Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão quarta-feira em território misto, com o IBOV avançando 0,05%, enquanto o ISE recuou 0,42%.
• No Brasil, a SLC Agrícola, maior produtora de commodities do Brasil, acaba de concluir a maior operação de mensuração de carbono já realizada no agronegócio brasileiro – com a aposta na agricultura regenerativa, em 2024, a SLC capturou mais de 500 mil toneladas de CO₂, um aumento de 122% em relação a 2019.
• No internacional, (i) o presidente da China, Xi Jinping, estabeleceu metas conservadoras para a redução de emissões do segundo maior emissor mundial, enquanto fez uma crítica velada à falta de ação dos EUA sob o governo de Donald Trump – em um discurso na cúpula climática da ONU, Xi afirmou que a China reduzirá suas emissões de gases de efeito estufa em até 10% na próxima década, além de dobrar sua capacidade instalada de energia solar e eólica em relação aos níveis atuais; e (ii) o assessor especial da ONU para sustentabilidade e economista da Universidade Columbia, Jeffrey Sachs, afirmou que os ataques da administração Trump à ciência climática não afetaram o compromisso de outros países em reduzir suas emissões – apesar da ação multilateral em questões de sustentabilidade estar enfrentando um momento difícil, Sachs afirmou que o mundo está “avançando rapidamente”.
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Brasil
Empresas
Neoenergia renova parceria com COB por mais três anos
“A Neoenergia renovou parceria com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) por mais três anos. Com a iniciativa, o fornecimento de energia renovável para o Centro de Treinamento Time Brasil, no Rio de Janeiro, que teve início em março deste ano, também foi estendido para 2028. A estimativa é que a parceria reduza as emissões em mais de de 360 toneladas de CO2 no período, o que corresponde a 7.768 viagens aéreas entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Também resultará em uma economia da ordem de R$ 4,5 milhões nos gastos com eletricidade no período. Segundo a Neoenergia, as duas marcas assumiram compromisso de ampliar o esporte olímpico, com foco especial na sustentabilidade e na inclusão feminina. O anúncio da renovação da parceria foi feito nesta quarta-feira (24), durante a COB Expo 2025, em São Paulo. Serão realizadas ações no Brasil, principalmente nas áreas de concessão das cinco distribuidoras da Neoenergia (Distrito Federal, Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco e em parte dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul). “Seguimos adiante nesta parceria alinhando essas duas agendas ao propósito de difusão do esporte olímpico para torná-lo cada vez mais inclusivo, sustentável e próximo das pessoas em todas as regiões, principalmente, onde estamos presentes”, disse o presidente da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, em nota.”
Fonte: Valor Econômico; 24/09/2025
Volkswagen e EcoRodovias testam biodiesel B100 em caminhões
“Volkswagen Caminhões e Ônibus e EcoRodovias anunciaram nesta quarta (24/9) o início de testes para avaliar o rendimento e a confiabilidade do uso de biodiesel puro (B100) no abastecimento da frota. Os testes vão durar 12 meses e serão aplicados em 4 caminhões Volkswagen: um Meteor 29.530 (guincho), dois Delivery 11.180 (guincho) e um Constellation 17.190 (pipa). O objetivo é compreender a eficiência do combustível de origem vegetal aplicado à realidade de operação rodoviária, avaliando desempenho, consumo, impacto no ciclo de manutenção dos veículos (como desgaste do motor e substituição de peças) e confiabilidade em situações reais de trabalho. Segundo a montadora, o B100 é uma alternativa alinhada à sua estratégia de descarbonização no Programa Futuro, a partir da substituição ao diesel fóssil tradicional. Já a EcoRodovias tem como meta reduzir suas emissões em 25% até 2026 e de 42% até 2030, incluindo Escopo 1 (emissões diretas das operações da empresa) e Escopo 2 (emissões indiretas provenientes da energia adquirida pela companhia). “Uma parte relevante das nossas emissões de Escopo 1 vem da frota movida a diesel, composta por guinchos, ambulâncias e caminhões de apoio. Temos avaliado ao longo dos anos diferentes combustíveis e tecnologias e entendemos que o biodiesel B100 tem potencial de oferecer ganhos ambientais expressivos, com custos de adaptação relativamente baixos”, explica Monica Jaén, diretora de Sustentabilidade do Grupo EcoRodovias.”
