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Economia em Destaque: Trump sinaliza encontros com Xi e Lula

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

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Resumo

Segundo o Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, o Presidente Donald Trump pretende se reunir com o líder chinês, Xi Jinping, antes da entrada em vigor das tarifas de 100% sinalizadas recentemente. A expectativa é que o encontro possa evitar uma nova rodada de sanções comerciais.

Ademais, o Fundo Monetário Internacional elevou sua projeção de PIB global para 2025. A melhora refletiu o impacto menor do que o esperado das tarifas impostas pelos Estados Unidos e condições financeiras mais favoráveis.

A reunião entre autoridades do Brasil e Estados Unidos para tratar sobre as relações comerciais foi avaliada como positiva por ambas as partes. Agora, as expectativas se voltam para um possível encontro entre Trump e Lula.

A Petrobras pode anunciar redução entre 5% e 10% no preço da gasolina. Com isso, atribuímos viés de baixa à nossa projeção de 4,7% para o IPCA de 2025.

Indicadores de atividade, como vendas varejistas e receitas de serviços, confirmaram o cenário de desaceleração gradual na economia brasileira.

Gráfico da Semana

Veja na seção “Petrobras pode reduzir preço da gasolina após recuo adicional das cotações do petróleo“

Cenário Internacional

Trump e Xi Jinping devem se reunir para discutir tarifas

No final de semana, Donald Trump anunciou a intenção de impor tarifas adicionais de 100% sobre bens chineses e possíveis restrições à exportação de “softwares críticos” a partir de novembro, em resposta aos novos controles de exportação de terras raras adotados por Pequim. No entanto, uma afirmação do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, ao longo da semana apontou que há sinais de alívio na relação entre os dois países. Ele revelou que o presidente Donald Trump pretende se reunir com o líder chinês, Xi Jinping, antes da entrada em vigor das tarifas anunciadas, em 1º de novembro. Apesar do tom duro, Trump também sinalizou que não deseja prejudicar a China, indicando abertura para o diálogo. A expectativa é que o encontro com o presidente chinês possa abrir espaço para uma solução negociada e evitar uma nova rodada de sanções comerciais.

FMI sobe projeção para o PIB global neste ano, ante menor pessimismo com efeito das tarifas

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima sua projeção de PIB global deste ano de 3,0% para 3,2%, enquanto manteve a expectativa de 3,1% para 2026. O número segue abaixo da média pré-pandemia (3,7%). A melhora reflete impacto menor do que o esperado das tarifas impostas pelos Estados Unidos e condições financeiras mais favoráveis. Dito isso, a instituição alerta que uma escalada na guerra comercial entre Estados Unidos e China poderia reduzir significativamente o crescimento, com estimativas de queda de até 1,2 p.p. em cenários adversos.

Entre as principais economias, as perspectivas permanecem resilientes: Estados Unidos devem crescer 2,0% em 2025 e 2,1% em 2026, enquanto o Brasil avançará 2,4%, mas desacelerará para 1,9% em 2026, refletindo efeitos das tarifas e da política monetária restritiva. Por fim, o FMI destaca riscos ligados à fragmentação comercial, tensões geopolíticas e desafios fiscais, que podem limitar ganhos de produtividade e afetar a confiança global.

Inflação segue mostrando cenário desafiador na China

Na China, a inflação ao consumidor de setembro acumulada em 12 meses recuou 0,3%, abaixo da expectativa de -0,2%. No mês, houve leve alta de 0,1%, refletindo consumo interno fraco. Já a inflação ao produtor caiu 2,3% no resultado acumulado em 12 meses. É o 36º mês consecutivo em território negativo.

A China segue com dificuldades de reverter o cenário deflacionário. A demanda doméstica segue limitada por fragilidade no setor imobiliário e tensões comerciais externas, mantendo o risco de deflação como um desafio para a política econômica chinesa.

Enquanto isso, no Brasil…

Brasil e EUA trabalham para reunir Lula e Trump

O Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, se reuniram ontem na Casa Branca para discutir comércio e questões bilaterais, em meio às tensões provocadas pelas tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros. Segundo o governo americano, a reunião foi “positiva” e os dois países “concordaram em colaborar e conduzir discussões em diversas frentes no futuro imediato e estabelecer um caminho de trabalho para o futuro”. A nota oficial também destacou que ambos os lados “trabalham juntos para agendar uma reunião entre o presidente Trump e o presidente Lula o mais breve possível”, sinalizando um esforço de reaproximação após meses de atrito diplomático.

Petrobras pode reduzir preço da gasolina após recuo adicional das cotações do petróleo

Segundo a agência de notícias Broadcast, a Petrobras pode anunciar redução entre 5% e 10% no preço da gasolina nas refinarias. Nossas estimativas apontam para impacto baixista potencial entre 0,08 p.p. e 0,16 p.p. sobre o IPCA, considerando apenas a queda na gasolina – o efeito total na inflação pode ser marginalmente maior devido à influência indireta sobre o preço do etanol. Esse movimento ocorre em um contexto de queda recente do petróleo Brent, que recuou para cerca de US$ 61 por barril, acumulando baixa 18% em relação ao ano anterior, pressionado por excesso de oferta e sinais de demanda fraca. Com isso, atribuímos viés de baixa à nossa projeção atual de 4,7% para o IPCA de 2025.

Indicadores desta semana reforçam cenário de desaceleração econômica

O setor de serviços cresceu pelo sétimo mês consecutivo em agosto, embora em ritmo mais moderado: as receitas reais avançaram 0,1% frente ao mês anterior e 2,5% na comparação anual. Quatro das cinco principais categorias registraram alta, com destaque para a resiliência dos serviços de informação e comunicação, que, apesar de leve queda, seguem em patamar elevado. No varejo, as vendas cresceram 0,9% em agosto frente a julho, mas recuaram 2,1% na comparação anual, reforçando o cenário de desaceleração da demanda doméstica. As atividades mais dependentes de crédito vêm perdendo força diante dos juros elevados e do aumento do endividamento das famílias. Por outro lado, os segmentos mais ligados à renda continuam relativamente sólidos, sustentados por um mercado de trabalho ainda aquecido e por transferências fiscais elevadas, embora em níveis inferiores aos observados nos últimos anos.

Para o segundo semestre de 2025, espera-se uma moderação no ritmo de crescimento do setor de serviços, refletindo a estabilização do mercado de trabalho e o enfraquecimento da indústria. No entanto, acreditamos que impulsos de renda e crédito deverão sustentar a demanda doméstica ao longo de 2026, o que pode reacelerar o setor. Mantemos nossa projeção de crescimento do PIB em 2,1% para 2025.

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Destaques da próxima semana   

Na agenda internacional, destaque para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de setembro nos Estados Unidos – a divulgação do dado será atrasada, devido ao shutdown que ainda incorre sobre a máquina pública americana. No final de semana, o PIB do 3T25 da China e suas aberturas serão divulgadas, o que poderá impactar preços de commodities e moedas emergentes logo na 2ª-feira. Além disso, os índices PMIs de outubro serão divulgados para as principais economias ocidentais – PMIs são sondagens com empresas que procuram medir o pulso da atividade econômica.

No Brasil, a principal divulgação será o IPCA-15 de outubro – esperamos que o índice desacelere ante setembro, principalmente pelo arrefecimento nas tarifas de energia elétrica, após acionamento da bandeira vermelha 1. Ademais, o Banco Central publicará as estatísticas do setor externo referentes a setembro. Veja as nossas projeções abaixo.

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