XP Expert

Economia em Destaque: Nova alta de juros e combustíveis

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

Compartilhar:

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no X
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Compartilhar no LinkedIn
  • Compartilhar via E-mail
Onde Investir em 2025 banner

Resumo

Nesta semana, as decisões de juros nos EUA, no Brasil e em outras partes do mundo foram o principal tema econômico. As altas de juros aumentam a percepção de aumento de risco de recessão global.

No Brasil, foi aprovado o PLP 18, projeto que tem como efeito a redução do ICMS sobre combustíveis e energia elétrica. Apesar disso, a pauta de combustíveis não sai do radar com novo reajuste de gasolina e diesel pela Petrobras.

Atualizações Covid-19 no Brasil

No Brasil, tanto a média móvel de sete dias de novos casos quanto a de óbitos subiram, para 40,1 mil e 151, respectivamente. Ao todo, 84,6% da população brasileira já está vacinada com ao menos a primeira dose de imunizante contra a doença; 79,4% já tomou dose única ou duas doses e 48,0% já teve o reforço da vacinação.

Cenário internacional

FOMC promove a maior elevação de juros em 30 anos nos EUA

O FOMC, Comitê de Política Monetária do banco central americano, elevou a taxa básica de juros em 0,75 pp, o aumento mais forte em quase 30 anos. Com isso, a taxa dos Fed Funds foi para o intervalo entre 1,50-1,75% a.a. O aumento já era esperado pelo mercado nos últimos dias que antecederam a reunião devido à piora no quadro de inflação.

Mais importante até do que a alta desta semana, foi a sinalização que os juros devem chegar perto de 4% no ano que vem (contra uma sinalização em torno de 3% anteriormente). Como resultado, as bolsas caíram fortemente no mundo.

Com muitos bancos centrais aumentando as taxas tempestivamente para conter a inflação (ver Europa e Reino Unido abaixo), a maioria dos participantes do mercado prevê uma recessão global em algum momento nos próximos 12 meses, uma vez que a elevação de juros tem como efeito a desaceleração da atividade econômica.

Banco Central Europeu se reúne extraordinariamente após anunciar aumento de juros em julho

O Banco Central Europeu fez uma reunião de emergência do seu Conselho, após o encontro da semana passada na qual sinalizaram aumento da taxa básica de juros da região em julho. O BCE discutiu uma estratégia mais ampla para proteger a integridade da região do euro, incluindo a possibilidade de reinvestimento dos ativos adquiridos durante seu programa de compra de ativos para conter os efeitos da crise do Covid-19 sobre os mercados.

Com a inflação da região em nível recorde desde a criação do Euro e a sugestão de um aperto monetário adiante pelo BCE, os juros dos títulos dos países da zona do euro subiram rapidamente. Após a reunião extraordinária, o Banco Central Europeu comunicou que não irá permitir que os mercados de títulos soberanos saiam do controle durante o ciclo de alta de juros.

Reino Unido sobe juros e economia já demonstra sinais de esfriamento

O Banco da Inglaterra (BoE) elevou os juros britânicos conforme o esperado, em 0,25 pp, levando a taxa ao patamar de 1,25%, nível mais alto desde 2009.

A taxa de desemprego da Grã-Bretanha subiu pela primeira vez desde o final de 2020 e outros indicadores do mercado de trabalho do país apontaram esfriamento da atividade, potencialmente aliviando as preocupações do Banco da Inglaterra com a inflação recorde.

Japão na contramão

O Banco do Japão (BoJ) é exceção na tendência de juros mais altos no mundo. O BoJ manteve a sua taxa de juros inalterada, mantendo sua política monetária frouxa em vigor, com juros negativos (-0,1% a.a).

Economia chinesa recupera o fôlego em maio após lockdowns

Na China, os principais indicadores econômicos de maio ficaram acima das expectativas, uma vez que o relaxamento das restrições do Covid melhorou as condições de oferta da economia. A produção industrial de cresceu 0,7% em maio contra o mesmo período do ano anterior, ante a queda de 2,9% em abril. As vendas no varejo continuam em território negativo, mas caindo menos que o esperado e menos que no mês anterior. A recuperação deve continuar à medida que a reabertura continua e os estímulos ao crédito do governo fazem efeito.

Enquanto isso, no Brasil...

Copom: ciclo está chegando no fim, mas alta de junho não foi a última

O Copom elevou na quarta-feira a taxa Selic em 0,50 pp, para 13,25%. No comunicado que acompanhou a reunião, o Comitê indicou outro aumento “de igual ou menor magnitude” em agosto.

