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Do local ao global: Senado brasileiro aprova mercado de carbono; ESG segue em foco pelas gestoras globais | Brunch com ESG

Nossa visão sobre as principais notícias da semana na agenda ESG

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Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado todos os domingos pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. Senado aprova PL que regulamenta mercado de crédito de carbono após fazer concessões; mas algumas definições seguem em falta

Na mídia: Comissão do Senado aprova projeto que regulamenta mercado de carbono – Infomoney, 4 de outubro (link)

Nossa visão: Embora a aprovação tenha sido possível frente as concessões para excluir o agronegócio da proposta inicial de regulamentação, vemos o texto final como um importante passo alcançado em meio a um processo que ainda levará tempo antes de ser totalmente implementado. De acordo com a proposta, é pouco provável vermos de pé um mercado de carbono regulado totalmente funcional antes de 2027, conforme destacado em nosso relatório 'Senado aprova projeto de lei sobre o mercado regulado de carbono; Entenda' (acesso aqui). O projeto de lei agora segue para a Câmara dos Deputados, onde se espera que seja anexado ao PL nº 2148/15 (que busca estabelecer incentivos fiscais para produtos de baixo carbono), com o governo visando acelerar o processo antes da COP28. No entanto, independentemente da velocidade de aprovação daqui para frente, informações como: (i) a precificação de carbono; e (ii) uma possível arrecadação de receita para o governo a partir de projetos de créditos de carbono (tanto em termos de volume quanto de formato e destinação) ainda precisam ser aprimoradas, sendo importante acompanhar de perto essas evoluções - para se ter ideia do potencial tamanho da arrecadação para governos, como referência, de acordo com a Agência Europeia do Meio Ambiente, com o crescente aumento no preço do carbono desde 2017, a arrecadação alcançada pelos 27 estados membros da União Europeia subiram de €3,1 bilhões em 2013 para €25 bilhões em 2021, um aumento de mais de 8 vezes.

#2. Gestores globais mantém interesse em estratégias ESG, segundo pesquisa da Morningstar

Na mídia: Proprietários de ativos altamente comprometidos com ESG – pesquisa da Morningstar – Pensions & Investments, 4 de outubro (link)

Nossa visão: Transmitindo uma mensagem positiva, assim como nossa 'Pesquisa ESG XP: O que investidores institucionais estão pensando sobre o tema?' (acesso aqui), a Morningstar, a maior empresa de classificação de fundos do mundo, e a Sustainalytics, uma provedora global em pesquisas e dados ESG, publicaram esta semana os resultados de sua 'Pesquisa Voz do Gestores de Ativos', com 500 gestores em 11 países e com um total de ativos sob gestão (AuM) somado de cerca de US$10,7 trilhões. De forma geral, a pesquisa refletiu nossas conclusões locais de que os investidores institucionais continuam positivos em relação a adoção de estratégias de investimento ESG, mesmo frente aos atuais desafios macroeconômicos, especialmente quando se trata de tópicos relacionados ao pilar ambiental, com 67% (em comparação com 56% de nossos clientes) planejando aumentar a alocação para estratégias relacionadas à agenda, o que destacamos de forma positiva.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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