Fonte: Eixos; 24/09/2025
SLC Agrícola lança maior projeto de mensuração de carbono do agro brasileiro
“A SLC Agrícola, maior produtora de commodities do Brasil, acaba de concluir a maior operação de mensuração de carbono já realizada no agronegócio brasileiro. Desenvolvido em parceria com a deeptech Fluere, o projeto foi revelado em primeira mão à EXAME e abrange as culturas de soja, milho, algodão e pecuária nos 736 mil hectares distribuídos em 23 das 26 fazendas da companhia, usando tecnologia de ponta e gerando dados em tempo real sobre as emissões e sequestro de gases estufa. Com a aposta na agricultura regenerativa, os resultados são expressivos: em 2024, a SLC capturou mais de 500 mil toneladas de CO₂, um aumento de 122% em relação a 2019. Do total emitido no escopo 1, 48% foi sequestrado apenas com o uso de plantas de cobertura. O sistema monitora mais de 2 mil lavouras em tempo real, processando mais de 50 milhões de registros, com 99% dos processos automatizados. “A iniciativa eleva o patamar de gestão ambiental no setor. A confiabilidade dos dados transforma a sustentabilidade em vantagem competitiva e esse é um diferencial: monitoramos, testamos e aplicamos” , destacou em entrevista Tiago Agne, gerente de sustentabilidade da SLC.”
Fonte: Exame; 24/09/2025
Política
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou que aceita levar a questão da exploração de minerais críticos e terras raras à mesa de negociação com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em encontro previsto para a semana que vem. Segundo ele, a única coisa que o Brasil não está disposto é se tornar um mero “exportador de minérios”. Além disso, Lula falou que “não há limite” para a pauta do encontro com Trump, desde que seja um acordo de “ganha-ganha”. “Nós discutimos com mundo inteiro terras raras e minerais críticos. Queremos que empresas que querem explorar, vão ao Brasil explorar. O que não queremos é ser apenas exportador de minérios. O Brasil vai assumir responsabilidade pela sua riqueza. Estou estudando muito sobre minerais críticos e terras raras que é para ninguém me enganar. Brasil não quer ser isolado do mundo. Se estabelecermos acordo com empresas, serão bem-vindos parceiros de qualquer parte do mundo”, contou Lula. O presidente falou sobre o assunto ao conceder entrevista coletiva, agora há pouco, na sede da ONU, em Nova York. Trump e Lula se encontraram na terça-feira, durante abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas. Na ocasião, o americano elogiou o brasileiro e disse que sentiu uma “química” entre os dois.”
Fonte: Valor Econômico; 24/09/2025
Internacional
Empresas
“A produtora australiana de petróleo e gás Woodside Energy (WDS.AX) está se unindo à Japan Suiso Energy (JSE) e à empresa de serviços públicos Kansai Electric Power Co (KEPCO) para desenvolver uma cadeia de fornecimento de hidrogênio líquido entre os dois países, anunciaram as empresas nesta quinta-feira. As empresas assinaram um memorando de entendimento para fornecer hidrogênio líquido produzido no projeto H2Perth, proposto pela Woodside na Austrália Ocidental, por meio de transportadores de hidrogênio líquido até terminais receptores no Japão. Em 2021, a Woodside prometeu mais de 1 bilhão de dólares australianos (659,70 milhões de dólares americanos) para construir a instalação H2Perth, com escala comercial e carbono neutro, que visa utilizar gás natural para inicialmente produzir até 100 toneladas de hidrogênio líquido por dia.”