Acreditamos que o Comitê fará mais um aumento de 0,50 pp, uma vez que as atuais pressões inflacionárias não devem diminuir o suficiente até lá. Consideramos que a decisão e o comunicado são consistente com nosso cenário de taxa Selic terminal de 13,75%.

Aprovado PLP 18, mas Petrobras volta a elevar gasolina e diesel

O Congresso aprovou o PLP 18/2022, que passa a considerar combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte público como itens essenciais, sujeitos à alíquota máxima de 17% no ICMS. A proposta teve mudanças importantes em relação à sua versão anterior, principalmente na inclusão da desoneração de tributos federais (PIS, Cofins e Cide).

A aprovação do PLP/18 não é solução definitiva para a alta dos combustíveis. Os preços no Brasil estão novamente defasados em relação aos níveis internacionais (pela alta do petróleo e pela desvalorização recente da taxa de câmbio). Desta forma, a Petrobras anunciou nesta sexta-feira um novo reajuste de preços, de 5,18% para gasolina e 14,26% para diesel, apesar das pressões políticas contrárias à medida.

Nossa projeção de IPCA (9,2%, desconsiderando as medidas de desoneração em discussão no Congresso) já considera um aumento adicional de 10% nos preços dos combustíveis.

Serviços tem alta em abril, mas dados desagregados começam a indicar desaceleração

O IBGE publicou os resultados da PMS – Pesquisa Mensal de Serviços – de abril, que registrou aumento de 0,2% da receita real do setor de serviços entre março e abril (XP: 0,4%; consenso: 0,5%). Ainda assim, os resultados indicam que o setor de serviços segue em trajetória positiva, colhendo frutos da reabertura econômica (normalização do padrão de consumo); recuperação do emprego; maiores transferências de dinheiro do governo com base no novo programa de bem-estar; e medidas de estímulo de curto prazo, como a liberação de saques extraordinários do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Esperamos que a atividade doméstica desacelere gradualmente adiante e reforçamos a projeção de crescimento de 1,6% para o PIB de 2022.

O que esperar para semana que vem?

No cenário internacional, os destaques serão os discursos de dirigentes do Fed, repercutindo a decisão de juros. Além disso, teremos a decisão de juros da China, a divulgação da inflação ao produtor da Alemanha em maio e a prévia de junho de índices de gerentes de compras (PMI) de países desenvolvidos.

No cenário doméstico, os destaques serão a divulgação da ata da última reunião do Copom, o IPCA-15 de junho e a arrecadação federal de maio.

XPInc CTA

Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!

XP Expert

Avaliação

O quão foi útil este conteúdo pra você?


Newsletter
Newsletter

Gostaria de receber nossos conteúdos por e-mail?

Cadastre-se e receba grátis nossos relatórios e recomendações de investimentos

Disclaimer:

Este relatório foi preparado pela XP Investimentos CCTVM S.A. (“XP Investimentos”) e não deve ser considerado um relatório de análise para os fins do artigo 1º na Resolução CVM 20/2021. Este relatório tem como objetivo único fornecer informações macroeconômicas e análises políticas, e não constitui e nem deve ser interpretado como sendo uma oferta de compra/venda ou como uma solicitação de uma oferta de compra/venda de qualquer instrumento financeiro, ou de participação em uma determinada estratégia de negócios em qualquer jurisdição. As informações contidas neste relatório foram consideradas razoáveis na data em que ele foi divulgado e foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis. A XP Investimentos não dá nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou implícita, sobre a integridade, confiabilidade ou exatidão dessas informações. Este relatório também não tem a intenção de ser uma relação completa ou resumida dos mercados ou desdobramentos nele abordados. As opiniões, estimativas e projeções expressas neste relatório refletem a opinião atual do responsável pelo conteúdo deste relatório na data de sua divulgação e estão, portanto, sujeitas a alterações sem aviso prévio. A XP Investimentos não tem obrigação de atualizar, modificar ou alterar este relatório e de informar o leitor. O responsável pela elaboração deste relatório certifica que as opiniões expressas nele refletem, de forma precisa, única e exclusiva, suas visões e opiniões pessoais, e foram produzidas de forma independente e autônoma, inclusive em relação a XP Investimentos. Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da XP Investimentos, incluindo agentes autônomos da XP e clientes da XP, podendo também ser divulgado no site da XP. Fica proibida a sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da XP Investimentos. A XP Investimentos não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou seu conteúdo. A Ouvidoria da XP Investimentos tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções dadas pela empresa aos seus problemas. O contato pode ser realizado por meio do telefone: 0800 722 3710. Para maiores informações sobre produtos, tabelas de custos operacionais e política de cobrança, favor acessar o nosso site: www.xpi.com.br.

A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Cookies (gerencie suas preferências de cookies) e a nossa Política de Privacidade.