Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território misto, com o IBOV recuando 0,12% e o ISE avançando 0,14%.
• Na política, (i) o Congresso derrubou ontem praticamente todo o pacote de vetos do governo à Lei Geral do Licenciamento Ambiental – a derrota implica na retomada de dispositivos que, para o Palácio do Planalto, representam riscos ao meio ambiente: flexibilização das regras de proteção da Mata Atlântica e licenciamento autodeclaratório para obras de médio impacto; e (ii) o Brasil publicará regras para regular seu mercado de carbono até dezembro do próximo ano – Cristina Reis, nomeada para chefiar a nova secretaria especial de mercado de carbono do ministério, disse em uma coletiva de imprensa que o governo também decidirá até lá como um órgão governante permanente irá operar.
• Do lado das empresas, a Neoenergia e a Honda fecharam uma parceria para acelerar o desenvolvimento de iniciativas baseadas em hidrogênio verde para a mobilidade urbana e transporte rodoviário no Brasil – o projeto será desenvolvido no primeiro posto de abastecimento com hidrogênio verde da Neoenergia no país, localizado em Brasília.
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Brasil
Empresas
Neoenergia e Honda vão desenvolver projetos de abastecimento de veículos a hidrogênio
“A Neoenergia e a Honda fecharam uma parceria para acelerar o desenvolvimento de iniciativas baseadas em hidrogênio verde para a mobilidade urbana e transporte rodoviário no Brasil. O projeto será desenvolvido no primeiro posto de abastecimento com hidrogênio verde da Neoenergia no país, localizado em Brasília (DF). O empreendimento será inaugurado em dezembro de 2025. A Honda vai contribuir com demonstrações tecnológicas e estudos de viabilidade, além de explorar oportunidades conjuntas na produção e no uso do hidrogênio verde, com foco especial na mobilidade urbana, assim como em aplicações industriais. No posto, a montadora fará testes e validações técnicas com o modelo CR-V e:FCEV da empresa, que é elétrico híbrido plug-in com célula de combustível a hidrogênio. O período de testes com o automóvel será de seis meses. O objetivo é desenvolver alternativas complementares que ajudarão no processo de descarbonização do setor automotivo, contribuindo para a meta comum entre as duas empresas de neutralidade de carbono até 2050. O projeto integra o Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI), regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com investimento superior a R$ 30 milhões.”
Fonte: Eixos; 27/11/2025
Ford Ranger híbrida será flex e mais potente no Brasil
“A Ford anunciou há algumas semanas um investimento de quase R$ 1 bilhão (US$ 170 milhões) para produzir uma configuração híbrida plug-in (PHEV) da Ranger na Argentina a partir de 2027. Obviamente, a variante eletrificada da picape média já está confirmada para o Brasil, e com algumas boas surpresas. Martin Galdeano, presidente da Ford na América do Sul, confirmou em conversa com jornalistas, durante o lançamento da nova Maverick Hybrid no mercado brasileiro, que a Ranger PHEV a ser lançada no Brasil em 2027 será híbrida flex. “O desenvolvimento foi feito pelo time de engenharia brasileiro e já está em estágio avançado.” Vale lembrar que, apesar de ter fechado suas fábricas no Brasil alguns anos atrás, a Ford mantém em operação na cidade de Camaçari (BA) um centro de pesquisa e desenvolvimento, usado para projetos de todo o mundo. Lá, segundo Galdeano, está sendo preparada uma especificação da nova Ranger híbrida plug-in dedicada ao nosso país. O executivo não deu mais detalhes do projeto, mas Autoesporte pode afirmar que a Ranger híbrida flex vendida no Brasil será a mais potente do mundo. Na Europa, a configuração PHEV da picape tem 279 cv de potência e 69,3 kgfm de torque combinados, sendo 188 cv gerados pelo motor 2.3 EcoBoost turbo de ciclo Miller – o mesmo do SUV Everest – e 102 cv por um motor elétrico.”
