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16ª Conferência de Biodiversidade da ONU (COP16) começa hoje na Colômbia | Café com ESG, 21/10

COP16 começa hoje; Vale, BHP e Samarco avançam em acordo sobre Mariana

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O Ibovespa e o ISE terminaram a semana passada em território negativo, recuando 0,38% e 0,11%, respectivamente. Em linha, o pregão de sexta-feira terminou em queda, com o IBOV e o ISE recuando 0,22% e 0,20%.

• No Brasil, (i) as mineradoras Vale, BHP e Samarco estão discutindo um acordo de compensação de quase US$30 bilhões com as autoridades brasileiras relacionadas ao colapso da barragem de Mariana em 2015 – segundo a Reuters, o acordo deve ser assinado no dia 25 de outubro; e (ii) durante a 4ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20 (22-24/outubro), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve lançar uma nova plataforma de investimentos verdes, chamada de Plataforma Brasil de Investimento Climático e para a Transformação Ecológica – a iniciativa visa conectar investidores privados internacionais a projetos estratégicos de desenvolvimento sustentável no Brasil, com foco na transição ecológica e no combate às mudanças climáticas.

• No internacional, começa hoje a 16ª Conferência de Biodiversidade da ONU, em Cali, na Colômbia – o evento começará já com uma frustração provocada pelo insucesso de países em cumprir prazos, com o Brasil e outros 163 signatários do “Acordo de Paris da Biodiversidade” ainda sem um plano nacional claro para proteger e restaurar a fauna e flora locais.

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Brasil

Empresas

Iniciativa da ONU vai acelerar fertilizante à base de hidrogênio verde em MG

“Não há quem resista ao jeitinho mineiro, mas agora, foram a inovação e a oportunidade de negócio que atraíram uma iniciativa global para Minas Gerais. Uma planta industrial da Atlas Agro, que vai produzir fertilizantes nitrogenados de baixo carbono usando hidrogênio verde, foi a primeira selecionada para integrar uma aliança global que quer acelerar a descarbonização em setores que emitem muito CO2. O Acelerador de Transição Industrial (ITA, na sigla em inglês) foi lançada há um ano, na COP28, em Dubai, pela presidência da conferência, a convenção do clima da ONU e a Bloomberg Philanthropies. O Brasil foi o primeiro país a aderir formalmente à iniciativa.  Depois de alguns meses de chamada pública para a inscrição de projetos, a Atlas Agro foi anunciada nesta quinta-feira (17) como primeira escolhida. A empresa, fundada há três anos na Suíça, está erguendo uma planta em Uberaba integrando a produção do hidrogênio verde com a do fertilizante nitrogenado – seu produto final. A previsão é que os investimentos totais superem os R$ 5 bilhões. “Nesse projeto, encontramos todas as qualidades que estávamos buscando: uma redução importante das emissões de CO2 associadas à produção de fertilizantes e escala comercial, com potencial de ser replicado”, disse Faustine Delasalle, diretora-executiva do secretariado do ITA, ao Reset durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta quinta-feira, 17.  Outro diferencial foi o foco da empresa no mercado interno. A ideia é que o fertilizante seja comercializado em um raio de até 500 quilômetros para grandes produtores da região.”

Fonte: Capital Reset; 18/10/2024

Petrobras e Vale formalizam parceria para diesel coprocessado

“Petrobras e Vale assinaram nesta sexta (18/10) um acordo para fornecimento de diesel coprocessado com óleo vegetal, batizado pela petroleira de Diesel R, para uso nos veículos da mineradora. O acordo, que prevê a ação conjunta das empresas para avaliação de oportunidades de negócios em baixo carbono, foi antecipado pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard, na segunda (14). Em nota, a estatal afirma ainda que as ações em estudo incluem gás natural e bunker com 24% de biodiesel. “Estamos desenvolvendo combustíveis cada vez mais verdes e honrando nosso compromisso de descarbonização das nossas atividades. A parceria com a Vale é mais uma concretização do objetivo da Petrobras de aperfeiçoar a capacidade produtiva e a estrutura logística da empresa, para entregar ao mercado produtos mais verdes. Como o Diesel R e reforçar nossa estratégia de descarbonização”, afirma Chambriard. Segundo a Petrobras, o combustível fornecido à Vale tem 18,3% de conteúdo renovável, sendo 14% resultantes da adição obrigatória de biodiesel e o restante oriundo do coprocessamento de derivados de petróleo com matérias-primas de origem vegetal. O produto está abastecendo uma locomotiva, que percorre o trajeto da estrada de ferro do Espírito Santo a Minas Gerais; além de um caminhão fora de estrada com capacidade para 214 toneladas, que opera na mina Fábrica Nova, no Complexo Mariana (MG). Esta é a primeira venda da Petrobras do seu diesel coprocessado diretamente para um consumidor final.”

