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Economia em Destaque: PIB da China segue desacelerando

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

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Resumo

No cenário internacional, a atividade chinesa segue mostrando sinais de enfraquecimento, embora os números de junho indiquem um segundo semestre relativamente promissor. Nos EUA, o consumo segue em alta, com vendas no varejo avançando no mês passado. Já na Europa, os mais benignos de inflação na margem não devem interromper o ciclo de alta de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Banco da Inglaterra (BoE).

No Brasil, tivemos agenda modesta de indicadores. O IBC-BR, proxy do PIB, aponta para um segundo trimestre mais fraco para a atividade brasileira. O Ministério da Fazenda revisou para cima suas projeções para o PIB brasileiro de 2023 e 2024, enquanto diminuiu suas expectativas para a inflação. Destaque também para estudo do IPEA, que estima a alíquota do IVA brasileiro como uma das mais altas do mundo.

Cenário internacional

PIB da China decepciona, mas dados de junho sugerem um segundo semestre melhor

O PIB da China cresceu 0,8% no 2º trimestre, consideravelmente abaixo dos 2,2% registrados no trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período de 2022, a atividade econômica chinesa avançou 6,3%, abaixo das expectativas do mercado (7,1%). Se o crescimento do PIB permanecer neste ritmo, a meta do governo de 5% para 2023 será frustrada. A recuperação econômica da China no pós-pandemia tem sido tímida.  

Os indicadores de atividade de junho, no entanto, trouxeram sinais mais favoráveis. O crescimento da produção industrial acelerou de 3,5% em maio para 4,4% em junho de 3,5% (em relação ao mesmo mês do ano passado), enquanto o ritmo de expansão do investimento em ativos fixos subiu de 1,6% para 3,1%. As autoridades chinesas vão monitorar de perto os próximos dados e provavelmente fornecerão novos estímulos à economia se a desaceleração voltar a se acentuar adiante.

Consumo segue em alta nos EUA

As vendas no varejo dos EUA aumentaram 0,2% em junho, um pouco abaixo da projeção do mercado (0,5%). Excluindo atividades voláteis como automóveis, gasolina e materiais de construção, as vendas no varejo cresceram 0,6% no mês. Esses números sugerem que os gastos do consumidor, que representam mais de dois terços da economia dos EUA, continuaram a avançar no 2º trimestre. A percepção de que a economia local entrará em recessão no curto prazo vem perdendo força.

Inflação recua na Europa, mas bancos centrais devem subir juros nas próximas reuniões

A inflação ao consumidor do Reino Unido recuou mais do que o esperado entre maio e junho, de 8,7% para 7,9% (no acumulado em 12 meses). O núcleo da inflação - que exclui itens voláteis como alimentos, energia, álcool e tabaco - também cedeu, de 7,1% para 6,9% na mesma base de comparação. Apesar disso, a inflação continua bastante pressionada, especialmente nos grupos de serviços. Portanto, entendemos que o Banco da Inglaterra (BoE, em inglês) continuará a subir a taxa básica de juros nos próximos meses.  

Na zona do euro, a inflação ao consumidor recuou de 6,1% em maio para 5,5% em junho. A medida de núcleo mostrou elevação anual de 5,5%, ligeiramente acima dos 5,3% registrados em maio. Assim como no Reino Unido, projetamos que o Banco Central Europeu (BCE) elevará suas taxas de juros de referência pelo menos mais uma vez este ano, pois a inflação corrente permanece distante da meta anual de 2%.

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Enquanto isso, no Brasil...

IVA Brasileiro pode ter uma das maiores alíquotas do mundo, segundo o IPEA

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) estima que a alíquota do novo IVA, criado pela proposta de reforma tributária do consumo, deve chegar a 28%, tornando-se uma das mais altas do mundo. As estimativas iniciais apontavam para 25%, mas a Câmara dos Deputados abriu exceções para setores e regiões que exigirão uma alíquota maior para manter a mesma carga tributária observada hoje. A reforma tributária será votada no Senado Federal no segundo semestre.

