Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,38% e 0,33%, respectivamente.
• Do lado das empresas, (i) a Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) solicitou à CVM ajustes na Resolução 193, que prevê a obrigatoriedade de divulgação de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade e ao clima segundo os padrões internacionais IFRS S1 e S2; e (ii) a joint venture formada pela Edge, do grupo Cosan, e a Orizon, a Biometano Verde Paulínia (BVP) recebeu aprovação de ~R$ 450 milhões em financiamento do BNDES para custear a construção de uma planta de purificação de biogás em Paulínia – cerca de 80% serão financiados com recursos do Fundo Clima e 20% por meio da linha Finem.
• Na política, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou que a análise dos projetos de mineração de terras raras da Viridis Mining e da Meteoric Resources, que estão em processo de licenciamento, saia da pauta do Conselho de Política Ambiental de Minas Gerais (Copam).
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Brasil
Empresas
Abrasca pede à CVM flexibilização na adoção das normas de sustentabilidade
“A Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) solicitou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ajustes na Resolução 193, que prevê a obrigatoriedade de divulgação de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade e ao clima segundo os padrões internacionais IFRS S1 e S2. A CVM, por meio da resolução 193, determina que as empresas de capital aberto, fundos de investimento e companhias securitizadoras devem elaborar e divulgar relatórios de informações financeiras relacionados à sustentabilidade, baseados nos padrões emitidos pelo International Sustainability Standards Board (ISSB, conselho global que cria padrões internacionais para o relato de sustentabilidade). A divulgação será obrigatória a partir dos exercícios sociais iniciados em 1º de janeiro de 2026. No entanto, as empresas podem fazer uma adoção antecipada para o exercício social iniciado em 1º de janeiro deste ano. Em carta enviada ao regulador, a qual o Valor teve acesso, a Abrasca elenca outros desafios à agenda contábil e de adequação financeira das empresas, também a partir de 2026, como a implementação simultânea da Reforma Tributária do Consumo, novas regras do Pilar 2 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a tributação sobre dividendos. Em meio a esse cenário, a Comissão de Auditoria e Contabilidade (Canc) e a Comissão de Liquidez, Finanças e Tributação (Clift) da Abrasca têm “acompanhado atentamente” as companhias associadas na implementação dessas normas ao longo de 2025 e na mensuração do nível de consolidação das regras IFRS S1 e S2.”
Fonte: Valor Econômico; 18/12/2025
JV entre Edge e Orizon recebe financiamento de R$ 450 mi do BNDES para usina de biometano
“Joint venture formada por Edge, do grupo Cosan, e Orizon VR, a Biometano Verde Paulínia S.A. (BVP) recebeu aprovação de cerca de R$ 450 milhões em financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para custear a construção de uma planta de purificação de biogás em Paulínia (SP). Cerca de 80% serão financiados com recursos do Fundo Clima e 20% por meio da linha Finem. BVP é a razão social da Onebio. A planta de produção de biometano instalada no Ecoparque Orizon VR receberá todo o biogás gerado a partir de resíduos urbanos do aterro sanitário para purificação. O projeto foi iniciado em 2023, mas ainda não entrou em operação. De acordo com o BNDES, é o maior empreendimento de biometano do país atualmente, com capacidade de produzir até 225 mil m3 por dia de gás de origem renovável. “Esse projeto vai produzir biometano a partir do biogás gerado pelos resíduos depositados no aterro, evitando a emissão de 100,7 mil toneladas de CO2 equivalentes por ano”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Milton Pilão, CEO da Orizon VR, conta que a planta de Paulínia adota estrutura já implementada em empreendimento do grupo em Pernambuco e servirá de modelo para a expansão futura em outros aterros sanitários.”
