Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de quinta-feira em alta, com o IBOV e o ISE subindo 1,67% e 1,58%, respectivamente.
• No Brasil, (i) a Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados aprovou o substitutivo do deputado Gabriel Mota (Republicanos/RR) ao projeto de lei 50/2025, sobre as atividades de prospecção e exploração de recursos nos fundos oceânicos, em busca de minerais críticos para transição energética e economia digital; e (ii) o prazo para que o Regime Especial de Tributação para Serviços de Datacenter (Redata) se torne lei antes que a medida provisória perca a validade, em fevereiro, é uma das principais preocupações dos integrantes da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) – o regime prevê isenção de impostos como PIS, Cofins e impostos de importação para equipamentos voltados a centros de dados sem similar nacional, a partir de 2026.
• No internacional, a China afirmou que está emitindo “ativamente” licenças gerais para exportações de terras raras, em um movimento destinado a aliviar tensões comerciais com os EUA, a Europa e outros parceiros comerciais, além de mitigar a escassez aguda que tem afetado cadeias globais de suprimento.
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Brasil
Empresas
Verdinhas: TikTok no Ceará, Nike revê rota e mais R$ 300 milhões para o BTG
“O BNDES aprovou um aporte de até R$ 300 milhões para a estratégia de reflorestamento do BTG Pactual, executada pelo seu braço de restauração florestal, o Timberland Investment Group (TIG). A estratégia do TIG é direcionar R$ 5 bilhões para proteger e restaurar 270 mil hectares de áreas degradadas no país. A Conservation International atua como consultora. Durante a COP30, em Belém, o BNDES já havia anunciado a liberação de R$ 200 milhões em crédito via Fundo Clima para o TIG. A Nike entrou em um novo ciclo de revisão estratégica após registrar impactos diretos das mudanças climáticas em sua cadeia de suprimentos global, segundo reportagem do Financial Times. A empresa enfrenta disrupções recorrentes no fornecimento de matérias-primas e pressões regulatórias crescentes, mais um sinal de que a transição climática já deixou de ser tema reputacional e se tornou risco corporativo e financeiro. O Pará mudou seu cronograma de rastreabilidade bovina. O prazo para identificar individualmente bovinos e bubalinos foi estendido até o fim de 2030. Antes, a data limite era 2026 para movimentação e 2027 para rastrear todo o rebanho. A decisão atende à pressão do setor produtivo, que alegava dificuldades técnicas e financeiras, mas alerta ambientalistas por adiar a transparência na cadeia produtiva na região com maior rebanho do país.”
Fonte: Capital Reset; 4/12/2025
Política
“O prazo para que o Regime Especial de Tributação para Serviços de Datacenter (Redata) se torne lei antes que a medida provisória perca a validade, em fevereiro, é uma das principais preocupações dos integrantes da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Outra é garantir que o regime não afetará a competitividade da indústria brasileira de informática. “Acho que muitos interlocutores têm trazido que o Redata pode se tornar um extrativismo digital”, alertou o diretor de informática da, Abinee, Maurício Helfer, em coletiva de imprensa da entidade nesta quinta-feira (4). A medida provisória que cria o Redata foi publicada em setembro e tem validade até fevereiro de 2026. O regime prevê isenção de impostos como PIS, Cofins e impostos de importação para equipamentos voltados a centros de dados sem similar nacional, a partir de 2026. “Se nós simplesmente reduzirmos os tributos dos produtos importados, vamos deixar tanto o local quanto o importado competitivos e, na prática, o que vai acontecer é que vai ser tudo importado”, nota o executivo. No segmento de chips de memória, a expectativa é que o Redata determine a adoção de memórias fabricadas no país como contrapartida às isenções de tributos, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores (Abisemi), Rogério Nunes, ao Valor, esta semana.”
Fonte: Valor Econômico; 4/12/2025
Pará Adia Prazo Final para Identificação de Gado em Três Anos
“O Pará adiou o prazo para a introdução de dispositivos de rastreamento em seus rebanhos bovinos, um golpe nos esforços ambientais para introduzir uma política regional considerada fundamental para evitar o desmatamento. De acordo com uma decisão publicada no Diário Oficial do Estado na quarta-feira, o governador Helder Barbalho permitiu que a identificação de bovinos e búfalos fosse concluída até 31 de dezembro de 2030. Anteriormente, os pecuaristas paraenses tinham até 1º de janeiro de 2026 para identificar com brincos os rebanhos que estivessem com seus registros de trânsito animal em ordem. O prazo final para identificar e rastrear todos os animais do Estado era 1º de janeiro de 2027. De acordo com os ambientalistas, o aprimoramento dos esforços de rastreabilidade do gado seria uma ferramenta poderosa para impedir a criação de gado em fazendas desmatadas ilegalmente no Brasil, o maior exportador de carne bovina do mundo. Em um comunicado, a organização sem fins lucrativos Imaflora disse que a extensão do prazo de cumprimento da lei no Estado da Amazônia é uma resposta às solicitações dos fazendeiros em relação ao que eles consideram como “desafios” para colocar a medida em prática.”
