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COP28 em pauta: Emissões de metano, restauração da Amazônia e renováveis | Café com ESG, 04/12

BNDES lança programas de financiamento para restauração florestal; 118 países querem triplicar a capacidade global de produção de energia renovável até 2030

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou a semana passada em território positivo, com o IBOV e o ISE registrando alta de +2,1% e 2,6% respectivamente. Em linha com o desempenho da semana, o pregão de sexta-feira encerrou com o IBOV subindo +0,67% e o ISE avançando +0,81%.

• Do lado das empresas, 50 petrolíferas, que representam quase metade da produção global, comprometeram-se a atingir emissões quase nulas de metano até 2050, de acordo com o presidente da COP28, o sultão Al Jaber - o compromisso inclui grandes empresas petrolíferas estatais, como a Saudi Aramco, Petrobras e Sonangol e multinacionais como Shell, TotalEnergies e BP.

• Ainda na COP28, (i) o BNDES lançou um projeto batizado de Arco de Restauração da Amazônia, contemplando dois programas de financiamento para restauração florestal que totalizam R$ 1 bilhão - a primeira parte dos recursos, R$ 450 milhões, vem do Fundo Amazônia, enquanto os R$ 550 milhões restantes serão destinados via Fundo Clima na forma de crédito para apoiar iniciativas privadas via concessões federais e estaduais que devem ser lançadas no começo de 2024; e (ii) 118 países, entre eles o Brasil, se comprometeram neste sábado a triplicar a capacidade global de produção de energia renovável até 2030 - a medida foi anunciada em meio a iniciativas para descarbonizar o setor de energia, que responde por três quartos das emissões de gases do efeito estufa.

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Brasil

Empresas

Prates avalia abrir subsidiária no Oriente Médio, a Petrobras Arábia

"O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, estuda a possibilidade de inaugurar uma subsidiária da estatal petrolífera brasileira no Oriente Médio. Ao Valor, ele disse que essa subsidiária se chamará "Petrobras Arábia" e terá sede "em local a ser escolhido de acordo com análises e oportunidades". "Vamos analisar a viabilidade e conveniência de estabelecer uma subsidiária integral no Golfo Arábico: Petrobras Arábia. Sede, objeto e cronograma de implantação serão definidos mediante os procedimentos e instâncias aplicáveis", disse Prates. "Já dissemos que estamos preparando a Petrobras China, do jeito que temos a Petrobras America." Prates integra a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem à região. Passaram por Arábia Saudita, Catar e estão em Dubai, nos Emirados Árabes, onde Lula participa da conferência climática COP28. Hoje, Lula confirmou que o Brasil fará parte da Opep+, um grupo de países com status de observador da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). O convite ao Brasil foi formalizado durante essa viagem presidencial. O anúncio gerou críticas a Lula pela suposta contradição de se associar a um lobby petrolífero ao mesmo tempo em que se coloca como um líder mundial pela descarbonização do planeta.”

Fonte: Valor Econômico, 02/12/2023

Instituto Brasileiro de Mineração se coloca à disposição para ajuda em Maceió

"O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) se colocou à disposição para auxiliar na situação do afundamento do solo em Maceió (AL). Segundo o Instituto, ainda que a Braskem não seja associada, todo o acervo técnico está disponível a contribuir para avaliar medidas para superar a situação. "A colaboração entre a Defesa Civil, a empresa e as autoridades municipais, estaduais e federais deve continuar para que se possa chegar em bom termo sem maiores danos às pessoas e ao meio ambiente", diz o Ibram em nota. "O Ibram e as mineradoras associadas atuam há anos para tornar o setor cada vez mais seguro, sustentável e responsável e com esta determinação agem para adotar as melhores práticas de ESG (relacionadas à gestão ambiental, social e governança), inclusive, internalizando técnicas consagradas internacionalmente." A Defesa Civil de Maceió informou em nota, na manhã deste sábado (2), que a mina 18 da Braskem, que pode colapsar a qualquer momento, já se aprofundou em 1,56 metro, agora com velocidade de deslocamento vertical de 0,7 centímetro por hora. Nas últimas 24 horas, a movimentação foi de 13 centímetros. Segundo o órgão, um tremor de terra com magnitude de 0,89 foi registrado na região da mina, a cerca de 300 metros de profundidade, na madrugada deste sábado.”

