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FS estreia venda de créditos de remoção de carbono atrelados à produção de biocombustíveis do Brasil | Café com ESG, 02/09

Brasil aposta em hidrogênio; novos acordos de créditos de carbono

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

•  O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território levemente negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,1% e 0,3%, respectivamente.

• No Brasil, (i) a produtora de etanol de milho FS anunciou ontem que firmou os primeiros acordos para a venda futura de créditos de carbono derivados do seu projeto de captura e armazenamento (BECCS) – com títulos negociados ao preço médio de US$ 150, as transações marcam as primeiras vendas de remoção de carbono atrelada à produção de biocombustíveis do Brasil; e (ii) o Ministério de Minas e Energia divulgou a lista com o resultado da chamada pública para hubs de hidrogênio, com destaque para produtos como aço e fertilizantes de baixo carbono que, segundo o governo, possuem alto potencial de implementação até 2035 – de forma geral, o mecanismo internacional prevê até US$ 250 milhões em recursos concessionais aos projetos brasileiros.

• No internacional, os países da União Europeia estão considerando adiar por 10 anos a introdução de impostos sobre combustíveis para aviação e transporte marítimo em toda a UE, buscando avançar com reformas tributárias sobre energia que estão há muito tempo adiadas, segundo um rascunho de documento visto pela Reuters – em contexto, a Comissão Europeia propôs uma revisão das regras tributárias sobre energia em 2021, alinhando-as aos esforços para limitar as mudanças climáticas.

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Brasil

Empresas

Etanol com CCS estreia no mercado de carbono brasileiro

“A produtora de etanol de milho FS anunciou nesta segunda (1/9) que firmou os primeiros acordos para a venda futura de créditos de carbono derivados do seu projeto de captura e armazenamento (BECCS, em inglês). Com títulos negociados ao preço médio de US$ 150, as transações marcam as primeiras vendas de remoção de carbono atrelada à produção de biocombustíveis do Brasil. Segundo a companhia, o recente aval da ANP para o projeto em Lucas do Rio Verde (MT) avançar com estudos do subsolo onde o carbono será injetado, e a Licença Provisória emitida em 30 de julho pela Secretaria do Meio Ambiente do Mato Grosso ajudaram a viabilizar os acordos. “A viabilidade geológica e a evolução do quadro regulatório atraíram compradores para créditos de carbono derivados desta iniciativa. Planejamos iniciar a construção do sistema BECCS assim que as aprovações de licenciamento forem concedidas, e a nossa meta é iniciar as operações de injeção de carbono até julho de 2026”, conta o vice-presidente de Sustentabilidade e Novos Negócios da FS, Daniel Lopes. O volume de créditos negociados, contudo, não foi divulgado. O plano é capturar o CO2 da produção de etanol de milho e armazená-lo no solo por 30 anos. A FS estima que até 12 milhões de toneladas de carbono podem ser injetadas ao longo de três décadas. Esse montante considera o depósito de todas as emissões de carbono atuais da usina — totalizando 423 mil toneladas por ano. Mais do que vender créditos, a meta é ser carbono negativo na produção de biocombustíveis.”

Fonte: Eixos; 01/09/2025

Volkswagen é condenada em R$165 mi por trabalho análogo à escravidão durante ditadura

“A Vara do Trabalho de Redenção, no sul do Pará, condenou a Volkswagen do Brasil a pagar R$ 165 milhões por danos morais coletivos, após comprovação de condições de trabalho análogas à escravidão em sua fazenda no município de Santana do Araguaia, nos anos 1970 e 1980, durante o regime militar. A decisão, publicada na sexta-feira (29), atende a um pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT), que moveu a ação civil pública contra a montadora. Além da multa, a Justiça determinou que a Volkswagen reconheça publicamente sua responsabilidade e peça desculpas formais aos trabalhadores afetados e à sociedade brasileira. Segundo o MPT, essa é a maior condenação da história brasileira em casos de trabalho escravo e representa um marco simbólico na responsabilização de grandes corporações por práticas ocorridas durante o período da ditadura. Segundo a investigação, ao menos mil trabalhadores foram submetidos a jornadas exaustivas, alojamentos precários, vigilância armada, falta de água potável e violência física. Muitos foram vítimas da chamada escravidão por dívida, impedidos de sair da propriedade ou de manter contato com familiares. “Nós ficávamos num barracão de lona, fazíamos nossa comida, bebíamos água do córrego. Com chuva, ficávamos só lá no mato mesmo, no serviço. Não podíamos sair, nem comunicar com nossa família”, relatou um dos trabalhadores ouvidos pela Justiça.”