Fonte: Eixos; 18/12/2025
Inpasa anuncia R$ 3,5 bi na expansão da produção de etanol de milho no MT
“A Inpasa anunciou, nesta quinta-feira (18/12), o investimento de R$ 3,48 bilhões no Mato Grosso, que inclui a construção de uma nova biorrefinaria de etanol em Rondonópolis e a ampliação da usina de Nova Mutum. A novo empreendimento será a décima unidade da companhia e a terceira no estado, com investimento de R$ 2,77 bilhões. A inauguração está prevista para o primeiro trimestre de 2027. A unidade terá capacidade para processar 2 milhões de toneladas de grãos por ano, resultando na produção de 1 bilhão de litros de etanol, 490 mil toneladas de DDGS (ingrediente para nutrição animal), 47 mil toneladas de óleo vegetal e 345 mil GWh de energia elétrica. Já em Nova Mutum, o investimento será de R$ 704 milhões e a expansão adicionará 1 milhão de toneladas de grãos na capacidade anual, totalizando 3 milhões de toneladas. A produção adicional será de 350 milhões de litros de etanol, totalizando a produção de 1,4 bilhão de litros. A obra deve ser concluída até o final de 2026. Segundo o presidente da Inpasa, Éder Odvar Lopes, o investimento marca um dos maiores ciclos de expansão da história da companho.”
Fonte: Eixos; 18/12/2025
Análise: Com Redata para 2026, Brasil atrasa projetos bilionários e data centers sustentáveis
“Apesar da expectativa (e pressão) de grandes empresas de tecnologia, a votação da Medida Provisória que instituirá o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (Redata) ficou para fevereiro de 2026. Na terça-feira, 16, a deputada Luisa Canziani, presidente da comissão especial que analisa o projeto de regulamentação da inteligência artificial, anunciou o adiamento. E o conteúdo da MP do Redata será incorporado ao PL 2338/2023 da IA no Brasil, que já tramita na Câmara dos Deputados. A estratégia de votar os dois temas em conjunto já estava definida, mas a votação prevista para esta semana não aconteceu por falta de tempo hábil. Agora precisa ocorrer antes que a MP perca sua validade. Com uma matriz energética que gera aproximadamente 90% a partir de fontes renováveis, o Brasil possui características únicas para se tornar uma potência global em infraestrutura digital sustentável. O país conta com cerca de 180 milhões de pessoas online e é o segundo maior usuário de plataformas como TikTok, Facebook, Instagram e Netflix. A demanda digital, portanto, é massiva. Mas há um problema. “Atualmente, cerca de 40% dos dados gerados por brasileiros são processados no exterior por falta de capacidade instalada no território nacional”, aponta Rafael Pellon, advogado especializado em direito digital e regulação de tecnologias.”
Fonte: Exame; 18/12/2025
Política
Ministério da Agricultura quer adiar início de restrição no crédito rural por desmatamento
“O Conselho Monetário Nacional (CMN) deverá aprovar nesta quinta-feira (18/12) o adiamento, de janeiro para abril de 2026, da aplicação de novas regras ambientais a serem seguidas pelas instituições financeiras para concessão de crédito rural com juros controlados. Há pressão de entidades do setor produtivo, da bancada ruralista e do Ministério da Agricultura por uma extensão mais longa do prazo para entrada em vigor da medida, de dois anos.”
Fonte: Exame; 18/12/2025
MPF recomenda suspensão de licenciamentos em MG
“O Ministério Público Federal (MPF) recomendou que a análise dos projetos de mineração de terras raras da Viridis Mining e da Meteoric Resources, que estão em processo de licenciamento, saia da pauta do Conselho de Política Ambiental de Minas Gerais (Copam). A análise, prevista na agenda de hoje (19) do conselho, já havia sido retirada da pauta em novembro, após manifestação anterior do MPF, que citou preocupação com riscos ambientais para pedir estudos e consultas complementares. Em parecer do início do mês, a Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais (Feam) disse que tinha acatado pedidos anteriores do órgão e incluído novas condicionantes, e sugeriu a aprovação da licença prévia dos projetos. Ontem (18), informou ao Valor que analisava a nova recomendação do MPF, ainda sem decisão. O MPF chama de “precoce” a reinclusão e recomenda, de modo “urgente”, que o retorno à pauta aconteça apenas após recebimento de respostas de ofícios enviados pela Feam a diferentes órgãos consultados sobre os projetos, entre eles a Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), para confirmar a ausência de ressalvas.”
