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Brasil apresenta plano para mobilizar US$1,3 tri anuais em financiamento climático até 2035 | Café com ESG, 06/11

Brasil e Reino Unido lançam iniciativa de descarbonização; BNDES entrega estudo de viabilidade econômica de Angra 3

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de quarta-feira em alta, com o IBOV e o ISE subindo 1,72% e 1,73%, respectivamente.

• No Brasil, (i) o país, que sedia a COP30, apresentou sua visão de como reestruturar o sistema financeiro global para fornecer US$ 1,3 trilhão por ano aos países em desenvolvimento até 2035 – o Roteiro de Baku a Belém, que o Brasil elaborou em conjunto com o Azerbaijão, país anfitrião da COP do ano passado, baseia-se fortemente na reforma de instituições financeiras essenciais, incluindo o Fundo Monetário Internacional, para canalizar fundos climáticos a nações mais pobres; e (ii) o estudo elaborado pelo BNDES apontou que a conclusão das obras da usina nuclear de Angra 3 tem um custo estimado em R$ 23,9 bilhões, enquanto o abandono do projeto deve demandar despesa situada entre R$ 21,9 bilhões e R$ 25,97 bilhões – esse é o principal resultado da atualização no estudo de viabilidade econômico-financeira da usina, que teve as obras suspensas em 2015.

• No internacional, os governos brasileiro e do Reino Unido lançam hoje uma iniciativa para tentar acelerar a descarbonização em indústrias brasileiras, com duração de dois anos, e tendo como meta habilitar pelo menos dois projetos de demonstração, com a ambição de chegar a cinco- a ideia é selecionar 20 empresas, que vão passar uma avaliação técnica e de negócios e, ao final, as 10 mais maduras e com maior potencial de implementar os projetos seguirão para a incubação.

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Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!

Brasil

Conclusão de Angra 3 tem custo estimado de R$ 23,9 bilhões, diz Eletronuclear

“A conclusão das obras da usina nuclear de Angra 3 tem um custo estimado em R$ 23,9 bilhões, enquanto o abandono do projeto deve demandar despesa situada entre R$ 21,9 bilhões e R$ 25,97 bilhões. Esse é o principal resultado da atualização no estudo de viabilidade econômico-financeira da usina, que teve as obras suspensas em 2015, com as investigações a partir da Operação Lava-Jato. O estudo foi elaborado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Eletronuclear enviou o resultado atualizado do estudo sobre a modelagem da usina ao Ministério de Minas e Energia (MME), na segunda-feira (4). No dia 1º de outubro, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) pediu a atualização dos estudos. De acordo com a estatal, o BNDES considera três cenários. Em todos, a previsão é que a usina entre em operação comercial em março de 2033. Em um cenário, a tarifa de equilíbrio para a usina é de R$ 778,86 por megawatt-hora (MWh); no segundo cenário, o valor projetado é de R$ 791,81/MWh; e no terceiro, de R$ 817,27/MWh. O trabalho aponta ainda a possibilidade de eventuais ganhos financeiros e redução de custos finais do projeto, como a obtenção de deságios na contratação da empresa que retomará as obras (“epcista”), a concessão de melhores condições de crédito e incentivos tributários em discussão no Congresso Nacional.”

Fonte: Valor Econômico; 05/11/2025

Brasileira Re.green conquista o Prêmio Earthshot 2025

“A Re.green, startup brasileira de reflorestamento, foi uma das vencedoras do Prêmio Earthshot 2025. A cerimônia de premiação aconteceu nesta quarta-feira (5), no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. A empresa derrotou o outro finalista brasileiro, o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), mecanismo financeiro para remunerar os países em desenvolvimento que preservam suas florestas tropicais. Os projetos concorreram na categoria “Proteger e Restaurar a Natureza” com a iniciativa sueca Tenure Facility. Fundado em 2020, o Earthshot é um dos reconhecimentos mais prestigiados do mundo quando o assunto é impacto ambiental positivo. O vencedor de cada categoria recebe 1 milhão de libras (aproximadamente R$ 7 milhões). O clima da cerimônia foi de celebração. A bateria da escola de samba Beija-Flor abriu a noite, seguida por apresentações de Anitta, Gilberto Gil e outros artistas. Antes do anúncio do último vencedor, Jorge Ben Jor cantou “Heroes”, de David Bowie, com a mensagem que “podemos ser heróis, só por um dia”. “Não é exagero dizer que eles [os vencedores] são os verdadeiros heróis do nosso tempo”, disse o príncipe William, idealizador do projeto. “O impacto desse esforço já pode ser sentido nos oceanos, nos céus e na natureza ao nosso redor. Sei que, em tempos incertos, é fácil sentir desânimo, mas este não é o momento para desistir. Nossos finalistas provam que é possível construir economias mais fortes, cidades mais saudáveis e empregos melhores para as próximas gerações.”