Fonte: Eixos; 18/10/2024

Cubatão desponta como possível hub de hidrogênio verde, diz GIZ

“Cubatão, cidade litorânea de São Paulo, pode se tornar o primeiro hub brasileiro de hidrogênio verde (H2V) fora da região Nordeste. O projeto é fruto de uma parceria entre a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ) e o Ministério de Minas e Energia (MME). Com previsão de divulgação da versão final do estudo de viabilidade do hub de hidrogênio verde em novembro, a iniciativa está inserida no programa H2Brasil e se junta a outros 15 trabalhos já realizados em parceria com o MME. Markus Franke, diretor do programa H2Brasil da GIZ, afirma que o potencial em Cubatão é muito grande porque a região reúne todas as precondições necessárias para dar andamento ao novo setor. “Mas temos que ter esse estudo em mãos para ver o que mais é preciso fazer para acelerar esse processo”, disse em entrevista à agência eixos. Ele mencionou que uma das vantagens é a presença de diversas indústrias já instaladas, como aço, fertilizantes e petroquímica, que tornam Cubatão um local privilegiado para o desenvolvimento do setor, além da sua conexão ao Porto de Santos. “Em teoria, temos toda a indústria lá. Temos o porto para importação e exportação. Temos todos os profissionais lá. É muito interessante também porque é o único hub, nesse momento, fora do Nordeste, que está em um certo foco”. Em setembro, o presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, anunciou que está estudando a produção de hidrogênio verde usando a energia gerada pela Usina de Itatinga – instalada no porto. O elevado custo da produção de hidrogênio verde seria reduzido pela infraestrutura já existente na usina, que possui capacidade instalada de 15 megawatts/hora.”

Fonte: Eixos; 18/10/2024

Brasil fechará acordo de indenização de US$ 30 bilhões com mineradores pelo rompimento de barragem em 2015, dizem fontes

“As mineradoras Vale, BHP e Samarco estão discutindo um acordo de compensação de quase 30 bilhões de dólares com as autoridades brasileiras relacionadas ao colapso da barragem de Mariana em 2015, disseram na sexta-feira, com um acordo previsto para ser assinado em 25 de outubro, segundo fontes. O rompimento da barragem em uma mina de minério de ferro de propriedade da Samarco, uma joint venture entre a Vale e a BHP, perto da cidade de Mariana, há nove anos, desencadeou uma onda de rejeitos tóxicos em um desastre que matou 19 pessoas, deixou centenas de desabrigados, inundou florestas e poluiu toda a extensão do rio Doce. As três empresas de mineração vêm negociando há anos um acordo de indenização com o Ministério Público do país e com autoridades estaduais e federais, esperando que um acordo encerre várias ações judiciais sobre o assunto. Em declarações separadas e registros de títulos, a Vale, a BHP e a Samarco disseram que a versão do acordo atualmente em discussão incluiria uma compensação total de 170 bilhões de reais (29,9 bilhões de dólares), com 100 bilhões de reais a serem pagos ao longo de 20 anos diretamente às autoridades públicas. O valor total também inclui 32 bilhões de reais a serem gastos pelas empresas em medidas de remediação e compensação, e outros 38 bilhões de reais que já foram desembolsados, de acordo com as empresas. O acordo deverá ser assinado oficialmente em 25 de outubro, segundo quatro fontes informaram à Reuters na sexta-feira. O jornal local O Globo havia informado a data no início do dia.”

