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B3 vai adotar novo reporte de sustentabilidade de acordo com as normas IFRS S1 e S2 | Café com ESG, 16/12 

B3 vai divulgar novo reporte de sustentabilidade; Plano Clima é aprovado

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 1,07% e 1,12%, respectivamente.

• Do lado das empresas, (i) a B3 anunciou que divulgará de forma antecipada e voluntária suas informações financeiras relacionadas à sustentabilidade conforme as novas normas IFRS S1 e S2 – a bolsa de valores é a quinta empresa de capital aberto brasileira a antecipar essa divulgação, que irá publicar em valores financeiros os riscos e as oportunidades que as mudanças climáticas podem trazer para os negócios; e (ii) o Bradesco e a Neoenergia anunciaram ontem que realizaram as primeiras emissões de debêntures verdes, como parte do Programa Eco Invest, no valor total de R$ 1 bilhão para modernização da infraestrutura elétrica. 

• Na política, o Plano Clima 2024-2035, aprovado nesta segunda-feira pelo Comitê Interministerial de Mudança do Clima, finalmente estabelece um roteiro para o Brasil reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 41% até 2030 e entre 49% e 58% até 2035, em comparação aos níveis de 2022 – o caminho até sua aprovação foi permeado por tensões estruturais de um Brasil que segue tentando equilibrar sua vocação agrícola com compromissos ambientais cada vez mais urgentes.

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Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!

Brasil

B3 vai aderir a novo reporte de sustentabilidade – a primeira do setor financeiro

“A B3 anunciou que divulgará de forma antecipada e voluntária suas informações financeiras relacionadas à sustentabilidade conforme as novas normas IFRS S1 e S2. A bolsa de valores é a quinta empresa de capital aberto brasileira a antecipar essa essa divulgação – e a primeira do mercado financeiro – que vai expressar em cifrões os riscos e as oportunidades que as mudanças climáticas podem trazer para os negócios. Por enquanto, entre as cerca de 700 empresas de capital aberto no Brasil, apenas a mineradora Vale, a varejista de moda Renner, a indústria de papel Irani e empresa de cosméticos Natura adotaram o “período de teste” das normas, que passam a ser obrigatórias a partir do exercício de 2026 – com divulgação em 2027.  “Vamos fazer a divulgação antecipada muito numa lógica de liderar pelo exemplo. Se somos um grande incentivador e mobilizador dos novos reportes, a gente também deveria aderir a esse movimento e passar por isso de forma pioneira”, diz Virgínia Nicolau, superintendente de sustentabilidade da B3. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) fez uma pesquisa com empresas e 15 disseram que pretendem se comprometer com o reporte antecipado – elas têm até 31 de dezembro deste ano para divulgar essa decisão.”

Fonte: Capital Reset; 15/12/2025

Bradesco e Neoenergia emitem R$ 1 bi em debêntures do Eco Invest

“O Bradesco e a Neoenergia anunciaram, nesta segunda-feira (15/12), que realizaram as primeiras emissões de debêntures verdes, parte do Programa Eco Invest, no valor total de R$ 1 bilhão para modernização da infraestrutura elétrica. As operações foram divididas entre as distribuidoras Neoenergia Coelba (BA) e Neoenergia Elektro (SP/MS). Os recursos foram destinados a iniciativas como instalação de smart grids, aterramento de linhas expostas a riscos climáticos e renovação de subestações, linhas de transmissão e redes de distribuição. Os objetivos são elevar a eficiência do sistema, reduzir perdas técnicas e contribuir para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa (GEE). A emissão tem prazo de 10 anos e pagamento de juros semestrais. A ERM confirmou a aderência da operação ao Protocolo de Emissão de Dívida Verde & ESG da Neoenergia e ao Programa Eco Invest. “Essa captação reconhece a solidez do nosso plano de investimentos, voltado à modernização, digitalização e à resiliência da rede. Os recursos financiarão projetos que aumentam a confiabilidade do sistema e reduzem as emissões de GEE, um dos pilares centrais da nossa estratégia de sustentabilidade”, afirmou o CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui.”

Fonte: Eixos; 15/12/2025

Financiamento dos EUA a mineradoras brasileiras antecipa acordo por terras raras com Brasil

“Apesar de os governos brasileiro e americano ainda não terem fechado um acordo sobre minerais críticos, duas mineradoras com projetos avançados de terras raras do Brasil já fecharam contratos de financiamento que podem levar os Estados Unidos a ter vantagem no recebimento de suas produções. As mineradoras Serra Verde e Aclara, em Goiás, assinaram recentemente financiamentos com um banco estatal americano, o DFC (Development Finance Corporation), em acordos que podem evoluir para negócios maiores. Pelos termos do empréstimo fechado com a Aclara, por exemplo, o DFC pode converter o dinheiro devido em ações no futuro. Terras raras são um conjunto de 17 elementos químicos de difícil extração e refino, sendo alguns matéria-prima para a fabricação de ímãs essenciais para tecnologias relacionadas à transição energética, como carros elétricos, e à defesa. Para os EUA, o movimento faz parte da estratégia de depender menos do fornecimento de terras raras da China, hoje dona de 60% da extração global de terras raras e 90% da capacidade de refino. Por outro lado, os acordos diminuem o poder de barganha do Brasil, que abriga a terceira maior reserva de terras raras do mundo, atrás de China e Vietnã, em um eventual acordo com os EUA.”

