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Brasil e Arábia Saudita dão início à cooperação energética | Café com ESG, 28/08

Bancos abandonam aliança climática; Brasil dá início a parceria energética

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

•  O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 1,04% e 1,28%, respectivamente.

• No Brasil, o país e a Arábia Saudita iniciaram ontem a implementação do acordo energético assinado em junho, marcando o primeiro passo para detalhar projetos conjuntos em petróleo, gás natural, energia elétrica, renováveis e hidrogênio, informou o Ministério de Minas e Energia (MME) – segundo a pasta, as discussões envolveram também eficiência energética, mudanças climáticas, cadeias de suprimento e alternativas sustentáveis para o uso de combustíveis.

• No internacional, (i) a principal aliança global de bancos para o clima “pausou” suas atividades após perder os principais membros europeus e de Wall Street, em meio à campanha contínua de Donald Trump contra as mudanças climáticas – a Net-Zero Banking Alliance anunciou ontem que abriu uma votação interna sobre a mudança de uma organização baseada em membros para uma estrutura mais flexível; e (ii) a petrolífera polonesa Orlen construirá a primeira pequena usina nuclear do país na cidade central de Wloclawek – a Orlen, controlada pelo Estado e maior empresa de combustíveis da Polônia, pretende ter pelo menos dois pequenos reatores modulares (SMRs) com capacidade total de 0,6 GW até 2035.

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Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!

Brasil

Brasil e Arábia Saudita iniciam trabalhos de acordo em energia

“O Brasil e a Arábia Saudita iniciaram na terça-feira (26/8) a implementação do acordo energético assinado em junho. A reunião de abertura marcou o primeiro passo para detalhar projetos conjuntos em petróleo, gás natural, energia elétrica, renováveis e hidrogênio, informou o Ministério de Minas e Energia (MME). Segundo a pasta, as discussões envolveram também eficiência energética, mudanças climáticas, cadeias de suprimento e alternativas sustentáveis para o uso de combustíveis. De acordo com o MME, serão formados grupos técnicos nos próximos meses para detalhar as propostas e transformar o plano em iniciativas práticas para os dois países. O secretário nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, afirmou que o acordo cria novas áreas de cooperação e amplia a inserção internacional do Brasil na transição energética. “Esse plano de ação inaugura um ciclo de diálogo estruturado com a Arábia Saudita em temas estratégicos. O Brasil tem muito a contribuir e a aprender em áreas como biocombustíveis, hidrogênio e energia limpa, fortalecendo a segurança energética e a transição justa e inclusiva”, disse em nota.” Mendes deve se descompatibilizar do cargo nos próximos dias para assumir uma vaga na Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).”

Fonte: Eixos; 27/08/2025

Estados financiam projetos de descarbonização

“Não é apenas o governo federal que tem investido em iniciativas verdes. Estados de várias regiões do país, como Espírito Santo, São Paulo, Rio Grande do Sul e Pernambuco, criaram fundos ou outros instrumentos para financiar projetos focados na resiliência climática, na recuperação de áreas verdes e na redução de emissão de gases poluentes. No Espírito Santo, o Fundo de Descarbonização foi criado neste ano a partir do Fundo Soberano, que é abastecido com os royalties do petróleo que o Estado recebe. O fundo será gerido pelo banco BTG Pactual e, inicialmente, terá R$ 500 milhões para financiar projetos de transição energética limpa. “As empresas poderão propor projetos diversos, seja na captura de carbono por investimento em áreas de reflorestamento, seja na troca de energias fósseis por energias renováveis. Toda atividade que busca tornar a empresa neutra em carbono poderá ser financiada pelo Fundo de Descarbonização. E nós queremos fazer a primeira operação antes da COP de Belém. Até novembro deve sair o primeiro projeto financiado”, explicou o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. O valor disponível poderá aumentar com a contribuição de instituições financeiras, empresas e bancos internacionais, por exemplo. “É um fundo que poderá receber cotistas. Se alguma empresa local do Espírito Santo quiser financiar seus fornecedores, pode colocar um dinheiro no fundo de descarbonização e a gente financia os fornecedores desta empresa. Ou se algum banco, como o Banco Mundial, Banco Interamericano, Banco Latinoamericano, alguma fundação, quiser ser cotista, poderá aportar recursos também”, acrescentou o governador capixaba.”

