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Gerdau (GGBR4) anuncia construção de novo parque solar em Goiás | Café com ESG, 09/12

Novo parque eólico da Gerdau; Acordo entre Mercosul e União Europeia

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado terminou a semana passada em território positivo, com o Ibovespa e o ISE avançando 0,22% e 0,21%, respectivamente. Já o pregão de sexta-feira fechou em queda, com o IBOV caindo 1,49% e o ISE 1,61%.

• Do lado das empresas, (i) a Gerdau Aços Longos, subsidiária da Gerdau, e a Newave Energia, empresa na qual detém participação indireta, iniciarão a construção de um novo parque de geração de energia solar no Estado de Goiás - segundo a Gerdau, o investimento total do parque será de aproximadamente R$ 1,3 bilhão, com a conclusão da construção prevista para o primeiro semestre de 2026; e (ii) a Yara começou a produzir amônia renovável no país na última sexta-feira (6), utilizando biometano em seu Complexo Industrial de Cubatão (SP) -  segundo a empresa, a iniciativa reduz em 75% a pegada de carbono em comparação à amônia produzida a partir de gás natural.

• Na política, a União Europeia e o Mercosul anunciaram, no final da última semana, o acordo para a aprovação do texto final no tratado comercial entre os dois blocos - para os negociadores da União Europeia, era essencial obter melhores condições para acesso a minerais críticos no Brasil e no restante do Mercosul, necessários às tecnologias limpas, enquanto o Brasil fez questão de conseguir uma salvaguarda para investimentos no setor automotivo.

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Brasil

Empresas

Demanda de energia pela IA impõe desafios à agenda ESG para 2025, diz analista

"Mesmo com os desafios macroeconômicos e geopolíticos, Luiza Aguiar, analista ESG da XP, afirmou durante o programa Morning Call da XP, nesta sexta-feira (6), que a agenda ESG demonstrou resiliência em 2024. “As temáticas ESG são de longo prazo. Acreditamos que os investidores estão cada vez mais associando os temas da agenda a novas oportunidades de investimento”, analisou. Para 2025, as principais tendências em ESG incluem a continuidade do foco em energias renováveis, segundo ela. “Em 2024, vimos que os novos investimentos em renováveis já ultrapassaram os investimentos em fósseis, principalmente impulsionados pela China”, explicou. Outro ponto importante da agenda ESG para o próximo ano é o avanço da inteligência artificial e a crescente demanda por energia para abastecer os datacenters. “Ao mesmo tempo em que a inteligência artificial traz oportunidades para encontrar soluções de combate às mudanças climáticas, ela, por outro lado, apresenta um desafio do ponto de vista ambiental, principalmente devido ao aumento da demanda por energia”, disse. A necessidade de suprir os datacenters responsáveis por processar a inteligência artificial deve fazer com que esse segmento represente, em 2030, 12% do consumo de energia nos EUA — atualmente, já é de 4%. A analista acrescenta que as big techs têm apresentado planos ambiciosos para adotar energia limpa, inclusive com projetos no Brasil. Luiza Aguiar destacou ainda a realização da COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas) em Belém (PA). Esta é a primeira vez que o Brasil sediará o evento."

Fonte: InfoMoney; 06/12/2024

Expansão da matriz elétrica supera 10 GW, maior parte renovável

"A matriz elétrica brasileira fechou o mês de novembro com 10.303,24 MW de expansão no acumulado de 2024, sendo 90,14% da potência instalada oriunda das fontes solar fotovoltaica (51,18%) e eólica (38,96%), de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com isso, o Brasil somou 207.760,9 MW de potência fiscalizada em 2 de dezembro, com 84,81% de participação de usinas renováveis. Segundo a Aneel, os números superam a a meta anual de 10.106 megawatts (MW) de potência fiscalizada e estão muito próximos do crescimento anual mais alto já verificado, de 10.324,2 MW em 2023. Foram instaladas 281 usinas ao longo dos últimos onze meses, sendo 136 solares fotovoltaicas (5.272,99 MW), 114 eólicas (4.013,90 MW), 21 termelétricas (961,95 MW), oito PCHs – pequenas centrais hidrelétricas (49,80 MW) e duas centrais geradoras hidrelétricas (4,60 MW). Os dados da Aneel apontam ainda que o avanço de 950,38 MW em novembro veio de 26 novas usinas, sendo 18 centrais solares fotovoltaicas (709,12 MW), cinco usinas eólicas (139,5 MW), uma termelétrica (92,25 MW) e duas PCHs (9,51 MW). As usinas que iniciaram operação comercial em 2024 estão instaladas em 17 estados nas cinco regiões do país. Minas Gerais lidera em nova capacidade, com 2.888,46 MW, seguido por Bahia (2.309,60 MW) e Rio Grande do Norte (1.775,85 MW). Considerando apenas novembro, a Aneel aponta ainda que Minas Gerais e Bahia também foram os destaques. A maior expansão do mês ocorreu no estado do Sudeste, com a entrada em operação de 16 novas usinas e ampliação da oferta em 649,12 MW. Já a Bahia ficou em segundo lugar, com cinco usinas e 139,50 MW adicionados à matriz elétrica."

