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Economia em Destaque: BC Europeu sobe juros após 11 anos

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

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Resumo

No cenário internacional, o destaque foi o primeiro aumento de juros pelo Banco Central Europeu desde 2011, o que o aproxima dos outros bancos centrais do mundo. Na zona do euro, a inflação está em nível recorde, e a guerra na Ucrânia ainda é fonte de incerteza.

No Brasil, o câmbio atingiu o patamar mais elevado desde janeiro, pressionado pelo risco fiscal e pela alta de juros nos EUA. A Petrobras reajustou para baixo o preço da gasolina, o que melhora a dinâmica da inflação de curto prazo.

Atualizações Covid-19 no Brasil

No Brasil, a média móvel de sete dias de novos casos caiu para 51,9 mil, enquanto a de óbitos permaneceu constante em 244. Ao todo, 84,8% da população brasileira já está vacinada com ao menos a primeira dose de imunizante contra a doença; 80,1% já tomou dose única ou duas doses e 53,0% já teve o reforço da vacinação.

Cenário internacional

Banco Central Europeu eleva juros pela primeira vez desde 2011

O Banco Central Europeu elevou as taxas de juros em 0,50 pp em resposta ao rápido aumento da inflação. A decisão aproxima o BCE de outros grandes bancos centrais, como o Fed e o Banco da Inglaterra, que vêm fazendo um aperto monetário em ritmo acelerado. A presidente do BCE, Christine Lagarde, declarou que a inflação deverá permanecer acima da meta por “algum tempo”, e os passos futuros da política monetária dependerão da evolução dos dados econômicos. O euro recuperou algum terreno em relação ao dólar americano após a decisão.

Além da alta de juros, o BCE anunciou um novo plano de compra de dívida das economias mais vulneráveis ​​da Europa, com o objetivo de reduzir o nervosismo nos mercados de títulos públicos e proteger a união monetária. O anúncio ajudou os juros dos títulos soberanos a cair marginalmente, apesar do aumento da taxa acima das expectativas.

A inflação ao consumidor nos 19 países que compartilham o euro subiu 8,6% em junho em relação ao ano anterior, marcando outro salto recorde após um aumento de 8,1% em maio e de 7,4% em abril.

Do lado da atividade econômica, diversos dados divulgados na semana já apontam sinais de desaceleração. Os índices de gerentes de compras (PMI) e a confiança do consumidor da zona do euro caíram, enquanto os preços ao produtor da Alemanha subiram fortemente em junho em relação ao ano anterior, impulsionados por preços de energia mais altos.

Rússia reativa gasoduto

A semana começou com incerteza relacionada ao funcionamento do gasoduto russo Nord Stream 1. O FMI divulgou um relatório no qual estimava perda de 1,5% no PIB alemão caso se concretizasse um corte total de oferta de gás russo para a Europa.

O funcionamento foi retomado, mas ainda existem muitas incertezas a respeito do fluxo de gás da Rússia para a Europa no curto prazo. A União Europeia propôs uma meta voluntária para que os países membros do bloco reduzam o consumo de gás em 15% até março de 2023.

Piora em dados de atividade nos EUA

A forte elevação das taxas de juros e dos preços de venda dos imóveis vêm pesando sobre a demanda das famílias: as vendas de moradias existentes nos Estados Unidos contraíram pelo quinto mês consecutivo, atingindo o menor patamar em dois anos, e o preço médio dos imóveis residenciais saltou 13,4% na comparação interanual, renovando a máxima histórica (US$ 416 mil). A taxa de juros média das hipotecas de 30 anos avançou para quase 6% em junho, muito acima dos 3,3% registrados no início do ano.

Do lado do emprego, os pedidos de auxílio desemprego nos EUA continuam a subir, sugerindo que o mercado de trabalho está perdendo força gradualmente, ainda que o nível de pedidos permaneça em níveis historicamente baixos.

Inflação no Reino Unido atinge nível mais alto em 40 anos

A inflação no Reino Unido atingiu seu nível mais alto em 40 anos em junho. Em doze meses, a inflação ao consumidor acumula alta de 9,4%. Estes dados reforçaram as apostas de que o Banco da Inglaterra (BoE) elevará em 0,5 pp na taxa básica de juros no próximo mês.

Do lado da atividade econômica, o emprego apresenta sinais de melhora, mas existem riscos relacionados aos salários, que subiram menos que a inflação. A queda nos salários reais – isto é, corrigidos pela inflação – do setor público (mais afetado que o setor privado) aponta para um risco crescente de que greves se espalhem durante o verão europeu. O Reino Unido já teve que enfrentar sua maior greve ferroviária em mais de 20 anos por causa de salários neste ano.

Negociações para garantir passagem segura de grãos na região afetada pelo conflito na Ucrânia

Segundo pessoas familiarizadas com as negociações lideradas pela ONU, a Ucrânia e a Rússia estão perto de chegar a um acordo para garantir a passagem segura de milhões de toneladas de grãos pelo Mar Negro, mas continuam em desacordo sobre como garantir a segurança dos portos e navios ao longo da rota crucial de exportação. O acordo de quatro partes, que também está sendo mediado pela Turquia, encerraria um bloqueio russo de meses aos portos do Mar Negro da Ucrânia, que cortou a rota de exportação de um dos principais produtores de grãos do mundo e ameaçou uma crise alimentar global.

Enquanto isso, no Brasil...

Petrobrás anuncia corte de preço da gasolina

A Petrobras anunciou um corte no preço da gasolina de R$ 0,20, de R$ 4,06 para R$ 3,86. Isto aproxima a gasolina de sua paridade internacional e pode reduzir o IPCA de agosto em até 0,17 pp. Por outro lado, analistas avaliam que ainda há espaço para um corte de R$ 0,26 no diesel, para que ele fique em linha com o preço internacional, o que gera pouco impacto direto no IPCA, cerca de 0,01 pp, mas um efeito indireto em outros preços, como a queda custos com fretes.

Câmbio atinge patamar mais alto desde janeiro

O real foi negociado acima de 5,50 reais por dólar pela primeira vez desde janeiro, refletindo riscos globais e domésticos. As taxas de juros futuras também estão em alta, em resposta ao aumento do risco fiscal de longo prazo criado pela emenda constitucional promulgada pelo Congresso que permite gastos sociais acima do teto.  Os resultados fiscais de curto prazo, no entanto, permanecem sólidos. A arrecadação de impostos em junho atingiu níveis recordes, refletindo a recuperação econômica, a melhora do mercado de trabalho e os altos preços das commodities.

O que esperar para semana que vem?

No cenário internacional, o destaque será política monetária nos EUA, com a decisão de juros e a inflação medida pelo deflator de dados pessoais. Além disso, o PIB dos EUA e da Zona do Euro do segundo trimestre e a prévia da inflação de junho da Zona do Euro serão os principais indicadores da semana.

No Brasil, os destaques serão a prévia da inflação (IPCA-15) e o IGP-M de julho, os dados de setor externo, resultados fiscais e dados de mercado de trabalho de junho.

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