XP Expert

Emissões de títulos verdes devem ultrapassar U$ 1 tri no ano, segundo a Climate Bonds | Café com ESG, 02/08

Emissão de green bonds deve bater recorde este ano; Sistema de Comércio de Emissões Europeu

Compartilhar:

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no X
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Compartilhar no LinkedIn
  • Compartilhar via E-mail
Onde Investir em 2025 banner

Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território misto, com o IBOV recuando 0,20% e o ISE subindo 0,45%.

• Do lado das empresas, (i) segundo a Climate Bonds Initiative, os green bonds devem ultrapassar a marca de US$ 1 trilhão em emissões pela primeira vez neste ano  – no primeiro semestre, foram mais de US$ 300 bilhões emitidos em títulos verdes, com recursos carimbados para projetos com impacto ambiental e climático positivo, correspondendo por metade do volume total de emissões das diversos tipos de títulos ESG; e (ii) a BYD registrou mais um mês forte de vendas em julho, com maior saída para os veículos híbridos em comparação com os carros elétricos a bateria - no consolidado, as vendas cresceram 31% ano a ano, enquanto saltaram 67% na parcela dos híbridos.

• Na política, de acordo com a Agência Internacional de Energia, nos próximos cinco anos, quase 40% da demanda de combustível para transporte rodoviário será coberta por políticas que incentivam a redução do carbono ao longo do ciclo de vida - a conclusão do estudo mostra uma mudança em relação às tradicionais exigências de mistura volumétrica de biocombustíveis.

Gostaria de receber os relatórios ESG por e-mailClique aqui.
Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!

Brasil

Empresas

Chuvas do RS geram R$ 5,6 bi em pedidos de indenização, aponta levantamento

"Além do rastro de destruição, com centenas de mortos e milhares de desabrigados, as chuvas do Rio Grande do Sul também geraram o maior sinistro climático do Brasil. Segundo levantamento da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) junto às suas associadas, os pedidos de indenização alcançaram R$ 5,6 bilhões, valor R$ 1,71 bilhão a mais que o divulgado em 19 de junho, quando os registros somaram R$ 3,885 bilhões. O volume total de pedidos de indenizações de seguros relacionados à enchente gaúcha cresceu mais de 43% entre junho e julho. Este é o terceiro levantamento do tipo realizado pela CNseg desde o início da tragédia climática. Para o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, apesar do crescimento dos pedidos de indenização, os números mostram uma desaceleração nas solicitações, o que indica que os dados estão próximos do valor final. “Os pedidos seguem em alta, mas houve desaceleração no crescimento. Para os próximos meses, é possível que tenhamos crescimento apenas nos pedidos de grandes riscos, já que requerem processos de avaliação de perdas mais demorados, que envolvem vistorias minuciosas”, afirma. Os dados referentes às solicitações de pagamento de seguros do tipo automóvel e agrícola em julho tiveram leve redução em relação aos números anunciados em junho. Isso é resultado de ajustes nos dados repassados pelas seguradoras, já que o levantamento é referente aos avisos de sinistros e não de pagamentos efetivados. Em quantidade, as seguradoras registraram 57.045 avisos de sinistro desde o início de maio. As solicitações definidas como outras (empresarial, transporte, riscos diversos e riscos de engenharia) foram as que registraram maior crescimento (65,3%). Foram 7.133 pedidos de indenizações, somando R$ 817,9 milhões."

Fonte: InfoMoney; 01/08/2024

Se nada for feito, gestão de resíduos no Brasil poderá custar R$ 168,5 bilhões em 2050

"Estudo elaborado pela consultoria internacional S2F Partners indica que, se o Brasil continuar a gerir os resíduos como atualmente, a partir de 2040, os custos totais diretos e indiretos ficarão em torno de R$ 137 bilhões por ano, dos quais R$ 105 bilhões corresponderão às externalidades. Se a tendência se mantiver até 2050, os custos passarão de R$ 168 bilhões, dos quais R$ 130 bilhões serão externalidades, explica a consultoria, especializada em gestão de resíduos e economia circular. Segundo a pesquisa, até 2020, a gestão de resíduos no Brasil custou R$ 120 bilhões, sendo que R$ 30 bilhões referem-se aos custos diretos dos serviços de gestão de resíduos no país. Os R$ 90 bilhões restantes são os custos com as externalidades. As externalidades são os custos indiretos decorrentes do modelo atual, no qual há baixa reciclagem, sem coleta integral dos resíduos gerados, e com a destinação irregular de 30 milhões de toneladas de resíduos encaminhadas anualmente a lixões e aterros controlados. Essa prática causa a contaminação do solo, polui o ar e as águas, causando impactos na saúde humana e nas condições ambientais, e contribuindo de maneira significativa para a perda da biodiversidade e aquecimento global. Segundo um dos autores do estudo, Carlos Silva Filho, o alcance das metas do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares) em 2040, que contempla o encerramento dos lixões e o aumento da reciclagem para 50%, resultaria na redução de mais de 80% dos custos totais na comparação com os gastos atuais da gestão de resíduos, já considerando as externalidades, fator ignorado nos estudos. De acordo com o relatório, se as metas do Planares forem atingidas, o custo total da gestão de resíduos sólidos no Brasil em 2040 será de pouco mais de R$ 22,5 bilhões por ano, com ganhos de mais de R$ 40 bilhões por ano."