Fonte: Forbes; 4/12/2025
Em busca de acordo, Congresso desiste de pautar análise de vetos da lei das eólicas offshore
“A análise dos vetos da Lei das Eólicas Offshore (15097/2025) deixou de entrar na pauta da sessão conjunta do Congresso Nacional nesta quinta (4/12) após consenso entre líderes para a construção de um acordo. O senador Randolfe Rodrigues (PT/AP) afirmou que a decisão foi tomada após entendimento com o senador Eduardo Braga (MDB/AM), que havia requisitado a retirada do item da pauta. A lei foi sancionada pelo presidente Lula (PT) em janeiro deste ano, mas a análise dos vetos ainda está pendente, embora uma parte dos vetos tenha sido avaliada em junho deste ano. Os parlamentares derrubaram, por exemplo, o veto que tratava do Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), garantindo a manutenção de subsídios por 20 anos para pequenas hidrelétricas, parques de biomassa e eólicos, que estão sob as regras do programa. Outros trechos do projeto restabelecidos pelos congressistas tratam de regras relacionadas à Lei da Eletrobras. À época, o governo justificou o veto alegando impacto tarifário ao aumento de subsídios do setor, além de criar insegurança jurídica ao modificar condições contratuais já pactuadas.”
Fonte: Eixos; 4/12/2025
Projeto na Câmara abre caminho para mineração no fundo do mar
“A corrida ao fundo do mar em busca de minerais críticos para transição energética e economia digital — cuja discussão ganhou fôlego nos últimos anos no cenário internacional — está começando a atrair a atenção do Congresso brasileiro. Na quarta (3/12) a Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados aprovou o substitutivo do deputado Gabriel Mota (Republicanos/RR) ao projeto de lei 50/2025, sobre as atividades de prospecção e exploração de recursos minerais nos fundos oceânicos. O relator mudou o escopo da proposta original de Alberto Fraga (PL/DF) para permitir que as diretrizes do código brasileiro de mineração possam ser estendidas à atividade no leito marinho nacional. A proposta original tinha apenas um artigo: determinava que a Política Nacional do Meio Ambiente adotasse abordagem cautelar especial à mineração no mar, “considerando as atuais limitações da regulação internacional e do conhecimento científico sobre o tema”. Em um sentido inverso, o texto que passou na CME e será analisado pelas comissões de Meio Ambiente e Constituição e Justiça retira o artigo e define em que condições a extração mineral submarina pode ocorrer — abrindo caminhos para uma atividade controversa. Isso porque, no cenário internacional, a ausência de um código mineral é justamente o que está travando o avanço de empreendimentos minerários sobre ecossistemas marinhos de uso comum, isto é, áreas que não pertencem a um país específico e são reguladas pela Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA, em inglês).”
Fonte: Eixos; 4/12/2025
Licenciamento especial vai à sanção e ONGs prometem judicializar
“Em uma votação simbólica na tarde desta quarta (3/12), o Senado aprovou a conversão em lei da medida provisória 1308/2025, que garante licenciamento ambiental acelerado para projetos considerados “estratégicos” pelo governo. A aprovação da MP ocorreu em segundos, após acordo costurado com o Executivo e a Câmara dos Deputados — e sob uma chuva de críticas de organizações da sociedade civil que apontam riscos ambientais e climáticos com a nova modalidade e se preparam para acionar a Justiça. “O movimento socioambiental e partidos políticos irão aos tribunais contra este que é o mais grave retrocesso legislativo ambiental da história do Brasil desde a aprovação da Política Nacional de Meio Ambiente, em 1981”, comunicou o Observatório do Clima após a aprovação. A medida provisória foi uma das estratégias do governo Lula (PT) para tentar manter seus vetos à nova lei do licenciamento, apelidada por ambientalistas como “PL da devastação”. Não funcionou muito: mais de 50 dos 63 vetos foram derrubados pelo Congresso Nacional na última semana, com exceção dos que tratam da Licença Ambiental Especial (LAE) objeto da MP enviada para sanção nesta quarta.”