Fonte: InfoMoney; 01/09/2025

Aço e amônia verdes disputam US$ 250 mi em chamada para hubs de hidrogênio no Brasil

“Aço e fertilizantes de baixo carbono estão na lista divulgada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), na última sexta (29/08), com o resultado da chamada pública para hubs de hidrogênio. Segundo o governo, todas têm alto potencial de implementação até 2035. O edital é uma das principais ações do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), que prevê a consolidação desses polos de produção e uso do energético até 2035. Cinco projetos, distribuídos em quatro estados, foram priorizados para integrar o Plano de Investimentos do Brasil no Climate Investment Funds – Industry Decarbonization (CIF-ID), entre eles, dois de amônia e um de aço verde. O mecanismo internacional prevê até US$ 250 milhões em recursos concessionais aos projetos brasileiros. Estão na disputa o projeto H2Orizonte Verde do Grupo CSN (RJ), o Uberaba Green Fertilizer da Atlas Agro e o hub de hidrogênio e amônia da Cemig, estes dois últimos em Uberaba (MG), além do hub de H2V de Camaçari da Neoenergia (BA) e o B2H2 da Copel (PR). Em junho, o Brasil foi oficialmente convidado em junho pelo Comitê do Fundo Fiduciário do CIF a preparar um plano de investimentos destinados a acelerar a adoção de tecnologias de baixo carbono em setores de difícil abatimento, como cimento, aço, alumínio, químicos e fertilizantes. Após esta seleção, o país deve concluir o Plano de Investimentos do Brasil no CIF-ID para orientar a alocação dos recursos internacionais para os projetos priorizados. A elaboração do documento será coordenada pelo Ministério da Fazenda com participação do MME, MDIC, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Mundial e UNIDO. A seguir, conheça as iniciativas de aço e fertilizantes escolhidas pelo Brasil.”

Fonte: Eixos; 01/09/2025

Internacional

Empresas

Investidores da Nestlé enfrentam mais turbulências após a demissão de outro CEO

“Os investidores da Nestlé foram jogados novamente em águas turbulentas nesta terça-feira, depois que a gigante suíça de alimentos trocou de CEO pela segunda vez em um ano, demitindo o chefe Laurent Freixe por um caso que ele teve com uma subordinada. As ações da empresa indicaram uma queda de 1,9% na atividade de pré-mercado em Zurique após a demissão repentina de Freixe na segunda-feira, depois de uma reunião do conselho para discutir as descobertas de uma investigação sobre o relacionamento. A queda é mais um golpe para os investidores da Nestlé, que estão frustrados com três anos de queda no preço das ações entre 2022 e 2024 e nenhum sinal de recuperação neste ano. Freixe será substituído por Philipp Navratil, uma estrela em ascensão na fabricante do café Nescafé e dos chocolates KitKat, que tem enfrentado dificuldades com os volumes de vendas desde a pandemia. A demissão de Freixe segue uma investigação sobre um relacionamento romântico não revelado com uma subordinada direta que violou o código de conduta comercial da Nestlé, disse a empresa na noite de segunda-feira. Freixe, que passou 39 anos na Nestlé, não receberá pacote de saída após sua demissão, disse a empresa à Reuters. A saída abrupta do veterano da Nestlé ocorre um ano após o antecessor Mark Schneider ser demitido, e 2 meses e meio depois que o presidente de longa data Paul Bulcke anunciou que deixaria o cargo em 2026, em um dos períodos mais turbulentos nos 159 anos de história da empresa.”

Fonte: Valor Econômico; 02/09/2025

Banco Mundial pede novo impulso contra ameaça econômica provocada por poluição

“A degradação da terra, a poluição do ar e o estresse hídrico representam uma ameaça econômica global direta, mas o uso mais eficiente dos recursos naturais pode reduzir a poluição pela metade, disse à Reuters um dos diretores executivos sênior do Banco Mundial. O dano é particularmente grave para os países de baixa renda, mais ameaçados pela pobreza, mudança climática e perda de biodiversidade, disse Axel van Trotsenburg. Falando juntamente com a publicação de um novo relatório nesta segunda-feira, ele disse que cerca de 80% das pessoas em nações de baixa renda estavam expostas a todos esses três riscos e que o Banco Mundial está comprometido em responder, mesmo com muitos países cortando orçamentos de ajuda. “Nosso compromisso é acabar com a pobreza em um planeta habitável, ponto final. Não vacilaremos nisso”, disse van Trotsenburg. O relatório foi publicado em um cenário político turbulento, antes das negociações climáticas da COP30, em novembro, em Belém. O relatório estimou que as florestas ajudam a formar cerca de metade das nuvens de chuva do mundo e disse que o desmatamento reduziu as chuvas a um custo de US$14 bilhões por ano apenas para a região amazônica de nove país, um impacto material para as nações afetadas. Isso também significa que as paisagens têm menos capacidade de armazenar e liberar umidade lentamente ao longo do tempo. Isso amplifica os efeitos das secas e resulta em um prejuízo de US$379 bilhões, ou 8% da produção econômica agrícola global.”