Fonte: Valor Econômico; 28/11/2025
Indústria de petróleo e gás natural inova para reduzir sua pegada de carbono
“Diante da necessidade de descarbonizar suas atividades, dada a emergência climática, o setor de petróleo e gás vem apostando em inovações. Operadoras como Petrobras, Shell, Equinor e a Eneva — esta última atuando em gás natural —, por exemplo, orientam suas pesquisas para eficiência energética, eletrificação de plataformas, captura de carbono e uso de fontes renováveis para substituir energia fóssil, entre outras iniciativas. Na anglo-holandesa Shell, uma parceria com o Senai Cimatec e uma licença para a Saipem — empresa de tecnologia e serviços de origem italiana — fabricar um veículo de inspeção de estruturas offshore mostram resultados. Com operação autônoma até 3 mil metros de profundidade, o veículo dispensa o uso de embarcações de apoio, reduzindo emissões de CO2. Um dos veículos foi testado com sucesso em ambiente controlado na Itália e offshore brasileiro. “Um segundo veículo já foi fabricado e está em testes finais para atender ao mercado do Brasil”, diz Rosane Zagatti, gerente de tecnologia offshore da Shell Brasil. Também está em curso na petroleira o projeto H2R (hidrogênio para reduzir emissões e consumo de diesel), desenvolvido em associação com a Ocyan, prestadora nacional de serviços para o setor e operadora de FPSO (plataforma flutuante usada para produzir, processar, armazenar e transferir petróleo e gás de campos offshore), e a Protium Dynamics, empresa brasileira que desenvolve e implementa soluções em hidrogênio.”
Fonte: Valor Econômico; 28/11/2025
Política
Congresso derruba vetos do licenciamento em revés para a pauta ambiental
“O Congresso derrubou, nesta quinta-feira (27), praticamente todo o pacote de vetos do governo à Lei Geral do Licenciamento Ambiental. Dos 59 vetos, a votação conjunta da Câmara dos Deputados com o Senado rejeitou 52 itens, os outros sete serão apreciados na medida provisória (MP) que cria a licença especial. Entre os deputados, 295 votaram pela rejeição dos vetos e 167 votaram pela manutenção. Entre os senadores, o placar foi de 52 pela rejeição e 15 pela manutenção. As mudanças realizadas pela nova lei são classificadas por ambientalistas como o pior retrocesso na história da política ambiental no Brasil e ocorre seis dias após o fim da COP30. Uma sessão para avaliar a matéria estava marcada para antes da Conferência do Clima da ONU, que ocorreu em Belém, mas foi adiada justamente pelo temor de uma repercussão negativa quando o país estava sob holofote internacional. Governistas tentaram no último mês construir um acordo para a manutenção dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à nova lei do licenciamento ambiental, mas não conseguiram. A derrota implica na retomada de dispositivos que, para o Palácio do Planalto, são perigosos para o meio ambiente: flexibilização das regras de proteção da Mata Atlântica e licenciamento autodeclaratório para obras de médio impacto.”
Fonte: Capital Reset; 27/11/2025
O Brasil vai emitir regras do mercado de carbono até o final de 2026, segundo um oficial financeiro
“O Brasil publicará regras para regular seu mercado de carbono até dezembro do próximo ano, disse uma alta funcionária do Ministério das Finanças na quinta-feira. Cristina Reis, nomeada para chefiar a nova secretaria especial de mercado de carbono do ministério, disse em uma coletiva de imprensa que o governo também decidirá até lá como um órgão governante permanente irá operar. Ela disse que poderia se tornar uma agência reguladora, mas a estrutura está em discussão. Reis disse que espera que o mercado de carbono esteja totalmente operacional até 2030 ou 2031. Ela acrescentou que o governo em breve lançará uma consulta pública sobre uma disposição da lei do mercado de carbono, aprovada pelo Congresso no ano passado, que exige que as seguradoras aloquem 0,5% das reservas técnicas para comprar créditos de carbono. A medida está diante da Suprema Corte do Brasil.
Reis disse que o ministério considera a regra difícil de implementar, dada a forte demanda e a oferta limitada de créditos. “Isso precisará ser implementado gradualmente”, disse ela.”