Fonte: Exame; 01/08/2024

Incêndios na floresta amazônica brasileira em julho atingem o maior número em duas décadas

"O número de incêndios na região da floresta amazônica do Brasil atingiu um recorde para o mês de julho em quase duas décadas, segundo dados do governo na quinta-feira, em meio a uma seca na região, impulsionada pelas mudanças climáticas. A Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, desempenha um papel vital na contenção do aquecimento global devido às grandes quantidades de gases de efeito estufa que absorve. Os satélites detectaram 11.434 focos de incêndio na Amazônia em julho, o maior número para esse mês desde 2005, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) do Brasil. Os focos de incêndio são o indicador mais rápido do estado dos incêndios na região, mas não indicam a gravidade das queimadas. Dados mais lentos e mais precisos até junho, que rastreiam a área queimada, mostraram que 17.582 km2 (6.788 milhas quadradas) foram queimados na Amazônia, a maior área desde 2003. A seca na Amazônia desde o ano passado significa que há mais vegetação seca para alimentar os incêndios, que geralmente atingem o pico entre o final de agosto e o final de setembro. Diferentemente do que ocorre no oeste dos Estados Unidos ou no Mediterrâneo, os incêndios na úmida floresta amazônica não ocorrem naturalmente, mas são provocados por pessoas, geralmente fazendeiros que procuram limpar a terra para cultivar soja ou criar gado. Na quarta-feira, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma nova política de controle de incêndios durante uma visita ao Pantanal, que faz fronteira com a Amazônia e também está sofrendo incêndios intensos mais cedo do que o normal."

Fonte: Reuters; 01/08/2024

Enquanto o híbrido não sai, GM retoma venda de elétricos

"Enquanto não definem a estratégia de produção de veículos híbridos ou elétricos no Brasil, montadoras veteranas e com fábricas no país seguem a receita das marcas chinesas e ampliam a oferta de modelos elétricos importados. A General Motors inicia este mês a pré-venda do Blazer EV, um utilitário esportivo grande e luxuoso, 100% elétrico e produzido no México. Com o novo veículo, a General Motors não apenas volta a oferecer modelos elétricos, como fez anteriormente com Volt e Bolt, como também entra no chamado segmento premium, no qual não estava atuando. Segundo a diretora de marketing de produto da GM, Paula Saiani, pesquisas da empresa indicaram que 30% dos consumidores de carros de luxo têm a intenção de optar por modelo 100% elétrico. “O fato de esse veículo (Blazer) ser elétrico nos permite participar do segmento premium”, destaca Santiago Chamorro, presidente da GM na América do Sul. No passado, o luxo esteve mais presente na linha de produtos da GM. Chamorro lembra de ícones, como o Opala, por exemplo. Com o advento do carro popular, na década de 1990, a estratégia havia mudado nos últimos anos. Com itens requintados de conforto, tecnologia e segurança, o Blazer oferece equipamentos que parte dos consumidores brasileiros começou a conhecer melhor com a chegada das marcas chinesas ao país. É o caso da tela de 17,7 polegadas para navegação e entretenimento. Ou a partida sem chave ou botão - o carro “entende” e inicia o sistema assim que o motorista senta e coloca o cinto de segurança. O espelho interno também possui uma câmera. Outra novidade em tecnologia é o chamado Google Built-in, que oferece aplicativos como mapas e assistentes de voz da Google. E até avisa se a carga da bateria será insuficiente para percorrer determinado trajeto."

