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132 países confirmam hospedagem na COP30; Negociações seguem com outros 49 | Café com ESG, 29/10

Senador propõe incentivos para baterias (BESS); EUA e Japão assinam acordo bilionário para reatores nucleares

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de terça-feira em leve alta, com o IBOV e o ISE avançando 0,3% e 0,2%, respectivamente.

• No Brasil, (i) o senador Eduardo Braga apresentou ontem o relatório para a MP 1304/2025, que trata da reforma do setor elétrico, com um conjunto de incentivos tributários inéditos para sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS) – medida que pode antecipar, via estímulo fiscal, parte da política de armazenamento que o governo pretende implementar por meio de leilões de baterias ainda em 2025; e (ii) segundo a Secretaria Extraordinária para a COP30 (Secop), 132 países estão com hospedagens garantidas para a conferência – a duas semanas do evento em Belém, outros 49 países ainda estão negociando suas acomodações.

• No internacional, o governo dos Estados Unidos e os controladores da Westinghouse fecharam um acordo de US$ 80 bilhões para a construção de um complexo de reatores nucleares, usando recursos de um acordo comercial com o Japão – o envolvimento do Japão é mais um sinal dos esforços de Trump para usar negociações comerciais em andamento para garantir fornecimento crítico de energia e recursos minerais.

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Brasil

Frigorífico JBS é alvo de processo nos EUA por metas climáticas consideradas enganosas

“A brasileira JBS foi acusada de fazer declarações falsas sobre suas metas climáticas em um processo judicial nos Estados Unidos, representando um novo desafio legal para a maior processadora de carne do mundo às vésperas das negociações globais sobre o clima em seu país de origem, em novembro. A ação contra a unidade norte-americana da JBS é a mais recente de uma série de processos contra empresas por alegações de “greenwashing”, incluindo uma contestação bem-sucedida contra a petroleira TotalEnergies em um tribunal francês na semana passada. O processo foi protocolado na Corte Superior do Distrito de Columbia, em Washington, poucos dias antes de a Procuradora-Geral de Nova York, Letitia James, apresentar uma queixa modificada em um caso semelhante. A ONG Mighty Earth alega que a JBS fez declarações enganosas sobre seu compromisso de atingir emissões líquidas zero até 2040 e que “omissões materiais” sobre os danos ambientais causados por suas operações violaram a Lei de Procedimentos de Proteção ao Consumidor do Distrito de Columbia. “Estamos contestando as alegações da JBS USA de atingir ‘emissões líquidas zero até 2040’ como falsas e enganosas”, disse Alex Wijeratna, diretor sênior de investigações e direito da Mighty Earth, observando que a empresa não possui um plano credível para lidar com as emissões da cadeia de suprimentos.”

Fonte: Reuters; 28/10/2025

Braga propõe incentivos para baterias em meio a expectativas de leilão

“O senador Eduardo Braga (MDB/AM) apresentou nesta terça (28/10) o relatório para a Medida Provisória 1304/2025, que trata da reforma do setor elétrico, com um conjunto de incentivos tributários inéditos para sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS). Medida que pode antecipar, via estímulo fiscal, parte da política de armazenamento que o governo federal pretende implementar por meio de leilões de baterias ainda em 2025. O texto foi apresentado na Comissão Mista que avalia as novas regras do setor e a expectativa é que o parecer seja votado na quarta (29). A proposta, segundo o relator, busca “modernizar o marco regulatório do setor elétrico” e “criar incentivo para sistemas de armazenamento de energia em baterias”, considerados essenciais para viabilizar o uso pleno de fontes renováveis intermitentes, como solar e eólica. “Criamos incentivo para os Sistemas de Armazenamento de Energia em Baterias (BESS), tecnologia essencial para superar a intermitência das fontes solar e eólica e garantir estabilidade ao Sistema Interligado Nacional”, diz o relatório. O projeto de lei de conversão (PLV) apresentado por Braga propõe isenção total de tributos federais para a compra e importação de baterias voltadas ao uso no setor elétrico. A medida alcança IPI, PIS/Cofins e PIS/Cofins-importação, e autoriza o governo a reduzir a zero o Imposto de Importação sobre equipamentos e componentes do BESS.”

