Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,9% e 1,1%, respectivamente.
• No Brasil, a Tupy anunciou, nesta quarta-feira (13), um projeto que marca sua entrada no setor de geração de energia para data centers – no detalhe, a companhia fornecerá cabeçotes para motores de grupos geradores empregados em data centers no país.
• No internacional, (i) o governo Trump está propondo um financiamento de quase US$ 1 bilhão para acelerar o desenvolvimento de minerais e materiais críticos nos Estados Unidos – segundo o Departamento de Energia, o objetivo é oferecer recursos para acelerar o desenvolvimento e aprimorar as tecnologias de mineração, processamento e fabricação nas cadeias de suprimentos de minerais e materiais críticos; e (ii) a Thyssenkrupp Nucera, braço da companhia para tecnologia de eletrólise, vem ajustando sua estratégia global para o hidrogênio verde diante da retirada de incentivos fiscais nos Estados Unidos e a demora no amadurecimento do mercado europeu – segundo o CEO, Werner Ponikwar, a empresa deve abandonar projetos “que têm menos chance de serem concretizados devido às novas condições estabelecidas pelo governo Trump”.
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Brasil
Empresas
Maioria da indústria aposta na COP30 para melhorar reputação — e biocombustíveis embarcam junto
“Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta quarta (13/8) indica que a maior parte dos industriais brasileiros está apostando na COP30 como uma oportunidade para fortalecer sua imagem no exterior, ampliando o protagonismo do país na agenda climática. O levantamento entrevistou 1000 executivos de pequenas, médias e grandes empresas entre maio e junho de 2025, e identificou que 54% considera a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro, em Belém (PA), relevante para os negócios. A mesma proporção avalia que o evento trará impacto positivo ou muito positivo para o setor. As maiores taxas de expectativa estão nas regiões Norte-Centro-Oeste (64%) e Nordeste (60%). Além disso, 75% dos empresários acreditam que a COP30 pode fortalecer a imagem da indústria brasileira no exterior, especialmente como fornecedora de soluções para lidar com a crise climática global. Energias renováveis, hidrogênio verde e biocombustíveis são alguns exemplos. “Biocombustíveis é um dos pilares que levaremos para a COP30”, conta à agência eixos o chair da Sustainable Business COP30 (SB COP), Ricardo Mussa. “Quando olhamos transição energética, é algo que já está pronto, utiliza a infraestrutura atual e, principalmente para os [setores] difíceis de abater, como marítimo e aviação, é a solução e o Brasil tem algo concreto para levar”, completa. Iniciativa criada pela CNI, a SB COP é um fórum empresarial que está reunindo propostas do setor privado global com foco na transição para uma economia de baixo carbono.”
Fonte: Eixos; 13/08/2025
Tupy amplia atuação e entra nos mercados de locomotivas e ‘data centers’
“A metalúrgica Tupy anunciou, nesta quarta-feira (13), dois projetos que marcam sua entrada nos setores de transporte ferroviário e geração de energia para “data centers”, com previsão de receita anual conjunta de R$ 97 milhões. O nome dos clientes envolvidos nos novos contratos não foi revelado. No setor ferroviário, a Tupy iniciará o fornecimento de pistões e “liners” (popularmente conhecidas como camisas do motor) para motores de grande porte utilizados em locomotivas. É a primeira vez que a empresa atua nesse nicho, o que amplia seu portfólio e abre novas oportunidades comerciais no mercado global de transporte de cargas. No segmento de energia, a companhia fornecerá cabeçotes para motores de grupos geradores empregados principalmente em “data centers”. Esse mercado vem crescendo de forma acelerada, impulsionado pela expansão da infraestrutura digital e pela necessidade crescente de geração de energia confiável para operações críticas. Segundo o CEO da Tupy, Rafael Lucchesi, em entrevista ao Valor, a aposta em “data centers” está diretamente ligada à ascensão da inteligência artificial e demanda por energia, que devem demandar aplicações associadas. “Inteligência artificial é a maior consumidora de energia do planeta com tendência de aumentar muito mais. Essas infraestruturas vão precisar de energia limpa e resfriamento, o que vai gerar uma enorme demanda de motores”, disse. “Em locomotivas, é a demanda por infraestrutura, que está associada à agenda global de investimento de nossos clientes”.”
