Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• A semana passada terminou em território negativo, com o IBOV e ISE registrando queda de -2,1%, e -2,8%, respectivamente. Já o pregão de sexta-feira encerrou em território misto, com o IBOV subindo +0,78%, e o ISE andando de lado (-0,06%).
• No Brasil, (i) a Ocean Winds Brasil, joint-venture da Engie e EDP Renewables, vai promover estudos de meio ambiente para projetos de geração eólica offshore no Brasil – a ideia é avaliar a viabilidade, potencial da geração e possíveis impactos no ecossistema; e (ii) a CVM divulgou seu plano de ação de finanças sustentáveis para 2023-2024, composta por 17 metas que vão da supervisão de riscos de governança nas companhias abertas à criação de um plano de integridade do regulador, passando pela educação financeira dos participantes - até novembro, o objetivo é editar a regra que endossa as normas de sustentabilidade emitidas pelo Comitê Internacional de Parâmetros de Sustentabilidade (ISSB, na sigla em inglês).
• No internacional, o ministro da Energia da Arábia Saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, informou que o primeiro trem de hidrogênio no Oriente Médio entrará em fase de testes essa semana - o anúncio foi feito durante a abertura da Semana do Clima no Oriente Médio e Norte da África, organizada pela ONU em Riade.
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Brasil
Empresas
CVM lança plano de ação de finanças sustentáveis
"A Comissão de Valores Mobiliários lançou seu plano de ação de finanças sustentáveis, elaborado para o biênio 2023-2024. Nele, o regulador estipula 17 metas que vão da supervisão de riscos de governança nas companhias abertas à criação de um plano de integridade do regulador, passando pela educação financeira dos participantes. “A política de finanças sustentáveis contribuirá para que a autarquia tenha uma atuação mais proativa na promoção, regulação e fiscalização ASG [critérios ambientais, sociais e de governança] no mercado de capitais, contando com o desenvolvimento de normas e regulamentos específicos para as finanças sustentáveis, a fiscalização do cumprimento dessas normas e a divulgação de informações consistentes”, afirma o plano. O plano apresenta os prazos para cada entrega. Até novembro, o objetivo é editar a regra que endossa as normas de sustentabilidade emitidas pelo Comitê Internacional de Parâmetros de Sustentabilidade (ISSB, na sigla em inglês)."
Fonte: Valor Econômico, 06/10/2023
Ocean Winds avança em estudos para eólicas em alto-mar
"Enquanto o Brasil ainda aguarda um marco legal para geração eólica offshore (alto-mar) que dê segurança às empresas na decisão de colocarem a mão no bolso e desenvolverem projetos no setor, a Ocean Winds Brasil, joint-venture formada entre a Engie e a EDP Renewables com foco em geração de energia eólica em alto-mar (offshore), vai promover em estudos de meio ambiente no mar. A ideia é avaliar a viabilidade, potencial da geração e possíveis impactos no ecossistema. O diretor de desenvolvimento da companhia, Rafael Palhares, explica que pretende começar algumas campanhas de campo e engenharia geotécnica. São estudos com pouca interferência no meio e de caráter de observação sem a necessidade de fazer coletas. Ele lembra que uma das questões do setor eólico é a questão da morte de pássaros por colisão com as pás e a ideia é ver como se dá a movimentação das aves. “A gente ainda não requisitou a Abio [Autorização de Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico]. Precisamos entrar no Ibama para solicitar a autorização para ir a campo e fazer algumas observações (...). São estudos de catálogos. A princípio, são estudos que a gente entende que sejam menos invasivos e mais alinhados ao momento ”, diz."