Fonte: Eixos; 06/12/2024

Yara inicia produção de amônia renovável e planeja fábrica 100% a biometano

"A Yara começou a produzir amônia renovável no Brasil nesta sexta-feira (6/12), utilizando biometano em seu Complexo Industrial de Cubatão (SP). Segundo a empresa, a iniciativa reduz em 75% a pegada de carbono em comparação à amônia produzida a partir de gás natural. O contrato com a Raízen prevê o fornecimento de cerca de 20 mil metros cúbicos por dia de biometano, produzido na sua unidade em Piracicaba (SP), a partir de resíduos da cana-de-açúcar, como vinhaça e torta de filtro. O biogás é distribuído pela rede da Comgás para a planta da Yara. Segundo Daniel Hubner, vice-presidente de Soluções Industriais da Yara International, esse volume representa em torno de 5% do total de gás natural consumido pela fábrica em Cubatão, e permite fabricar entre 6 e 7 mil toneladas de amônia renovável e aproximadamente 15 mil toneladas de fertilizantes nitrogenados por ano. “A gente consome 700 mil metros cúbicos de gás por dia. Nossa ambição é converter a planta 100% para o biometano”, disse o executivo a jornalistas. Para isso, ele destaca que seriam necessários ao menos dez projetos semelhantes ao da planta da Raízen em Piracicaba, que tem capacidade de produção de aproximadamente 60 mil metros cúbicos por dia de biometano. Hubner também destacou que o aumento da produção de amônia renovável pode representar um avanço importante para o Brasil, que hoje importa 85% dos fertilizantes que consome. “Não existe nenhuma outra economia no mundo que tenha uma agricultura forte e relevante que dependa tanto da importação de fertilizantes. Essa dependência é um risco. Aumentar a produção local é fundamental”, afirmou o vice-presidente."

Fonte: Eixos; 06/12/2024

Diretoria de governança da Petrobras completa 10 anos e avança em recuperar confiança após Lava-Jato

"A diretoria de Governança e Conformidade da Petrobras completou dez anos em novembro. Criada em meio às denúncias de corrupção reveladas pela Lava-Jato em 2014, que comprovou desvios estimados em R$ 42 bilhões (ou na inflação atual, em R$ 67 bilhões) a partir do superfaturamento de obras da estatal, a diretoria implementou padrões de compliance que ajudaram a nortear a governança entre grandes empresas. Mário Spinelli, diretor de governança e conformidade, conversou com a EXAME com exclusividade sobre os avanços nessa década de trajetória e explicou os esforços da companhia para ganhar ainda mais segurança nos processos internos e externos. “A criação da diretoria executiva foi um marco para a Petrobras, já que depois da crise de 2014, tivemos efeitos também reputacionais”, explica. Uma das primeiras medidas adotadas foi um canal de denúncias independente, que atua em todos os países que a companhia tem operações durante 24h por dia, 7 dias por semana. Desde 2015, mais de 20 mil casos foram apurados pela companhia. O diretor explica que a garantia do anonimato ajuda a evitar represálias contra os denunciantes. A Petrobras também instaurou checagens de integridade, processo que avalia o histórico dos profissionais que são indicados ou selecionados para funções de gestão ou gratificadas. A partir de uma avaliação prévia dos fornecedores, processo iniciado em 2015, mais de 35 mil parceiros da Petrobras já foram questionados. De acordo com o diretor, as normas foram responsáveis por estimular a busca pela governança entre empresas do setor."

