Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,55% e 0,81%, respectivamente.
• Na política, (i) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, assinaram hoje um acordo para garantir o fornecimento de minerais críticos e terras raras por meio de mineração e processamento, segundo comunicado da Casa Branca – o acordo foi firmado durante a visita de Trump ao Japão, enquanto os dois países buscam fortalecer suas cadeias de suprimento de terras raras; e (ii) o governo brasileiro pretende publicar até a COP30, em novembro, o decreto de regulamentação das atividades de captura e estocagem geológica de dióxido de carbono (CCS) e, possivelmente, o decreto do programa de incentivo aos combustíveis sustentáveis de aviação (SAF).
• Do lado das empresas, o Google concordou em comprar energia de uma usina nuclear desativada em Iowa, nos Estados Unidos, para ajudar a abastecer seus “data centers”, no mais recente exemplo de reatores inativos que estão voltando à operação – pelo acordo com o Google, a usina deverá reabrir em 2029, desde que receba as aprovações necessárias.
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Brasil
Empresas
Âmbar, da J&F, compra 3 termelétricas da Rovema que abastecem 20% do Acre
“A Âmbar, braço de energia do grupo J&F, anunciou a compra de três usinas termelétricas da Rovema Energia, localizadas no Acre. Juntas, as unidades somam 69,4 megawatts (MW) de capacidade instalada e garantem o fornecimento de energia a cerca de 30 mil unidades consumidoras, o equivalente a 20% do consumo do Estado. O valor do negócio não foi revelado. Com o negócio, a empresa dos irmãos Batista entra no Estado do Acre e passa a ter presença em 11 Estados brasileiros. As usinas adquiridas são UTE Cruzeiro do Sul (52,8 MW), UTE Feijó (7,2 MW) e UTE Tarauacá (9,4 MW), localizadas nos municípios de mesmo nome. As unidades operam com óleo combustível e desempenham papel essencial no suprimento de energia elétrica da região, recentemente conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O presidente da Âmbar, Marcelo Zanatta, diz que com a incorporação dessas unidades, a Âmbar fortalece sua presença na Região Norte e amplia seu portfólio de fontes de geração. “Ao fortalecer nossa atuação na região Norte, reafirmamos nosso compromisso com a segurança energética e com o fornecimento contínuo de energia às comunidades locais. As usinas do Estado são decisivas para esse propósito”, destaca. Essa é a quarta aquisição da empresa no mês. No dia 3 de outubro, a empresa firmou acordo com o grupo Oliveira Energia para comprar a distribuidora Roraima Energia, além de quatro usinas termelétricas em Boa Vista.”
Fonte: Valor Econômico; 27/10/2025
Política
Governo trabalha para entregar até a COP30 os decretos de captura de carbono e SAF, diz Dutra
“O governo brasileiro pretende publicar até a COP30, em novembro, o decreto de regulamentação das atividades de captura e estocagem geológica de dióxido de carbono (CCS) e, possivelmente, o decreto do programa de incentivo aos combustíveis sustentáveis de aviação (SAF). Ambos são desdobramentos da regulamentação da lei do Combustível do Futuro. A informação foi antecipada pelo secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Renato Dutra, ao participar do diálogos da transição 2025. Dutra citou que a ideia é aproveitar a COP30 como vitrine para as políticas do Combustível do Futuro. Além dos decretos do CCS e SAF, o MME já publicou nesse sentido, em setembro, o decreto de regulamentação do mandato do biometano. Segundo Dutra, a estrutura do decreto do CCS já está pronta e vai trazer as diretrizes para a atividade no Brasil. O secretário disse ainda que o decreto vai aproveitar o trabalho técnico já desenvolvido pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na discussão sobre o tema. Dentre as diretrizes incluídas no decreto estão as questões de segurança ambiental e operacional; incentivo à inovação tecnológica; rastreabilidade; e regras sobre a adicionalidade da aplicação do CCUS – além da necessidade de respeito a contratos e direito de propriedade e ao direito de terceiros.”