Fonte: Valor Econômico, 08/10/2023
Conselhos ainda buscam os perfis mais tradicionais
"Os conselhos de administração das empresas listadas no Ibovespa ainda são conservadores na hora de trazer membros com diferentes backgrounds e experiências. A maior parte dos novos conselheiros ainda ocupa cargo de CEO em alguma companhia ou é diretor financeiro. Embora temas relacionados à gestão de pessoas e tecnologia tenham ganhado relevância nas discussões nos últimos anos, diretores de recursos humanos e de tecnologia quase não aparecem na maioria dos boards. Também a inclusão de mulheres e outros grupos minorizados está estagnada desde 2021 e quase não existem membros de outras nacionalidades, além da brasileira. Estas são algumas das tendências observadas no “Board Monitor Brazil 2023”, levantamento realizado pela consultoria global Heidrick & Struggles, que começou a ser realizado anualmente a partir de 2019. O estudo analisa as novas indicações de membros para os conselhos de administração de empresas listadas no Ibovespa. Em 2022, foram 93 indicações em 32 empresas, o que corresponde a 38% da base de companhias que compõem o índice. Em 2021, foram 98 renovações."
Fonte: Valor Econômico, 09/10/2023
O que preocupa os CEOs em 2023? KPMG lista maiores problemas
"A consultoria internacional de gestão KPMG conduziu uma pesquisa recente com mais de 1.300 CEOs das maiores empresas do mundo para reunir insights sobre suas maiores preocupações. O estudo Perspectivas do CEO para 2023 indica que a geopolítica e a incerteza política são os principais riscos percebidos neste ano (e não estavam na lista das cinco principais preocupações no estudo do ano passado). O estudo revela que quase 70% dos CEOs são defensores de práticas ESG. Cerca de 35% estão cada vez mais interessados em partes específicas do ESG e priorizando as agendas que tenham impacto. Os CEOs estão cientes de que muitos stakeholders são conectados com isso e 64% acreditam que o público espera que as empresas ajudem a liderar as mudanças sociais. “Para os CEOs, a oportunidade de impulsionar o retorno a um planeta mais equitativo e bem-sucedido está bem diante de nós”."
Fonte: Forbes, 06/10/2023
GK investe em startup que combate o arroto do boi
"Com o segundo maior rebanho bovino do mundo, depois da Índia, o Brasil é um dos países que mais contribuem com o gás metano lançado na atmosfera pelo arroto dos bovinos. A startup australiana Rumin8, que desenvolve um aditivo à base de algas marinhas para reduzir o gás produzido na digestão dos animais, enxerga na pecuária brasileira um mercado chave – e a companhia acaba de dar um passo importante para acelerar seus planos por aqui. A empresa recebeu investimento da gestora de impacto Good Karma Partners, de Eduardo Mufarej, para estender os estudos científicos que realiza em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e montar uma estratégia adequada às particularidades da criação de gado nacional. O valor do aporte não foi revelado. Em duas outras rodadas semente, a companhia havia levantado US$ 17 milhões. O Breakthrough Energy Ventures, fundo climático de Bill Gates, é um dos sócios da Rumin8. “O que mais nos atraiu na companhia é que ela entende a visão do produtor e tenta construir um produto que faça sentido economicamente”, diz Raphael Falcioni, sócio da GK."
Fonte: Capital Reset, 09/10/2023
Internacional
Política
Grã-Bretanha estabelece plano para planos de “transição” climática das empresas
"A Grã-Bretanha expôs na segunda-feira como as empresas listadas e as empresas financeiras terão que detalhar seus planos de reduzir as emissões poluentes de carbono à medida que fizerem a transição para uma economia líquida zero até 2050. Os "planos de transição" corporativos se encaixam com a divulgação já obrigatória relacionada ao clima, que deve ser substituída por novos padrões do International Sustainability Standards Board (ISSB). O plano publicado na segunda-feira pela Força-Tarefa do Plano de Transição (TPT) baseia-se nas normas da ISSB e baseia-se no trabalho da Glasgow Financial Alliance for Net Zero ou GFANZ. "Fazer backup de ambições líquidas de zero com planos de transição claros e de alta qualidade é crucial se quisermos entregar coletivamente zero líquido", disse Amanda Blanc, CEO do Grupo da seguradora Aviva e co-presidente da força-tarefa, em um comunicado. "A Estrutura de Divulgação TPT ajudará as empresas a entender exatamente o que torna um plano de transição climática robusto e credível." A Autoridade de Conduta Financeira, que policia as listagens de empresas, disse que as empresas devem se envolver cedo e começar.Joanna Penn, ministra do Tesouro júnior na câmara alta do parlamento da Grã-Bretanha e co-presidente da força-tarefa, disse que tornar os planos de transição obrigatórios faz parte do compromisso da Grã-Bretanha de se tornar o primeiro centro financeiro do mundo alinhado a zero."