Fonte: Valor Econômico; 28/08/2025

Brasil aumentou emissões desde que assinou acordo global de metano

“Desde que assinou compromisso internacional para reduzir emissões de metano, Brasil bateu recordes no lançamento do gás de efeito estufa na atmosfera. Pecuária é o principal desafio. Mas país desperdiça oportunidades nos setores de resíduos e energia, mostra estudo. Ao invés de reduzir, o Brasil está aumentando suas emissões de metano, gás de efeito estufa com potencial de aquecimento global 28 vezes maior que o do CO2, ao longo de um século. Entre 2020 e 2023, o crescimento foi de 6%, de acordo com dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima (Seeg) divulgados nesta quarta (27/8). A explicação, segundo o Observatório do Clima, está no pasto: a maior parcela do metano emitido tem origem na fermentação entérica (o “arroto” do boi”), com 14,5 milhões de toneladas CH4 em 2023 — mais do que todos os gases de efeito estufa emitidos pela Itália no mesmo ano. E expõe a dificuldade de o Brasil cumprir compromissos climáticos internacionais, a começar pelo Compromisso Global do Metano. Assinado por mais de 150 países em novembro de 2021, durante a COP26, em Glasgow, o acordo prevê a redução de 30% nas emissões globais até 2030, em relação aos níveis de 2020.”

Fonte: Eixos; 27/08/2025

Ataque agora ao programa de etanol para aviação

“O USTR, Agência de Representação Comercial dos EUA, realizará audiência pública na quarta-feira que vem na Comissão de Comércio Internacional dos EUA, em Washington, na investigação para determinar se atos, políticas e práticas do Brasil são injustificadas ou discriminatórias e sobrecarregam ou restringem o comércio americano. Essa investigação pela Seção 301, com poderes para impor sanções comerciais contra parceiros, pode ser concluída entre seis meses e um ano – coincidindo com o calendário eleitoral no Brasil. A convicção na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, é que a crise com os EUA vai continuar até o ano que vem e pode escalar. Parte do setor privado americano aproveita a investigação para alimentar pressões do USTR sobre o Brasil. O Instituto Americano do Ferro e do Aço (AISI) pede, por exemplo, para o governo Trump interceder junto ao governo brasileiro sobre um acordo de venda pela Anglo American dos seus negócios de níquel no Brasil para a mineradora chinesa MMG, alegando que Pequim passaria a controlar ainda mais reservas de minerais críticos. De seu lado, a Associação Nacional de Produtores de Milho (NCGA, na sigla em inglês) defende que o USTR não só exija do Brasil indenização por supostos prejuízos na sua exportação de etanol, como alveja outra “ameaça” para eles: o programa brasileiro de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês). O etanol é uma obsessão de Donald Trump quando fala de vendas para o Brasil e tem importância política enorme para os republicanos. Quando o presidente anunciou a ordem executiva para preparar tarifas de retaliação, no começo de seu governo, o primeiro país citado foi o Brasil e o produto foi o etanol.”

Fonte: Valor Econômico; 28/08/2025

Abegás x ANP: entidades rebatem ADI contra regulação federal de gasodutos

“Em reação à ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pela Abegás que questiona a competência da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para classificar gasodutos de transporte, quatro entidades — Abpip, Abrace, ATGás e IBP — divulgaram carta aberta em apoio à iniciativa regulatória da agência. As associações defendem que a ANP avance com critérios claros de definição de gasodutos, conforme a Lei 14.134/2021 (Nova Lei do Gás), prevista na agenda regulatória de 2025 e 2026, com conclusão estimada para outubro. Para os signatários, um arcabouço federal robusto sobre a classificação de dutos é condição para segurança jurídica, eficiência operacional, liquidez de mercado e segurança do abastecimento. O grupo ressalta que a atuação da ANP é amparada pela Constituição Federal, por leis e resoluções do setor, e deve assegurar tratamento nacional a uma atividade de interesse geral. As entidades afirmam ainda que o processo participativo em curso — por meio de consulta e audiência — é o instrumento adequado para recolher contribuições e aperfeiçoar a minuta de resolução. “A criação de um mercado de gás natural aberto, competitivo e com diversidade de agentes é um dos alicerces da modernização do setor energético brasileiro. Para tal, é fundamental a definição clara do que é um gasoduto de transporte”, dizem. Abpip e IBP representam produtores de gás natural; Abrace, grandes consumidores de gás e energia; e Atgás, as transportadoras, setor que conflita diretamente com os interesses da Abegás (distribuidoras).”

