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PIB do Brasil apresenta queda recorde -9,7% no segundo trimestre de 2020

Desafio daqui em diante é mensurar em qual ritmo os auxílios para as famílias e empresas impactarão diretamente a economia e entender como se comportará o mercado de trabalho ao passo que a pandemia começar a ceder.

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  • Resultado ficou abaixo das expectativas da XP (-8,0%) e do mercado (-9,2%).
  • Principal desvio da projeção XP foi sobre a Administração Pública (-2,0% esperado vs -8,6% realizado; A/A).
  • Trajetória dos setores mais impactados pela pandemia em linha com o esperado. Portanto, mantemos nossa expectativa de PIB em -4,8% em 2020 e +3,0% em 2021.

Apenas três segmentos apresentaram crescimento no segundo trimestre na comparação com o primeiro. Destaque para i) os serviços financeiros, que durante a pandemia não tiveram suas atividades interrompidas e desempenharam um crescimento (segundo o BC) nas operações de crédito no período; ii) atividades imobiliárias com desempenho acima do esperado, haja vista as novas realocações imobiliárias que a crise impôs e iii) a agropecuária, em linha com os dados da LSPA que apontam para uma safra agrícola recorde em 2020.

  • Atividades financeiras (+0,8%)
  • Atividades imobiliárias (+0,5%)
  • Agropecuária (+0,4%)

Por outro lado, o setor de Outros Serviços (espécie de core da economia brasileira) que contempla bares, restaurantes, serviços administrativos, profissionais, hotéis entre outros apresentou nova retração e já acumula queda de 24,1% no primeiro semestre. Apesar da forte queda dos serviços rodoviários (ABCR), os Serviços de Transporte no PIB performaram abaixo do esperado por uma paralisia quase que total do setor aéreo vista nos dados da ANAC. Já na indústria de transformação, apesar da forte queda, a dinâmica do setor permite uma recuperação mais avançada nos terceiro e quarto trimestres.

  • Outros Serviços (-19,8%)
  • Serviços de Transportes (-19,3%)
  • Indústria de Transformação (-17,5%)

O setor de maior desvio de projeção no segundo trimestre foi a Administração Pública, que teve retração de -7,6% T/T motivada, em grande parte, pelo cancelamento de praticamente todas as cirurgias eletivas no sistema público de saúde. Segundo o DataSuS, a queda no período (sujeita a revisões) foi próxima de 40%. Acreditamos que haverá devolução destes números ao longo do segundo semestre.

Sob a ótica da demanda, o Consumo das Famílias apresentou retração de -12,5% T/T, refletindo fortemente as consequências das medidas de distanciamento social. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) teve a maior queda na série histórica (de -15,4% T/T), já denotando o tamanho do desafio para os próximos trimestres, uma vez que os investimentos impõem sensibilidade para o crescimento futuro da economia. O único alento no trimestre foram as Exportações, que subiram 1,8% T/T na esteira da depreciação cambial vista nos últimos meses e de uma recuperação da economia chinesa demandando commodities brasileiras.

A economia brasileira, assim como em boa parte do mundo ocidental, teve no segundo trimestre o seu pior momento. O desafio daqui em diante será mensurar em qual ritmo os auxílios para as famílias e empresas impactarão diretamente a atividade econômica neste segundo semestre e entender principalmente como se comportará o mercado de trabalho brasileiro ao passo que a pandemia começar a ceder.

Nossa expectativa de momento é que a economia brasileira cresça +6,8% T/T no terceiro trimestre de 2020, a ser conhecido no dia 03 de dezembro.

Mantemos a projeção de PIB para 2020 em -4,8% e para 2021 em +3,0%.

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