Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de terça-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE caindo 1,57% e 2,07%, respectivamente.
• No Brasil, o diretor de administração do Banco Central (BC), Rodrigo Teixeira, afirmou que o regulador está atuando de forma “firme e estruturada” para integrar a sustentabilidade às políticas econômicas e financeiras e que em breve vai lançar uma consulta pública sobre gestão de riscos ambientais, climáticos e sociais – Teixeira também acrescentou que a consulta pública abordará indicadores e metas a serem divulgados pelas instituições, entre outros aprimoramentos.
• No internacional, (i) um grupo de grandes empresas, entre elas a suíça Nestlé, a americana Mars e a italiana Ferrero, emitiu uma carta pedindo aos legisladores europeus que evitem um novo adiamento da lei antidesmatamento da União Europeia – a legislação, que proíbe que os produtos comercializados no bloco sejam provenientes de áreas de desmatamento, está sob risco de ser postergada pela segunda vez; e (ii) fontes de energia renovável geraram mais eletricidade do que o carvão em todo o mundo pela primeira vez na primeira metade de 2025, impulsionadas pelo rápido crescimento na China e na Índia, segundo um relatório do think tank Ember divulgado ontem – as fontes renováveis forneceram 5.072 terawatts-hora (TWh) de eletricidade globalmente entre janeiro e junho, superando os 4.896 TWh gerados pelo carvão, segundo o Ember.
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Brasil
Empresas
Disputa por térmica da EDF atrai Âmbar, Eneva, KPS, Diamante e Origem, dizem fontes
“A venda da termelétrica Norte Fluminense, pertencente à EDF Power Solutions, avançou para a segunda fase, apurou o Valor. Além da Âmbar Energia, do grupo J&F, outras quatro companhias estão na disputa pelo ativo: a Eneva, a turca Karpowership (KPS), a Diamante Energia e a Origem Energia, que pertence à gestora Prisma, segundo fontes que falaram condição de anonimato. A intenção é que a conclusão do processo ocorra ainda neste ano, antes do início dos trâmites para o leilão de reserva de capacidade, previsto para ocorrer em março de 2026, disseram interlocutores próximos das conversas. O Valor noticiou que a EDF contratou o Bank of America (BofA) para conduzir o processo de venda. Os potenciais interessados estão ativamente em busca por novos empreendimentos termelétricos. A Âmbar, braço de energia do grupo J&F, comprou na semana passada quatro termelétricas e a distribuidora de energia do grupo Oliveira Energia. Em 2024, a empresa fechou acordo para adquirir 12 usinas termelétricas da Eletrobras por R$ 4,7 bilhões. A Eneva é outra empresa que tem crescido de maneira inorgânica. Em 2024, a empresa fechou a aquisição de três ativos termelétricos controlados pelo BTG Pactual por R$ 2,9 bilhões.”
Fonte: Valor Econômico; 07/10/2025
Política
BC lançará consulta pública sobre gestão de riscos sociais e climáticos, diz diretor
“O diretor de administração do Banco Central (BC), Rodrigo Teixeira, afirmou que o regulador está atuando de forma “firme e estruturada” para integrar a sustentabilidade às políticas econômicas e financeiras e que em breve vai lançar uma consulta pública sobre gestão de riscos ambientais, climáticos e sociais. Teixeira participou do evento 3F – Futuro, Finanças e Florestas promovido pela Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac). “Nosso compromisso é claro: promover a estabilidade financeira ao conduzir a política monetária com responsabilidade e fomentar o sistema financeiro mais inclusivo, sustentável e resiliente, capaz de enfrentar os desafios sociais, ambientais e climáticos que se impõem sobre a economia”, disse. O diretor lembrou de ações do BC na área de sustentabilidade nos últimos anos, como o desenvolvimento de testes de estresse que simulam efeitos climáticos, a ampliação da coleta de dados sobre riscos socioambientais e a inclusão de critérios de sustentabilidade na gestão das reservas internacionais. Teixeira também informou que o BC deve divulgar uma consulta pública sobre gestão de riscos sociais, ambientais e climáticos. “Avançamos em ações de regulação voltadas à gestão de riscos sociais, ambientais e climáticos, com consulta pública a ser publicada nas próximas semanas abordando os indicadores e metas a serem divulgados pelas instituições, entre outros aprimoramentos.”