Fonte: Reuters, 09/10/2023
Japão alocará US$ 205 milhões para apoiar sistemas de aeronaves elétricas, informa Nikkei
"O Japão subsidiará sistemas de células de combustível de hidrogênio e outros equipamentos no valor de 30,6 bilhões de ienes (US$ 205 milhões), informou o Nikkei business daily no domingo. A decisão do governo visa apoiar o desenvolvimento de componentes para aeronaves elétricas com emissões reduzidas de dióxido de carbono (CO2), disse o jornal. Espera-se que o ministério do comércio apresente a política em um grupo de trabalho do conselho do ministério, disse. O governo alocará 17,3 bilhões de ienes para o desenvolvimento de sistemas de células de combustível de hidrogênio para aeronaves e 13,3 bilhões de ienes para o desenvolvimento de sistemas de controle de motores eficientes em termos de combustível, disse o Nikkei."
Fonte: Reuters, 09/10/2023
FIFA vai ‘mitigar impacto ambiental’ da Copa do Mundo de 2030
"A FIFA tomará medidas para "mitigar o impacto ambiental" da Copa do Mundo de 2030 dos três continentes, disse o órgão governamental do futebol mundial. Na semana passada, a FIFA nomeou Marrocos, Espanha e Portugal como anfitriões do torneio de 2030, enquanto Uruguai, Argentina e Paraguai também sediarão as partidas de abertura para marcar o centenário do torneio. A decisão de sediar o torneio em três continentes atraiu críticas de ativistas climáticos, que citaram emissões relacionadas às viagens adicionais necessárias. Em seu site, a FIFA destacou o fato de que apenas três jogos seriam disputados na América do Sul, acrescentando: "Marrocos, Portugal e Espanha serão os anfitriões da Copa do Mundo da FIFA 2030. "Portanto, para 101 jogos, o torneio será disputado em uma pegada de países vizinhos em estreita proximidade geográfica e com extensas e bem desenvolvidas ligações de transporte e infraestrutura. "A FIFA tomará todas as medidas necessárias para mitigar o impacto ambiental da Copa do Mundo da FIFA. Do ponto de vista da sustentabilidade, também vale a pena mencionar que apenas uma oferta reduz significativamente as viagens em relação a visitas de inspeção no local e outras reuniões.""
Fonte: Reuters, 09/10/2023
"O ministro da Energia da Arábia Saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, disse no domingo que o primeiro trem de hidrogênio no Oriente Médio começará os testes na próxima semana. "Estará em julgamento na próxima semana, espero que nos próximos meses. Teremos o primeiro trem de hidrogênio no Oriente Médio", disse o ministro, falando na Semana do Clima MENA da ONU em Riade. O ministro também disse que a Arábia Saudita lançará um "mecanismo de mercado interno credível, transparente e adaptável" na segunda-feira, sem elaborar."
Fonte: Reuters, 08/10/2023
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
Nossos últimos relatórios
Análise ESG Empresas (Radar ESG)
Moura Dubeux (MDNE3): De tijolo em tijolo construindo uma agenda promissora(link)
Unipar (UNIP3) e Braskem (BRKM5): Entendendo os desafios (e oportunidades) do setor petroquímico no Brasil(link)
Smart Fit (SMFT3): O segredo para progredir é dar o primeiro passo(link)
Outros relatórios de destaque
Cosan (CSAN3): Principais destaques ESG do Investor Day(link)
Carteira ESG XP: Sem alterações no nosso portfólio para setembro (link)
ESG na Expert XP 2023: As três principais mensagens que marcaram o tema no evento(link)
Relatórios Semanais (Brunch com ESG)
Atenções voltados para a agenda de Lula em Nova York e os desdobramentos da Semana do Clima (link)
1° título verde soberano do Brasil avança; ORVR3 emite SLB no valor de R$130M; Bancos públicos de desenvolvimento se encontram (link)
Expert XP 2023 coloca transição energética em pauta; Marco legal de captura de carbono avança; Investidores pressionam BlackRock (link)
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