Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,9% e 0,8%, respectivamente.
• No Brasil, em relatório técnico elaborado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT), a usina hidrelétrica (UHE) Colíder, da Eletrobras, foi classificada sob risco estrutural e ambiental, após a identificação de “falhas estruturais na barragem” e um “considerável passivo ambiental e social” – a usina, que opera desde 2019 com potência instalada de 300 MW, integra o chamado Complexo Teles Pires, em conjunto com outras três hidrelétricas.
• No internacional, (i) os preços da energia solar no primeiro leilão provincial da China, realizado na semana passada na província de Shandong sob o novo mecanismo de precificação de energias renováveis, estavam tão baixos que poderiam desencorajar novos investimentos em projetos no país, sinalizando, potencialmente, que os preços das energias renováveis nacionais no futuro serão menores do que no sistema anterior; e (ii) Google anunciou que investirá 5 bilhões de libras (US$ 6,8 bilhões) em novos projetos no Reino Unido antes da visita de Estado do presidente dos EUA, Donald Trump, ao país – somado a isso, a companhia anunciou a inauguração de um novo data center perto de Londres, projetado para atender à crescente demanda por seus serviços de IA, além de ter fechado um acordo com a Shell que contribuirá para a estabilidade da rede elétrica e a transição energética do Reino Unido.
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Brasil
Empresas
Ministério Público do Mato Grosso recomenda estudo sobre desativação de usina da Eletrobras
“A usina hidrelétrica (UHE) Colíder, da Eletrobras, está sob risco estrutural e ambiental. Essa é uma das conclusões do relatório técnico elaborado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT), após o Centro de Apoio Técnico à Execução Ambiental (CAEx Ambiental) identificar “falhas estruturais na barragem” e um “considerável passivo ambiental e social”. O documento recomenda ainda a elaboração de estudo que avalie, entre outras alternativas, a desativação ou descaracterização da hidrelétrica. Em 15 de agosto, a Eletrobras fez um comunicado oficial ao mercado informando que elevou o nível de segurança da barragem da hidrelétrica de “atenção” para “alerta”. A situação ocorreu após problemas envolvendo alguns drenos do sistema e a saída de material do subsolo. Como medida preventiva, a empresa iniciou o processo de rebaixamento do nível do reservatório em agosto, mas que foi suspenso temporariamente. A operação, segundo o MT-MP, gerou impactos ambientais, especialmente sobre a fauna aquática. A usina, que opera desde 2019 com potência instalada de 300 megawatts (MW), integra o chamado Complexo Teles Pires, em conjunto com outras três hidrelétricas. No documento, ao qual o Valor teve acesso, durante vistoria realizada entre os dias 22 e 27 de agosto de 2025, foram constatadas falhas críticas no sistema de drenagem da barragem.”
Fonte: Valor Econômico; 15/09/2025
Política
Especial: por que o mundo está interessado nas terras raras do Brasil
“O tarifaço e as tentativas de interferência americana em assuntos domésticos brasileiros teriam um objetivo oculto: o país seria parte do plano dos Estados Unidos para deixar de depender das terras raras importadas da China. A afirmação foi feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista recente. “Eles [EUA] precisam de um governo entreguista, porque é estratégico. Acham que a América Latina é o quintal dos Estados Unidos.” A retórica parece uma lembrança de décadas passadas, mas o tema não poderia ser mais atual. O acesso a essa classe de minérios pode moldar o equilíbrio de forças global pelas próximas décadas. Sem terras raras não há carros elétricos, placas solares, turbinas eólicas, mísseis ou chips. A transição energética e a corrida pela supremacia na inteligência artificial dependem desses 17 elementos críticos – e as segundas maiores reservas deles estão no Brasil. Somente uma companhia extrai esses metais no país – e também é a única a produzir terras raras em escala fora da Ásia. A Serra Verde começou suas pesquisas na região de Minaçu, em Goiás, em 2008 e foram necessários oito anos para o início das operações. Várias outras mineradoras nacionais e estrangeiras têm projetos em estudo no Brasil. Conhecidas como juniores, algumas estão listadas nas bolsas do Canadá e da Austrália para levantar recursos e comprovar a viabilidade econômica de suas jazidas.”
