Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de terça-feira em território levemente negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,29% e 0,08%, respectivamente.
• No Brasil, a Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu um parecer no qual recomenda a suspensão de liminares que desobrigaram distribuidoras de combustíveis de cumprir as metas do RenovaBio – de acordo com o parecer, a União pediu ao STJ a suspensão de decisões do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que autorizaram mudanças das metas obrigatórias anuais de redução de emissão de gases de efeito estufa por distribuidoras de combustíveis.
• No internacional, (i) a organização da COP30 ontem comunicou ontem que o Banco Mundial irá administrar e hospedar interinamente o Secretariado do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês) – o TFFF é uma iniciativa global liderada pelo Brasil, que visa proteger e conservar as florestas tropicais do mundo; e (ii) a nova primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, afirmou que deve impulsionar a retomada acelerada da energia nuclear como forma de combater a inflação, que tem sido uma fonte de descontentamento público – a reativação dos reatores é considerada essencial para reduzir as dispendiosas importações de combustíveis.
Gostaria de receber os relatórios ESG por e-mail? Clique aqui.
Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!
Brasil
Empresas
Conselho da JSL elege Guilherme Sampaio como CEO interino
“O conselho de administração da JSL elegeu Guilherme de Andrade Fonseca Sampaio para assumir interinamente o cargo de diretor-presidente (CEO) da companhia a partir de 1º de janeiro de 2026, em substituição a Ramon Peres Martinez Garcia de Alcaraz. Em linha com o planejamento estratégico da JSL, Ramon Alcaraz conduzirá o processo de transição por 60 dias, contados a partir de 1º de novembro. A partir de 2 de janeiro de 2026, Alcaraz seguirá como acionista e conselheiro consultivo da JSL. “Guilherme Sampaio assume a nova função com a confiança e suporte do conselho de administração e o objetivo de empreender um novo ciclo de desenvolvimento, agregando ainda mais valor aos serviços oferecidos aos nossos clientes com eficiência, inovação, customização e extração de todo potencial construído na JSL nos últimos anos”, destacou a companhia em comunicado. Ao assumir como diretor-presidente, Sampaio irá acumular as atuais funções de diretor financeiro e de relações com investidores.”
Fonte: Valor Econômico; 21/10/2025
Embrapii cria centro de hidrogênio limpo
“A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) vai investir R$ 60 milhões em um novo Centro de Competência para pesquisa de hidrogênio de baixa emissão de carbono. Os recursos serão fornecidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). A chamada pública será conduzida pela Embrapii em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação. O anúncio, programado para a abertura do 4º Congresso Brasileiro do Hidrogênio, em Brasília, nesta quarta-feira (22), é dirigido a grupos de pesquisa de Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) públicas ou privadas sem fins lucrativos, com infraestrutura física adequada, informa o presidente da Embrapii, Alvaro Prata, em nota. A seleção dos interessados prossegue até sexta-feira (24). As linhas de pesquisa desse Centro de Competência incluem produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono a partir de fontes sustentáveis, armazenamento, transporte e segurança de hidrogênio, além de aplicações no setor siderúrgico, cimenteiro, de transportes, de fertilizantes, de combustíveis, de processos químicos e industriais, e de energia elétrica.”
Fonte: Valor Econômico; 22/10/2025
Âmbar, da J&F, compra termelétrica da GNPW e ultrapassa 6,5 GW de capacidade instalada
“A Âmbar Energia, empresa do Grupo J&F, anunciou a compra da usina termelétrica Goiânia II, pertencente à GNPW Participações. Localizada em Aparecida de Goiás (GO), a unidade tem potência instalada de 145 megawatts (MW). O valor da transação não foi revelado. Com a incorporação do ativo, a capacidade total da Âmbar supera 6,5 gigawatts (GW) de potência, considerando operações em andamento e ainda sujeitas à aprovação dos órgãos reguladores. A compra marca a primeira operação termelétrica da companhia em Goiás, fortalecendo sua atuação na região Centro-Oeste e ampliando a presença nacional. “Continuamos atentos às oportunidades para expandir e diversificar nosso portfólio, seguindo uma estratégia orientada à segurança energética e ao atendimento à crescente demanda por energia no Brasil”, afirmou em nota o presidente da Âmbar, Marcelo Zanatta. A aquisição reforça o posicionamento da Âmbar como um dos principais grupos geradores termelétricos do país, ao lado de empresas como Petrobras e Eneva. O portfólio da companhia é composto por mais de 50 usinas que utilizam diferentes fontes, incluindo hidrelétrica, solar, biomassa, biogás e gás natural.”