Fonte: Reuters; 18/10/2024

Corrida global por minerais críticos e ouro aquece procura por projetos no Brasil

“O interesse por commodities metálicas ligadas à tecnologia e à transição energética, como lítio e cobre, deu novo impulso às buscas por depósitos minerais e projetos pelo mundo, com reflexo no aquecimento das operações de fusão e aquisição (M&As, na sigla em inglês) no setor. Além desses minerais, a procura por ouro segue em alta, e o Brasil é um dos países que estão no alvo de empresas e de governos estrangeiros por causa do potencial de suas reservas. No mundo, segundo dados da Dealogic, os M&As anunciados na indústria somavam US$ 48 bilhões no ano até agosto, uma alta de 8% na comparação anual, incluindo operações com reflexo no Brasil – esse número poderia quase dobrar se a Anglo American não tivesse recusado a oferta de compra de US$ 43 bilhões feita pela BHP em maio. A tendência, segundo especialistas e executivos do setor, é que esse movimento ganhe tração nos próximos anos. Os investimentos previstos também são vultosos: só no país, até 2028, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), serão aportados US$ 64,5 bilhões, sem considerar potenciais aquisições. A gigante australiana do lítio, Pilbara Minerals, chegou ao país em agosto com a compra da também australiana Latin Resources, por US$ 370 milhões. No mês passado, a mineradora anunciou um aporte de R$ 2,2 bilhões (US$ 400 milhões) para desenvolver seu projeto em Salinas, no Vale do Jequitinhonha (MG). “O Projeto Salinas Lithium, com seu potencial de se tornar uma das maiores operações de lítio de rocha dura do mundo, será vital para consolidar nossa posição de liderança nos mercados de baterias da América do Norte e Europa”, disse à época Dale Henderson, diretor administrativo e CEO da Pilbara Minerals.”

Fonte: Valor Econômico; 21/10/2024

Primeiro leilão do EcoInvest atinge R$ 7 bi para economia verde

“O Tesouro Nacional fechou na semana passada a primeira operação do EcoInvest, um programa para atrair capital estrangeiro para projetos verdes no Brasil. O leilão para que os bancos possam tomar uma linha de crédito subsidiada atingiu entre R$ 6 bilhões e R$ 7 bilhões. O resultado foi anunciado por Fernando Haddad, ministro da Fazenda, nesta sexta-feira (18) no lançamento do programa de crédito Acredita, em São Paulo. Com isso, devem ser alavancados R$ 45 bilhões em recursos privados. “O público entra com 1 real e o privado tem que entrar com no mínimo 6 reais, para casar um recurso a juro baixo para alavancar projetos de transformação ecológica”, disse Haddad. O leilão usou o modelo de blended finance, em que o capital catalítico (filantrópico ou subsidiado) entra para reduzir custos ou mitigar riscos, atraindo recursos privados em maior escala. Um dos critérios de seleção das propostas foi a capacidade dos bancos de alavancar com recursos captados no exterior o dinheiro subsidiado pelo governo. Pelas regras, a alavancagem mínima tem que ser de seis vezes. Haddad citou que os recursos poderão ser usados para financiar projetos de SAF (combustível de aviação sustentável), economia circular, biocombustíveis, energia eólica e solar. “Não estamos falando da velha indústria, estamos falando da coisa mais moderna do mundo. O Brasil tem que participar do que tem de mais moderno no mundo ou nós vamos ficar para trás”, afirmou. A alocação dos recursos ainda não foi definida e está sendo analisada pelo Tesouro a partir das propostas recebidas dos bancos, que enviaram suas propostas até o dia 11 de outubro. A tendência é que o Tesouro aloque até R$ 7 bilhões nessa primeira rodada.”

Fonte: Capital Reset; 18/10/2024

Brasil vai lançar plataforma para financiamento de projetos verdes durante reunião do G20 nos EUA

“O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai anunciar na próxima semana o lançamento de uma nova plataforma de investimentos verdes, em Washington, nos Estados Unidos, durante a 4ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, que ocorrerá entre os dias 22 e 24 de outubro. A Plataforma Brasil de Investimento Climático e para a Transformação Ecológica visa conectar investidores privados internacionais a projetos estratégicos de desenvolvimento sustentável no Brasil, com foco na transição ecológica e no combate às mudanças climáticas. O evento principal do lançamento está marcado para quarta-feira (23/10). “Começamos a colocar instrumentos que podem ser úteis para financiamento de projetos estratégicos no Brasil”, afirma Ivan Tiago Machado Oliveira, subsecretário de Financiamento ao Desenvolvimento Sustentável. Ele participou de webinar nesta sexta (18/10) sobre a chamada pública que irá selecionar propostas de hubs de hidrogênio de baixo carbono no Brasil, para concorrerem a financiamento internacional. O subsecretário explica que a ferramenta permitirá o uso de mecanismos como de derisking – processo que visa reduzir os riscos financeiros para investidores – além de crédito concessional e a participação de bancos multilaterais de desenvolvimento. “Projetos que componham essa chamada dos hubs, por exemplo, podem eventualmente compor a plataforma de financiamento do Brasil e, com isso, pensar em mecanismos de derisking, uso de crédito concessional, chamada dos bancos multilaterais de desenvolvimento e acesso a investidores internacionais que queiram gerar impacto no Brasil”.”