Fonte: Capital Reset; 15/09/2025
ONU limita tamanho de sua equipe na COP30 devido aos altos preços de acomodação em Belém
“Os altos preços dos hotéis para a cúpula climática COP30, que será realizada em novembro em Belém, fizeram com que a Organização das Nações Unidas (ONU) pedisse aos seus funcionários que limitassem a participação, enquanto as delegações governamentais ainda estão lutando para encontrar quartos dentro de seus orçamentos. A ação ocorre na medida em que as delegações ficam cada vez mais preocupadas com o custo das acomodações na cidade de Belém. O Brasil está trabalhando para quase dobrar o número de leitos de hotel disponíveis, mas o aumento dos preços das acomodações tem estimulado pedidos de alguns governos para transferir a conferência, o que foi rejeitado pelas autoridades brasileiras. “Tendo em vista as restrições de capacidade em Belém, gostaria de solicitar gentilmente que os chefes do sistema das Nações Unidas, agências especializadas e outras organizações relevantes revejam o tamanho de suas delegações na COP30 e reduzam o número onde for possível”, escreveu o secretário-executivo do secretariado climático da ONU (UNFCCC), Simon Stiell, em um documento publicado no site da UNFCCC. Um porta-voz da presidência brasileira da COP30 não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A UNFCCC não emitiu tal solicitação antes da cúpula climática da ONU do ano passado em Baku, no Azerbaijão.”
Fonte: Valor Econômico; 15/09/2025
Internacional
Empresas
Google define investimento de US$ 6,8 bilhões no Reino Unido antes da visita de estado de Trump
“O Google anunciou na terça-feira que investirá 5 bilhões de libras (US$ 6,8 bilhões) em novos projetos no Reino Unido antes da visita de Estado do presidente dos EUA, Donald Trump, ao país, que deverá resultar em uma série de acordos comerciais e parcerias. A empresa de tecnologia americana também anunciou a inauguração de um novo data center perto de Londres, projetado para atender à crescente demanda por seus serviços de IA, como Google Cloud, Busca, Maps e Workspace. O investimento “é um poderoso voto de confiança na economia do Reino Unido e na força da nossa parceria com os EUA”, disse a ministra das Finanças, Rachel Reeves, no comunicado da empresa. A empresa, de propriedade da Alphabet, afirmou que o investimento deverá criar 8.250 empregos anualmente em empresas britânicas. O anúncio será visto como um impulso para o governo trabalhista do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que espera atrair investimentos privados para fazer crescer uma economia em crise e recuperar o impulso nas pesquisas de opinião nacionais. A visita de Trump também deverá aprofundar os laços econômicos entre os dois aliados ocidentais. Altos funcionários americanos afirmaram que acordos econômicos no valor de mais de US$ 10 bilhões seriam anunciados. Em seu comunicado, o Google também afirmou ter fechado um acordo com a Shell (SHEL.L) que contribuirá para a estabilidade da rede elétrica e a transição energética do Reino Unido. Seu data center em Waltham Cross, a cerca de uma hora de carro de Londres, utiliza tecnologia de resfriamento a ar para reduzir o consumo de água e está equipado para redirecionar o calor do centro para residências ou empresas locais, minimizando assim seu impacto ambiental geral, afirmou o Google. Juntamente com suas iniciativas de energia limpa e a parceria com a Shell, o Google afirmou que suas operações no Reino Unido devem operar com energia livre de carbono ou próxima a 95% em 2026.”
