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Leilão de baterias, produção de SAF pela PETR4 e desinvestimento da Eletronuclear pela ELET3 em destaque | Café com ESG, 16/10

Governo declara primeiro leilão de baterias; Petrobras obtém certificação para produzir SAF

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,65% e 1,15%, respectivamente.

• Na política local, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou ontem durante audiência pública que o governo realizará o primeiro leilão de baterias ainda neste ano, em dezembro – segundo Silveira, a iniciativa será uma das soluções para o país lidar com os efeitos da intermitência das fontes renováveis, como a eólica e a solar, no setor elétrico brasileiro.

• Do lado das empresas, (i) a Petrobras anunciou ontem que a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, recebeu a certificação internacional ISCC CORSIA para produzir e comercializar combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) por meio do coprocessamento de óleos vegetais com cargas de petróleo, pela rota HEFA; e (ii) o governo publicou ontem no Diário Oficial da União (DOU), a resolução aprovada na reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que determina que a Eletronuclear e o BNDES atualizem os estudos de modelagem econômico-financeira para a usina nuclear de Angra 3 – ainda, nesta terça-feira, a Âmbar Energia, do grupo J&F, assinou um contrato para adquirir a totalidade da participação detida pela Eletrobras na Eletronuclear, responsável pelo projeto.

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Brasil

Âmbar compra fatia da Eletrobras na Eletronuclear

“A Âmbar, braço de energia do grupo J&F, anunciou ontem a assinatura de um contrato para comprar a totalidade da participação detida pela Eletrobras na Eletronuclear, responsável pela operação das usinas de Angra 1 e 2, em Angra dos Reis (RJ). O valor da transação é de R$ 535 milhões e inclui a assunção de R$ 2,4 bilhões em debêntures e de garantias financeiras da estatal referentes ao Termo de Conciliação firmado entre a Eletrobras e a União no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 7.385. O negócio marca a estreia da Âmbar na geração de energia nuclear e amplia sua presença no sistema elétrico brasileiro. O acordo libera a Eletrobras de responsabilidades remanescentes com a Eletronuclear, melhorando o perfil de risco e permitindo a realocação de capital, conforme diretrizes do seu plano estratégico. A operação, assessorada pelo BTG Pactual, foi resultado de um processo competitivo iniciado em 2023. Com valor contábil de R$ 7,8 bilhões registrado na coligada no segundo trimestre de 2025, a venda gerou uma provisão de aproximadamente R$ 7 bilhões nas demonstrações financeiras da Eletrobras.”

Fonte: Valor Econômico; 16/10/2025

Elo entra no mercado de créditos de carbono

“A Elo começou a operar no mercado de créditos de carbono com ativos tokenizados gerados a partir de projetos de preservação florestal na Amazônia. Os créditos são comercializados pela Elo Eco, plataforma da empresa que utiliza tecnologia blockchain. A iniciativa faz parte da estratégia da Elo de acelerar sua agenda ESG e diversificar receitas. A plataforma replica a lógica dos arranjos de pagamento, aproximando compradores e vendedores de créditos do acompanhamento completo do ativo — desde o projeto de origem até a comercialização, incluindo etapas de validação jurídica, compliance e governança. “O nosso DNA é sempre aproximar o comprador do vendedor. Quando a gente começou a entender um pouquinho o contexto da compensação de créditos de carbono, a gente viu que tinha uma necessidade do mercado de também organizar melhor essa estrutura de compras e vendas de créditos de carbono”, explica Eduardo Merighi, vice-presidente de tecnologia da Elo. O sistema foi projetado para atender tanto empresas que buscam compensar emissões quanto instituições interessadas em incluir créditos de carbono em seus portfólios, embarcando a plataforma — uma solução que, neste início, tem sido mais procurada por instituições financeiras, mas que não se limita a elas.”