Fonte: Eixos; 18/10/2024

Hubs de hidrogênio devem privilegiar adensamento nacional e descarbonização da indústria, diz governo

“Chamada pública de propostas de hubs de hidrogênio de baixo carbono no Brasil espera fortalecer cadeias produtivas nacionais e acelerar a redução de emissões em setores considerados de difícil descarbonização (hard-to-abate), como aço, cimento, química, papel e celulose, vidro e alumínio. A iniciativa, lançada no início do mês pelo Ministério de Minas e Energia (MME), em parceria com Fazenda (MF) e Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), tem como base a criação de hubs que integrem a produção e o consumo de hidrogênio de baixo carbono em uma mesma localidade. “Queremos priorizar o adensamento das cadeias produtivas. Queremos vender hidrogênio embarcado em produtos de baixa pegada de carbono”, disse o secretário de Economia Verde do MDIC, Rodrigo Rollemberg, durante webinar sobre a chamada pública, nesta sexta (18/10). “O grande desafio da descarbonização industrial está em seis setores: aço, cimento, química, papel e celulose, vidro e alumínio. Alguns desses vão precisar do hidrogênio para descarbonizar seus processos”, completou. Os critérios da chamada pública incluem, entre outros, a produção de hidrogênio associada a um uso industrial, a capacidade de gerar sinergias com outros setores, como propostas associadas a portos, bem como a quantidade de hidrogênio e seus derivados produzidos. Também serão privilegiados projetos que promovam o adensamento das cadeias produtivas brasileiras e com maior potencial de redução das emissões de gases de efeito estufa. As propostas escolhidas irão compor a submissão do governo brasileiro ao Climate Investment Funds (CIF) para o Programa de Descarbonização Industrial, que destinará entre US$ 125 milhões e US$ 250 milhões para essas iniciativas.”

Fonte: Eixos; 18/10/2024

Brasil chega à COP16 sem plano para biodiversidade

“A 16ª Conferência de Biodiversidade da ONU começa nesta segunda-feira, 21, com o gosto amargo – e já conhecido – da frustração provocada pelo insucesso de países em cumprir prazos. O Brasil e outros 163 signatários do “Acordo de Paris da Biodiversidade” chegam em Cali, na Colômbia, sem um plano nacional claro para proteger e restaurar a fauna e flora locais. A expectativa era que os 196 países que se comprometeram com o Marco Global Kunming-Montreal da Diversidade Biológica, negociado nas duas edições anteriores da conferência, apresentassem suas Estratégias e Planos de Ação Nacionais para a Biodiversidade (NBSAPs, na sigla em inglês) atualizadas até a a COP16. Nem 20% o fizeram. Parte do trabalho também envolvia apresentar metas nacionais em linha com o acordo – 105 dos 196 países apresentaram ao menos uma até o momento. O Brasil não vai fazer uma coisa nem outra. “Sendo o Brasil o país que abriga mais de 20% da biodiversidade do planeta, é esperado que desempenhe um papel-chave durante o evento e que lidere a discussão pelo exemplo. No entanto, ao não entregar a sua NBSAP durante o evento, o Brasil perde o seu protagonismo”, diz em nota a ONG The Nature Conservancy Brasil, referência global sobre conservação do meio ambiente. A organização destaca, no entanto, a expectativa “muito grande” sobre os compromissos que serão firmados e o reconhecimento de um grande esforço de diálogo com a sociedade, “que deve resultar em uma estratégia robusta”. O plano do governo brasileiro é apresentar em Cali um balanço das atividades dos últimos dois anos, mostrando um alinhamento das ações com o Marco Global.”