Fonte: Eixos; 4/12/2025
Internacional
Empresas
Edison lançará projetos renováveis de 600 milhões de euros na Itália no próximo ano
“Edison, da Itália (EDNn.MI), foi informado na quinta-feira que começará a trabalhar no próximo ano em projetos renováveis com uma capacidade combinada de mais de 500 megawatts (MW), investindo mais de 600 milhões de euros (700 milhões de dólares) após adicionar cerca de 200 MW de capacidade verde este ano. Os novos projetos, que incluem cerca de 300 MW de energia eólica e 200 MW de capacidade solar, estarão concentrados em regiões como Piemonte, no norte da Itália, Abruzzo, no centro, e Campânia, Puglia e Sicília, no sul do país. A subsidiária italiana do grupo francês de energia EDF pretende dobrar sua capacidade verde instalada nos próximos anos e também está estudando projetos de armazenamento hidrelétrico por bombeamento para apoiar a flexibilidade e resiliência da rede como parte das metas de descarbonização da Itália, disse Edison em comunicado.”
Fonte: Reuters; 4/12/2025
Política
Empresas solares dos EUA instam o Congresso a abordar o congelamento das licenças solares de Trump
“Dezenas de empresas solares dos EUA pediram aos legisladores federais que revogem uma política do governo Trump que atrasou as licenças de projetos, disseram em uma carta aos líderes do Congresso na quinta-feira. A carta destaca preocupações crescentes dos desenvolvedores de projetos sobre o aumento da fiscalização das licenças solares pelo Departamento do Interior do presidente dos EUA, Donald Trump, em um momento de crescente demanda por energia. “As empresas precisam de certeza para continuar fazendo investimentos nos Estados Unidos para desenvolver projetos energéticos tão necessários”, escreveram as empresas em uma carta ao líder da maioria no Senado, John Thune, ao presidente da Câmara dos Representantes Mike Johnson, ao líder da minoria no Senado Chuck Schumer e ao líder da minoria na Câmara Hakeem Jeffries. As empresas enfatizaram que as ações do Departamento do Interior eram “equivalentes a uma moratória quase completa na concessão de licenças.” Um memorando em julho do Secretário do Interior Doug Burgum exigiu sua aprovação pessoal para dezenas de tipos de permissões solares, afetando não apenas projetos em terras federais, mas também aqueles em terras privadas envolvendo recursos federais ou consulta.”
Fonte: Reuters; 4/12/2025
China diz que licencia ‘ativamente’ venda de terras raras
“A China afirmou que está emitindo “ativamente” licenças gerais para exportações de terras raras, em um movimento destinado a aliviar tensões comerciais com os EUA, a Europa e outros parceiros comerciais, além de mitigar a escassez aguda que tem afetado cadeias globais de suprimento. Como parte de um acordo de trégua na guerra comercial firmado no mês passado entre EUA e China, Pequim concordou em começar a emitir licenças gerais para exportação de terras raras e ímãs relacionados, essenciais para setores que vão desde o automotivo até eletrônicos. Empresas ocidentais esperam que as licenças gerais permitam a importação de terras raras com mais liberdade dentro de um período determinado. O ministério do comércio da China afirmou nesta quinta-feira que está “aplicando ativamente medidas de facilitação, como licenças gerais, para promover o comércio de itens de uso dual em conformidade e salvaguardar de forma eficaz a segurança e a estabilidade das cadeias globais industriais e de suprimentos”. “Desde que as solicitações de exportação sejam para uso civil legítimo e estejam em conformidade, o governo chinês as aprovou de maneira oportuna”, disse um porta-voz do ministério.”
Fonte: Valor Econômico; 5/12/2025
“As exportações de aço da Índia para a Europa devem cair assim que o imposto sobre carbono da União Europeia entrar em vigor no próximo mês, levando as fábricas a buscarem compradores alternativos na África e no Oriente Médio, disseram executivos e analistas do setor. As importações de aço para o Espaço Econômico Europeu enfrentarão um imposto sobre carbono sob o Mecanismo de Ajuste de Fronteira de Carbono (CBAM) da UE a partir de 1º de janeiro. A taxa voltada para a descarbonização também se aplicará ao cimento, eletricidade, fertilizantes e outros produtos. As fábricas na Índia, a segunda maior produtora mundial de aço bruto atrás da China, enviam cerca de dois terços de suas exportações para a Europa. Especialistas dizem que as fábricas indianas precisarão reduzir suas emissões de carbono. “Reconhecemos que precisamos fazer produção ambientalmente amigável e as empresas estão se preparando para cumprir, mas também estão buscando mercados alternativos”, disse Aruna Sharma, ex-secretária do aço da Índia, à Reuters. A maior parte do aço indiano é produzida em altos-fornos, que geram emissões maiores, disse Sandeep Poundrik, o principal funcionário público do Ministério do Aço, em setembro. Ele também afirmou que a expansão adicional da capacidade dos altos-fornos é uma preocupação.”
Fonte: Reuters; 4/12/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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