Fonte: Valor Econômico; 02/08/2024

Política

Por risco climático, MME pede exclusão de lote de leilão de transmissão

"O Ministério de Minas e Energia (MME) recomendou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a exclusão do lote 2 do próximo leilão de transmissão. A preocupação da pasta é com adequação para eventos climáticos extremos, a exemplo da calamidade que se instalou no Rio Grande do Sul. A informação sobre o ofício do MME foi levada pelo diretor da Aneel Fernando Mosna, durante a reunião ordinária da terça-feira (30/7). A pasta informou à agência epbr que pretende incluir o lote no Rio Grande do Sul em outro leilão, a ser realizado no segundo semestre de 2025. O lote 2 incluía linhas de transmissão justamente para as cidades gaúchas de Ivoti, São Sebastião do Caí, Caxias e Campo Bom, além de duas subestações de 230 kV/138 kV que seriam instaladas em São Sebastião do Caí e em Ivoti. A decisão foi tomada após a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) fazer um estudo sobre interferências na mancha de inundação de 2024 com as obras previstas no leilão. O MME decidiu adiar a contratação de ativos, para evitar riscos de implantação e problemas operacionais relacionados. A pasta acredita que os estudos para reavaliar os traçados das linhas de transmissão e das localizações das subestações estejam prontos até o fim deste ano, mas as obras só serão licitadas no ano que vem. Segundo o MME, as obras do Leilão de Transmissão 2/2024 estão dentro do Plano de Outorgas de Transmissão de Energia Elétrica (POTEE). Os licenciamentos ambientais de leilões anteriores está travados em meio às dificuldades no Ibama. No ofício enviado à Aneel, o MME informou que o material técnico encaminhado à agência deverá ser reavaliado e que a readequação não ocorrerá em prazo hábil antes do leilão, marcado para o dia 27 de setembro na B3, em São Paulo."

Fonte: Epbr; 01/08/2024

Políticas de carbono transformarão mercado de biocombustíveis até 2030

"Nos próximos cinco anos, quase 40% da demanda de combustível para transporte rodoviário será coberta por políticas que incentivam a redução do carbono ao longo do ciclo de vida, marcando uma mudança em relação às tradicionais exigências de mistura volumétrica de biocombustíveis. A conclusão é de um estudo encomendado pela presidência brasileira do G20 à Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês) para subsidiar o debate internacional sobre o papel dos biocombustíveis na transição energética. Na presidência rotativa do G20 este ano, o governo brasileiro tem defendido sua bioenergia como uma alternativa sustentável, capaz de concorrer com a eletrificação, especialmente em mercados do Sul global. Para comprovar essa sustentabilidade – e enfrentar resistência de ambientalistas e europeus – a estratégia é avançar com certificações que considerem as diferenças regionais na hora de avaliar o ciclo de vida de carbono. Será importante para concorrer com a eletrificação na frota rodoviária, prevista para aumentar, em média 21% ao ano, até 2030, mas também para abrir mercados para os biocombustíveis avançados que abastecerão aviões e navios no futuro próximo. Estes dois últimos setores, altamente dependente de combustíveis fósseis e responsáveis por cerca de 3% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE), cada, prometem um salto na demanda por derivados de biomassa e resíduos. “O benefício climático dos biocombustíveis depende em grande parte da intensidade de carbono de sua produção. Assim, serão necessários marcos regulatórios sólidos apoiados por cálculos de intensidade de carbono transparentes e baseados na ciência para atrair os investimentos necessários para aumentar a produção de biocombustíveis”, resume a Plataforma Biofuturo ao divulgar o estudo."

Fonte: Epbr; 01/08/2024

Lula sanciona lei para atividades espaciais com vetos ambientais e constitucionais

"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, com vetos, Projeto de Lei nº 1.006, de 2022, que institui normas aplicáveis a atividades espaciais nacionais. A justificativa para os vetos, que foi encaminhada ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi publicada nesta quinta-feira (01) no Diário Oficial da União (DOU). Seguindo recomendação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e da Advocacia-Geral da União (AGU), o presidente vetou trecho que previa que o processo de licenciamento ambiental deveria ser concluído no prazo máximo de 60 dias, prorrogável uma única vez, sob pena de aprovação tácita, exceto os casos de parecer justificadamente em sentido contrário. “O dispositivo incorre em vício de inconstitucionalidade, com base em entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal na ADI nº 6808, em que a Corte Suprema consignou a inconstitucionalidade de normas que simplifiquem a obtenção de licenças ambientais”, informa a justificativa para o veto."