Fonte: Reuters; 16/09/2025
Política
RPT Leilão de energia renovável da China sinaliza desafios para desenvolvedores solares
“Os preços da energia solar no primeiro leilão provincial da China, realizado sob o novo mecanismo de precificação de energias renováveis, estavam tão baixos que poderiam desencorajar novos investimentos em projetos no país, segundo analistas. O leilão da semana passada na província de Shandong, considerado um indicador para os leilões nacionais, sinaliza que os preços das energias renováveis no futuro serão menores do que no sistema anterior — embora não necessariamente tão baixos quanto em Shandong, onde o excesso de investimentos em energia solar reduziu os preços. Com base nos resultados, “eu não estaria muito otimista em outras províncias, a menos que sejam províncias costeiras com forte crescimento da demanda por energia”, disse Alan Lau, analista da Jefferies. O leilão fez parte de uma reforma anunciada em fevereiro, com o objetivo de introduzir preços baseados no mercado no principal produtor mundial de energia renovável. Anteriormente, os projetos de energia renovável na China desfrutavam de uma taxa de retorno garantida, fixada no preço de referência do carvão. Isso dava aos desenvolvedores uma certeza valiosa, mas corria o risco de excesso de investimento. A partir de junho, as operadoras de redes de transmissão locais concederão novos contratos para projetos de energia renovável para a maior parte de sua geração por meio de um leilão que define um preço de compensação com base no lance mais alto, após selecionar os lances do menor para o maior, até que a meta de volume da província seja atingida. As geradoras de energia renovável devem vender no mercado, mas serão compensadas se o preço cair abaixo do preço de compensação do leilão, ou preço de exercício.”
Fonte: Reuters; 16/09/2025
Índia aposta na energia geotérmica com lançamento da primeira política nacional
“A Índia lançou na segunda-feira sua primeira política nacional sobre energia geotérmica, juntando-se a uma lista crescente de países que apostam no calor subterrâneo para impulsionar suas transições para energia limpa. O Ministério de Energias Novas e Renováveis da Índia afirmou que a política visa liberar o potencial geotérmico inexplorado do país por meio de incentivos e regulamentações. Países como a Alemanha aceleraram a expansão da energia geotérmica, e grandes empresas de tecnologia nos EUA têm buscado eletricidade de baixo carbono para impulsionar o crescimento da inteligência artificial. A Índia identificou 381 fontes termais e 10 províncias geotérmicas, incluindo Ladakh, Himachal Pradesh e Gujarat, informou o Ministério de Energias Novas e Renováveis (MNRE). A política também promove joint ventures entre desenvolvedores geotérmicos e empresas de petróleo, gás e minerais, e propõe incentivos fiscais, como isenções fiscais, isenções de impostos de importação e financiamento para o déficit de viabilidade. A energia geotérmica convencional envolve perfurações profundas na terra para liberar salmoura quente, que produz vapor para acionar turbinas.”
Fonte: Reuters; 15/09/2025
UE deve perder prazo da ONU para novas metas climáticas, mostra rascunho
“A União Europeia não espera chegar a um acordo sobre sua nova meta climática imposta pela ONU a tempo para um prazo crucial neste mês e, em vez disso, elaborou planos para apresentar uma meta temporária, que pode ser alterada posteriormente, conforme mostrou um documento de negociação da UE visto pela Reuters. Os países da UE estão lutando para chegar a um acordo sobre sua nova meta climática para 2040, o que atrapalhou os planos do bloco de apresentar uma meta para 2035 às Nações Unidas dentro do prazo estipulado neste mês para que todos os países o fizessem. A UE havia planejado derivar sua meta climática para 2035 a partir da meta de 2040. O rascunho do documento da UE, visto pela Reuters, mostrou que o bloco agora considera submeter uma “declaração de intenções” à ONU sobre sua meta para 2035 – indicando que estará entre 66,3% e 72,5% de redução de emissões até 2035, em relação aos níveis de 1990. A UE definirá sua meta final para 2035 posteriormente, após chegar a um acordo sobre sua meta climática para 2040, afirma o documento. Os embaixadores dos países da UE discutirão o rascunho na terça-feira, que ainda pode ser alterado durante as negociações. A medida visa evitar que a UE fique de mãos vazias na Assembleia Geral da ONU na próxima semana, onde o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, pediu aos países que anunciem suas metas climáticas para impulsionar as negociações climáticas globais da COP30 em novembro.”
Fonte: Reuters; 15/09/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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