Fonte: Reuters 25/09/2025
Vendas da chinesa BYD na Europa mais que triplicam em agosto em base anual
“As vendas da BYD na Europa mais que triplicaram em agosto em relação ao mesmo mês do ano passado, num sinal de aceitação dos clientes europeus à linha de veículos elétricos e híbridos da montadora chinesa. Os registros de carros novos para modelos BYD, um reflexo das vendas, triplicaram no ano passado, para 9.130 veículos em toda a União Europeia no mês passado, de acordo com a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (Acea). Incluindo Reino Unido, Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça, as vendas mais que triplicaram, para 11.455 veículos. A SAIC Motor, montadora estatal chinesa, também registrou um crescimento robusto nas vendas. Os registros de carros novos de seus modelos em agosto aumentaram 59%, para 12.822 veículos na União Europeia, de acordo com a Acea. Os números mostram que a BYD e a SAIC Motor continuam a ganhar participação de mercado no continente, onde as montadoras chinesas têm se expandido agressivamente graças às suas linhas relativamente baratas e variadas de veículos elétricos. Ao mesmo tempo, as montadoras europeias se debatem para atrair clientes para seus veículos elétricos. Na semana passada, a fabricante alemã de carros esportivos Porsche AG afirmou que a demanda imprevisível a forçou a adiar o lançamento de novos modelos totalmente elétricos após uma revisão abrangente de seu portfólio de produtos.”
Fonte: Valor Econômico; 25/09/2025
Política
Países mantêm compromisso climático apesar de Trump, diz assessor da ONU Jeffrey Sachs
“O assessor especial da ONU para sustentabilidade e economista da Universidade Columbia, Jeffrey Sachs, afirmou que os ataques da administração Trump à ciência climática não afetaram o compromisso de outros países em reduzir suas emissões. A ação multilateral em questões de sustentabilidade, incluindo mudanças climáticas, está enfrentando um momento difícil. Durante a Assembleia Geral da ONU esta semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, descreveu a mudança climática como a “maior farsa da história”. Apesar disso, Sachs disse em um evento da Reuters NEXT em Nova York, durante a Semana do Clima, que o mundo está “avançando rapidamente”. “Não ouvi de nenhum presidente — e falo com muitos chefes de Estado — que o abandono dos EUA dessa questão sob Trump esteja mudando sua visão”, disse Sachs. Ele destacou a queda nos custos da energia renovável, com a energia solar chegando a 8 centavos por watt, contradizendo Trump, que afirmou que os combustíveis fósseis são melhores e que as renováveis estão “arruinando o país”. Sachs também defendeu reformas em instituições como o Banco Mundial, para permitir mais empréstimos, e sugeriu que países como a China deveriam ter maior papel no sistema de bancos de desenvolvimento.”
Fonte: Reuters; 24/09/2025
Xi Jinping estabelece meta climática conservadora para a China na próxima década
“O presidente da China, Xi Jinping, estabeleceu metas conservadoras para a redução de emissões do segundo maior emissor mundial, enquanto fez uma crítica velada à falta de ação dos EUA sob o governo de Donald Trump. Em um discurso por vídeo na cúpula climática da ONU, Xi afirmou que a China reduzirá suas emissões de gases de efeito estufa em até 10% na próxima década, além de dobrar sua capacidade instalada de energia solar e eólica em relação aos níveis atuais. “A transição verde é uma tendência do nosso tempo”, disse Xi. “Enquanto alguns países agem contra ela, a comunidade internacional deve manter o foco na direção correta”, em aparente referência aos EUA. A China é o maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, e suas metas são cruciais para o objetivo do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura global média a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Especialistas climáticos esperavam metas mais ambiciosas, como uma redução de 15% nas emissões. “A nova meta climática da China é ao mesmo tempo decepcionante e transformadora”, disse Andreas Sieber, diretor associado de políticas da 350.org. Ele afirmou que a meta “ancora” a China em um caminho onde a tecnologia limpa define a liderança econômica. A entrega do plano por Xi foi considerada significativa, destacando o papel dominante da China como líder mundial em tecnologia limpa.”
Fonte: Financial Times; 24/09/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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