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Economia em Destaque: Estímulos adicionais na China e corte de juros na Europa

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

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Resumo

Nos Estados Unidos, dados de varejo, produção industrial e mercado de trabalho reforçaram o cenário de resiliência da atividade econômica. Acreditamos que o Fed (banco central americano) reduzirá a taxa de juros em 0,25 p.p. na próxima reunião de política monetária, em novembro.

A semana também contou com a divulgação de diversos dados econômicos na China. A demanda interna continua fraca e os riscos de deflação persistem. Esperamos aceleração da atividade nos próximos meses, na esteira dos estímulos anunciados recentemente pelo governo.

O BCE (banco central da zona do euro) reduziu suas taxas de juros de referência em 0,25 p.p.. A autoridade reforçou sua confiança no processo de desaceleração econômica e desinflação.  

No Brasil, as atenções seguem voltadas a temas fiscais, com destaque ao pacote de revisão de gastos sinalizado pelo governo. 

Gráfico da Semana

Cenário internacional

Atividade econômica dos EUA segue resiliente e mercado recalibra apostas para cortes de juros

Nos Estados Unidos, as vendas no varejo avançaram 0,4% em setembro contra agosto, acima das expectativas, mostrando resiliência do consumo das famílias. Por outro lado, a produção industrial frustrou ao contrair 0,3% na comparação mensal – o resultado refletiu questões climáticas e greves no setor aeronáutico. Em relação ao mercado de trabalho, os pedidos de seguro-desemprego totalizaram 242 mil na semana passada, abaixo do esperado, após terem surpreendido para cima na leitura anterior.

Após esse conjunto de dados, o mercado passou a esperar majoritariamente corte de juros de 0,25 p.p. na próxima reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), em novembro - em linha com a nossa projeção de longa data.  

Inflação baixa e crescimento econômico moderado na China

A inflação ao consumidor da China recuou de 0,6% em agosto para 0,4% em setembro (variação acumulada em doze meses), ligeiramente abaixo das expectativas. Enquanto isso, a inflação ao produtor declinou de -1,8% para -2,8%, o patamar mais baixo desde março.

Do lado da atividade econômica, o PIB avançou 0,9% no 3º trimestre ante o 2º trimestre de 2024. Na comparação com o 3º trimestre de 2023, a economia chinesa expandiu 4,6%, ainda abaixo da meta de crescimento anual de 5%. Dito isso, os dados de setembro vieram um pouco acima das expectativas. As vendas no varejo subiram 3,2% ante o mesmo mês de 2023 (exp: 2,5%), enquanto a produção industrial subiu 5,4% (exp: 4,6%). No acumulado do ano até setembro, os investimentos em ativos urbanos cresceram 3,4% sobre o mesmo período do ano passado. Por fim, a taxa de desemprego recuou de 5,3% em agosto para 5,1% no mês passado. Do lado negativo, mas já antecipado pelos agentes de mercado, os investimentos imobiliários contraíram mais de 10% no acumulado do ano.

No geral, esses resultados corroboram o cenário de demanda doméstica relativamente fraca e riscos crescentes de deflação, apesar dos esforços contínuos do governo chinês para reverter a tendência. O mercado espera mais detalhes do pacote de estímulos recentemente anunciado para recalibrar suas projeções de crescimento nos próximos trimestres. Esperamos aceleração da atividade no curto prazo.

Banco Central Europeu reduz as taxas básicas de juros em 0,25 p.p.

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu, de forma unânime, reduzir sua taxa de depósito em 0,25 p.p. (de 3,50% para 3,25%). Durante a coletiva de imprensa que sucedeu a decisão, a Presidente do BCE, Christine Lagarde, justificou o corte de juros com base em uma variedade de informações, destacando que a economia está em um processo de desinflação e que a atividade está fraca. Apesar da expectativa de recuperação gradual no mercado de trabalho e nas despesas das famílias, vemos riscos relevantes para o crescimento econômico, como a confiança dos consumidores deprimida e tensões comerciais globais. Lagarde não ofereceu orientações claras sobre os próximos passos de política monetária, mas indicou que outra redução de juros pode ocorrer em dezembro. Acreditamos que o BCE encerrará o processo de flexibilização monetária com a taxa de depósito em 2,25% até meados de 2025.

Enquanto isso, no Brasil...

Pacote de revisão de gastos no Brasil deve ser apresentado ainda este ano

O governo está preparando um pacote de medidas de revisão de gastos, que deverá ser apresentado ainda neste ano. Segundo informações divulgadas na imprensa, a revisão de gastos estudada envolveria mudanças em programas como seguro-desemprego, abono salarial, BPC/LOAS e benefícios temporários da previdência social. Também estaria no pacote o fim dos supersalários no setor público. Não há previsão de quando as medidas serão apresentadas, mas o governo pretende encaminhá-las ao Congresso após as eleições municipais. A revisão de despesas obrigatórias é fundamental para manter o limite de despesas do arcabouço fiscal, uma vez que o crescimento acelerado desses gastos acaba por reduzir o espaço para as despesas discricionárias de custeio e investimento, inviabilizando a manutenção da regra.

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O que esperar da semana que vem

A agenda internacional de indicadores está mais esvaziada por conta da semana do FMI – evento semestral em que o FMI e o Banco Mundial reúnem líderes globais, Ministros de Finanças, Presidentes de Bancos Centrais, investidores institucionais, acadêmicos e representantes do setor privado para discutir questões econômicas. O evento serve como um fórum para avaliar o impacto de políticas monetárias e fiscais no cenário global, e conta com a participação das principais instituições financeiras, incluindo a XP. Para além desse evento, a decisão de política monetária na China será anunciada no domingo, com expectativa de redução das taxas de juros de referência de 1 ano e de 5 anos em 0,20 p.p., para 3,15% e 3,65%, respectivamente. Ademais, as leituras preliminares das sondagens empresariais PMI de outubro serão publicadas em diversos países, incluindo Estados Unidos, Europa, Reino Unido, China e Japão – o índice PMI reflete uma pesquisa com empresários para entender as perspectivas das condições econômicas e de negócios nos países.

No Brasil, o protagonismo fica com a divulgação do IPCA-15 de outubro (5ª-feira). O índice de preços deve acelerar em relação a agosto em praticamente todas as categorias. Destacamos a alta nos preços de energia elétrica, refletindo a ativação da “bandeira vermelha 2” nas tarifas. Do lado dos preços de alimentos, destaque para o grupo de Carnes, que deve subir fortemente, refletindo sobretudo as cotações mais elevadas do boi gordo. Do lado baixista, passagens aéreas e ônibus urbano contribuirão para amenizar a elevação do indicador. Também estão previstos os dados de arrecadação tributária federal de setembro, ainda sem data de divulgação.

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