Fonte: Exame; 06/12/2024

Samarco deposita 1º parcela do acordo de R$ 170 bi pelo desastre de Mariana

"A mineradora Samarco depositou para a União a primeira parcela do acordo judicial sobre o desastre de Mariana (MG). A informação foi passada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nesta sexta-feira (6). Do acordo de R$ 170 bilhões, firmado em outubro, R$ 32 bilhões serão pagos em obrigações de execução da Samarco, como indenizações individuais e recuperação ambiental. A parcela de R$ 1,88 bilhão foi creditada em uma conta provisória aberta pelo BNDES, que será gestor do Fundo Rio Doce, responsável pela recuperação socioeconômica das populações afetadas em Minas Gerais e Espírito Santo, informou o banco, em nota. Os recursos depositados serão corrigidos pela taxa Selic até que o fundo seja efetivamente constituído."

Fonte: Valor Econômico; 06/12/2024

Subsidiária da Gerdau irá construir parque de geração de energia solar em Goiás

"A Gerdau Aços Longos, subsidiária da Gerdau, e a Newave Energia, empresa na qual detém participação indireta, iniciarão a construção de um novo parque de geração de energia solar, em Barro Alto, no Estado de Goiás. O investimento total do parque, segundo comunicado da Gerdau, será de aproximadamente R$ 1,3 bilhão, com a conclusão da construção prevista para o primeiro semestre de 2026. O parque solar Barro Alto terá capacidade total de aproximadamente 452 megawatt-pico (MWp), sendo dividido em sete Sociedades de Propósito Específico (SPEs), com capacidades iguais de geração de energia solar. A Gerdau celebrou instrumentos para aquisição integral de três SPEs do parque solar Barro Alto por R$ 600 milhões, passando a deter o direito à totalidade da energia a ser gerada por elas, estimada em aproximadamente 43 megawatt-médio (MWm). Do valor a ser pago, R$ 300 milhões serão provenientes de capital próprio da companhia e os R$ 300 milhões restantes virão de financiamento junto à Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), operado pelo Banco do Brasil. Além disso, a Gerdau e suas subsidiárias irão adquirir 23 MWm das quatro SPEs da Newave Energia. Assim, uma vez operacional, o parque solar Barro Alto deverá fornecer, em média, 66% de seu volume de energia renovável, correspondentes a 66 MWm, para unidades de produção de aço da Gerdau no Brasil, em regime de autoprodução. Em função da construção do Parque Solar Barro Alto, a Gerdau, por meio de sua controlada Gerdau Next, deverá realizar um investimento adicional de R$ 41 milhões na Newave Energia, elevando a sua participação na Newave Energia para 40%."

Fonte: Valor Econômico; 06/12/2024

BYD desenvolverá carros desenhados para o Brasil

"O Brasil nunca teve uma grande montadora nacional. Mas as estrangeiras que aqui se instalaram aprenderam a conhecer as preferências locais e até desenvolver carros sob medida para o brasileiro. As chinesas planejam fazer a mesma coisa. Segundo Stella Li, vice-presidente executiva global da BYD, no fim de 2025, a empresa terá dois modelos com “design especial para o Brasil”. A adequação das futuras gerações de veículos da BYD ao gosto brasileiro tende a ser a próxima grande investida da chinesa no país e um diferencial da fábrica na Bahia, com inauguração marcada para março. Sustentada até agora apenas por produtos importados, a montadora já é dona de 2,98% do mercado brasileiro, ocupando a décima posição nas vendas de carros e comerciais leves. Para colocar esse plano em ação a empresa já prepara a equipe local de engenharia e design. “Vamos ter pelo menos 2 mil pessoas trabalhando na área de pesquisa e desenvolvimento no Brasil”, disse Li em entrevista exclusiva ao Valor e à revista “Autoesporte”. Antes, porém, de projetar carros ao gosto brasileiro, essa equipe tem uma missão mais urgente: desenvolver veículos híbridos movidos a etanol. “O etanol é a forma brasileira”, afirma Li. A executiva esteve no Brasil na semana passada para acompanhar as obras de construção da fábrica em Camaçari (BA) e para uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem anunciou o plano de aumentar o número de empregos, diretos e indiretos, dos 10 mil anunciados anteriormente para 20 mil. Metade desse total será contratada já em 2025, segundo ela."