Fonte: Valor Econômico; 15/12/2025

Brasil aprova Plano Clima, após dois anos e impasse com agropecuária

“Dois anos de negociações, oito planos setoriais de mitigação, dezesseis planos de adaptação e um impasse que inviabilizou o anúncio durante a COP30. O Plano Clima 2024-2035, aprovado nesta segunda-feira, 15, pelo Comitê Interministerial de Mudança do Clima, finalmente estabelece um roteiro para o Brasil reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 41% até 2030 e entre 49% e 58% até 2035, em comparação aos níveis de 2022. O documento pode representar a política pública mais abrangente já desenvolvida no país para enfrentar a emergência climática. Mas o caminho até sua aprovação foi permeado por tensões estruturais de um Brasil que segue tentando equilibrar sua vocação agrícola com compromissos ambientais cada vez mais urgentes. Este é o segundo anúncio do governo Lula em poucos dias na agenda ambiental. Há cerca de uma semana, o presidente assinou um decreto determinando que quatro ministérios apresentem, em 60 dias, uma proposta para a redução gradual da dependência de combustíveis fósseis.”

Fonte: Exame; 15/12/2025

Internacional

Ford recua em veículos elétricos e registra baixa contábil de US$ 19,5 bilhões

“Ford Motor informou, nesta segunda-feira (15), que fará uma baixa contábil de US$ 19,5 bilhões e que está encerrando vários modelos de veículos elétricos, no exemplo mais dramático até agora da retirada da indústria automotiva dos modelos movidos a bateria em resposta às políticas do governo Trump e ao enfraquecimento da demanda por elétricos. A empresa com sede em Dearborn, Michigan, afirmou que deixará de produzir o F-150 Lightning em sua versão totalmente elétrica, mas fará uma guinada para produzir um modelo elétrico de alcance estendido, uma versão de veículo híbrido chamada EREV, que utiliza um gerador a gasolina para recarregar a bateria. A empresa também está cancelando uma picape elétrica de próxima geração, com o codinome T3, assim como vans comerciais elétricas que estavam planejadas. Em vez disso, a Ford disse que fará uma forte guinada para modelos a gasolina e híbridos e, eventualmente, contratará milhares de trabalhadores, embora haja algumas demissões no curto prazo em uma fábrica de baterias no Tennessee de propriedade conjunta. A empresa espera que sua combinação global de híbridos, veículos elétricos de alcance estendido e veículos totalmente elétricos alcance 50% até 2030, ante 17% atualmente.”

Fonte: Valor Econômico; 15/12/2025

TotalEnergies conquista acordo de 21 anos para abastecer data centers do Google na Malásia

“TotalEnergies da França (TTEF. PA) disse na terça-feira que assinou um acordo de fornecimento de energia de 21 anos com o Google da Alphabet (GOOGL. O), comprometendo-se a fornecer 1 terawatt-hora de energia renovável para apoiar seus data centers na Malásia. A grande empresa francesa de energia disse que a energia será gerada pela nova usina solar Citra Energies na Malásia, cuja construção está prevista para o início de 2026. Em um acordo separado assinado em novembro, a TotalEnergies também concordou em alimentar os data centers do Google baseados nos EUA, em Ohio. Centros de dados fundados predominantemente por grandes empresas de tecnologia estão exigindo quantidades crescentes de energia, à medida que grupos de tecnologia correm para atender às demandas de desenvolvimento de IA, muitas vezes superando a capacidade das concessionárias domésticas de eletricidade.”

Fonte: Reuters; 16/12/2025

China inicia concessão de licenças de maior prazo para minerais críticos, diz comissário da UE

“A China começou a conceder licenças com prazos mais longos para permitir que empresas europeias obtenham minerais críticos essenciais para setores como tecnologias limpas, indústria automobilística e o setor de defesa, afirmou nesta segunda-feira (15) o comissário de comércio da União Europeia (UE), Maros Sefcovic. “Estamos recebendo os primeiros relatos da nossa indústria de que estão sendo concedidas essas licenças gerais, mas precisamos de informações um pouco mais detalhadas para avaliar todo o processo”, disse Maros Sefcovic, comissário europeu de Comércio. Autoridades em Bruxelas argumentam que licenças válidas por um ano ajudariam a aliviar gargalos no processo de solicitação, que ameaçava paralisar montadoras alemãs e outras indústrias vitais. “O fato de essa ideia ter sido recebida de forma favorável, de que parece que estamos obtendo as primeiras licenças gerais, e também de que o lado chinês foi receptivo aos nossos argumentos”, afirmou Sefcovic. A Comissão Europeia, braço executivo da UE responsável pelas negociações comerciais, intensificou nas últimas semanas os esforços para obter licenças gerais — cuja concessão permitiria embarques repetidos de terras raras ao longo de um período para compradores previamente aprovados.”