Fonte: Valor Econômico; 19/12/2025
Internacional
Empresas
A Eni e a GIP da BlackRock assumem o controle conjunto da unidade de captura de carbono
“Eni (ENI.MI) completou a venda de uma participação de 49,99% em sua unidade de captura e armazenamento de carbono para a BlackRock’s (BLK. N), o fundo de infraestrutura Global Infrastructure Partners, dando aos dois grupos controle conjunto do negócio, informou na quinta-feira. O acordo faz parte da estratégia da Eni para desmembrar negócios específicos e trazer parceiros para ajudar a financiar investimentos nessas unidades. Ela entrega uma participação maior do que em acordos anteriores em relação às suas unidades de baixo carbono Plenitude e Enilive, quando limitou a participação dos parceiros a 30%. A CCUS Holding da Eni opera os projetos Liverpool Bay e Bacton na Grã-Bretanha, além do projeto L10-CCS na Holanda. A unidade CCUS também tem o direito de adquirir os 50% detidos pela Eni no projeto de captura de carbono que lançou com a operadora de rede de gás Snam (SRG.MI), na Itália. Projetos adicionais poderiam ser adicionados no médio prazo, disse o grupo italiano, sem divulgar o valor financeiro do acordo. “Essa parceria estratégica aumenta o potencial industrial e o valor dos projetos do portfólio, reforça a ambição da Eni de ser um dos principais players globais no setor de captura e armazenamento de carbono, e abre caminho para futuras oportunidades de crescimento”, disse a Eni em comunicado.”
Fonte: Reuters; 18/12/2025
Coalizão apoiada por Big Tech apoia empresa de remoção de carbono de resíduos biorresíduos
“Uma coalizão apoiada por grandes empresas de tecnologia, incluindo Google e Stripe, concordou em pagar US$ 44,2 milhões por créditos de carbono de uma empresa canadense que visa remover dióxido de carbono de resíduos biolâmicos, disse à Reuters o chefe de implantação da coalizão. A Frontier, lançada em 2022 pela Stripe, Google, Meta, Shopify e McKinsey, tem como objetivo ajudar a escalar tecnologias de remoção de carbono comprometendo-se a comprar créditos com antecedência, reduzindo assim o risco dos projetos e ajudando-os a crescer mais rapidamente. O grupo planeja gastar US$ 1 bilhão em créditos entre 2022 e 2030. Seu acordo mais recente abrange 122.000 toneladas métricas de CO2 a serem armazenadas entre 2026 e 2030 pela NULIFE GreenTech, que converte resíduos agrícolas e industriais – incluindo gordura do processamento de alimentos – em bioóleo. Os créditos foram adquiridos a um preço médio ponderado de $362 por tonelada. O NULIFE utiliza cozimento sob alta pressão para decompor resíduos em substâncias como o bioóleo, que é injetado em cavernas de sal a mais de 1.000 metros de profundidade para armazenamento permanente. A Frontier estima que a tecnologia pode escalar para 1,5 gigatonelada de remoção de carbono anualmente até 2040. “O objetivo da Frontier é realmente criar um portfólio de soluções que acreditamos ter mais chances de alcançar um futuro em escala gigatonel”, disse Hannah Bebbington Valori, chefe de implantação da Frontier, em entrevista.”
Fonte: Reuters; 18/12/2025
Política
EUA avaliam manter reserva estratégica de lítio para estabilizar preços
“Uma reserva estratégica de lítio está sendo cogitada como solução para estabilizar os preços voláteis que têm prejudicado os projetos de mineração dos Estados Unidos. Em tese, essa reserva permitiria desafiar o domínio quase total da China no mercado desse metal essencial para baterias. O governo dos Estados Unidos compraria e venderia carbonato de lítio para sua reserva estratégica, inspirada na Reserva Estratégica de Petróleo, para manter os preços em um nível ideal para produção e consumo, de acordo com uma proposta em um documento de política de dez páginas publicado por Howard Klein, analista de lítio e sócio da RK Equity, com sede em Nova York. A commodity é um dos muitos minerais críticos para os quais o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está tentando construir uma cadeia de suprimentos independente da China. Embora ideias semelhantes já tenham sido apresentadas anteriormente, o documento de Klein, publicado no início de dezembro, descreve uma maneira mais detalhada de apoiar empresas privadas no desenvolvimento de uma indústria de lítio não chinesa, sem a preocupação com mudanças imprevisíveis de preços e outros riscos.”
Fonte: Valor Econômico; 19/12/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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