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China adia novas restrições sobre terras raras após acordo com EUA, mas mantém medidas anteriores | Café com ESG, 30/10

China adia a implementação das novas restrições sobre terras raras

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,82% e 0,22%, respectivamente.

• No Brasil, o Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou ontem a criação do Subcomitê de Avaliação da Viabilidade Técnica de Misturas de Altos Teores de Biocombustíveis em Combustíveis Fósseis – o grupo vai coordenar estudos e propor medidas para a regulamentação e implementação da Lei do Combustível do Futuro, sancionada no ano passado.

• No internacional, (i) a China concordou em adiar a implementação de sua mais recente rodada de controles de exportação de terras raras como parte de um acordo firmado entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping – no entanto, as restrições anteriores sobre esses minerais críticos, que já impactaram o comércio global, continuam em vigor; e (ii) a BHP, maior mineradora do mundo, e a siderúrgica sul-coreana POSCO anunciaram um acordo para impulsionar a produção de minério de ferro com “emissões quase zero”, um passo importante rumo à fabricação de aço verde – a produção ocorrerá em uma planta de demonstração nas instalações da POSCO na Coreia do Sul, utilizando um processo de produtivo baseado em hidrogênio e um forno elétrico de fusão. 

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Brasil

EPE prorroga consulta pública de plano integrado para gás e biometano

“A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) prorrogou a consulta pública do Plano Nacional Integrado das Infraestruturas de Gás Natural e Biometano (PNIIGB) para 7 de novembro. O plano reúne 13 projetos considerados prioritários para ampliar a oferta de gás natural e biometano, além de mitigar gargalos e expandir a malha integrada de gasodutos no país. Entres eles está a conclusão do projeto original da Transportadora Sulbrasileira (TSB) do gasoduto de quase 600 km de extensão e capacidade de 15 milhões de m³/dia ao longo de seu traçado, que visa conectar Uruguaiana (RS) a Triunfo (RS), a fim de receber gás argentino. O investimento é estimado em R$ 8,9 bilhões. Outro projeto de gasoduto é o Iacanga (SP)-Uberaba (MG), para levar gás natural e biometano ao Triângulo Mineiro, a partir do Gasbol. São cerca de 260 km de extensão, capacidade para 6 milhões de m³/dia e investimento estimado em R$ 3,145 bilhões. Trata-se de uma rota alternativa ao traçado original do Brasil Central, que parte de São Carlos (SP) rumo a Brasília (DF), via Triângulo Mineiro. O plano recomenda também a construção de dois hubs para injeção de biometano na malha de gasodutos de transporte de São Paulo e Paraná.”

Fonte: Eixos; 29/10/2025

Governo cria grupo para avaliar misturas de altos teores de biocombustíveis

“O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou, nesta quarta-feira (29/10), a criação do Subcomitê de Avaliação da Viabilidade Técnica de Misturas de Altos Teores de Biocombustíveis em Combustíveis Fósseis. O grupo vai coordenar estudos e propor medidas para a regulamentação e implementação da Lei do Combustível do Futuro, sancionada no ano passado. A lei condiciona avanços dos percentuais de etanol na gasolina e biodiesel ao diesel à realização de testes que validam a viabilidade técnica. O objetivo do subcomitê é justamente trazer essas respostas. Os trabalhos terão um eixo principal dedicado ao biodiesel, para avaliar misturas entre 15% (B15) e 25% (B25) do biocombustível no diesel; e outro eixo principal para o etanol anidro, com análises de misturas na gasolina acima de 30% (E30) e até 35% (E35). O grupo começará pelas atividades de biodiesel em novembro deste ano. O subcomitê terá a participação de representantes de órgãos do governo, instituições de pesquisa, laboratórios, produtores, distribuidores, integrantes do setor automotivo e usuários de combustíveis. Em agosto deste ano, começou a valer as misturas obrigatórias mínimas de B15 e E30, atendendo a pedidos do agronegócio. Anteriormente, o percentual de etanol na gasolina era de 27%, enquanto a parcela de biodiesel no diesel era de 14%.”

Fonte: Eixos; 29/10/2025

Brasil planeja acordos de financiamento para a COP30 visando enfrentar déficit em adaptação climática

“O Brasil quer ajudar países em desenvolvimento a garantir mais recursos para se adaptarem às mudanças climáticas, afirmou o presidente da COP30, enquanto um relatório da ONU estimou que o mundo precisará gastar 310 bilhões de dólares por ano até 2035 para lidar com o aumento do nível do mar, dias mais quentes e outras consequências do aquecimento global. Esse valor é cerca de 12 vezes maior do que o atualmente investido anualmente em esforços de adaptação climática, segundo o relatório Adaptation Gap Report da ONU. Até hoje, as cúpulas da COP não conseguiram garantir aumentos significativos nos fundos para adaptação climática, que continuam atrás dos investimentos em energia renovável e outras tecnologias voltadas à redução das emissões de gases de efeito estufa. O relatório da ONU foi divulgado no mesmo dia em que a Jamaica foi atingida por um furacão de categoria 5, com inundações severas, deslizamentos de terra e cortes de energia — um lembrete da urgência crescente de medidas de adaptação. “Mais do que nunca, o público, os governos e as cidades querem recursos para adaptação”, disse André Corrêa do Lago, presidente da COP30, em entrevista à Reuters em Brasília. A COP30 acontecerá de 10 a 21 de novembro na cidade portuária de Belém, porta de entrada para a Floresta Amazônica. Corrêa do Lago afirmou que espera apresentar um “pacote de recursos” para financiamento da adaptação durante a cúpula.”