Fonte: Valor Econômico; 01/08/2024

Internacional

Empresas

BYD vende mais carros híbridos do que elétricos em julho e derruba ações do setor

"A líder chinesa de veículos elétricos BYD registrou outro mês forte de vendas em julho. A companhia vendeu mais veículos híbridos do que carros elétricos a bateria. Isso, juntamente com a decisão de juros do Federal Reserve, parece ter assustado os investidores nessa quinta-feira (1). No mês, a BYD entregou cerca de 341 mil veículos de passageiros, incluindo 130 mil veículos elétricos e cerca de 211 mil veículos híbridos. As vendas, no consolidado, cresceram 31% ano a ano. As vendas de veículos híbridos saltaram 67%, enquanto as vendas de carros elétricos caíram 4%. Normalmente, a BYD vende cerca de um veículo híbrido para cada carro elétrico. Isso não foi o caso em julho. A combinação é boa para a BYD, em teoria, mas não tão boa para os vendedores apenas de carros elétricos. Os recibos de ação (ADRs) da BYD negociados na Bolsa de Nova York (Nyse) caíam 3,81% no fim da tarde. Na Bolsa de Shenzhen, as ações caíram 1,15%. As ações da Tesla caem 6,52% na Nasdaq, em Nova York. Os ADRs da NIO, Li Auto e XPeng caem 8,1%, 1,6% e 5%, respectivamente, apesar de os três fabricantes chineses de veículos elétricos terem vendido mais de 82 mil carros em julho combinados. Isso marcou o segundo melhor mês de vendas combinadas e um aumento de 26% no ano. Não foram apenas as vendas de veículos elétricos que pesaram no sentimento dos investidores. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) do Instituto de Gestão de Abastecimento foi surpreendentemente fraco. Indicador registrou 46,8 em julho, pior do que os 48,5 de junho. Economistas pesquisados pela FactSet esperavam uma leitura de 48,9. Um número abaixo de 50 significa que o setor de manufatura está encolhendo."

Fonte: Valor Econômico; 01/08/2024

CBI: Green bonds vão superar US$ 1 trilhão ao ano pela primeira vez

"Os green bonds devem ultrapassar a marca de US$ 1 trilhão em emissões pela primeira vez neste ano. Com a expansão do mercado, novos instrumentos de dívida sustentável, como os transition bonds, devem se fortalecer – também no Brasil. A previsão é da Climate Bonds Initiative, organização britânica referência nas dívidas sustentáveis. No primeiro semestre, foram mais de US$ 300 bilhões emitidos em títulos verdes, com recursos carimbados para projetos com impacto ambiental e climático positivo – metade do volume total de emissões das diversos tipos de tíitulo ESG. “O mercado de green bonds está crescendo muito rápido, é o principal do segmento. Estamos indo bem”, diz Sean Kidney, CEO e cofundador da CBI. Se a projeção se concretizar, os recursos captados com esse instrumento terão quase dobrado em relação aos US$ 587,6 bilhões do ano passado. Quando se amplia o escopo para outros instrumentos de dívidas ESG, como social bonds, sustainability linked bonds (SLB) e transition bonds, o valor acumulado de 2017 a 2023 é de US$ 4,4 trilhões. A demanda dos investidores só cresce e continua sendo “muito, muito maior” que a oferta, característica marcante do mercado há alguns anos, avalia Kidney. A expectativa é que essa desproporção se mantenha por um longo período. “Há mais de 50 governos ao redor do mundo emitindo green bonds. É esse o nível de sucesso desse instrumento”, afirma o executivo, “Temos a Comissão Europeia considerando a emissão de centenas de bilhões de green bonds para financiar seu Green New Deal. Esse é apenas o mais recente desdobramento, e deve ter mais pela frente”. O Brasil faz parte dessa lista, com suas duas emissões de US$ 2 bilhões em títulos soberanos verdes – a primeira em novembro de 2023 e outra no mês passado."

Fonte: Capital Reset; 02/08/2024

Fundação Ellen MacArthur lança programa de circularidade na moda, área com potencial de US$ 700 bi

"A Fundação Ellen MacArthur acaba de lançar uma iniciativa para incentivar a circularidade no setor da moda. Chamado de Fashion ReModel, o projeto busca impulsionar a utilização de matérias-primas de reuso, sem a confecção novas peças ou utilização de materiais virgens. Em trabalho conjunto com líderes da indústria da moda, desde empresas de alta costura até marcas populares, a Fundação busca debater as soluções para implementar modelos de reparo, aluguel, revenda e refabricação a partir de peças já existentes. Ao todo, mais de 150 organizações da área de vestuário foram consultadas para a formação do plano de orientação técnica, incluindo marcas, ONGs e acadêmicos. De acordo com Guilherme Suertegaray, gerente de relacionamento com empresas na América Latina da Fundação Ellen MacArthur, as companhias que já aceitaram o desafio de incorporar circularidade em sua estratégia corporativa receberão apoio da Fundação. “Vamos contribuir auxiliando as empresas com conhecimento, expertise e fazendo conexões com outros negócios que estão nesse mesmo processo, para que os participantes avancem e tenham resultados”, conta. Suertegaray ainda explica que 80% dos produtos têxteis, quando descartados, acabam incinerados, aterrados ou têm como destino o meio ambiente, mesmo quando estão em boas condições de uso. “O Fashion ReModel surge como uma forma de acelerar a transformação da atual economia linear para uma economia circular. Sem essa transformação, a reincorporação de materiais na cadeia é simplesmente uma solução temporária para o problema global de resíduos têxteis”, explica. “Por isso, aproveitar o potencial inovador e criativo da indústria da moda é essencial para que exista uma mudança na forma como ela faz dinheiro, dissociando o lucro da produção, e criando um futuro mais próspero e resiliente”, acrescenta."