Fonte: Valor Econômico; 13/08/2025
Política
Plano de Lula para a COP30 na Amazônia corre risco de se tornar um caos logístico
“A cúpula climática das Nações Unidas deste ano, marcada para novembro no Brasil, foi planejada para fazer história ao reunir líderes mundiais, diplomatas e cerca de 50 mil outros participantes no coração da floresta amazônica. Agora, o evento corre cada vez mais o risco de ser definido por um iminente fiasco logístico. Com menos de 100 dias para o evento, o Brasil está sob críticas de países preocupados com a escassez de quartos de hotel e os altos custos de acomodação em Belém, a cidade-sede escolhida por sua proximidade com a floresta, e não por sua infraestrutura turística. A secretaria brasileira da COP30, como a cúpula é conhecida, adiou uma reunião marcada para quarta-feira para tratar das questões de hospedagem; nova data ainda não foi anunciada. Em uma carta de 19 páginas, revisada pela Bloomberg News, enviada do Brasil a vários países membros da ONU participantes da COP30, os organizadores rejeitaram a ideia de mudar a sede da cúpula. “Não haverá local alternativo, pois a COP30 não será transferida de Belém”, afirmou a carta, porque a cidade-sede “já possui um número suficiente de leitos para acomodar todos os participantes esperados.” A carta incluía respostas a 48 perguntas de várias delegações nacionais participantes da cúpula, e quase metade delas tratava de preocupações sobre o alto custo e a baixa disponibilidade de acomodações. Um porta-voz da COP30 recusou-se a confirmar a carta.”
Fonte: InfoMoney; 13/08/2025
Internacional
Empresas
Thyssenkrupp abandona projetos de hidrogênio verde nos EUA após cortes de incentivos
“A Thyssenkrupp Nucera — braço da Thyssenkrupp para tecnologia de eletrólise — vem ajustando sua estratégia global para o hidrogênio verde diante da retirada de incentivos fiscais nos Estados Unidos e a demora no amadurecimento do mercado europeu. Nos EUA, a empresa abandonou projetos “que têm menos chance de serem concretizados devido às novas condições estabelecidas” pelo governo Trump, segundo o CEO da companhia, Werner Ponikwar. Em junho, o Congresso aprovou o pacote legislativo, chamado de One Big, Beautiful Bill, revogando ou limitando uma série de subsídios climáticos, incluindo o crédito 45V, destinado a projetos de hidrogênio limpo da administração do ex-presidente Joe Biden. O novo pacote estabeleceu a extinção gradual de incentivos, que só poderão ser aplicados a iniciativas que iniciem a construção até o fim de 2027. Apesar disso, Ponikwar destaca que há espaço para avançar em alguns projetos neste prazo. “Estamos convencidos de que o mercado de eletrólise de hidrogênio continua oferecendo um potencial enorme”, disse. Enquanto reavalia investimentos nos EUA, a Thyssenkrupp Nucera mantém foco na Europa, onde enxerga as melhores oportunidades. No seu balanço trimestral, a empresa destacou que está trabalhando em pedidos de engenharia que somam 1,5 GW de capacidade de eletrólise e que foi contratada para um estudo de engenharia (FEED) de uma planta de 600 MW destinada a reduzir emissões de de carbono na indústria pesada — sem dar mais detalhes sobre o projeto.”
Fonte: Eixos; 13/08/2025
“Quando se trata de comprar remoções de carbono, o mercado tem um campeão indiscutível: a Microsoft. Mas um de seus principais rivais acredita que há uma maneira melhor de fazer isso: desacelerando. “É estranho dizer que podemos ser estrategicamente pacientes em meio a uma crise climática, mas realmente temos a responsabilidade de garantir que as coisas sejam feitas da maneira certa”, afirmou Jamey Mulligan, chefe de ciência e estratégia de neutralização de carbono da Amazon. Para Mulligan, construir um mercado onde muitos compradores possam adquirir créditos de remoção de carbono é mais importante do que ter um mercado acessível apenas a um punhado de compradores com bolsos cheios. Ele também defende mais esforços para garantir a qualidade dos créditos que financiam projetos destinados a reduzir o carbono na atmosfera e combater o aquecimento global. O czar dos créditos de carbono da Amazon comparou a construção do mercado de remoção de carbono a correr uma ultramaratona com sua família e seu cachorro, dizendo que não adianta terminar a corrida sozinho se seus companheiros de equipe ainda estão no primeiro quilômetro. “Se formos realmente bons em descarbonizar apenas nossas próprias operações e comprar muitos créditos de carbono para as emissões residuais apenas de nossas próprias operações, e tivermos uma cadeia de valor inflacionada do ponto de vista do carbono, isso nos atrasará nesse futuro de baixo carbono”, disse Mulligan. “O que queremos evitar é ficar sozinhos na linha de chegada.””
