Governo anuncia mudanças de imposto para carros eletrificados; Google mira data centers na Índia | Brunch com ESG

Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. Brasil anuncia nova política tributária para importação de veículos eletrificados

Na mídia. Governo amplia cota de importação de veículos elétricos com alíquota zero – Valor Econômico, 30 de julho (link)

Nossa visão. Esta semana, o governo brasileiro anunciou uma isenção temporária de impostos de importação para veículos eletrificados, com duas mudanças principais: (i) as tarifas de importação (anteriormente entre 10% e 35%) foram eliminadas por seis meses, dentro de um limite de cota de US$ 463 milhões; e (ii) a tarifa máxima de importação de 35% foi antecipada para janeiro de 2027 (anteriormente prevista para julho de 2028). De modo geral, além da recente redução do IPI (link), vemos essas medidas reforçando o compromisso do Brasil com sua agenda de descarbonização, por meio de novas estruturas tributárias – tanto para carros de produção nacional quanto importados – que devem apoiar a eletrificação do setor de transportes. Para as empresas de aluguel de veículos listadas na Bolsa, nosso time de Transportes (conforme detalhado na nota aqui) espera que essa isenção temporária do imposto de importação intensifique a competitividade no mercado local de automóveis durante o 2S25, ao mesmo tempo em que identifica como risco a possibilidade da medida ser estendida além de janeiro de 2026.

#2. Google mira a Índia para desenvolvimento de grande data center

Na mídia. Google investirá US$ 6 bilhões em data center no sul da Índia, dizem fontes – Reuters, 30 de julho (link)

Nossa visão. O Google pretende investir US$ 6 bilhões no desenvolvimento de um data center de 1 gigawatt (GW) e infraestrutura de energia relacionada em Andhra Pradesh – seu primeiro investimento em data center de grande escala na Índia. O data center será construído na cidade portuária de Visakhapatnam e incluirá US$ 2 bilhões em capacidade de energia renovável para alimentar a instalação. Uma vez concluído, espera-se que seja o maior data center da Ásia em termos de capacidade e investimento total, fazendo parte da expansão mais ampla do portfólio de data centers do Google na região. Embora o investimento ainda não tenha sido oficialmente confirmado, seu anúncio é esperado para outubro. Em nossa visão, se confirmado, o projeto reforça o rápido crescimento de aplicações baseadas em inteligência artificial que temos visto, o que está levando a um aumento na demanda por data centers e, consequentemente, no consumo de energia  – levando grandes empresas de tecnologia a acelerar os investimentos em energia renovável para dar suporte a essas instalações. Conforme destacamos em nosso relatório Onde Investir no segundo semestre (clique aqui para acessar), à medida que a integração da IA atinge diversos setores, a escala do aumento da demanda por energia continua sendo uma variável essencial para os investidores monitorarem até o segundo semestre de 2025 e adiante.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.

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