Fonte: Eixos; 27/10/2025
Internacional
Empresas
Google concorda em comprar energia de usina nuclear desativada
“O Google concordou em comprar energia de uma usina nuclear desativada em Iowa, nos Estados Unidos, para ajudar a abastecer seus “data centers”, no mais recente exemplo de reatores inativos que estão voltando à operação. O reator é majoritariamente controlado pela NextEra Energy, uma empresa de serviços públicos e desenvolvedora de energia renovável com sede na Flórida. A usina Duane Arnold foi encerrada em 2020 após 45 anos de operação, principalmente por razões econômicas. Ela também foi danificada por uma tempestade que acelerou a data de fechamento. Pelo acordo com o Google, a usina deverá reabrir em 2029, desde que receba as aprovações necessárias. O Google concordou em comprar a maior parte da energia por 25 anos. O restante da capacidade energética do reator será adquirido por uma cooperativa elétrica sem fins lucrativos. As empresas não informaram quanto da capacidade total de 615 megawatts da usina será usada pelo Google, nem divulgaram detalhes financeiros. Outros dois reatores nucleares desativados também estão sendo reativados em outras partes dos Estados Unidos devido ao aumento da demanda por eletricidade limpa e confiável por parte de concessionárias e proprietários de centros de dados de IA. Um deles fica em Michigan e o outro em Three Mile Island, na Pensilvânia, cuja energia será comprada pela Microsoft.”
Fonte: Valor Econômico; 27/10/2025
Vendas de carros da chinesa BYD na Europa quase quintuplicaram em setembro
“A BYD registrou um aumento de quase cinco vezes nas vendas europeias em setembro, um sinal de como os clientes da região estão cada vez mais receptivos à linha de veículos elétricos e híbridos da gigante automobilística chinesa. Os registros de carros novos para modelos BYD, um reflexo das vendas, quase quintuplicaram em um ano, para 24.963 veículos na Europa no mês passado, de acordo com a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis, um órgão do setor também conhecido como Acea. O número inclui dados da União Europeia, bem como do Reino Unido, Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça. Somente na União Europeia, os registros da BYD mais que triplicaram, para 13.221 veículos. O aumento nas vendas, o terceiro desde julho, depois que a Acea começou a incluir a maior montadora da China em seus dados mensais, ressalta o apelo da linha de produtos da BYD na Europa, embora as vendas absolutas permaneçam muito abaixo das de montadoras nacionais estabelecidas, como a alemã Volkswagen ou a Stellantis (dona das marcas Jeep e Dodge). Ambas as empresas venderam, respectivamente, 317.432 e 165.457 veículos na Europa no mês passado, de acordo com a Acea. A BYD vem se expandindo agressivamente no continente, alavancando suas linhas relativamente baratas e variadas para ganhar participação de mercado dos rivais. No final de 2023, a empresa chinesa anunciou planos para construir uma nova fábrica de automóveis de passeio na Hungria, com início de produção previsto para os próximos meses.”
Fonte: Valor Econômico; 28/10/2025
“A TerraPower, empresa de inovação nuclear fundada por Bill Gates, submeteu ao Reino Unido o projeto de um novo tipo de reator e sistema de armazenamento de energia para aprovação regulatória. Este é o primeiro passo da empresa em direção ao mercado internacional. A proposta foi enviada ao processo de Avaliação Genérica de Projeto (GDA) do Reino Unido, representando o início do caminho para a implantação da tecnologia Natrium no país. “Estamos ansiosos para trabalhar com o governo britânico durante o processo de revisão”, disse Chris Levesque, presidente e CEO da TerraPower. A empresa está colaborando com a firma de engenharia norte-americana KBR para identificar locais adequados para instalar o reator Natrium no Reino Unido. O Reino Unido busca expandir sua capacidade de energia nuclear — tanto em usinas de grande porte quanto em reatores modulares pequenos (SMRs) — como parte de sua estratégia para descarbonizar o sistema energético e atender à crescente demanda por eletricidade. No entanto, o projeto enfrenta desafios como financiamento, oposição política e dificuldades técnicas. A TerraPower já obteve aprovação regulatória nos Estados Unidos, onde está construindo sua primeira usina Natrium.”