Fonte: Valor Econômico; 07/10/2025
Parlamentares amazônicos pedem moratória para petróleo na região
“Parlamentares dos países amazônicos Brasil, Bolívia, Colômbia, Peru, Equador, Venezuela e, também, do Canadá lançaram nesta terça (7/10) um roteiro para “uma Amazônia livre de combustíveis fósseis”. O relatório apresenta os resultados de uma pesquisa sobre a exploração de petróleo e gás na Pan-Amazônia e sobre o avanço da introdução de sistemas de energia renovável na região. Vale dizer que o Canadá, a mais de cinco mil quilômetros da Amazônia, é sede de mineradoras instaladas na região que enfrentam denúncias de conflitos com comunidades e irregularidades no licenciamento ambiental. O lançamento do relatório ocorreu na Câmara dos Deputados, embalado pelo debate sobre a exploração de petróleo no Amapá. A Petrobras está em vias de receber autorização para a primeira perfuração em águas profundas na Bacia da Foz do Amazonas. No mês passado, o Ibama aprovou a Avaliação Pré-Operacional (APO) realizada pela petroleira para a perfuração no bloco FZA-M-59. O grupo de parlamentares, por sua vez, defende moratória imediata à expansão da indústria de mineração e hidrocarbonetos em áreas intactas do bioma amazônico. O documento destaca a experiência da Colômbia como “único país amazônico que propôs uma política de ‘não concessão de novas licenças’”.”
Fonte: Eixos; 07/10/2025
“A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, informou nesta terça-feira que o governo brasileiro propôs a inclusão de demarcações de terras indígenas e a desintrusão (retirada) de invasores dessas áreas dentro da meta brasileira deste ano para redução dos gases de efeito estufa – a chamada Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês). “A gente tem discutido uma ‘NDC indígena’. Já nos reunimos com o Ministério das Relações Exteriores para amadurecer essa ideia e a gente tem trabalhado para incluir na NDC deste ano proteção territorial como uma das formas de mitigação da crise climática”, afirmou a ministra durante café com jornalistas. De acordo com Guajajara, os territórios indígenas onde houve a desintrusão de invasores, como garimpeiros e madeireiros, contribuíram para a redução de índices de desmatamento e, consequentemente, para o alcance das metas ambientais. A entrega das NDCs pelos países, não só do Brasil, é muito aguardada às vésperas da COP30, que acontecerá em Belém (PA) em novembro, e reflete o compromisso global de atingir a meta de temperatura média do planeta em 1,5ºC. As NDCs também indicam quão distantes os países estão de cumprir essas promessas. Ao todo, 193 países mais a União Europeia se comprometeram em entregar NDCs. Mas, até agora, apenas 62 desses já entregaram.”
Fonte: Valor Econômico; 07/10/2025
Internacional
Empresas
Tesla revela versão mais barata do Model Y em tentativa de reacender as vendas
“A Tesla revelou, nesta terça-feira (7), uma versão mais acessível de seu SUV mais vendido, o Model Y, com um preço inicial de US$ 39.990, à medida que busca reverter a queda nas vendas e a perda de participação de mercado, em meio ao aumento da concorrência global. O diretor-presidente, Elon Musk, vem, há anos, prometendo veículos de massa, embora em 2024 tenha cancelado planos de construir um novo carro elétrico de US$ 25 mil, conforme noticiado pela Reuters. No fim de 2024, Musk disse que o veículo teria um preço abaixo do “limite-chave” de US$ 30 mil, incluindo os créditos fiscais dos EUA para veículos elétricos. Nos Estados Unidos, os preços efetivamente subiram em US$ 7.500 no fim de setembro, quando o crédito terminou. Isso ajudou a impulsionar as vendas trimestrais para um recorde, mas a expectativa é que desacelerem no restante do ano, a menos que o carro acessível venha para salvar a situação. “O desejo de comprar o carro é muito alto. Só que as pessoas não têm dinheiro suficiente na conta bancária para comprá-lo”, disse Musk em julho, durante a teleconferência de resultados do segundo trimestre da Tesla. “Então, quanto mais acessível pudermos tornar o carro, melhor.” A Tesla publicou dois vídeos na rede X durante o fim de semana, despertando empolgação entre os admiradores da companhia. Um vídeo mostra faróis surgindo da escuridão enquanto o outro mostra o que parece ser uma roda girando por alguns segundos, seguido pela data de hoje.”