Fonte: Valor Econômico; 15/10/2025

Petrobras certifica refinaria no Corsia para produção de SAF coprocessado

“A Petrobras anunciou nesta quarta (15/10) que a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, recebeu a certificação internacional ISCC CORSIA para produzir e comercializar combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, em inglês). O SAF será produzido a partir do coprocessamento de óleos vegetais com cargas de petróleo, pela rota HEFA (Hydroprocessed Esters and Fat Acids). O produto terá 1,2% de conteúdo renovável. O restante é querosene fóssil. A Reduc é a primeira refinaria no Brasil a receber a certificação que atesta a conformidade do combustível com os padrões de sustentabilidade e redução de emissões do Corsia, um programa da Organização da Aviação Civil Internacional (Icao, em inglês) para o net zero do setor. Até então, apenas produtores de etanol tinham obtido o selo no Brasil. A Raízen foi a primeira do mundo a certificar o biocombustível para a produção de SAF, em 2023. De acordo com a Petrobras, o processo de certificação foi iniciado após a obtenção da autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a produção do combustível em maio deste ano.”

Fonte: Eixos; 15/10/2025

Primeiro leilão de baterias ocorrerá em dezembro, diz Silveira

“O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o governo realizará o primeiro leilão de baterias ainda neste ano, em dezembro. A declaração foi dada durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (15). O ministro foi convocado por parlamentares para prestar esclarecimentos. Segundo Silveira, a iniciativa será uma das soluções para o país lidar com os efeitos da intermitência das fontes renováveis, como a eólica e a solar, no setor elétrico brasileiro. Ele também destacou a contratação de novas infraestruturas de transmissão nos últimos anos para ampliar o escoamento da geração, sobretudo no Nordeste. “Temos um grande desafio no setor elétrico, que é o crescimento enorme das renováveis, que cria uma instabilidade do sistema no mundo inteiro. Acabou de haver um problema sério na Espanha e em Portugal por causa dessa instabilidade, que só será resolvida com a questão das baterias, pois vamos poder, literalmente, armazenar o vento”, afirmou. Logo no início da reunião, Silveira foi questionado sobre as ampolas de urânio extraviadas em 2023. Segundo ele, o inquérito que apura o caso foi realizado pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e pelo Gabinete de Segurança Institucional, e concluiu que houve um erro operacional, sem qualquer ato ilícito.”

Fonte: Valor Econômico; 15/10/2025

Governo publica resolução do CNPE que determina que BNDES e Eletronuclear atualizem estudos sobre Angra 3

“O governo publicou, na quarta-feira (15/10), no Diário Oficial da União (DOU), a resolução aprovada na reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que determina que a Eletronuclear e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (BNDES) atualizem os estudos de modelagem econômico-financeira para a usina nuclear de Angra 3. O documento estabelece que os estudos deverão considerar, entre os cenários possíveis, o acordo firmado entre a União e a Eletrobras, que está em fase de homologação pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Também deverá conter análise da conclusão do empreendimento com outro sócio privado e com recursos exclusivamente públicos, além do detalhamento do custo de abandono do projeto, com avaliação dos impactos. Nesta terça (14/10), a Âmbar Energia, do grupo J&F, assinou um contrato para adquirir a totalidade da participação detida pela Eletrobras na Eletronuclear. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), afirmou, na última reunião do conselho, que aguarda a conclusão do estudo antes do próximo encontro ou para a reunião ordinária em dezembro. As obras de Angra 3, no complexo nuclear de Angra dos Reis (RJ), estão paradas desde 2015, ao custo estimado de R$ 1 bilhão por ano.”

Fonte: Eixos; 15/10/2025

Alcolumbre resiste à pressão e mantém análise de vetos ao projeto de licenciamento ambiental

“O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), manteve a sessão do Congresso desta quinta-feira (16) para a análise dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao marco legal do Licenciamento Ambiental, mesmo com a articulação do governo para o adiamento. Ao todo, Lula vetou 63 trechos da lei que flexibiliza as regras de licenciamento. A estratégia do Executivo é que a votação dos vetos ocorra apenas após a realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que irá ocorrer em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro. O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (PT-AP), chegou a afirmar que estava sendo construído um acordo com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e que o adiamento seria bom para todos. “À essa altura é melhor para todo mundo [o adiamento]. Se for mantido, o governo vai orientar pela manutenção do veto, seja para qual for o resultado”, declarou. Vice-presidente da FPA, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) negou o acordo com o Executivo. “Só se for um acordo fantasma”, afirmou. A estratégia de deixar a votação dos vetos para depois da COP30 preocupa parlamentares favoráveis ao texto aprovado no Congresso. A avaliação é que, após a conferência, “haverá uma pressão mundial” para que o Congresso não vote o tema.”