Fonte: Valor Econômico, 02/12/2023

Potencial colapso de mina em Maceió pode pressionar fluxo de caixa e ratings da Braskem, diz Fitch

"Na avaliação da Fitch Ratings, o iminente colapso de uma mina de sal-gema da Braskem em Maceió pode ter impacto significativo no fluxo de caixa da petroquímica e pressionar seus ratings. No momento, segue a agência, "as consequências de um potencial incidente ainda são incertas". A companhia tem nota grau de investimento (BBB-), com perspectiva negativa, pela agência de classificação de risco. Em relatório de sexta-feira (1º), o analista Marcelo Pappiani e a diretora Adriana Erasmo afirmam que um novo evento geológico na área da Braskem pode levar a novas ações judiciais contra a companhia e afetar sua capacidade de acessar recursos no mercado, porque os investidores estão mais restritivos e preocupados com questões ambientais, sociais e governamentais (ESG). Na quinta-feira (30), a Braskem foi intimidada em uma nova ação civil pública, com valor de R$ 1 bilhão. Sobre essa ação, a Fitch ressalta que ainda está em estágio inicial e não vai considerar o pagamento desse valor enquanto a companhia não for obrigada. O atual cenário-base da Fitch pressupõe pagamento de R$ 7,5 bilhões até 2025, dos quais R$ 3 bilhões por ano em 2023 e 2024 e R$ 1,5 bilhão em 2025. "O fluxo de caixa livre deve ficar negativo em R$ 4,5 bilhões em 2023 e R$ 3,5 bilhões em 2024, principalmente devido a acordos firmados com a Justiça", diz o relatório.”

Fonte: Valor Econômico, 02/12/2023

COP28: Exxon, Petrobras, Saudi Aramco e outras petroleiras se comprometem a reduzir emissões de metano

"Cinquenta empresas petrolíferas, que representam quase metade da produção global, comprometeram-se a atingir emissões quase nulas de metano até 2050, de acordo com o presidente da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28), o sultão Al Jaber. Ele disse que ter a adesão da indústria petrolífera é crucial para reduzir drasticamente as emissões mundiais de gases do efeito estufa. O compromisso inclui grandes empresas petrolíferas estatais, como a Saudi Aramco, Petrobras e Sonangol e multinacionais como Shell, TotalEnergies e BP. "O mundo não funciona sem energia", disse al-Jaber. "No entanto, o mundo entrará em colapso se não corrigirmos as energias que usamos hoje, mitigarmos as suas emissões numa escala de gigatoneladas e não fizermos a transição rápida para alternativas de zero carbono." O metano pode ser liberado em vários pontos ao longo da operação de uma empresa de petróleo e gás, desde o fracking até a produção, transporte ou armazenamento do gás natural. O anúncio, contudo, foi criticado por ambientalistas, que classificaram o movimento como "cortina de fumaça". "A promessa é uma cortina de fumaça para esconder a realidade de que precisamos eliminar gradualmente o petróleo, o gás e o carvão", afirma uma carta assinada por mais de 300 grupos da sociedade civil.”

Fonte: Época Negócios, 02/12/2023

Prates: Petrobras seguirá comprando créditos de carbono no mercado voluntário

"O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que a estatal seguirá na estratégia de compra de créditos de carbono no mercado voluntário, assim como nos esforços para dar legitimidade a esses títulos verdes gerados no Brasil. Ele fez as afirmações em vídeo gravado durante a COP28, em Dubai. "No segundo semestre de 2023, nós já fizemos a nossa primeira compra e vamos continuar. Estamos também estruturando parcerias para investir diretamente em projetos de solução baseadas na natureza, apoiando o desenvolvimento de metodologias de consulta e mensuração (de emissões) para que o Brasil possa ter créditos de alta integridade e credibilidade", disse Prates. No início de setembro, a empresa anunciou a compra de créditos equivalentes a 175 mil toneladas de gases de efeito estufa (GEE) gerados pelo Projeto Envira Amazônia, sediado no município de Feijó, no Acre. O montante dispensado pela estatal não foi revelado por se tratar de informação sensível à estratégia da empresa. A operação corresponde à preservação de uma área de 570 hectares da Floresta Amazônica, além de ações em prol de comunidades da região. O presidente da Petrobras também disse que a intenção é ter projetos para atuar estruturalmente nos "arcos do desmatamento dos biomas e na recuperação de biomas prioritários". O desmatamento é hoje a principal origem de mais da metade das emissões de carbono do País. Nesse sentido, ele prometeu apoiar projetos para destravar a geração de créditos de carbono em outros biomas, para além do amazônico, tais quais manguezais e Caatinga.”