Fonte: Capital Reset; 21/10/2024

Internacional

Empresas

Mulheres avançam no C-level, diz pesquisa

“Na última década, a representação feminina aumentou nos postos de gestão – pelo menos nos Estados Unidos e Canadá. Hoje, as executivas compõem 29% dos cargos no C-level, em comparação com apenas 17%, em 2015. No entanto, o cenário não é tão positivo como os números sugerem: as profissionais continuam subrepresentadas nos organogramas, problema que é ainda mais grave para as líderes negras. A análise aparece no estudo “Mulheres no local de trabalho 2024”, produzido pela consultoria McKinsey & Company em parceria com a Lean In, organização global de apoio à liderança feminina. O levantamento ouviu mais de 15 mil funcionários e 280 líderes de RH de 281 empresas que empregam, ao todo, dez milhões de pessoas nos EUA e Canadá. Os dados indicam que as mulheres continuam enfrentando barreiras no início da carreira: elas são menos propensas do que os homens para serem contratadas em cargos de “nível básico”, o que as deixa subrepresentadas desde o começo da jornada profissional. Com isso, têm menos probabilidades do que os colegas de obter uma primeira promoção para uma função gerencial – uma situação que não melhorou nos últimos anos. Em 2018, para cada 100 homens que receberam a primeira promoção para gestor, apenas 79 mulheres brancas tiveram a mesma ascensão. Em 2024, na mesma proporção, apenas 81 executivas brancas fizeram o mesmo movimento. Por causa desse panorama, conhecido no mercado de trabalho como “degrau quebrado” na escalada corporativa, os homens sempre superam as mulheres na ocupação de cadeiras de gestão, tornando mais difícil para as empresas apoiarem o progresso sustentado das executivas em patamares mais seniores, analisa o estudo.”

Fonte: Valor Econômico; 19/10/2024

Ações de energia nuclear disparam com demanda de inteligência artificial de big techs

“As ações de companhias de energia nuclear alcançaram altas recordes nesta semana, após a Google (GOGL34) e a Amazon (AMZO34) fecharem acordos sobre fornecimento de energia. O objetivo é acelerar a implementação de pequenos reatores modulares (SMRs) nos Estados Unidos. As desenvolvedoras de SMRs listadas em bolsa nos EUA, como a Okio Inc. e a NuScale viram uma alta de 99% e 37% nos seus papéis, respectivamente, durante a última semana. O valor das ações subiram após as rivais X-energy e Kairos Power, duas desenvolvedoras privadas de SMRs, anunciarem acordos de financiamento. Outras companhias do ramo, como Cameco, Constellation e BWX Technologies também tiveram recordes históricos em suas ações. Os acordos têm como objetivo implantar até 12 reatores de nova geração para fornecer eletricidade de baixo carbono para os datacenters de inteligência artificial da Amazon e do Google, que demandam muita energia elétrica. Essas centrais estão ganhando notoriedade por conta da alta demanda energética nos EUA, o que tem dificultado esforços para diminuir a dependência de combustíveis fósseis e descarbonizar o setor. A Constellation Energy Group, que opera grande parte dos reatores convencionais no país, viu o valor de suas ações mais do que dobrarem desde o começo de 2024. No mês passado, a empresa assinou um acordo para fornecer energia à Microsoft por 20 anos. Esse movimento do mercado vai levar à reabertura da usina nuclear de Three Mile Island, na Pensilvânia, região em que houve o acidente nuclear mais sério da história dos EUA, em 1979, quando um dos reatores sofreu uma fusão parcial.”

Fonte: InfoMoney; 20/10/2024

EUA vão financiar US$ 2 bi para reforçar rede elétrica contra clima extremo

“O governo de Joe Biden decidiu destinar quase US$ 2 bilhões em financiamento para ajudar a proteger a rede elétrica dos EUA contra condições climáticas extremas e para expandir os projetos de transmissão. O financiamento para 32 projetos será disponibilizado pelo Departamento de Energia e abrangerá 42 estados, informou o governo em um comunicado nesta sexta-feira (18). Os investimentos incluirão empresas de serviços públicos cujas redes foram destruídas pelos furacões Helene e Milton nas últimas semanas. Alguns fundos serão destinados à construção de mais de 300 milhas (483 quilômetros) de novas linhas de transmissão elétrica e à modernização de
mais de 650 milhas de linhas de transmissão existentes. “Os furacões Helene e Milton, devastadores e mortais, mostraram claramente como os eventos climáticos extremos continuam a estressar os sistemas elétricos envelhecidos do país”, disse a secretária de Energia, Jennifer Granholm, no comunicado.”