Fonte: Valor Econômico; 15/10/2025

Resolução do CNPE define intensidade de carbono para gasolina e diesel

“O governo publicou, nesta terça-feira (14/10), no Diário Oficial da União (DOU), a resolução aprovada na reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que fixa os valores da Intensidade de Carbono das Fontes de Energia (ICE) do programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover). Para a gasolina C, com 30% de etanol, foi definido o valor de 72,45 gramas de CO2 para cada MegaJoule de energia (gCO2/MJ) a ser alcançado até 2027. O diesel terá o teto de 78,24 gCO2/MJ. A resolução também inclui etanol, biometano, biodiesel e eletricidade. O Mover estabelece critérios ambientais para a fabricação de veículos e amplia exigências de sustentabilidade para o setor automotivo. A resolução era aguardada para alinhar a política automotiva à de biocombustíveis (RenovaBio), atendendo à lei do Combustível do Futuro. O governo publicou também a resolução que cria o Programa Nacional de Energia Geotérmica (Progeo), fonte que utiliza o calor natural do interior da Terra para gerar eletricidade. O documento estabelece as diretrizes para o desenvolvimento dos marcos legais e regulamentações, além de incentivo a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I).”

Fonte: Eixos; 15/10/2025

Internacional

Níveis de CO₂ atingem o maior valor já registrado, alerta OMM sobre eventos climáticos extremos

“Os níveis de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera atingiram o maior valor já registrado, o que pode aquecer ainda mais o planeta e levar a eventos climáticos mais extremos, segundo um novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Entre 2023 e 2024, a concentração média global de CO₂ aumentou 3,5 partes por milhão — o maior aumento desde o início das medições modernas em 1957. O relatório foi publicado antes da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá no Brasil. A queima de combustíveis fósseis e o aumento de incêndios florestais, especialmente na América do Sul, impulsionaram esse crescimento. A OMM destacou que é necessário fazer mais para reduzir as emissões. “O calor retido pelo CO₂ e outros gases de efeito estufa está turbinando nosso clima e levando a eventos climáticos mais extremos”, disse Ko Barrett, vice-secretária-geral da OMM. Outros gases importantes também atingiram níveis recordes. O metano aumentou 16% em relação aos níveis pré-industriais, o óxido nitroso subiu 25% e o CO₂ teve um aumento de 52%. Segundo Oksana Tarasova, cientista sênior da OMM, o CO₂ tem uma vida útil muito longa na atmosfera, e cada molécula emitida tem impacto global.”

Fonte: Reuters; 15/10/2025

EUA ameaçam retaliar China por controle de terras raras

“O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, avisou Pequim que seus novos e abrangentes controles de exportação sobre terras raras e minerais cruciais obrigarão os EUA e outros países a se desacoplarem da China. Em uma entrevista coletiva ontem, junto com o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, Bessent disse que com esses novos controles a China assume uma posição de confronto com o mundo inteiro. “Se a China quer ser um parceiro não confiável para o mundo, então o mundo terá de se desacoplar”, argumentou Bessent. “O mundo não quer se desacoplar. Nós queremos reduzir os riscos. Mas indicações como essa são sinais de desacoplamento, algo que não acreditamos que a China quer.”Pequim anunciou novas regras para terras rarasna semana passada. Por elas, empresas estrangeiras que queiram exportar produtos que contenham esses minerais, mesmo em pequenas quantidades, serão obrigadas a obter uma licença do governo.A medida provocou duras críticas dos EUA e de outros países, que acreditam que ela terá um forte impacto nas cadeias mundiais de fornecimento, dado o predomínio da China no setor de terras raras. O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor uma tarifa adicional de 100% sobre as importações da China e outras medidas retaliatórias até 1º de novembro.”

Fonte: Valor Econômico; 16/10/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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