Fonte: Eixos; 28/10/2025

Conar atualiza regras de ESG para anúncios

“O Conselho Nacional Autorregulamentação Publicitária (Conar) aprovou uma atualização do código de autorregulamentação no que se refere às práticas de sustentabilidade. As novas regras foram aprovadas na última sexta-feira (24) pelo conselho que reúne representantes de plataformas sociais, anunciantes, veículos e agências e foram publicadas nesta segunda-feira (27). Elas entrarão em vigor em 30 dias. Ao todo, o novo comitê — que contou com a presença das “big techs” pela primeira vez – se encontrou 12 vezes desde abril para discutir os novos parâmetros do regimento, que foi criado em 1978. O novo texto traz orientações para que anunciantes e agências busquem simplicidade ao comunicar projetos e ações relacionadas a ESG, de tal forma que os consumidores consigam entender conceitos que tradicionalmente são mais técnicos. Também destaca a importância da transparência nas medidas adotadas pelo mercado. “O objetivo é incentivar a publicidade responsável e fazer com que aquilo que não é transparente seja mais bem-cuidado [vistoriado]”, afirma o presidente do Conar, Sergio Pompilio. “Nós fizemos adequação de termos e esclarecemos conceitos para que consumidores pudessem identificar as empresas que têm programas bem estruturados das que não têm.”

Fonte: Valor Econômico; 29/10/2025

Proposta de Lei da UE sobre Desmatamento Frustra Exportadores Brasileiros, Diz Rabobank

“Uma nova proposta da Comissão Europeia para flexibilizar sua lei contra o desmatamento decepcionou exportadores do agronegócio brasileiro que fizeram investimentos antecipados para cumprir as regras, segundo analistas do Rabobank em relatório obtido pela Reuters. Exportadores brasileiros de soja, carne bovina e café investiram para garantir prêmios imediatos por aderirem à legislação até 2025. No entanto, as mudanças podem atrasar os ganhos esperados e afetar sua competitividade. Pela lei contra o desmatamento, vendedores de carne bovina, cacau, café, óleo de palma, soja e madeira para o mercado da UE precisarão apresentar uma declaração de diligência demonstrando que seus produtos não causam desmatamento. A proposta da Comissão Europeia estabelece que: Grandes empresas serão fiscalizadas a partir de 30 de junho de 2026. Pequenas empresas (com até 50 funcionários) precisarão fazer declarações apenas a partir de 30 de dezembro de 2026. “Isso é uma questão significativa, pois quem investiu estava buscando melhor acesso ao mercado europeu. A ausência de multas reduz o incentivo ao prêmio de mercado,” disse Marcela Marini, especialista do Rabobank.”

Fonte: Reuters; 28/10/2025

Internacional

Australiana Lynas produzirá terras raras pesadas na Malásia como alternativa à China

“A mineradora australiana Lynas Rare Earths construirá uma nova instalação de separação de terras raras pesadas na Malásia para atender à demanda de compradores que buscam obter esses minerais essenciais fora da China. A Lynas pretende começar a produzir samário, necessário para ímãs usados em tecnologias de defesa, como os caças americanos F-35, no início do próximo ano, antes de adicionar outras terras raras pesadas que hoje são quase todas refinadas na China. As terras raras, necessárias para uma série de tecnologias modernas — como smartphones e veículos elétricos, bem como sistemas militares avançados — tornaram-se um campo de batalha fundamental na guerra comercial entre Estados Unidos e China este ano, desencadeando uma corrida para desenvolver o fornecimento desses minerais fora da China. A Lynas, que produz as chamadas terras raras leves na Malásia desde 2012, busca reduzir o domínio da China sobre as terras raras pesadas do mundo, como o disprósio e o térbio, que são adicionados aos ímãs para ajudá-los a operar com mais eficiência em temperaturas mais altas. A empresa construiu uma nova unidade que, este ano, produziu o primeiro lote de disprósio e térbio disponíveis comercialmente fora da China em décadas.”

Fonte: Valor Econômico; 29/10/2025

COP 30 em Belém tem 132 países com hospedagens confirmadas

“A Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 30) tem 132 países com hospedagens garantidas. A informação foi confirmada ao g1 pela Secretaria Extraordinária para a COP30 (Secop) nesta segunda-feira (27). A duas semanas para o evento em Belém, outros 49 países estão negociando suas acomodações, ainda conforme a Secop. A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30) será de 10 e 21 de novembro de 2025, tendo como principal espaço o Parque da Cidade, onde estão a Blue Zone e a Green Zone. O número divulgado nesta segunda-feira é maior que há duas semanas, quando 87 países estavam confirmados e o evento não tinha quórum suficiente para decisões, segundo as normas da ONU. Para a COP, é preciso um terço das delegações. Para para validar decisões oficiais, a participação precisa ser ainda maior, 2/3. A hospedagem foi um dos principais pontos de discussão para a COP meses antes de ela começar, com foco na falta de leitos e altos preços na capital paraense. A Justiça precisou intervir e determinou medidas contra plataformas para evitar preços abusivos durante a COP 30. Motéis e escolas foram reformados e adaptados para servir de acomodação e a cidade também ganhou mais hotéis.”