Fonte: Reuters; 27/11/2025
Mudanças climáticas são preocupantes para quase 90% dos produtores brasileiros
“As mudanças climáticas se consolidaram como um tema de preocupação para o produtor brasileiro. Segundo a 9ª Pesquisa da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA), 86% dos produtores acreditam que eventos extremos, como chuvas mais fortes, secas prolongadas e temperaturas mais altas terão algum tipo de impacto na produção das suas propriedades nos próximos anos e décadas.”
Fonte: Globo Rural; 27/11/2025
Internacional
Empresas
Schneider Electric e Bloomberg lançam coalizão para unir IA à transição energética
“A Schneider Electric e a Bloomberg New Economy anunciaram, nesta quinta-feira (27/11), uma coalizão para unir a inteligência artificial à transição energética, abordando as perspectivas de aumento da demanda por eletricidade. A Coalizão de Tecnologia de Energia (do inglês, Energy Technology Coalition) reunirá agentes do setor privado nas áreas de energia, tecnologia e infraestrutura. A proposta é acelerar a adoção de tecnologias que tornem o consumo de energia mais eficiente, resiliente e responsivo em meio ao crescente aumento da demanda energética. A coalizão pretende explorar como tecnologias emergentes, como a inteligência artificial (IA), podem otimizar o uso de energia e aprimorar a capacidade de resposta da rede elétrica. Além disso, o grupo deve publicar soluções e frameworks embasados em dados para reduzir os pontos de atrito na transição para um uso de energia mais inteligente e mais limpo. “Construir um futuro energético resiliente e acessível exige uma forte colaboração entre os setores de tecnologia e energia”, diz o vice-presidente Executivo de Gestão de Energia da Schneider Electric, Frédéric Godemel. Os membros fundadores da coalizão incluem a diretora de sustentabilidade (CSO) da IBM, Christina Shim; o diretor do MIT System Dynamics Group, John D. Sterman; a diretora Não Executiva da Oxy e ex-Ministra de Energia do Reino Unido, Claire O’Neill; o fundador e CEO da Span, Arch Rao; e o CEO da TenneT, Manon van Beek.”
Fonte: Eixos; 27/11/2025
Política
Órgão fiscal da UE acusa Comissão de falta de transparência em propostas ‘urgentes’
“A Ouvidora da UE acusou na quinta-feira a Comissão Europeia de apressar a propor medidas sobre relatórios de sustentabilidade, agricultura e tráfico de migrantes, sem seguir suas próprias regras sobre legislação transparente e baseada em evidências. O órgão regulador das instituições da UE afirmou que a Comissão não conseguiu justificar a urgência das medidas, citando conclusões de uma investigação motivada por uma reclamação de ativistas climáticos e de direitos humanos. “Juntas, as deficiências equivaliam a má administração”, disse a Ouvidora Teresa Anjinho. “Certos princípios de boa elaboração legislativa não podem ser comprometidos nem mesmo por urgência.” A Comissão Europeia disse que analisaria cuidadosamente as recomendações, mas manteve que ela produziu evidências sólidas sobre os problemas e a resposta necessária, e que sua tomada de decisão incluiu contribuições de consultas. A denúncia apresentada por oito organizações em abril afirmou que a Comissão havia proposto um enfraquecimento das regras de sustentabilidade após reuniões privadas com lobistas da indústria, sem antes consultar o público sobre as mudanças legais sugeridas ou avaliar seu impacto.”
Fonte: Reuters; 27/11/2025
Merz pedirá à UE que retire o corte rígido para carros a combustão a partir de 2035
“O chanceler alemão Friedrich Merz disse na sexta-feira que enviaria uma carta à Comissão Europeia instando que mantenha as opções tecnológicas abertas para a indústria automotiva além da planejada eliminação do bloco em 2035 dos novos carros com motor de combustão. “Trata-se, acima de tudo, de alcançar uma boa compatibilidade entre competitividade e as exigências que colocamos pela proteção climática”, disse Merz em uma coletiva de imprensa sobre os resultados da reunião desta semana dos líderes da coalizão. “Vou pedir à Comissão, mesmo após 2035, que continue permitindo veículos elétricos a bateria que também possuam motor de combustão”, disse ele, acrescentando que motores de combustão altamente eficientes também deveriam ser permitidos.”
Fonte: Reuters; 28/11/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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