Fonte: Capital Reset; 05/11/2025

NeoCharge e Axia fecham parceria para infraestrutura de recarga de veículos elétricos

“A NeoCharge fechou um contrato com a Axia Energia (ex-Eletrobras) para instalar carregadores de alta potência para a frota elétrica da companhia e fornecer equipamentos para os escritórios da empresa e subestações. O contrato prevê também acesso a uma plataforma de gestão, que possibilita monitoramento em tempo real da frota, suporte remoto e acompanhamento de dados de consumo. O primeiro teste foi feito com um veículo elétrico da Axia no percurso da sede da companhia em Recife (PE) até a subestação de Mussuré II, em João Pessoa (PB), utilizando os primeiros pontos de recarga. Segundo a NeoCharge, a expectativa é que o projeto avance para outras localidades, abrangendo toda a infraestrutura da Axia em diversos estados. “Essa parceria é um passo concreto em direção ao futuro da eletromobilidade do Brasil. Com a tecnologia da NeoCharge, conseguimos mensurar o consumo de energia, otimizar a economia no uso de combustíveis e contribuir para a redução das emissões de carbono”, disse o diretor comercial da NeoCharge, Rodrigo Carrau.”

Fonte: Eixos; 05/11/2025

Brasil propõe reforma financeira para ampliar fundos climáticos a US$ 1,3 trilhão

“O Brasil, que sedia a COP30, apresentou sua visão de como reestruturar o sistema financeiro global para fornecer US$ 1,3 trilhão por ano aos países em desenvolvimento até 2035. O Roteiro de Baku a Belém para US$ 1,3 trilhão, que o Brasil elaborou em conjunto com o Azerbaijão, país anfitrião da COP do ano passado, baseia-se fortemente na reforma de instituições financeiras essenciais, incluindo o Fundo Monetário Internacional, para canalizar fundos climáticos a nações mais pobres. O relatório também propõe novas fontes potenciais de receita, como impostos sobre transações financeiras e sobre os ultra-ricos. “Se a arquitetura financeira internacional for reestruturada para cumprir seu propósito original de garantir perspectivas de vida decentes, a meta de US$ 1,3 trilhão será um investimento global alcançável”, escreveram André Corrêa do Lago e Mukhtar Babayev, os presidentes da COP30 e da COP29, respectivamente, no relatório. Atualmente, os países em desenvolvimento não possuem financiamento suficiente para expandir a utilização de fontes de energia limpa, bem como para se adaptar e lidar com os eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes resultantes das mudanças climáticas. Muitos têm defendido mudanças no sistema financeiro para aliviar o endividamento excessivo e liberar os recursos tão necessários para o combate às mudanças climáticas.”

Fonte: Bloomberg Línea; 05/11/2025

Governos do Brasil e Reino Unido lançam iniciativa de descarbonização na indústria

“Os governos brasileiro e do Reino Unido lançam na quinta-feira (6) uma iniciativa para tentar acelerar a descarbonização em indústrias brasileiras. Com duração de dois anos, a meta do programa é habilitar pelo menos dois projetos de demonstração, com a ambição de chegar a cinco. Num primeiro momento, serão investidos cerca de R$ 8 milhões (entre US$ 1 milhão e US$ 10 milhões em cada projeto), montante totalmente bancado pelo governo britânico, e a ideia é selecionar 20 empresas, que vão passar uma avaliação técnica e de negócios e, ao final, as 10 mais maduras e com maior potencial de implementar os projetos seguirão para a incubação. A intenção é aproximar demandas de setores da indústria brasileira – como aço, alumínio, papel e celulose, petroquímica, vidro e cimento – a tecnologias já comprovadas no Brasil e no Reino Unido, com potencial de reduzir emissões de gases poluentes em larga escala. O programa “Incubadora Industrial de Descarbonização” nasceu no âmbito do Industrial Decarbonisation Hub (ID Hub), iniciativa de assistência internacional desses dois países para esses projetos, lançada na COP28, nos Emirados Árabes Unidos, em 2023. E faz parte de uma cooperação entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic) e o Departamento de Segurança Energética e Emissões Líquidas Zero do Reino Unido. A iniciativa ainda é coordenada pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), da ONU, e executada pela Energy Systems Catapult (ESC).”

Fonte: Valor Econômico; 05/11/2025

Internacional

Às vésperas da COP, Câmara aprova pauta ambiental

“Em uma tentativa de fazer avançar a agenda ambiental na Câmara, os deputados aprovaram, na quarta-feira (5), uma série de projetos voltados ao meio ambiente em uma tentativa de dar sinais positivos às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), a ser realizada em Belém, no Pará. Entre os principais textos aprovados, está o Acordo de Escazú, o primeiro tratado ambiental da América Latina e Caribe que trata da proteção dos direitos de acesso à informação, justiça em questões ambientais, e proteção de ativistas ambientais. O Brasil assinou o tratado, mas era preciso a ratificação pelo Congresso. O Acordo de Escazú foi assinado em Nova York, em setembro de 2018, mas havia sido derrubado nas comissões. O relator da matéria na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), deu parecer contrário. Segundo ele, “as implicações práticas e dos potenciais riscos para a soberania nacional e para os interesses econômicos do Brasil” levaram a uma posição de discordância. De acordo com João Cerqueira, analista de advocacy do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), os setores do agronegócio atuaram contra o acordo desde o início. “Inclusive isso aconteceu durante a votação no plenário, com argumentos de que o acordo poderia colocar em risco o sigilo dos dados do CAR, mas esses dados que já são protegidos por lei, e o Escazú em nenhum momento pretende mudar isso ou pode mudar isso”, disse.”