Fonte: Época Negócios, 03/12/2023

Política

BNDES anuncia R$ 1 bi para financiar restauro na Amazônia

"O BNDES lançou dois programas de financiamento para restauração florestal que totalizam R$ 1 bilhão. O projeto, batizado de Arco de Restauração da Amazônia, foi apresentado neste sábado na COP28, em Dubai. A ausência de linhas de crédito até aqui é apontada por especialistas como um entrave para escalar a atividade econômica do reflorestamento. A primeira parte dos recursos, R$ 450 milhões, vem do Fundo Amazônia. Três entidades serão selecionadas para coordenar iniciativas de restauração ecológica realizadas por agricultores familiares, comunidades indígenas e quilombolas e assentamentos da reforma agrária. “São recursos não-reembolsáveis vinculados a um público muito específico”, disse ao Reset Nabil Kadri, superintendente de meio ambiente do banco. O objetivo é financiar o plantio de mudas, mas também desenvolver a cadeia produtiva, que envolve viveiros e redes de coleta de sementes, por exemplo. Os R$ 550 milhões restantes serão destinados via Fundo Clima na forma de crédito para apoiar iniciativas privadas, tanto em imóveis particulares quanto em áreas públicas, via concessões federais e estaduais que devem ser lançadas no começo de 2024. A taxa de juros será de 1% ao ano, “a mais baixa que você vai encontrar”, afirma Kadri. Uma porção dos recursos vem dos US$ 2 bilhões em títulos soberanos verdes emitidos pelo Tesouro no mês passado, como antecipou o Reset.”

Fonte: Capital Reset, 03/12/2023

BID vai prover hedge cambial para investimentos verdes no Brasil

"Um dos principais nós para atrair investimento estrangeiro em escala para financiar o plano de transição verde do Brasil começou a ser desatado. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) fechou um acordo com o Ministério da Fazenda para fornecer, já em 2024, produtos financeiros de proteção contra a variação da taxa de câmbio brasileira, crucial para reduzir o custo de capital dos investidores e tornar atrativo o retorno dos projetos brasileiros. O anúncio, feito na última sexta-feira em Dubai, passou quase despercebido em meio à miríade de planos e compromissos que governos, empresas e outras organizações costumam desaguar nas COPs. Nos mercados emergentes em geral, Brasil inclusive, que convivem com limitações de orçamento público e escassez de capital de longo prazo dentro de casa, o investimento estrangeiro direto será fundamental para viabilizar projetos de mitigação e adaptação climática. Estima-se que, dos mais de US$ 2,4 trilhões anuais que serão necessários nos emergentes em 2030, US$ 1 trilhão precisarão vir de investimento privado de fora. Batizada com o enigmático nome de plataforma de hedge, a solução é resultado de uma provocação feita ao BID pela equipe do ministro Fernando Haddad, em busca de uma solução para destravar os recursos.”

Fonte: Capital Reset, 03/12/2023

Lula confirma entrada do Brasil na Opep+, mas diz que país não vai “apitar nada”

