promovido pela ONG Imaflora nesta quarta-feira (22). No momento da contratação, o sistema do BC analisa se a propriedade financiada não tem sobreposição com terras indígenas, quilombolas, unidades de conservação, áreas embargadas e florestas públicas, além da situação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a existência de trabalho escravo.”

Fonte: Capital Reset; 22/10/2025

BNDES aprova R$ 120 milhões para empresa de produtos ligados à energia renovável

“O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 120 milhões para a empresa ION Energia, de Sorocaba (SP). Os recursos se destinam à aquisição de máquinas e equipamentos, com foco em sistema de armazenamento tipo BESS (Battery Energy Storage System) e geração de energia renovável. Do total, R$ 84 milhões foram aprovados por meio do Novo Fundo Clima — Máquinas Verdes, que pode ser utilizado em até um ano, e o restante (R$ 36 milhões), no âmbito do produto BNDES Máquinas e Serviços, que poderá ser utilizado em até três anos. “O BNDES é o maior financiador de energia renovável do mundo, e o Brasil, referência internacional em energia limpa, pode aproveitar esse diferencial competitivo para, inclusive, incluir investimentos em alta tecnologia, como armazenamento”, disse em nota o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Também em nota, o diretor presidente da ION Energia, Paulo Daniel Baraldi, afirmou que o apoio financeiro vai aumentar a oferta de soluções da empresa para que “os clientes possam fazer essa transição energética sem a necessidade desse investimento inicial”.”

Fonte: Valor Econômico; 22/10/2025

Internacional

EUA e Catar fazem ameaças energéticas e comerciais à UE devido às regras climáticas

“Os EUA e o Catar alertaram a UE de que seu comércio, investimentos e fornecimento de energia serão prejudicados, a menos que o bloco recue em novas e rigorosas regras climáticas e de direitos humanos. Washington e Doha afirmaram que a Diretiva de Due Diligence de Sustentabilidade Corporativa da UE representa uma “ameaça existencial” ao crescimento, à competitividade e à resiliência da economia europeia, além de colocar em risco sua segurança energética. Os dois países afirmaram que as regras — que serão debatidas pelos legisladores da UE já na sexta-feira — prejudicariam suas exportações de gás natural liquefeito, que se tornou uma tábua de salvação para o bloco após a invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia em 2022. “Isso ocorre em um momento crítico, em que nossos países e empresas se esforçam não apenas para sustentar, mas também para aumentar significativamente o fornecimento confiável de GNL para a UE”, diz uma carta conjunta aos líderes da UE, assinada pelos ministros de energia dos EUA e do Catar, à qual o Financial Times teve acesso. A carta sugere que as regras da UE também poderiam prejudicar o recente acordo comercial firmado em julho entre o bloco e o presidente Donald Trump, que comprometeu os estados da UE a comprar US$ 750 bilhões em energia dos EUA até o final de 2028.”

Fonte: Financial Times; 22/10/2025

África do Sul quer reativar tecnologia de pequenos reatores nucleares

“A África do Sul espera retirar o status de “manutenção e cuidado” do seu reator modular de leito de pedras (PBMR) até o primeiro trimestre do próximo ano, ou até antes, segundo o ministro da Eletricidade e Energia, Kgosientsho Ramokgopa. O país, que já foi considerado líder mundial no desenvolvimento de pequenos reatores nucleares modulares, interrompeu sua pesquisa sobre o PBMR em 2010 após gastar mais de 10 bilhões de rands (cerca de 577 milhões de dólares), sem conseguir construir um modelo de demonstração. “Estamos bastante avançados em nossos processos internos para justificar a retomada do PBMR”, disse Ramokgopa em uma coletiva de imprensa. A estatal Eskom opera atualmente a única usina nuclear comercial do continente, localizada perto da Cidade do Cabo. O Egito está construindo sua própria usina, enquanto países como Namíbia, Níger e Gana estão explorando opções nucleares. Ramokgopa também destacou que grandes investidores em centros de dados estão entre os principais interessados em reatores modulares pequenos (SMRs). O Plano Integrado de Recursos de 2025 da África do Sul, que deve ser publicado esta semana, prevê mais de 105 gigawatts de nova capacidade de geração até 2039. A energia renovável deve representar mais da metade dessa capacidade, como parte dos esforços para reduzir a dependência do carvão.”

Fonte: Reuters; 22/10/2025

Líderes da União Europeia debatem condições para manter ambição climática

“Os líderes dos países da União Europeia vão debater nesta quinta-feira como alinhar metas climáticas ambiciosas com o fortalecimento da competitividade de suas empresas, buscando fechar um acordo sobre uma nova meta de emissões para 2040, apesar da crescente resistência de alguns Estados-membros às medidas ambientais. A cúpula ocorre em meio à queda do impulso político para ações climáticas ambiciosas — especialmente após o desmonte de medidas de redução de emissões nos EUA sob o presidente Donald Trump — e diante do agravamento de eventos climáticos extremos em todo o mundo. A UE está tentando aprovar uma nova meta de redução de 90% nas emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2040. No entanto, algumas capitais estão preocupadas com o financiamento da transição para uma economia de baixo carbono, especialmente diante de outras prioridades como defesa e revitalização de negócios locais. Antes da cúpula, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a transição para uma economia limpa representa uma oportunidade de negócios para a Europa, ajudando a revitalizar indústrias e reduzir a dependência de importações chinesas. “Cada megawatt-hora e tonelada de matéria-prima que economizamos na produção de bens e serviços para nós e para o mundo nos torna mais competitivos e menos dependentes de fornecedores externos”, escreveu von der Leyen em carta aos líderes europeus.”

Fonte: Reuters; 22/10/2025

Fundo proposto pelo Brasil muda lógica econômica contra o desmatamento, diz New York Times

“Os fundos de investimentos para a proteção das florestas, proposto pelo Brasil, é uma forma de subverter a lógica econômica por trás do desmatamento e a COP30 será uma forma do país tentar promover sua visão ambiental em meio a ventos políticos instáveis, avalia o The New York Times em reportagem publicada nesta quarta-feira (22). Essa lógica de arrecadação de fundos surgiu como uma alternativa a uma lei da União Europeia, criada em 2023, que obrigaria os produtores de gado, madeira, cacau, soja, óleo de palma, café e borracha a comprovar que seus produtos não provêm de terras recentemente desmatadas. Para manter o acesso ao mercado europeu, agricultores de grandes países produtores e exportadores de Café, como Vietnã e Etiópia, estão se preparando para fornecer dados de geolocalização sobre a procedência de suas safras. O Brasil, porém, se opôs a essa legislação.“No ano passado, o Brasil pressionou por adiamentos [dessa legislação europeia], escrevendo à Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia, afirmando que se trata de ‘um instrumento unilateral e punitivo que desrespeita as leis nacionais’, entra em conflito com os princípios de soberania, discrimina países com recursos florestais e e aumenta os custos de produção e exportação”, escreve o jornal americano.”

Fonte: Valor Econômico; 22/10/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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