Fonte: Eixos; 27/08/2025

Congresso promete que vai votar tarifa social de energia, mas adia reforma

“A instalação da Comissão Mista que vai analisar a Medida Provisória 1300/2025, da reforma do setor elétrico, enfim, saiu do papel, com a promessa de confirmar a reforma da tarifa social de energia elétrica no Congresso Nacional nas próximas semanas. A comissão seguiu o acordo que havia sido firmado para designar o senador Eduardo Braga (MDB/AM) para a presidência da mesa e o deputado federal Fernando Coelho Filho (União/PE) como relator do projeto, ambos ex-ministro de Minas e Energia. Há compromisso com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos/PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União/AP), para focar no texto sobre a ampliação da tarifa social. “Vamos trabalhar para ver o que encontramos do máximo de convergências daqui até a semana que vem, mas é verdade que terá que ser um texto mais enxuto do que aquilo que a gente gostaria no início, quando a MP foi editada. O importante é que a gente não perca essa janela de oportunidade”, afirmou Coelho Filho. A pressa é justificada: caso não seja votada, a MP 1300 vai caducar em 17 de setembro. Caso a MP perca a validade, há receios sobre a situação do programa, batizado de Luz do Povo, iniciativa cara ao governo Lula (PT). Coelho Filho prometeu apresentar o relatório na próxima terça-feira (2/9). Com isso, outras discussões previstas na MP, como a abertura do mercado livre de energia, devem ser arrastadas para as outras medidas provisórias que envolvem o setor elétrico e que também serão discutidas no Congresso nos próximos meses: a “MP dos Vetos” (1304) e a “MP das Renováveis” (1307).”

Fonte: Eixos; 27/08/2025

Internacional

Empresas

Empresa petrolífera polonesa Orlen construirá pequena usina nuclear

“A petrolífera polonesa Orlen (PKN.WA) construirá a primeira pequena usina nuclear do país na cidade central de Wloclawek, anunciou a empresa na quinta-feira, acrescentando que chegou a um acordo com sua parceira no projeto, a empresa química Synthos. A Orlen, controlada pelo Estado e maior empresa de combustíveis da Polônia, pretende ter pelo menos dois pequenos reatores modulares (SMRs) com capacidade total de 0,6 GW até 2035, enquanto Varsóvia trabalha para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuir as emissões de carbono. O presidente-executivo da Orlen, Ireneusz Fafara, afirmou que a usina nuclear BWRX-300 será a primeira do gênero na Europa. ‘Estamos construindo a energia do amanhã”, declarou Fafara em comunicado. A Orlen e a Synthos criarão uma nova entidade chamada OSGE para implementar o projeto, na qual cada uma deterá 50% de participação. Em 2023, a Polônia deu sinal verde para a construção de 24 unidades de reatores modulares de pequeno porte (SMR) em seis locais.'”

Fonte: Reuters; 28/08/2025

Aliança climática de bancos suspende atividades para evitar pressões políticas

“A principal aliança global de bancos para o clima “pausou” suas atividades após perder os principais membros europeus e de Wall Street, em meio à campanha contínua de Donald Trump contra as mudanças climáticas. A Net-Zero Banking Alliance anunciou na quarta-feira que abriu uma votação interna sobre a mudança de uma organização baseada em membros para uma estrutura mais flexível, com os resultados previstos para o final do próximo mês. HSBC, Barclays e UBS deixaram recentemente o grupo, fundado em 2021, após a saída de membros como JPMorgan Chase e Bank of America. O presidente americano já havia rotulado as mudanças climáticas como uma “farsa”. O clube do setor tem lutado para conciliar as acusações nos EUA de comportamento anticompetitivo com sua ambição de ajudar os membros a reduzir a pegada de carbono de seus empréstimos e transações. Um grupo de investidores equivalente, a iniciativa Net Zero Asset Managers, afirmou no início deste ano que revisaria suas atividades após a BlackRock e outras empresas deixarem o grupo. Ambas as alianças setoriais foram criadas com o apoio do primeiro-ministro canadense Mark Carney, quando ele era enviado especial da ONU para ações climáticas, juntamente com grupos de seguradoras e proprietários de ativos, que também foram criticados desde que Trump voltou à Casa Branca.”

Fonte: Financial Times; 27/08/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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