Fonte: Exame; 02/08/2024

Política

Mais de 30 países pedem pausa na mineração no fundo do mar

"Tuvalu, que havia patrocinado anteriormente a exploração mineral em águas profundas, Áustria, Honduras, Guatemala e Malta se uniram nesta semana ao grupo de países que pedem a interrupção do início da mineração no ambiente marinho. Até agora, 32 nações do Pacífico, Europa, América Latina e Caribe formalizaram posição pedindo mais tempo para avaliar os possíveis impactos dessa atividade. A Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA, em inglês), composta por 167 nações e a União Europeia, está em sua terceira semana de reuniões para discutir o que fazer diante da demanda crescente por matérias-primas para transição energética e o interesse de grandes mineradoras de extraí-las de águas profundas. Ao mesmo tempo, há uma preocupação entre governos, empresas, populações indígenas, cientistas e ambientalistas sobre os efeitos disso para o ecossistema marinho e também para o clima do planeta. Ao anunciar apoio a uma pausa preventiva, na última terça (30/7), Monise Laafai, membro do parlamento de Tuvalu, alertou que os impactos dessa atividade podem alcançar até mesmo a produção de alimentos. “A proteção do oceano não é um mandato técnico, mas sim uma responsabilidade moral para nós. Visões de mundo semelhantes são compartilhadas por outros povos indígenas; o oceano não é apenas um recurso, mas uma base de vida, cultura e sustento”. “A potencial degradação ambiental causada pela mineração em alto mar pode impactar severamente nossa segurança alimentar, interromper nossas práticas tradicionais e minar nossa herança cultural”, completou Laafai. A reunião deverá terminar na sexta (2/8), com a eleição do próximo secretário-geral. O Brasil indicou uma candidata."

Fonte: Epbr; 01/08/2024

CBAM entra em vigor na União Europeia e o que minha empresa pode fazer agora?

"A União Europeia (UE) tem o objetivo de reduzir suas emissões em 55% até 2030 (em comparação com os níveis de 1990) e de se tornar um continente neutro em carbono até 2050. Para isso, criou diferentes mecanismos para reduzir suas emissões. Um desses instrumentos é o Sistema de Comércio de Emissões Europeu (EU ETS, na sigla em inglês), que funciona através do sistema de cap and trade. O cap é um teto para as emissões permitidas, e esse valor é anualmente reduzido em linha com as ambições climáticas do bloco. O teto é expresso em permissões de emissões, sendo que cada permissão dá o direito de emitir uma tonelada de CO2 equivalente. Para cada ano, as empresas devem entregar o número de permissões equivalente às suas metas de emissões. Caso não o façam, são multadas. No mercado europeu, as empresas podem comprar as permissões, vender suas permissões não utilizadas (caso adote uma tecnologia de redução de emissões, por exemplo), e receber algumas permissões gratuitas do governo. As permissões gratuitas são concedidas para que setores intensivos em emissões não percam competitividade quando comparados com os mesmos setores de outros países. Se uma empresa europeia precisa pagar por suas emissões e sua concorrente no mercado europeu não precisa, há um desequilíbrio de competitividade. Mecanismo semelhante está em discussão no Congresso Nacional brasileiro. O PL nº 182/2024, atualmente no Senado, busca estabelecer um Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões inspirado na estrutura do ETS europeu. O Carbon Border Adjustment Mechanism (CBAM) é criado com o objetivo de evitar o vazamento de carbono."

Fonte: Valor Econômioc; 01/08/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
.


Ainda não tem conta na XP? Clique aqui e abra a sua!

XP Expert

Avaliação

O quão foi útil este conteúdo pra você?


Newsletter
Newsletter

Gostaria de receber nossos conteúdos por e-mail?

Cadastre-se e receba grátis nossos relatórios e recomendações de investimentos

A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Cookies (gerencie suas preferências de cookies) e a nossa Política de Privacidade.