Proxy do PIB indica 2º trimestre mais fraco

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) - uma proxy mensal para o PIB do Brasil - recuou 2% em maio ante abril, resultado muito abaixo das expectativas (XP e consenso de mercado apontavam para -0,1%). O PIB do 2º trimestre deve mostrar elevação de 0,3%, consideravelmente inferior aos 1,3% registrados no 1º trimestre. Tal estimativa é consistente com o nosso cenário de crescimento de 2,2% em 2023.

Ministério da Fazenda projeta PIB mais alto e inflação mais baixa

O Ministério da Fazenda divulgou novas projeções para as principais variáveis macroeconômicas. Entre os destaques, a estimativa para o crescimento do PIB em 2023 subiu de 1,9% para 2,5%. Já a previsão para o PIB de 2024 continuou em 2,3%. Além disso, a área econômica do governo reduziu as projeções para o IPCA: de 5,6% para 4,85% neste ano, e de 3,6% para 3,3% no ano que vem. O cenário base da XP prevê crescimento econômico de 2,2% em 2023 e 1% em 2024, enquanto a inflação ao consumidor é projetada em 4,7% e 4,1%, respectivamente.

O que esperar da semana que vem

Na economia global, a agenda da próxima semana traz vários eventos importantes. Os agentes de mercado irão monitor os índices PMI para as principais economias desenvolvidas, incluindo Estados Unidos, zona do euro e Reino Unido (2ª-feira). Os índices PMI refletem as perspectivas dos empresários a respeito da situação atual da economia e perspectivas futuras. A semana que vem também será importante para a política monetária global, com as decisões dos bancos centrais dos Estados Unidos (4ª-feira) e da zona do euro (5ª-feira). É amplamente esperado que ambos os bancos centrais elevem suas taxas de juros de referência em 0,25pp, e será importante acompanhar a sinalização para as próximas decisões à medida que os bancos centrais se aproximam do final do ciclo de aperto monetário. No campo da atividade econômica, atenções voltadas à publicação da primeira estimativa para o PIB dos EUA do 2º trimestre. Além disso, a agenda traz o índice de inflação favorito do Federal Reserve, o Core PCE Deflator - núcleo do deflator das despesas de consumo pessoal (6ª-feira). Todos esses dados serão relevantes para a definição dos próximos passos da política monetária do banco central americano.

No Brasil, agenda econômica também repleta de indicadores. Destaque para a publicação do IPCA-15 de julho (3ª-feira), que deve mostrar ligeira deflação na comparação mensal. Os resultados da prévia da inflação serão monitorados de perto pelos agentes de mercado, especialmente pela proximidade do ciclo de afrouxamento monetário. As principais estatísticas do mercado de trabalho também merecem atenção. O CAGED (5ªfeira) deve mostrar desaceleração adicional no saldo de emprego com carteira assinada em junho, enquanto a PNAD Contínua (6ª-feira) tende a exibir virtual estabilidade da taxa de desocupação no mesmo período. No que diz respeito às contas externas (4ª-feira), estimamos superávit da conta corrente - devido à forte elevação da balança comercial - e ingresso líquido relevante de IDP (Investimento Direto no País) no mês passado. Além disso, o Banco Central provavelmente apresentará dados mais fracos de concessão de crédito em junho (5ª-feira), sobretudo no segmento de pessoas jurídicas, e novo aumento das taxas de inadimplência. Por fim, no que diz respeito às contas públicas, destaque para a divulgação da arrecadação tributária federal de junho (3ª-feira), com expectativa de pequena queda mensal em termos reais na esteira da desaceleração da atividade econômica; e também para o resultado primário do governo central referente ao mesmo mês (5ª-feira), que deve registrar déficit adicional. Ademais, o Banco Central publicará sua nota de política fiscal (6ª-feira), que deve indicar mais um déficit para o setor público consolidado e dívida pública em alta.

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