Fonte: Valor Econômico; 15/12/2025

A UE estende a taxa de carbono na fronteira para novos produtos, mostram rascunhos

“A União Europeia planeja expandir sua próxima tarifa de fronteira sobre carbono para abranger produtos importados, incluindo peças de automóveis, geladeiras e máquinas de lavar, segundo documentos preliminares da Comissão Europeia vistos pela Reuters, numa tentativa de fechar uma brecha para que empresas estrangeiras contornem a taxa. O plano faz parte de um pacote de medidas ligadas à sua tarifa de fronteira de carbono, inédita no mundo, que a UE planeja publicar na quarta-feira, antes que a taxa comece a impor custos de emissão de CO2 às importações de aço, cimento e outros bens a partir de janeiro. “A proposta ampliará o escopo do Mecanismo de Ajuste de Fronteira de Carbono para enfrentar o risco de vazamento de carbono para produtos mais abaixo na cadeia de valor dos produtos de aço e alumínio atualmente no escopo da CBAM”, afirmou o rascunho da proposta da Comissão. Um porta-voz da Comissão recusou-se a comentar sobre o rascunho, que ainda pode mudar antes de sua publicação. A medida estenderia a taxa para produtos com base em uma avaliação de sua exposição ao “vazamento de carbono” – o risco de que indústrias se mudassem para fora da Europa para evitar as rígidas políticas climáticas da região.”

Fonte: Reuters; 16/12/2025

UE vai ceder o caminho para proibição de motores a combustão após pressão da montadora

“A Comissão Europeia está prestes a recuar na proibição planejada pela UE sobre carros novos com motor de combustão a partir de 2035, permitindo a continuidade das vendas de alguns veículos não elétricos após intensa pressão da Alemanha, Itália e do setor automotivo europeu. O executivo da UE parece ter cedido ao apelo das montadoras para que possam continuar vendendo híbridos plug-in e extensores de autonomia que queimam biocombustíveis ou combustíveis sintéticos neutros em CO2, enquanto lutam para competir com a Tesla (TSLA. O) e veículos elétricos chineses. De acordo com as regras atuais da UE, todos os carros novos a partir de 2035 devem ter emissões zero. Mas, segundo a proposta de terça-feira, a redução das emissões de CO2 será reduzida em 90% em relação aos níveis de 2021, em vez de 100%. Manfred Weber – presidente alemão do PPE, o maior grupo no Parlamento Europeu – disse que entendia que o nível de 90% havia sido acordado pela Comissão e que a redução reduzida ainda representava progresso. “Uma redução de 90% em relação a 2035 é uma redução massiva”, disse ele em uma coletiva de imprensa em Estrasburgo.”

Fonte: Reuters; 16/12/2025

Os EUA exigem que a UE isenta sua lei de emissões de gás do metano, segundo documento

“Os EUA exigiram que a União Europeia isente seu petróleo e gás das obrigações sob a lei de emissões de metano do bloco sobre importação de combustíveis até 2035, mostrou um documento do governo dos EUA visto pela Reuters. A partir deste ano, a UE exige que importadores de petróleo e gás para a Europa monitorem e reportem as emissões de metano associadas a essas importações, numa tentativa de conter as emissões desse potente gás que aquece o planeta. A política climática, pioneira no mundo, enfrentou oposição do secretário de Energia dos EUA, Chris Wright, que a declarou impossível de implementar e alertou que poderia interromper o fornecimento de gás dos EUA para a Europa. Países europeus aumentaram as importações de gás natural liquefeito dos EUA à medida que eliminam o petróleo e o gás da Rússia. O documento dos EUA afirmou que, na ausência de uma “revogação total” da lei da UE, Washington estava pedindo à UE que “adiasse a exigência de reporte de dados de emissões dos EUA sob o EUMR [Regulamento Europeu do Metano] até outubro de 2035.” “Os Regulamentos Europeus sobre Metano são uma barreira comercial crítica não tarifária que impõe um ônus excessivo aos exportadores dos EUA e à nossa relação comercial”, dizia o documento, distribuído aos governos-membros da UE antes de uma reunião de seus ministros de energia em Bruxelas na segunda-feira.”

Fonte: Reuters; 15/12/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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