Fonte: Valor Econômico; 21/10/2025
Política
PGR recomenda suspender liminares que desobrigaram cumprir metas do RenovaBio
“A Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu um parecer no qual recomenda a suspensão de liminares que desobrigaram distribuidoras de combustíveis de cumprir as metas do RenovaBio. De acordo com o parecer, ao qual o Valor teve acesso, a União pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a suspensão de decisões do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) que autorizaram mudanças das metas obrigatórias anuais de redução de emissão de gases de efeito estufa por distribuidoras de combustíveis. A União estima, segundo o parecer, que existem atualmente 43 ações em curso e alerta para o “potencial multiplicador de demandas”, além do risco de enfraquecimento do sistema regulatório. Procurado, o MPF confirmou a emissão do parecer. As metas são definidas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), com a aquisição de créditos de descarbonização (CBios) pelas distribuidoras. Os CBios são adquiridos pelas distribuidoras, como forma de comprovar o atendimento às metas individuais de redução de emissões. A aposentadoria é a retirada dos certificados de circulação, evitando a renegociação do título. A PGR avalia que o argumento de que a cotação dos CBios é volátil, com variação de até 400% no mesmo ano, não corresponde à realidade, uma vez que as médias de preços em 2022 e 2023 foram muito próximas.”
Fonte: Valor Econômico; 21/10/2025
Senado instala grupo de trabalho para avançar projeto que libera mineração em terras indígenas
“O Senado instalou nesta terça-feira (21) um grupo de trabalho criado pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), para discutir em seis meses um projeto de lei que libere a mineração em terras indígenas. A presidente do grupo será a senadora de oposição ao governo, Tereza Cristina (PP-MS). Ela foi ministra da Agricultura na gestão Jair Bolsonaro (PL), que chegou a encaminhar um projeto de lei sobre o assunto ao Congresso, mas o texto foi retirado há dois, já no governo Lula. O grupo foi criado em abril deste ano mas só conseguiu fazer sua primeira reunião nesta terça-feira. Segundo Tereza, a instalação do colegiado é um caminho em direção à regulamentação do assunto previsto na Constituição de 1988. Mas ela reconhece ser um tema “altamente sensível”. A iniciativa do Congresso de tentar liberar mineração em terra indígena sofre duras críticas de ambientalistas e instituições ligadas à defesa dos povos originários, como a Associação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). E, no governo, os ministérios do Meio Ambiente (MMA) e dos Povos Indígenas (MPI) também têm se oposto a iniciativas afins, alegando que elas causam impactos indesejados à saúde dos indígenas e aos recursos naturais.”
Fonte: Valor Econômico; 21/10/2025
Internacional
Política
Energia nuclear no centro da nova política energética da primeira-ministra do Japão
“A nova primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, deve impulsionar a retomada acelerada da energia nuclear como forma de combater a inflação, que tem sido uma fonte de descontentamento público. A reativação dos reatores é considerada essencial para reduzir as dispendiosas importações de combustíveis. Takaichi nomeou Ryosei Akazawa como ministro da Indústria e Comércio, pasta que inclui energia. Akazawa foi o principal negociador do Japão no recente acordo tarifário com os Estados Unidos, e sua nomeação sinaliza uma disposição para se engajar com Washington, inclusive sobre compras de gás natural liquefeito (GNL), segundo analistas. Takaichi é favorável à energia nuclear e também apoia o desenvolvimento da energia de fusão de próxima geração. Ela se opõe a grandes projetos solares, especialmente os que utilizam painéis importados da China. O governo japonês planeja apresentar um pacote de compras ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante sua visita a Tóquio na próxima semana, incluindo GNL, embora não do projeto do gasoduto do Alasca promovido por Trump, segundo fontes da Reuters. Akazawa afirmou que é essencial maximizar fontes de energia que contribuam para a segurança energética e a descarbonização. Ele declarou que o governo pretende avançar com a reativação dos reatores nucleares, tomando medidas concretas para obter a compreensão necessária das comunidades locais e das partes interessadas. “
Fonte: Reuters; 22/10/2025
Banco Mundial é confirmado como administrador do Fundo Florestas Tropicais
“O Banco Mundial irá administrar e hospedar interinamente o Secretariado do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês). A decisão foi comunicada pela organização da COP30 nesta terça-feira, 21. O TFFF é uma iniciativa global liderada pelo Brasil, que visa proteger e conservar as florestas tropicais do mundo. A decisão representa um marco fundamental para transformar o TFFF “de uma ideia em uma realidade plenamente operacional”, segundo Fernando Haddad, ministro da Fazenda, em comunicado oficial divulgado. O Banco Mundial fornecerá uma estrutura administrativa robusta, incluindo supervisão fiduciária e relatórios de transparência. O TFFF, projetado para se tornar o maior fundo florestal global da história, visa garantir financiamento contínuo e baseado em desempenho para países e comunidades que conservam com sucesso as florestas tropicais. Diferentemente de outros mecanismos de financiamento ambiental, o TFFF não se baseia em doações, mas em investimento feito por países, filantropias e empresas em um fundo, segundo a organização da COP30. O capital total será aplicado em carteira diversificada de ativos de renda fixa de longo prazo, com classificação de baixo risco, administrada por gestores internacionais.”