Fonte: g1; 27/10/2025

Relatório da ONU para COP 30 lista poucas promessas para o clima, com metas insuficientes

“O relatório-síntese da Convenção do Clima da ONU (UNFCCC) deste ano, que prepara o debate para a COP 30, saiu nesta manhã o com o conteúdo incompleto e insuficiente. Só 64 dos 197 países entregaram a atualização de suas promessas de ação no combate à crise climática. Entre as já entregues, poucas são satisfatórios. Essa frustração já era esperada em alguma medida desde o ano passado, quando começou a ser prorrogado sucessivamente o prazo de submissão das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), os documentos em que governos oficializam suas propostas. Esse silêncio diplomático, evidente agora na publicação oficial das Nacões Unidas, dá uma ideia da dificuldade que será avançar nas negociações em Belém. O principal conteúdo das NDCs, as promessas de corte de emissões, é importante para a conta de quanto falta fazer para conter o aquecimento global a um acréscimo de no máximo 1,5°C, a meta do Acordo de Paris. As promessas entregues, porém, cobrem apenas 30% das emissões globais, tornando difícil fazer projeções sem saber bem o que vai ocorrer com os outros 70%. “Não é possível tirar conclusões ou inferências abrangentes em nível global a partir desse conjunto de dados limitado”, afirmou a UNFCCC explicitamente no documento.”

Fonte: Globo; 28/10/2025

Governo dos EUA e Westinghouse fecham acordo de US$ 80 bi para reatores nucleares

“O governo dos Estados Unidos e os controladores da Westinghouse fecharam um acordo de US$ 80 bilhões para a construção de um complexo de reatores nucleares, usando recursos de um acordo comercial com o Japão. A Brookfield Asset Management e a Cameco, controladores da Westinghouse, disseram que formaram uma nova parceria para fornecer a tecnologia dos reatores para as usinas, o que ajudará realizar a meta de Donald Trump de quadruplicar a capacidade nuclear dos EUA até 2050. O investimento, anunciado nesta terça-feira, financiará cerca de oito usinas Westinghouse AP1000, segundo a Brookfield, ou uma mistura de instalações maiores e reatores modulares pequenos. O envolvimento do Japão é mais um sinal dos esforços de Trump para usar negociações comerciais em andamento para garantir fornecimento crítico de energia e recursos minerais. O compromisso de gastos de Washington está sendo financiado por um acordo de US$ 550 bilhões que Trump firmou com o governo japonês e endossou em seu primeiro encontro com a nova primeira-ministra Sanae Takaichi, nesta terça-feira. O acordo reserva até US$ 100 bilhões para o governo dos EUA gastar nos reatores da Westinghouse, segundo um documento divulgado pelo Ministério da Economia do Japão.”

Fonte: Valor Econômico; 29/10/2025

Turquia revela descoberta de terras raras que a colocaria como terceira maior reserva mundial

“A Turquia busca parceiros tecnológicos estrangeiros para desenvolver reservas potencialmente enormes de óxidos de terras raras, num momento de disputas entre China e Estados Unidos pelos minerais essenciais. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou em 15 de outubro que a Turquia tem possivelmente 12,5 milhões de toneladas de reservas de terras raras em Beylikova, na cidade de Eskisehir, no noroeste do país. A Turquia solicitou a um organismo internacional, o Comitê Conjunto de Reservas de Minério (Jorc), na Austrália, a certificação da descoberta, informou uma autoridade ao “Nikkei Asia”. Se o volume for confirmado, a Turquia terá a terceira maior reserva do mundo, depois da China e do Brasil, de acordo com dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos. Erdogan afirmou que a Turquia pretende se tornar um dos cinco maiores produtores de elementos de terras raras do mundo. Autoridades turcas afirmaram que amostras coletadas em 310 locais diferentes no campo de Beylikova mostraram que os recursos ali totalizam 694 milhões de toneladas. A Turquia ainda não revelou a composição exata dos recursos de terras raras. No entanto, afirmou que 10 minerais de terras raras, incluindo óxido de cério, óxido de lantânio, óxido de neodímio e óxido de praseodímio, foram detectados, bem como fluorita, barita e tório.”

Fonte: Valor Econômico; 29/10/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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