Fonte: Valor Econômico; 07/10/2025
Política
Trump considera cortar bilhões em fundos de projetos de energia limpa
“O governo dos Estados Unidos está considerando cancelar bilhões de dólares em financiamento para programas de energia limpa, incluindo subsídios para fabricação de automóveis e captura de carbono, segundo uma lista de projetos alvo vista pela Reuters. Entre os projetos listados estão dois grandes centros de captura direta de carbono que receberam prêmios bilionários da administração do ex-presidente Joe Biden, incluindo um que envolve a petroleira Occidental. A lista, divulgada anteriormente pelo Semafor, pode afetar cerca de 12 bilhões de dólares em projetos. Também estão incluídos 500 milhões de dólares concedidos à General Motors para converter sua fábrica Lansing Grand River, em Michigan, para produção de veículos elétricos; 335 milhões para a Stellantis converter a fábrica Belvidere, em Illinois, para produção de caminhões elétricos de médio porte; e 250 milhões para a Stellantis adaptar sua planta de transmissão em Indiana para produzir componentes de veículos elétricos. Na semana passada, o Departamento de Energia anunciou planos para cancelar 7,56 bilhões de dólares em financiamento para centenas de projetos de energia que, segundo o órgão, não ofereceriam retorno suficiente aos contribuintes. O Departamento também está considerando revogar 32 milhões concedidos à Hyundai Mobis, fornecedora da Stellantis em Ohio, para produção de componentes híbridos plug-in e baterias; 89 milhões para a Harley-Davidson expandir sua fábrica em York, Pensilvânia, para fabricação de motocicletas elétricas.”
Fonte: Reuters; 07/10/2025
Multinacionais pressionam UE contra novo adiamento da lei antidesmatamento
“Um grupo de grandes empresas, entre elas a suíça Nestlé, a americana Mars e a italiana Ferrero, emitiu uma carta pedindo aos legisladores europeus que evitem um novo adiamento da lei antidesmatamento da União Europeia (EUDR, na sigla em inglês). A legislação, que proíbe que os produtos comercializados no bloco sejam provenientes de áreas de desmatamento, está sob risco de ser postergada pela segunda vez. As companhias argumentam que adiar a implementação da lei teria um impacto negativo nas florestas e nas mudanças climáticas. Além disso, seria injusto com as próprias empresas e parceiros da cadeia de suprimentos que já realizaram investimentos significativos para se adequar ao novo regulamento. “O desmatamento coloca em risco a preservação das florestas em todo o mundo, acelerará os impactos das mudanças climáticas e prejudicará a confiança nos compromissos regulatórios da Europa”, afirma a carta. O documento foi endereçado à comissária europeia para o meio ambiente, Jessika Roswall. Em setembro, Roswall disse que a UE discute adiar a regulação em um ano, motivada por preocupações de que os sistemas informáticos em vigor não seriam suficientes para lidar com a vasta carga de dados exigida pela lei.”
Fonte: Capital Reset; 07/10/2025
Produção global de energia renovável supera carvão pela primeira vez, diz relatório
“Fontes de energia renovável geraram mais eletricidade do que o carvão em todo o mundo pela primeira vez na primeira metade de 2025, impulsionadas pelo rápido crescimento na China e na Índia, segundo um relatório do think tank Ember divulgado nesta terça-feira. Reduzir a geração de energia a partir do carvão — que emite cerca do dobro de dióxido de carbono em comparação com a geração a gás — é considerado essencial por cientistas para atingir as metas climáticas globais. As fontes renováveis, como energia solar e eólica, forneceram 5.072 terawatts-hora (TWh) de eletricidade globalmente entre janeiro e junho, superando os 4.896 TWh gerados pelo carvão, segundo o Ember. “Estamos vendo os primeiros sinais de um ponto de virada crucial”, disse Małgorzata Wiatros-Motyka, analista sênior de eletricidade do Ember. “A energia solar e eólica agora estão crescendo rápido o suficiente para atender ao apetite crescente do mundo por eletricidade.” A demanda global por eletricidade aumentou 2,6%, ou 369 TWh, na primeira metade de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024. Esse aumento foi mais do que atendido por um crescimento de 306 TWh na geração solar e 97 TWh na geração eólica.”
Fonte: Reuters; 07/10/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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