"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou neste sábado que o Brasil vai participar da Opep+, agremiação em que países atuam como observadores associados à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Falando em um evento ligado a movimentos sociais brasileiros na COP 28, Lula disse que "não apitará em nada" na Opep, cuja atuação se concentra especialmente em manter os preços do petróleo em níveis lucrativo para os países produtores. O convite foi formalizado ao país nesta semana, após a passagem de Lula pela Arábia Saudita. E foi alvo de críticas, acentuadas pela coincidência com a participação de Lula na COP 28, a conferência do clima que ocorre em Dubai. "Muita gente ficou assustada: 'nossa, o Brasil vai participar da Opep'. O Brasil não vai participar da Opep, vai participar da Opep +", disse Lula. "É que nem eu participar do G7. Eu participo do G7 desde que eu ganhei a Presidência da República. Aliás o único presidente que participou em todas reuniões do G7. É o G7+. Eu vou lá, escuto, só falo depois que eles tomarem a decisão e venho embora. Não apito nada." Lula alegou que a participação do Brasil é necessária para convencer as nações petrolíferas a investir em energias renováveis, no momento em que o mundo busca descarbonizar a economia. "A Opep + eu acho importante a gente participar, porque a gente precisa convencer os países que produzem petróleo que eles precisam se preparar para reduzirem os combustíveis fósseis", disse Lula.”

Fonte: Valor Econômico, 02/12/2023

Ruralistas dizem que fala de Lula sobre marco temporal criminaliza o Congresso

"A Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criminalizou o Congresso Nacional em sua fala sobre a análise dos vetos ao projeto de lei do marco temporal de demarcação de terras indígenas. Lula mencionou o assunto em discurso na Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP28). “Enquanto todos os países do globo levam os exemplos de sustentabilidade, temos um presidente que criminaliza a representatividade máxima da população brasileira”, declarou a FPA, em nota. Em Dubai, nos Emirados Árabes, Lula comparou a atuação dos parlamentares na discussão do marco temporal com a raposa tomando conta do galinheiro. E defendeu a construção de um Poder Legislativo como o que chamou de “força democrática”. A fala do presidente desagradou a bancada ruralista. Em nota, a FPA diz ainda que os parlamentares são responsáveis por construir “legislações íntegras e que promovam a liturgia de direitos iguais, da segurança jurídica e do direito de propriedade”. No comunicado, os parlamentares ligados ao agro afirmam também que Lula se alinha a ditaduras pelo mundo e sinaliza para criminalização da produção rural do Brasil. E que a “democracia petista” não alcança a multiplicidade de opiniões.”

Fonte: Valor Econômico, 03/12/2023

Durigan reitera compromisso do governo de zerar déficit e dar sustentabilidade à dívida

"O ministro interino da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que o compromisso do governo de zerar o déficit e dar sustentabilidade para a dívida pública é sempre importante de ser reiterado. A declaração foi feita durante almoço de fim de ano promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), após discurso semelhante de compromisso fiscal do ministro da Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Segundo ele, o governo tem feito um esforço de correção de distorções fiscais. “Não é majoração de carga, mas uma série de distorções que têm de der endereçadas.” Para o representante do Ministério da Fazenda, tudo que for necessário ser feito para garantir a meta de déficit zero no ano que vem será feito. “Temos uma série de medidas apresentadas que devemos ver aprovadas até o fim do ano.” Ele citou como exemplo a Medida Provisória 1185, que trata da diminuição do impacto automático na arrecadação federal dos benefícios estaduais. “Há uma derrama muito grande que temos sentido na arrecadação federal. Estamos muito confiantes que vamos aprovar o resto das medidas até o fim do ano.”.”

Fonte: Valor Econômico, 01/12/2023

É preciso dissociar crescimento econômico de efeitos nocivos ao clima, diz Haddad na COP 28

"O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira que o crescimento econômico deve ser dissociado de efeitos nocivos ao clima. E, em uma cobrança aos países ricos, Haddad afirmou ainda que o mundo precisa unir esforços para que a transformação ecológica pela qual o mundo precisa passar para evitar o aquecimento global não acarrete medidas protecionistas e a fragmentação geopolítica. Haddad discursou na tarde de hoje (horário local) na COP 28 para o lançamento do Plano de Transformação Ecológica do Brasil – uma espécie de pacote verde com o objetivo de impulsionar o crescimento econômico do país por meio de medidas de desenvolvimento sustentável no contexto das mudanças climáticas. “O grande desafio que o mundo enfrenta hoje é dissociar o crescimento econômico – ainda fundamental para atender as necessidades das populações pobres – dos seus efeitos nocivos sobre o clima”, disse Haddad. “Precisamos unir esforços para a transformação ecológica, de modo a evitar medidas protecionistas e a fragmentação geopolítica. Precisamos de uma transição global para o desenvolvimento sustentável. A prosperidade de uns poucos diante da miséria e da devastação ambiental de muitos se torna cada vez mais insustentável em um mundo em emergência climática.” O ministro disse que “tentativas de reinvenção do Estado movidas pelo desafio da emergência climática” feitas por gigantes globais como EUA, Europa e China impressionam, mas também preocupam do ponto de vista do chamado Sul Global."

