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Dos riscos climáticos físicos às oportunidades de baixo carbono: a transição energética em foco

Um cenário climático cada vez mais grave aumenta a urgência da transição. Os palestrantes enfatizaram que as emissões globais de carbono continuam subindo, ampliando a diferença entre a trajetória atual e as metas do Acordo de Paris. Embora o ritmo de crescimento das emissões esteja começando a desacelerar em algumas regiões — principalmente na China —, os níveis absolutos de emissões permanecem altos, agravando os riscos físicos e os relacionados à transição. Esse cenário climático em evolução já está causando perturbações econômicas tangíveis — incluindo danos à infraestrutura, aumento dos prêmios de seguro e interrupções mais dispendiosas na cadeia de suprimentos —, fazendo com que os riscos climáticos deixem de ser preocupações “secundárias” para se tornarem considerações “centrais” na análise de investimentos. A longo prazo, é provável que a crise climática influencie cada vez mais os preços dos ativos, a direção regulatória e a competitividade setorial, reforçando a necessidade de alocação de capital tanto para adaptação quanto para mitigação, conforme descrito em nosso relatório temático.(acesse aqui)

O papel fundamental do Brasil na descarbonização global. A matriz elétrica do Brasil, majoritariamente limpa, combinada com suas vantagens estratégicas na bioeconomia, geração de energia renovável e agricultura regenerativa, posiciona o país para desempenhar um papel central nos esforços globais de descarbonização, emergindo como um polo de soluções climáticas. Ao mesmo tempo, os palestrantes reconheceram os desafios que o Brasil enfrenta, particularmente no que tange a necessidade de políticas confiáveis para conter o desmatamento e melhorar as práticas de uso da terra (atualmente a maior fonte de emissões localmente). Nesse contexto, o Plano Nacional de Clima do governo brasileiro foi destacado como um passo positivo e um sinal de crescente alinhamento político, embora os palestrantes também tenham enfatizado que a implementação bem-sucedida depende da mobilização de capital privado e da integração da inovação em estratégias específicas para cada setor.

A COP30 como uma oportunidade estratégica, apesar dos desafios operacionais. Com a COP30 em Belém marcando dez anos do Acordo de Paris, os palestrantes enfatizaram que o foco das negociações climáticas precisa mudar de discussões sobre o que precisa ser feito para como entregar resultados tangíveis. Para o Brasil, a cúpula oferece uma oportunidade rara de projetar liderança climática e atrair fluxos de capital. No entanto, restrições logísticas e de infraestrutura na cidade anfitriã podem prejudicar o impacto do evento se não forem resolvidas. Em termos de tópicos que devem centralizar as discussões, os palestrantes destacaram: (i) implementação do Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs): o progresso continua desigual, com a ausência dos EUA possivelmente dificultando a construção de um consenso; (ii) adaptação: o financiamento da resiliência em regiões vulneráveis está se tornando uma grande prioridade; (iii) eliminação gradual dos combustíveis fósseis: ainda controversa, com alguns países pressionando pela expansão da produção; e (iv) financiamento climático: a liberação de capital em grande escala continua sendo decisiva para as economias emergentes.

O papel das empresas na transformação da inovação em motor de crescimento. Os palestrantes destacaram que as empresas líderes estão cada vez mais considerando as tecnologias relacionadas ao clima não apenas como parte de seus compromissos de sustentabilidade, mas também como oportunidades de crescimento a longo prazo e investimentos promissores. Embora algumas soluções já tenham atingido a maturidade comercial, outras — como combustíveis sustentáveis para aviação (SAF) e biocombustíveis avançados — ainda estão em estágios iniciais de desenvolvimento, limitadas por altos requisitos de capital inicial e escala restrita. No entanto, os palestrantes concordaram que algumas delas podem estar se aproximando de um ponto de inflexão.

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