XP Expert

PLDO 2025: Mudança de meta na lei de diretrizes orçamentárias mostra os limites da estratégia de consolidação fiscal do governo

Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 altera para zero meta fiscal do ano que vem

Compartilhar:

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no X
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Compartilhar no LinkedIn
  • Compartilhar via E-mail
Onde Investir em 2025 banner
Leia o relatório em PDF

Sobre a PLDO 2025

A lei de diretrizes orçamentárias estabeleceu uma meta de déficit zero para o próximo ano. Isso representa uma redução no ritmo de ajuste fiscal inicialmente planejado pelo governo quando apresentou o novo arcabouço fiscal, que previa um superávit de 0,5% após atingir um saldo neutro em 2024 (0,0% do PIB).

E a proposta pode ser alterada. O crédito adicional referente à diferença entre a receita registrada em julho do ano passado e a deste ano, que pode chegar a R$ 15,7 bilhões, não foi incorporado às despesas no cálculo da meta de saldo primário. Tão logo seja incorporada, haverá uma revisão dos gastos para este e os próximos anos, o que exigirá do governo a apresentação de novas estimativas que demonstrem que a meta zero será atingida.

A proposta também reduziu o esforço fiscal para os próximos anos. Anteriormente, o governo indicava um aumento de 0,5 p.p. do PIB por ano para as metas de resultado primário. No entanto, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias passou a estabelecer um crescimento de 0,25 p.p. do PIB ao ano até 2027, quando muda novamente para 0,5 p.p. do PIB. Dessa forma, as metas indicativas foram fixadas em um superávit de 0,25% do PIB em 2026, de 0,5% do PIB em 2027 e de 1% do PIB em 2028, o que representa um adiamento de 2 anos para atingir os mesmos resultados indicados anteriormente no projeto de lei de diretrizes orçamentárias de 2024.

Os gastos diminuem substancialmente somente a partir de 2027. Isso ocorre porque o limite de gastos deve continuar a crescer no limite superior do arcabouço fiscal (2,5%) e parte dos precatórios é paga fora do teto. A partir de 2027, esses gastos devem ser incluídos no limite, o que reduz os gastos totais. Por conta disso, notamos uma forte redução nos gastos discricionários (-20,9%) nesse ano, o que implica pressão sobre investimentos e custeio administrativo. Acreditamos que esse gargalo pode levar a (mais uma) mudança na regra fiscal.

Atingir um déficit zero em 2025 exigirá receitas adicionais... De acordo com nossas estimativas, o governo central deve atingir um déficit de R$ 86,1 bilhões ou 0,7% do PIB em 2025 (excluindo os precatórios fora do limite), que será o valor da receita adicional necessária para atingir o resultado primário neutro. Isso exigirá que o governo apresente novas medidas, provavelmente quando encaminhar o orçamento do próximo ano, em agosto.

E o resultado de 2025 poderá ser pior do que o deste ano. Há R$ 39,9 bilhões em precatórios acima do limite a serem pagos. Se forem considerados esses valores e o limite inferior estabelecido pelo novo arcabouço fiscal para as metas de resultado primário, o governo poderá atingir um déficit de quase 0,6% do PIB no próximo ano.

Estabilização da dívida adiada em dois anos. Com a mudança nas metas de resultado primário, a estabilização da dívida só deve ocorrer a partir de 2028, de acordo com as projeções do governo. Além disso, espera-se agora que a dívida atinja um máximo de 79,6% do PIB, em comparação com uma previsão inicial de aumento para 76,5% na projeção inicial do governo. Isso representa um aumento no risco fiscal e, consequentemente, nas taxas de juros de longo prazo.

Clique aqui para receber por e-mail os conteúdos de economia da XP

Veja mais no Youtube

XPInc CTA

Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!

XP Expert

Avaliação

O quão foi útil este conteúdo pra você?


Newsletter
Newsletter

Gostaria de receber nossos conteúdos por e-mail?

Cadastre-se e receba grátis nossos relatórios e recomendações de investimentos

Disclaimer:

Este relatório foi preparado pela XP Investimentos CCTVM S.A. (“XP Investimentos”) e não deve ser considerado um relatório de análise para os fins do artigo 1º na Resolução CVM 20/2021. Este relatório tem como objetivo único fornecer informações macroeconômicas e análises políticas, e não constitui e nem deve ser interpretado como sendo uma oferta de compra/venda ou como uma solicitação de uma oferta de compra/venda de qualquer instrumento financeiro, ou de participação em uma determinada estratégia de negócios em qualquer jurisdição. As informações contidas neste relatório foram consideradas razoáveis na data em que ele foi divulgado e foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis. A XP Investimentos não dá nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou implícita, sobre a integridade, confiabilidade ou exatidão dessas informações. Este relatório também não tem a intenção de ser uma relação completa ou resumida dos mercados ou desdobramentos nele abordados. As opiniões, estimativas e projeções expressas neste relatório refletem a opinião atual do responsável pelo conteúdo deste relatório na data de sua divulgação e estão, portanto, sujeitas a alterações sem aviso prévio. A XP Investimentos não tem obrigação de atualizar, modificar ou alterar este relatório e de informar o leitor. O responsável pela elaboração deste relatório certifica que as opiniões expressas nele refletem, de forma precisa, única e exclusiva, suas visões e opiniões pessoais, e foram produzidas de forma independente e autônoma, inclusive em relação a XP Investimentos. Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da XP Investimentos, incluindo agentes autônomos da XP e clientes da XP, podendo também ser divulgado no site da XP. Fica proibida a sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da XP Investimentos. A XP Investimentos não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou seu conteúdo. A Ouvidoria da XP Investimentos tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções dadas pela empresa aos seus problemas. O contato pode ser realizado por meio do telefone: 0800 722 3710. Para maiores informações sobre produtos, tabelas de custos operacionais e política de cobrança, favor acessar o nosso site: www.xpi.com.br.

A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Cookies (gerencie suas preferências de cookies) e a nossa Política de Privacidade.