Fonte: Valor Econômico, 01/12/2023

Brasil e 117 países prometem triplicar produção de energia renovável até 2030

"Cento e dezoito países, entre eles o Brasil, se comprometeram neste sábado, 2, a triplicar a capacidade global de produção de energia renovável até 2030, segundo compromisso assumido na Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-28), que ocorre em Dubai. A medida foi anunciada em meio a iniciativas para descarbonizar o setor de energia, que responde por três quartos das emissões de gases do efeito estufa. A informação sobre o acordo foi divulgada pela agência de notícias Reuters. O presidente da COP, Sultan al-Jaber, destacou que a iniciativa vai ajudar na transição energética e na redução de uso do carvão. Paralelamente, 22 países, entre eles os Estados Unidos, anunciaram a intenção de triplicar a capacidade de produção de energia nuclear até 2050, destacando que a fonte nuclear será vital para o corte de emissões nas próximas décadas. A iniciativa da energia renovável foi liderada pela União Europeia, Estados Unidos e Emirados Árabes. Entre os apoiadores, além do Brasil, estão Nigéria, Austrália, Japão, Canadá, Chile e Barbados. China e Índia indicaram apoio, mas não confirmaram o compromisso neste sábado. Os idealizadores querem que o compromisso seja incluído no texto final da cúpula com objetivo de torná-lo global. Para isso, é necessário o consenso entre os mais de 200 países presentes. Os defensores da energia nuclear, que fornece 18% da eletricidade nos Estados Unidos, dizem que é um complemento limpo, seguro e fiável à energia eólica e solar."

Fonte: Época Negócios, 03/12/2023

Internacional

Empresas

As negociações climáticas da ONU se concentraram nas energias renováveis ​​por muito tempo, diz o chefe da Exxon

"As negociações climáticas da ONU sobre como limitar o aquecimento global concentraram-se nas energias renováveis ​​durante demasiado tempo, de acordo com o executivo-chefe da ExxonMobil, a maior supermajor petrolífera ocidental. Numa entrevista ao Financial Times na COP28 no Dubai, no sábado, Darren Woods disse que as conversações sobre a transição energética se concentraram na “solução electrónica”, negligenciando ao mesmo tempo o papel a desempenhar pelo hidrogénio, pelos biocombustíveis e pela captura de carbono. “A transição não se limita apenas à energia eólica, solar e veículos elétricos”, disse Woods. “A captura de carbono terá um papel importante. Somos bons nisso. Sabemos como fazer, podemos contribuir. O hidrogênio desempenhará um papel. Os biocombustíveis desempenharão um papel.” É a primeira vez que um executivo-chefe da Exxon participa no evento, e a sua presença levou os especialistas em clima a criticar os esforços contínuos da indústria para atrasar a acção e a sua enorme influência na cimeira da ONU. A Exxon esteve entre as 50 principais empresas de petróleo e gás que participaram na cimeira para assinar o compromisso de reduzir as emissões das suas próprias operações, que representam apenas uma minoria da sua contribuição para o aquecimento global. No Dubai, um grupo de países está a pressionar por um acordo global para a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis, a fim de alcançar o objectivo do acordo de Paris de limitar idealmente o aumento da temperatura global a não mais de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.”