Fonte: The Wall Street Journal; 13/08/2025
Política
EUA propõem quase US$ 1 bilhão em fundos para minerais e materiais essenciais
“O governo Trump está propondo um financiamento de quase US$ 1 bilhão para acelerar o desenvolvimento de minerais e materiais críticos nos Estados Unidos, usados em tudo, desde baterias de veículos elétricos até semicondutores, informou o Departamento de Energia na quarta-feira. O departamento pretende oferecer recursos para avançar e ampliar as tecnologias de mineração, processamento e fabricação nas cadeias de suprimentos de minerais e materiais críticos, setores que têm sido dominados pela China e outros países, disse o comunicado. “Por muito tempo, os Estados Unidos dependeram de atores estrangeiros para fornecer e processar os materiais críticos que são essenciais para a vida moderna e nossa segurança nacional”, afirmou o secretário de Energia, Chris Wright. O departamento informou que a medida está alinhada com a ordem executiva do presidente Donald Trump sobre a maximização do desenvolvimento energético. O Escritório de Fabricação e Cadeias de Suprimento de Energia (MESC) do departamento pretende oferecer até US$ 500 milhões em financiamento para expandir o processamento de minerais e materiais críticos nos EUA, bem como a fabricação e reciclagem de baterias. O MESC também planeja disponibilizar até US$ 135 milhões para apoiar a cadeia de suprimentos doméstica de elementos de terras raras, demonstrando a viabilidade comercial de métodos para refinar e recuperar minerais a partir de rejeitos de mineração. O Escritório de Energia Fóssil e Gestão de Carbono do departamento pretende anunciar cerca de US$ 250 milhões em assistência financeira para usinas, incluindo instalações de carvão, que têm potencial para produzir subprodutos minerais a partir de processos industriais.”
Fonte: Reuters; 13/08/2025
Reunião do Bureau da COP30 para discutir crise de hospedagem em Belém é adiada; não há nova data
“Uma reunião do Bureau da COP, um órgão de alto nível da ONU Clima — mais conhecida pela sigla UNFCCC —, marcada para amanhã para discutir a crise de hospedagem em Belém, sede da conferência no Brasil, entre outros assuntos, foi adiada e ainda não há nova data para o encontro. “O Secretariado da UNFCCC informou que, a pedido de membros do Bureau, e não do governo brasileiro, a reunião de continuidade do diálogo sobre as ações para a realização da COP30, prevista para quinta-feira (14), foi adiada. Estão em curso consultas para definir nova data”, informou a Secretaria Extraordinária para a COP30, vinculada à Casa Civil. A expectativa é que na nova reunião a organização da COP30 e o governo brasileiro deem uma resposta sobre um pedido formal feito por representantes de três regiões — África, países-ilha e América Latina — para que a conferência não ocorra em Belém. E que seja apresentada uma solução para o problema da falta de acomodações na cidade de paraense. Na ocasião, o governo brasileiro foi duramente questionado por representantes pela falta de quartos na cidade paraense e preços extorsivos da rede hoteleira e de donos de imóveis. As críticas se deram em 29 de julho, durante a última reunião do Bureau da COP, que reúne representantes dos cinco grupos regionais (países africanos, do Leste Europeu, da América Latina e Caribe, da Ásia-Pacífico e da Europa Ocidental com Austrália, Canadá, Islândia, Nova Zelândia, Noruega, Suíça e Estados Unidos), além do grupo das nações insulares.”
Fonte: Valor Econômico; 13/08/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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