Fonte: Reuters; 29/10/2025

Internacional

BHP e POSCO firmam acordo para avançar na produção de ferro com baixas emissões

“A BHP, maior mineradora do mundo, e a siderúrgica sul-coreana POSCO anunciaram nesta quinta-feira um acordo para impulsionar a produção de ferro com “emissões quase zero”, um passo importante rumo à fabricação de aço verde. O ferro será produzido em uma planta de demonstração nas instalações da POSCO na cidade portuária de Pohang, na Coreia do Sul, utilizando um processo de produção baseado em hidrogênio e um forno elétrico de fusão. A construção da planta começará em breve, com previsão de início das operações no começo de 2028. A capacidade estimada é de 300 mil toneladas métricas por ano. Atualmente, a produção de uma tonelada de aço em alto-forno — responsável pela maior parte da produção mundial — emite cerca de 2,3 toneladas de dióxido de carbono. Segundo a Agência Internacional de Energia, o setor siderúrgico responde por 8% das emissões globais. Em comparação, o aço bruto produzido a partir de minério de ferro, sem uso de sucata e com emissões de até 0,4 tonelada de carbono por tonelada de aço, pode ser classificado como “ferro de emissões quase zero”. O minério de ferro australiano, geralmente de baixa qualidade, exige uma etapa adicional de processamento para ser usado na produção de aço verde, o que pode torná-lo menos competitivo em um futuro com menor emissão de carbono, especialmente em relação aos minérios de maior qualidade produzidos no Brasil.”

Fonte: Reuters; 30/10/2025

GM demitirá 1.700 funcionários devido ao mercado fraco de elétricos, diz relatório

“A desaceleração na demanda de veículos elétricos começa a se manifestar. Nesta quarta-feira (29), a CNBC informou que a General Motors demitirá 1.700 funcionários, citando a fraqueza do mercado de veículos elétricos. A GM não respondeu imediatamente ao pedido de comentário. As vendas de veículos elétricos (EVs, na sigla em inglês) atingiram um recorde em setembro, representando 12% de todas as vendas de carros novos nos Estados Unidos, já que os compradores estavam correndo para aproveitar o crédito fiscal de US$ 7.500 para aquisição de EV, que expira e foi eliminado do projeto de lei orçamentária sancionado por Donald Trump em 4 de julho. Agora, as montadoras se preparam para vendas mais fracas. A GM, inclusive, registrou recentemente baixas de US$ 1,6 bilhão, refletindo expectativas de demanda e lucratividade reduzidas para seu negócio de veículos elétricos. Apesar dos problemas com EV, as ações da empresa se mantêm estáveis. Até a manhã desta quarta-feira, os papéis da GM acumulavam alta de 31% no ano, incluindo um salto inesperado de 15% de valorização após a divulgação de lucros do terceiro trimestre melhores que o esperado, em 21 de outubro.”

Fonte: Valor Econômico; 29/10/2025

EUA conseguem trégua da China sobre terras raras, mas restrições anteriores permanecem

“A China concordou em adiar a implementação de sua mais recente rodada de controles de exportação de terras raras como parte de um acordo firmado entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping. No entanto, as restrições anteriores sobre esses minerais críticos, que já impactaram o comércio global, continuam em vigor. As terras raras — um grupo de 17 elementos essenciais para a fabricação de carros, aviões e armamentos — tornaram-se uma poderosa ferramenta de negociação da China, graças às restrições de exportação introduzidas este ano, que permitem a Pequim cortar o fornecimento a clientes estrangeiros dependentes desses materiais. Trump e Xi se reuniram na Coreia do Sul por quase duas horas nesta quinta-feira. Após o encontro, o presidente dos EUA afirmou que a China concordou em manter o fluxo de exportações de terras raras e que a questão estava “resolvida”. Logo depois, a China anunciou que suspenderia por um ano os controles de exportação introduzidos em 9 de outubro, quando ampliou seu regime de exportação para incluir novos materiais e regras, segundo comunicado do Ministério do Comércio. No entanto, essa suspensão não afeta as restrições impostas em abril, que controlam a exportação de sete terras raras e, especialmente, de ímãs de terras raras — cruciais para montadoras, empresas de defesa e fabricantes de chips.”

Fonte: Reuters; 30/10/2025

Excesso de energia limpa na Austrália sinaliza desafio iminente para redes elétricas da Ásia

“O boom das energias renováveis na Austrália está deixando parte da energia limpa sem uso devido a gargalos na transmissão e à lenta implantação de baterias, segundo especialistas do setor. Isso sinaliza desafios semelhantes em toda a Ásia à medida que a transição energética se acelera. Nos primeiros nove meses de 2025, os cortes (curtailments) de energia eólica e solar mais que triplicaram, atingindo 3,9 terawatts-hora (TWh), ou 6,8% da produção renovável, de acordo com dados da plataforma OpenElectricity. A Operadora do Mercado de Energia da Austrália alertou em julho que algumas usinas solares no sudeste do país podem enfrentar cortes de 35% a 65% até 2027. Kelvin Wong, diretor do banco DBS para energia e infraestrutura, afirmou que o aumento dos cortes solares na Austrália pode ser um prenúncio do que está por vir em países como Vietnã, Japão e Filipinas, onde a capacidade solar está superando a demanda nos horários de pico de geração. Ele mencionou a chamada “curva do pato”, quando a energia solar inunda a rede ao meio-dia, causando preços negativos. David Dixon, analista da Rystad Energy, afirmou: “A energia solar independente na Austrália basicamente morreu – os bancos não querem mais financiar esse tipo de projeto por causa dos riscos de corte.” O investimento trimestral em projetos de energia renovável em construção caiu 28%, para 1,1 bilhão de dólares até o fim de junho, devido à lentidão na expansão da transmissão e atrasos no planejamento, segundo o Conselho de Energia Limpa da Austrália.”

Fonte: Reuters; 30/10/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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