Fonte: Valor Econômico; 01/09/2025

UE avalia isenção fiscal de 10 anos para combustíveis de aviação e transporte marítimo, revela projeto

“Os países da União Europeia estão considerando adiar por 10 anos a introdução de impostos sobre combustíveis para aviação e transporte marítimo em toda a UE, buscando avançar com reformas tributárias sobre energia que estão há muito tempo adiadas, segundo um rascunho de documento visto pela Reuters. A Comissão Europeia propôs uma revisão das regras tributárias sobre energia em 2021, alinhando-as aos esforços para limitar as mudanças climáticas. A proposta inclui a introdução gradual de impostos sobre combustíveis emissores de CO2 para voos e transporte marítimo dentro do bloco de 27 países, que atualmente estão isentos das taxas mínimas aplicadas em toda a UE. Os governos resistiram às mudanças e agora estão considerando um adiamento de 10 anos, durante o qual os combustíveis para aeronaves e navios manteriam sua isenção fiscal atual na UE, segundo um rascunho da proposta de negociação da União Europeia. “Em 2035, a Comissão deverá analisar a possibilidade de tributar a navegação aérea e aquática e propor alterações a esta Diretiva, quando apropriado”, afirmou o documento. Os negociadores dos países da UE discutirão o compromisso em uma reunião em Bruxelas na sexta-feira. Apenas aeronaves de pequeno porte, com no máximo 19 assentos, e embarcações definidas como “embarcações de recreio privadas” poderão ser tributadas antes do término dos 10 anos, conforme o rascunho.”

Fonte: Reuters; 01/09/2025

Índia autoriza produção de etanol a partir de caldo de cana e melaço

“A Índia autorizou a produção de etanol a partir de caldo de cana, xarope e todos os tipos de melaço, sem restrições de volume, para o ano comercial 2025/2026, informou o governo em comunicado na segunda-feira. O segundo maior produtor mundial de açúcar restringiu a produção no atual ano comercial devido à queda na oferta de cana-de-açúcar. No novo ano de fornecimento de etanol, que começa em 1º de novembro, as usinas de açúcar e destilarias estão autorizadas a produzir etanol sem qualquer restrição quantitativa, informou o Ministério do Consumidor, Alimentação e Distribuição Pública. O governo revisará periodicamente o desvio de açúcar para etanol para garantir a disponibilidade doméstica do adoçante durante todo o ano, afirmou. Na nova safra, espera-se que a oferta de cana-de-açúcar aumente, já que as abundantes chuvas de monções, por dois anos consecutivos, ajudaram os produtores a expandir a área cultivada. “Esta é uma medida bem-vinda. O governo também deve aumentar o preço de aquisição do etanol para que as usinas possam pagar aos produtores o preço da cana fixado pelo governo”, disse um usineiro de açúcar do estado de Maharashtra, no oeste do país. Usinas de açúcar indianas como E.I.D.-Parry (EIDP.NS), Balrampur Chini Mills (BACH.NS), Shree Renuka (SRES.NS), Bajaj Hindusthan (BJHN.NS) e Dwarikesh Sugar (DWAR.NS) aumentaram sua capacidade de produção de etanol nos últimos anos.”

Fonte: Reuters; 01/09/2025

China constrói maior parque solar do mundo no Tibete

“A China está finalizando o maior complexo solar do planeta, instalado em 610 km2 da região do Tibete — área comparável à cidade de Chicago. O empreendimento terá capacidade de geração para atender cerca de 5 milhões de residências e integra a estratégia nacional de reduzir o uso de combustíveis fósseis. A expansão da capacidade solar na China ocorre em ritmo acelerado. Somente no primeiro semestre de 2025, foram conectados 212 gigawatts ao sistema, superando toda a capacidade instalada dos Estados Unidos, hoje em 178 GW. O avanço já se reflete nas emissões: o país registrou queda de 1% no volume de carbono liberado à atmosfera entre janeiro e junho, dando continuidade à tendência de redução observada desde março de 2024. A energia solar consolidou-se como a fonte renovável de maior crescimento e já ultrapassou a eólica em participação. Ainda assim, a geração a partir dos ventos também aumentou consideravelmente. Para analistas como Lauri Myllyvirta, do Centro de Investigação sobre Energia e Ar Limpo, esse movimento é estrutural, marcando a primeira vez em que a China consegue reduzir emissões mantendo o crescimento econômico. Mesmo com o avanço, a matriz elétrica chinesa segue fortemente ancorada no carvão. Para o diretor do China Climate Hub, Li Shuo, as mudanças em curso representam progresso, mas o país ainda enfrenta grandes desafios para consolidar a transição rumo a uma economia de baixo carbono.”

Fonte: Eixos; 01/09/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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