Fonte: Reuters; 28/10/2025
Política
EUA e Japão chegam a acordo sobre fornecimento de terras raras e minerais essenciais
“O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, assinaram nesta terça-feira um acordo-quadro para garantir o fornecimento de minerais críticos e terras raras por meio de mineração e processamento, segundo comunicado da Casa Branca. O acordo foi firmado durante a visita de Trump ao Japão, parte de sua viagem pela Ásia, enquanto os dois países buscam fortalecer suas cadeias de suprimento de terras raras, utilizadas em setores como energia renovável, eletrônicos e automóveis. Estados Unidos e Japão planejam cooperar por meio de ferramentas de política econômica e investimentos coordenados para acelerar o desenvolvimento de mercados diversificados, líquidos e justos para minerais críticos e terras raras, conforme o comunicado. A China processa mais de 90% das terras raras do mundo e recentemente ampliou restrições às exportações, incluindo novos elementos em sua lista de controle e maior fiscalização sobre produtores estrangeiros que dependem de materiais chineses. Por outro lado, os Estados Unidos possuem apenas uma mina de terras raras em operação e estão correndo para garantir minerais essenciais para veículos elétricos, sistemas de defesa e manufatura avançada. Trump deve se encontrar com o presidente chinês Xi Jinping na quinta-feira.”
Fonte: Valor Econômico; 28/10/2025
Medidas de Carbono: Grupo global de contabilidade formará painel independente
“A iniciativa global de contabilidade de carbono chamada Carbon Measures, apoiada por grandes empresas de energia e multinacionais, formará um painel independente para orientar seu trabalho, segundo a CEO Amy Brachio. Fundado há uma semana por 19 membros, incluindo ExxonMobil, BASF e Banco Santander, o grupo tem como objetivo criar um sistema de contabilidade que evite a contagem dupla e recompense melhor as empresas que se tornam mais sustentáveis, acelerando assim a ação climática. Outros apoiadores incluem Abu Dhabi National Oil Company, Bayer, Linde, EQT e Mitsubishi Heavy Industries, com planos de expandir ainda mais a iniciativa. Embora já existam orientações de contabilidade de carbono, como o Protocolo de Gases de Efeito Estufa, a comparação entre empresas ainda é difícil. O Carbon Measures pretende criar um sistema baseado em registros contábeis nos próximos dois anos para adoção por países. “As organizações que investem antecipadamente nem sempre são recompensadas por isso”, disse Brachio, ex-vice-presidente global de sustentabilidade da EY. “Se as indústrias e os mercados precisam se mover como um todo, então é necessário um campo de jogo nivelado que incentive o investimento em inovação.” Com apoio da Câmara de Comércio Internacional (ICC), o grupo nomeará especialistas da academia, contabilidade, indústria e sociedade civil para compor o painel independente e ajudar a desenvolver o sistema global de contabilidade.”
Fonte: Reuters; 27/10/2025
Montadoras se unem a fabricantes de veículos elétricos para evitar multas de emissões da UE
“Montadoras formaram alianças para evitar multas pesadas da União Europeia sobre emissões de carbono, comprando créditos de empresas de veículos elétricos (EVs). Diversas montadoras tradicionais enfrentam possíveis multas, já que a transição para EVs na Europa tem sido mais lenta do que o esperado nos últimos anos. As multas da UE — que, segundo as montadoras, podem chegar a 15 bilhões de euros (US$ 17,5 bilhões) — foram inicialmente previstas com base nos níveis de emissão de carbono de 2025. No entanto, em março, a Comissão Europeia cedeu à pressão das montadoras e permitiu a conformidade com base na média de emissões entre 2025 e 2027. Todos os acordos atuais de aliança, identificados pelos nomes dos seus “gerentes de pool”, expiram no final deste ano, mas devem ser renovados nos próximos anos. Mazda (Japão) se uniu à Changan Mazda Automobile, sua joint venture 50/50 com a chinesa Changan. Mazda também participa de outro pool criado no início do ano com a Tesla. Nissan (Japão) se associou à gigante chinesa de EVs BYD. KG Mobility (Coreia do Sul) formou um pool com a chinesa Xpeng. Em janeiro, a Tesla criou um pool com Stellantis, Toyota, Ford, Leapmotor, Mazda e Subaru. Honda e Suzuki se juntaram em março. Outro pool inclui Mercedes, Volvo Car, Polestar e Smart Automobile. Volvo e Polestar são apoiadas pela chinesa Geely, que também é acionista relevante da Mercedes. A Smart é uma joint venture entre Mercedes e Geely.”
Fonte: Reuters; 27/10/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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