Fonte: Valor Econômico; 08/12/2024

Solução de corte na geração deve sair no início de 2025, diz diretor-geral da Aneel

"O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, disse que a agência deve propor, no primeiro semestre de 2025, soluções para os cortes de geração, conhecido como curtailment. Feitosa acredita que o assunto deverá ser revertido antes da próxima “safra dos ventos”, período entre julho e setembro em que há as melhores condições para a geração eólica. O diretor-geral entende que não deve haver remuneração a geradores quando não há consumo e que não pode haver excesso de injeção de energia nas redes. “É importante que as empresas e as associações temáticas entendam que a Aneel está fazendo os seus maiores esforços. O que a gente não pode, de maneira alguma, é buscar a solução mais fácil, que é simplesmente imputar esse custo ao consumidor de energia elétrica”, disse. Feitosa se reuniu com os governadores do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), e do Ceará, Elmano de Freitas (PT). Ambos pediram soluções para o curtailment, já que há impactos nas receitas das empresas instaladas nesses estados. Após conversas com o Operador Nacional do Sistema (ONS), houve uma diminuição dos cortes, mas, de acordo com agentes do setor, o problema persiste. O diretor-geral lembra que os cortes começaram depois do apagão de agosto de 2023. “Temos que lembrar também que ocorreu um evento em 2023 que deixou a operação do sistema de alguma forma mais vulnerável sob a perspectiva do operador, que reduziu a capacidade de despacho de renováveis naquela região”, afirmou. A consultoria de risco Moody’s Ratings apontou em apresentação à Aneel que os cortes de geração são um desafio importante para a regulação."

Fonte: InfoMoney; 07/12/2024

Governo do Espírito Santo propõe redução da alíquota de ICMS sobre o GNV e biometano

"O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), assinou um projeto de lei que reduz o ICMS sobre o gás natural veicular (GNV) e o biometano no estado, de 17% para 12%. A proposta segue agora para a Assembleia Legislativa. O objetivo do governo capixaba é fomentar o uso do gás no transporte, em linha com o programa estadual ES Mais+Gás. Atualmente, cerca de 3% da frota de veículos do Espírito Santo é equipada com cilindros de GNV. O consumo diário de GNV no estado é de 60 mil m3/dia, mas há um potencial de crescimento para até 500 mil m3/dia, segundo a ES Gás. Se aprovada no Legislativo, a nova alíquota para o GNV se equiparará à do ICMS sobre o gás de consumo industrial no estado. A Lei 11.997/2023 reduziu de 17% para 15% em 2024 o imposto sobre a molécula para a indústria capixaba. A partir de 2025, a tributação será de 12%. O governo local também busca se equiparar a outros estados, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco e Bahia, onde as alíquotas de ICMS estão fixadas em 12%."

Fonte: Eixos; 07/12/2024

Internacional

Empresas

Goldman Sachs deixa coalizão climática global de bancos

"O Goldman Sachs disse que saiu de uma coalizão setorial que visa alinhar empréstimos bancários e atividades de investimento com esforços globais para combater as mudanças climáticas. A decisão do banco de investimento dos EUA ocorre em meio à pressão de alguns políticos republicanos que sugeriram que a filiação à Net-Zero Banking Alliance (NZBA) poderia violar as regras antitruste. O Goldman Sachs não deu nenhuma razão explícita para sua saída, mas se concentrou em sua estratégia para o futuro e na crescente pressão dos reguladores para tornar os esforços de sustentabilidade obrigatórios. "Temos as capacidades para atingir nossas metas e dar suporte aos objetivos de sustentabilidade de nossos clientes. O Goldman Sachs também está muito focado nos padrões de sustentabilidade cada vez mais elevados e nos requisitos de relatórios impostos por reguladores ao redor do mundo", disse em um comunicado nesta sexta-feira. Os bancos que aderiram ao NZBA voluntário concordaram em se alinhar à meta mundial de atingir emissões líquidas zero até 2050, definir metas para ajudar a chegar lá e publicar o progresso de seus esforços a cada ano, algo que o Goldman Sachs disse que continuará a fazer. "Fizemos um progresso significativo nos últimos anos em relação às metas de (emissão) líquida zero da empresa e estamos ansiosos para progredir ainda mais, inclusive expandindo para setores adicionais nos próximos meses", afirmou. "Nossas prioridades continuam sendo ajudar nossos clientes a atingir suas metas de sustentabilidade e medir e relatar nosso progresso.""