Fonte: Exame; 21/10/2025
UE flexibiliza lei de desmatamento para pequenos produtores, mas mantém início em 2025
“A Comissão Europeia propôs uma nova flexibilização da lei antidesmatamento da União Europeia nesta terça-feira, aliviando a carga de relatórios para muitos pequenos produtores e empresas. No entanto, decidiu não adiar novamente a implementação da política ambiental pioneira. A lei, que proíbe a importação de commodities como óleo de palma e cacau associadas à destruição de florestas, estava prevista para entrar em vigor no final de 2024. Foi adiada por um ano em dezembro passado, com novo adiamento de 12 meses anunciado em setembro. Agora, o executivo da UE afirma que a lei entrará em vigor em 30 de dezembro de 2025, com exigências reduzidas de relatórios para pequenos operadores. Empresas maiores terão seis meses adicionais antes do início das verificações e da aplicação da lei. A proibição da importação de commodities ligadas à destruição de florestas é uma parte fundamental da agenda verde da UE, que vem enfrentando resistência de indústrias e alguns governos. Eles alegam que as medidas para combater as mudanças climáticas são muito onerosas. Parceiros comerciais como Brasil, Indonésia e Estados Unidos também argumentam que as regras seriam caras e prejudicariam suas exportações para a Europa. Segundo a lei, vendedores de carne bovina, cacau, café, óleo de palma, soja e madeira no mercado da UE precisarão fornecer uma declaração de diligência devida comprovando que seus produtos não causam desmatamento.”
Fonte: Reuters; 21/10/2025
China vai comprar carne brasileira livre de desmatamento
“Um dos principais desafios da sustentabilidade no mundo dos negócios é criar demanda por produtos mais verdes. A pecuária no Brasil ganhou a ajuda da China, o atual maior comprador da carne brasileira. A Tianjin Meat Association, que reúne 100 empresas chinesas, se comprometeu a comprar pelo menos 50 mil toneladas de frigoríficos brasileiros até junho de 2026, desde que eles comprovem que seu produto é livre de desmatamento. Isso será feito por meio do sistema de certificação Beef on Track (BoT), lançado nesta terça-feira (21) pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), organização brasileira sem fins lucrativos reconhecida por conduzir auditorias e emitir certificações segundo padrões nacionais e internacionais. “Convencemos primeiro o comprador, agora vamos buscar os frigoríficos”, diz Marina Piatto, diretora-executiva do Imaflora. “Hoje parte da produção pecuária nacional já está isenta de desmatamento e atende a requisitos de conformidade legal e social, mas não há um instrumento que dê visibilidade a isso. O BoT vem preencher essa lacuna.” O volume que a associação chinesa anunciou que pretende comprar representa 4% das exportações brasileiras de carne para o gigante asiático. Esse percentual pode subir, uma vez que os associados da Tianjin respondem por 15% das importações chinesas de carne bovina do Brasil, segundo o Imaflora.”
Fonte: Capital Reset; 21/10/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
Ainda não tem conta na XP? Clique aqui e abra a sua!
![YA_2026_Banner_Intratexto_-_download[1]](https://conteudos.xpi.com.br/wp-content/uploads/2025/12/YA_Banner_Intratexto_-_download1.jpg)