Fonte: Bloomberg Línea; 18/10/2024

Biden deve visitar a floresta amazônica em novembro, segundo fontes

“O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve visitar a floresta amazônica e se encontrar com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva antes de participarem da cúpula do G20 no Rio de Janeiro em novembro, disseram à Reuters fontes familiarizadas com as negociações. Biden faria uma parada em Manaus, a maior cidade da Amazônia, ou em Belém, na foz do rio Amazonas, em 16 ou 17 de novembro, após a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) em Lima, Peru, da qual Lula também participará, disseram as fontes. O encontro deles na Amazônia substituiria uma visita oficial a Brasília que Biden havia prometido a Lula quando o líder brasileiro visitou a Casa Branca em 2023. No dia seguinte à cúpula do Grupo dos 20 no Rio, Lula receberá o presidente chinês Xi Jinping em uma visita de Estado em Brasília. O governo dos EUA começou a se preparar para uma visita de Biden à Amazônia, embora a escala não tenha sido confirmada, e as autoridades visitaram as duas cidades brasileiras para estudar as condições. A Casa Branca não quis comentar. A cúpula anual dos líderes das maiores economias do mundo está programada para ser realizada nos dias 18 e 19 de novembro no Rio.”

Fonte: Reuters; 18/10/2024

Analistas esperam que os preços do carbono na UE aumentem até 2027

“Os analistas esperam que os preços das permissões de carbono da UE disparem até 2027, à medida que as medidas políticas reduzem a oferta, enquanto suas previsões para 2025 e 2026 foram pouco alteradas, mostrou uma pesquisa trimestral da Reuters na sexta-feira. O Sistema de Comércio de Emissões (ETS) da UE é a principal ferramenta da Europa para reduzir as emissões a fim de cumprir suas metas climáticas e força os fabricantes, as empresas de energia e as companhias aéreas a pagarem pelo dióxido de carbono que emitem por meio da devolução das permissões de carbono. A previsão média de preço de carbono dos analistas para 2027, a primeira vez que os participantes da pesquisa foram questionados sobre o período, foi de 111,14 euros por tonelada, muito mais alta do que o preço atual de 62,50 euros/tonelada. De acordo com a Reuters, uma pesquisa com nove analistas mostrou que “Esperamos que os participantes do mercado voltem cada vez mais sua atenção para o próximo aperto de oferta no mercado. 2027 deverá ser um ano muito apertado”, disse Haege Fjellheim, chefe de análise de carbono da Veyt. “Em meio à estrutura geral do fit for 55, que reduz a oferta de novas licenças, a reserva de estabilidade do mercado continua a consumir o excedente restante do mercado”, disse Fjellheim. A estrutura “fit for 55” da Comissão Europeia tem como objetivo reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa da UE em 55% até 2030 em relação aos níveis de 1990, enquanto a reserva de estabilidade de mercado é um mecanismo para remover as permissões excedentes do mercado.”

Fonte: Reuters; 18/10/2024

COP da biodiversidade começa nesta segunda, na Colômbia. O que está em jogo?

“”O principal da COP16 será a transição de promessas para ações concretas e mensuráveis, além do fortalecimento dos compromissos financeiros e técnicos para que os países possam implementar suas metas de forma eficaz e justa”, disse à EXAME Michel Santos, gerente de Políticas Públicas do WWF-Brasil. A rede, que nasceu em 1996 como um fundo internacional para a preservação de ursos pandas na China, é hoje a maior de conservação do mundo e atua ativamente em mais de 100 países. Com mais de 15% da biodiversidade de todo o planeta e detentor de cerca de 60% da floresta amazônica, o Brasil é peça-central das discussões de conservação que começam nesta segunda-feira (21) na COP16 em Cali, na Colômbia, e vão até 1º de novembro. Mas afinal, o que está em jogo e qual o protagonismo brasileiro? A Conferência é um tratado da Organização da ONU estabelecido durante a ECO-92 no Rio de Janeiro em junho de 1992, e um dos mais importantes instrumentos internacionais de proteção ao ambiente e todas suas formas de vida. A cada dois anos, reúne os 196 países-membros da ONU para discutir soluções e compromissos para restaurar e conservar os ambientes terrestres e marítimos da Terra. Segundo o WWF, a missão da 16º edição é avaliar o progresso dos países em relação ao alcance dos compromissos do Marco Global de Biodiversidade (GBF, na sigla em inglês), acordo global firmado durante a última COP15 de 2022, em Montreal, no Canadá. O marco considerado o “Acordo de Paris da biodiversidade” foi histórico e estabeleceu 23 metas globais ambiciosas para conter e reverter a perda de biodiversidade até 2030, além de quatro objetivos gerais até 2050.”

Fonte: Exame; 20/10/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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