Fonte: Reuters; 06/12/2024

Moléculas e elétrons no Mar do Norte: a independência europeia do hidrogênio

"Historicamente reconhecido como uma região importante no fornecimento de petróleo e gás da Europa, o Mar do Norte desponta agora como um elemento central na transição energética do continente, oferecendo um enorme potencial para a produção de hidrogênio verde a partir de energia eólica offshore. Mais do que uma oportunidade para o cumprimento das metas climáticas da União Europeia (UE), é também um caminho para sua segurança energética, reduzindo a dependência de importações. A UE estima uma demanda de 2.000 TWh de hidrogênio neutro em carbono até 2050, e segundo estudo da DNV, somente o Mar do Norte tem o potencial de produzir 300 TWh dessa demanda a partir de parques eólicos offshore na região. Já a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) aponta que aproximadamente 25 GW de capacidade de eletrolisadores podem ser alimentados por projetos eólicos offshore no Mar do Norte até 2030. Se todos os empreendimentos anunciados para este período forem realizados, isso pode se traduzir em aproximadamente 1,2 milhão de toneladas (Mt) por ano. Hoje, a capacidade instalada de eólicas offshore no Mar do Norte é de cerca de 30 GW. Mas sete países da União Europeia, incluindo Alemanha, França e Holanda, juntamente com países não pertencentes à UE, Reino Unido e Noruega, estão comprometidos a expandir essa capacidade para 120 GW até 2030 e 300 GW até 2050. A ideia é que o hidrogênio verde, via eletrólise, seja produzido em alto mar por meio da eletricidade gerada pelos parques eólicos offshore. Depois, esse hidrogênio seria transportado via gasodutos, existentes ou dedicados, até o continente."

Fonte: Eixos; 08/12/2024

UE e Mercosul fecham acordo. O problema são os detalhes

"Foram 25 anos de negociações, guerras diplomáticas, ataques populistas de ambos os lados – mas finalmente aconteceu. A União Europeia e o Mercosul anunciaram hoje, em Montevidéu, o acordo para a aprovação do texto final no tratado comercial entre os blocos. “O fim das negociações constitui o primeiro passo na direção da conclusão do acordo,” disse o comunicado da Comissão Europeia, a instância executiva da União Europeia. O acordo, que precisa ser aprovado pelo Parlamento Europeu e pelos Congressos dos países do Mercosul, derrubará barreiras tributárias e alfandegárias em um mercado potencial de 780 milhões de consumidores e quase 20% do PIB global. “É um acordo ganha-ganha,” disse a alemã Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia, que foi a Montevidéu na cúpula do Mercosul para anunciar o fim das negociações. Von der Leyen terá agora que derrubar as resistências que ainda existem ao acordo na Europa. A França já chamou o tratado de “inaceitável,” principalmente por causa da oposição ao acordo por parte de seus agricultores. A Polônia também está contra, e a Itália tem resistência a votar a favor. Ainda existe, portanto, um tortuoso caminho até que o acordo seja de fato aprovado e entre em vigor. “O que é relevante neste momento são menos os detalhes do acordo e mais o seu significado em ternos de geopolítica,” disse Sandra Polónia Rios, diretora do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento um think tank independente. “No caso específico do Brasil, traz o sinal positivo da perspectiva de abertura da economia. Mas, nos primeiros cinco anos, os nossos compromissos de abertura comercial não representam quase nada.”"