Fonte: Valor Econômico; 06/11/2025

Antes da COP30, Bloomberg anuncia investimento de R$ 536 milhões para combater emissões de metano

“A Bloomberg Philanthropies anuncia, nesta quinta-feira, um investimento de US$ 100 milhões (cerca de R$ 536 milhões) para combater as emissões de metano, um dos gases que mais contribuem para o aquecimento global. O projeto foi desenvolvido em parceria com a Carbon Mapper — ONG americana que utiliza satélites e tecnologia para detectar e monitorar as emissões de metano no planeta —, e também conta com o apoio de países como Alemanha, Dinamarca, Espanha e França. O anúncio é feito na presença de líderes da Organização das Nações Unidas (ONU), da Comissão Europeia e da presidência da COP30, que começa no dia 10 de novembro, em Belém (PA). A diretora-executiva da conferência, Ana Toni, classificou a iniciativa como exemplo da “agenda de ação” do evento. De acordo com Toni, propostas assim fazem com que a reunião possa ser considerada a “COP da implementação”, com planos ambiciosos, mas tangíveis. Segundo o empresário e enviado especial do secretário-geral da ONU, Michael Bloomberg, a iniciativa contribuirá para o aumento do número de satélites utilizados para detectar a emissão de metano em tempo real e ajudará governos a criarem políticas que combatam vazamentos do gás em setores como petróleo, carvão e agricultura.”

Fonte: Globo; 06/11/2025

UE aprova meta climática enfraquecida em acordo de última hora para a COP30

“Ministros do clima da União Europeia concordaram com uma meta de mudança climática para 2040 nas primeiras horas de quarta-feira, após enfraquecerem o objetivo em negociações de última hora, enquanto corriam para fechar o acordo antes da cúpula climática da ONU, a COP30, no Brasil. Após negociações que se estenderam até tarde da noite de terça-feira, os ministros do clima dos países da UE aprovaram, em votação pública, um compromisso de reduzir as emissões em 90% até 2040, em relação aos níveis de 1990, mas com flexibilidades que enfraquecem essa meta. A meta enfraquecida permitirá que os países comprem créditos de carbono estrangeiros para cobrir até 5% da meta de redução de emissões de 90%. Isso efetivamente reduz para 85% o corte de emissões exigido das indústrias europeias, com os países pagando nações estrangeiras para reduzir emissões em nome da Europa. A UE também concordou em considerar, no futuro, o uso de créditos internacionais de carbono para cumprir mais 5% das reduções de emissões até 2040 — potencialmente reduzindo mais 5% da meta doméstica. Além disso, os países concordaram com uma meta para 2035 de reduzir as emissões entre 66,25% e 72,5%. A ONU pediu que todos os governos do mundo apresentem planos climáticos para 2035 antes da abertura da COP30 na quinta-feira.”

Fonte: Reuters; 05/11/2025

Reino Unido desiste de investir em fundo florestal do Brasil antes da COP30, diz fonte

“O Reino Unido não investirá em um fundo essencial destinado à proteção das florestas tropicais globais, que o Brasil pretende lançar na cúpula climática COP30, segundo uma fonte ouvida pela Bloomberg News. Sem o investimento britânico, será cada vez mais difícil para o Brasil atingir sua meta de arrecadar pelo menos US$ 10 bilhões para o fundo até o próximo ano. O chamado Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês) é a principal iniciativa do Brasil na cúpula anual das Nações Unidas sobre o clima, que começa com eventos paralelos antes da programação oficial nesta semana em Belém. A meta inicial previa que governos de todo o mundo investissem US$ 25 bilhões, que seriam alavancados para criar um mecanismo de US$ 125 bilhões voltado à preservação das florestas globais. Na terça-feira (4), após meses de esforços que resultaram em compromissos financeiros apenas do Brasil e da Indonésia, o ministro da Fazenda Fernando Haddad reduziu a meta de curto prazo. Ele disse na conferência Bloomberg Green at COP30, em São Paulo, que, com tudo o que tem ouvido, acredita que podem ser arrecadados US$ 10 bilhões para o TFFF até o ano que vem. Anteriormente, a Bloomberg News noticiou que o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, considerava investir pelo menos US$ 1 bilhão no TFFF.”

Fonte: Bloomberg Línea; 05/11/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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