Fonte: Financial Times, 02/12/2023

Política

Reino Unido anuncia mais US$ 45 milhões ao Fundo Amazônia

"O Reino Unido anunciou neste sábado, na COP 28, em Dubai, mais £35 milhões (cerca de US$ 45 milhões ou R$ 215 milhões) ao Fundo Amazônia. Agora, a contribuição britânica ao Fundo soma mais de R$ 700 milhões ou US$ 145 milhões. Também foi assinado hoje o contrato com o BNDES que permite o repasse dos £80 milhões (cerca de R$ 500 milhões) que o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak fez ao presidente Lula durante sua visita ao Reino Unido para a coroação do Rei Charles III. O anúncio foi feito pela ministra britânica para Segurança Energética e Net Zero, Claire Coutinho, em encontro com a ministra de Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Além disso, durante a COP serão anunciados outros projetos de cooperação do Reino Unido com o Brasil, como dois hubs – um de hidrogênio em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME), para apoiar a implementação do Programa Nacional do Hidrogênio e um hub de descarbonização da Industria, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) para apoiar o Plano de neo-industrialização. Os britânicos, que presidiram a COP de Glasgow, em 2021, também estabelecerão com o Brasil o diálogo COP26-COP30 para compartilhar experiências e apoiar as prioridades da presidência brasileira “em um momento crucial para o regime climático”, diz a nota à Imprensa.”

Fonte: Valor Econômico, 02/12/2023

O foco da COP28 na saúde atrai US$ 777 milhões para combater doenças tropicais

"Os Emirados Árabes Unidos e vários instituições de caridade na cúpula do clima da ONU no domingo ofereceram US$ 777 milhões em financiamento para a erradicação de doenças tropicais negligenciadas que deverão piorar à medida que as temperaturas sobem. Os fatores relacionados com o clima “tornaram-se uma das maiores ameaças
para a saúde humana no século 21”, Presidente da COP28, Sultão Ahmed Al-Jaber disse em um comunicado. As promessas, feitas durante a cimeira da COP28 no domingo, centraram-se na riscos para a saúde relacionados com o clima, incluindo 100 milhões de dólares dos EAU e outros US$ 100 milhões de Bill e Melinda Gates Fundação. Outros anunciarão fundos para questões de saúde relacionadas com o clima incluiu Bélgica, Alemanha e a Agência dos EUA para Assuntos Internacionais Desenvolvimento. O Banco Mundial lançou um programa para explorar possíveis apoios medidas para a saúde pública nos países em desenvolvimento, onde os riscos para a saúde relacionados com o clima são especialmente elevados. O fardo das doenças tropicais irá piorar à medida que o mundo aquece, juntamente com outras ameaças à saúde causadas pelo clima, incluindo desnutrição, malária, diarreia e stress térmico. Muitas doenças tropicais já são fáceis de tratar. Cegueira dos rios e a doença do sono, por exemplo, são endémicas em África e espalhado através de vermes e moscas parasitas que provavelmente proliferar num mundo em aquecimento. Mais de 120 países assinaram uma declaração COP28 reconhecendo a sua responsabilidade de manter as pessoas seguras em meio a aquecimento. A declaração não fez nenhuma menção aos combustíveis fósseis, a principal fonte de emissões que provocam o aquecimento climático, que o Clima Global e a Saúde Alliance chamou de “omissão flagrante”.”

Fonte: Reuters, 03/12/2023

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


Nossos últimos relatórios

Análise ESG Empresas (Radar ESG)

Moura Dubeux (MDNE3): De tijolo em tijolo construindo uma agenda promissora(link)

Unipar (UNIP3) e Braskem (BRKM5): Entendendo os desafios (e oportunidades) do setor petroquímico no Brasil(link)

Smart Fit (SMFT3): O segredo para progredir é dar o primeiro passo(link)

Outros relatórios de destaque

Cosan (CSAN3): Principais destaques ESG do Investor Day(link)

Carteira ESG XP: Sem alterações no nosso portfólio para setembro (link)

ESG na Expert XP 2023: As três principais mensagens que marcaram o tema no evento(link)

Relatórios Semanais (Brunch com ESG)

Atenções voltados para a agenda de Lula em Nova York e os desdobramentos da Semana do Clima (link)

1° título verde soberano do Brasil avança; ORVR3 emite SLB no valor de R$130M; Bancos públicos de desenvolvimento se encontram (link)

Expert XP 2023 coloca transição energética em pauta; Marco legal de captura de carbono avança; Investidores pressionam BlackRock (link)


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