Fonte: Brazil Journal; 06/12/2024

Os minerais críticos e carros no acordo UE-Mercosul

"Para a União Europeia (UE), era essencial obter melhores condições para acesso a minerais críticos no Brasil e no resto do Mercosul, necessários às tecnologias limpas e digitais e para aumentar sua segurança e capacidade de defesa. De seu lado, o Brasil fazia questão absoluta de conseguir uma salvaguarda inédita para investimentos no setor automotivo. Queria evitar o risco de fazer um acordo de comércio que acabasse reduzindo o investimento e o emprego. No final, negociadores dos dois blocos comemoraram os compromissos alcançados, depois do anúncio político do acordo UE-Mercosul, em Montevidéu. O acordo birregional dará acesso potencialmente melhor para a UE nessa área estratégica e na prática deixará os Estados Unidos para trás nessa corrida na região. Washington tem insistido em obter do Brasil exclusividade e compromisso de o país não restringir exportações dos minerais críticos, sem sucesso. E agora vê a Europa fechar um acordo de troca de preferências. Bruxelas considerava crucial obter um suprimento seguro e sustentável. Isso também explica o entusiasmo da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, com o anúncio do acordo EU-Mercosul. Essa é uma ‘boa notícia para as indústrias europeias que dependem de matérias-primas provenientes do estrangeiro’, disse ela, lembrando que a demanda de minerais críticos vai triplicar entre agora e o fim da década. ‘A corrida mundial para dominar a produção e o comércio já começou’, acrescentou, constatando que os países do Mercosul estão entre os maiores produtores mundiais de vários desses minerais."

Fonte: Valor Econômico; 07/12/2024

COP em Riad tem como meta criar mecanismo global de resiliência à seca

"A COP 16, rodada de negociações da Convenção da ONU de Combate à Desertificação que acontece em Riad, na Arábia Saudita, entra na semana final com a possibilidade de criar uma resolução histórica de resiliência à seca. Dados da ONU mostram que a seca, ampliada pela crise climática e pela gestão insustentável do solo e dos recursos hídricos, pode afetar 75% da população mundial até 2050 e que 40% da terra no mundo está degradada. A COP sobre desertificação começou na semana passada com sete opções sobre a mesa para fortalecer a agenda global da seca: desde um mandato claro para que o Global Environment Facility (GEF, vinculado ao Banco Mundial) direcione recursos para ações de combate e resiliência à seca até uma declaração política sobre o tema. A segunda semana de negociações começa hoje com dois caminhos prováveis. Pode evoluir para tomar a decisão de criar um Protocolo legalmente vinculante que lide com a seca em todos os níveis ou decidir pela criação de um Marco Estratégico Global sobre Resiliência à Seca. O Marco teria metas, indicadores e prazos, além de ações propostas para atingir metas e sistemas de monitoramento. A Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCDD) nos Países Afetados por Seca Grave e/ou Desertificação, particularmente na África é singular até no longo nome. Lançada na Rio 92 e aprovada em 1994 é conhecida como a caçula das “Convenções do Rio”. O nome “desertificação” e o foco no continente africano a tornaram ainda mais particular e, de certa forma, relegada a segundo plano diante da famosa Convenção do Clima e da cada vez mais cheia de holofotes Convenção de Biodiversidade."

Fonte: Valor Econômico; 09/12/2024

2024 será o ano mais quente já registrado, afirmam cientistas da UE

"Este ano será o mais quente do mundo desde o início dos registros, com a expectativa de que as temperaturas extraordinariamente altas persistam pelo menos até os primeiros meses de 2025, afirmaram cientistas da União Europeia na segunda-feira. Os dados do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S) da UE foram divulgados duas semanas depois que as negociações climáticas da ONU resultaram em um acordo de US$ 300 bilhões para combater as mudanças climáticas, um pacote que os países mais pobres consideraram insuficiente para cobrir os custos crescentes dos desastres relacionados ao clima. O C3S disse que os dados de janeiro a novembro confirmaram que 2024 certamente será o ano mais quente já registrado e o primeiro em que as temperaturas médias globais excederão 1,5 grau Celsius (2,7 graus Fahrenheit) acima do período pré-industrial de 1850-1900. O ano mais quente registrado anteriormente foi 2023. O clima extremo varreu o mundo em 2024, com secas severas atingindo a Itália e a América do Sul, enchentes fatais no Nepal, Sudão e Europa, ondas de calor no México, Mali e Arábia Saudita que mataram milhares de pessoas e ciclones desastrosos nos EUA e nas Filipinas. Estudos científicos, abre nova aba, confirmaram as impressões digitais da mudança climática causada pelo homem em todos esses desastres. O mês passado foi classificado como o segundo novembro mais quente já registrado, depois de novembro de 2023. “Ainda estamos em território quase recorde de temperaturas globais, e é provável que isso permaneça pelo menos nos próximos meses”, disse à Reuters o pesquisador climático do Copernicus, Julien Nicolas."

Fonte: Reuters; 09/12/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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