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Tokenomics: Qual é o valor de um criptoativo?

Descubra agora como avaliar um criptoativo e como ele captura a eficiência gerada pelo seu projeto.

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Tokenomics é uma área dentro do universo cripto, onde é possível analisar quais são os princípios e modelos pelos quais os tokens sustentam o projeto. Neste artigo discutimos quais são os tipos de tokens e aspectos para observar, como i) Fornecimento, ii) Alocação e Distribuição, iii) Utilidade e, iv) Governança. O produto ou a solução em si é mais importante para atrair investidores no longo prazo, mesmo que tenha um bom design de token.

Antes de se investir em ações, que são “pedaços” de uma empresa, é necessário analisar diversos aspectos, como por exemplo, sua saúde financeira, produtos e serviços ofertados, mercado que ela se encontra, potencial de valorização, para assim chegar à conclusão se faz sentido ou não investir naquele ativo. Quando olhamos os criptoativos, este mesmo tipo de análise pode ser feito através do tokenomics.

Ele é uma combinação da palavra “token” e “economia”, que descreve os fatores que afetam o uso e o valor de um token, incluindo a oferta e demanda, seus mecanismos de incentivo, capitalização de mercado, entre outras características.

Os projetos de criptoativos, que usam a tecnologia blockchain para criar microeconomias, precisam elaborar um bom design de como os tokens irão funcionar em seu ecossistema para se tornarem autossustentáveis e atrativos.

Primeiro, o que são tokens e quais seus tipos?

Ainda hoje, há um certo desentendimento sobre quais termos são utilizados dentro do universo cripto e se tornou muito comum se deparar com “tokens”. De maneira geral, eles são a representação digital de um ativo, que se encontra numa rede blockchain.

Conforme a evolução do mercado, novos tipos de tokens foram criados, com diferentes propostas e que podem ser divididos nas seguintes categorias:

  • Tokens de Layer 1: Estes tokens são utilizados dentro do ecossistema das redes blockchains, para alimentar todos os serviços. Por exemplo, o Ether possibilita o funcionamento de várias aplicações que funcionam com base na rede Ethereum, assim como o SOL é para a Solana.
  • Tokens de utilidade: Eles possuem determinada utilidade, como troca por produtos, acesso a um serviço exclusivo ou benefícios. Esses tokens também podem ser utilizados como forma de pagamento na plataforma desenvolvida pela empresa emissora. Os Fan Tokens são exemplos de tokens de utilidade, dando aos seus detentores acesso a áreas VIPs, poder de voto em decisões do time, etc.
  • Tokens de governança: Oferecem direitos de governança, podendo contribuir diretamente no futuro e projetos de um determinado aplicativo descentralizado (dApp), protocolo, solução DeFi ou jogo. Uniswap e MakerDAO, são exemplos dessa categoria.
  • Tokens de securities: Eles representam algum valor mobiliário, como uma ação negociada na Bolsa de Valores. Dado que eles estão relacionados ao mercado tradicional, sua volatilidade é menor comparada aos outros tipos de tokens.
  • NFTs: Os Tokens não fungíveis, em tradução para o português, representam digitalmente qualquer coisa a partir da tecnologia blockchain que traz originalidade àquele ativo. Artes digitais e músicas são alguns dos mercados que estão explorando os NFTs.

O que é preciso analisar?

Agora que já sabemos o que são tokens e suas categorias, o que devemos analisar num projeto de cripto sob a perspectiva do tokenomics? Veja alguns dos aspectos que são importantes para observar:

Fornecimento do token

A oferta e a demanda são os principais fatores que afetam o preço de qualquer bem ou serviço e isso também vale para os criptoativos. Existem três tipos de métricas que medem o fornecimento de um token.

A primeira seria o fornecimento total que se refere ao número total de tokens que já foram criados, excluindo aqueles que foram queimados.

O fornecimento circulante que expõe a quantidade de tokens que foram emitidos até o momento presente e estão disponíveis no mercado.

E por fim, o suprimento máximo que é o número máximo de tokens que serão criados.

A fim de ilustrar diferentes tipos de fornecimento, o Bitcoin (BTC), tem um suprimento máximo de 21 milhões de moedas e espera-se que a última seja criada por volta do ano 2140. A Solana (SOL), por outro lado, não tem um suprimento máximo e existem aproximadamente 350 milhões em circulação.

Assim como o Bitcoin, a maioria dos projetos de NFTs também restringem o número de tokens a serem criados. A coleção Bored Ape Yacht Club tem um total de 9.999 NFTs o que traz impactos nos preços pela sua raridade e exclusividade.

Alocação e distribuição

Alocação é a dinâmica de como os tokens podem ser ganhos, comprados ou reservados para um determinado investidor, equipe, grupo, ou entidade relacionada. Atualmente é comum estabelecerem um período lock up e vesting para os investidores de Venture Capital ou desenvolvedores, a fim de proteger e garantir a sustentabilidade do projeto.  Abaixo temos exemplos de alocações entre os participantes de alguns protocolos:

Já a sua distribuição para os usuários e outros investidores podem ser feitas de diversas formas, incentivando o uso e compra do token. Os protocolos podem recompensam validadores (stakers), ou mineradores, por ajudarem na segurança e validação de blocos, por exemplo. Outros tokens são distribuídos aos usuários por meio de determinadas ações e comportamentos.

Utilidade

Ao considerar o lado da demanda, o elemento de utilidade pode ser o mais crucial e que cumpre diferentes propósitos dentro de um protocolo. Afinal, a demanda retrata quantos usuários desejam comprar um token, e a utilidade dele pode conduzir exatamente a isso. Um projeto que agrega valor ao mundo real com uma comunidade leal e envolvente, através de seu token, é atrativo para desenvolver e investir.

Governança

A governança desempenha um papel importante quando se trata de tokenomics. Apesar de oferecer muita utilidade e impulsionar a demanda por um token, sendo transparente e saudável, há muitos outros aspectos para serem considerados. 

Há valor em ter um token que possa ser usado para controlar o protocolo e oferecer segurança à comunidade. Por exemplo, se uma pessoa ou grupo mal-intencionado quiser votar em algo que está destruindo o valor do projeto, ele consequentemente destruiria seu próprio capital no processo. Este envolvimento é feito por meio das chamadas Organizações Autônomas Descentralizadas (“DAOs”).

Considerando a descentralização, é vital entender quanto poder de voto é detido pela equipe versus quanto é detido pelo mercado. Projetos que concentram muito poder nas mãos de uma equipe criam um ambiente desfavorável apesar de adotar um modelo DAO.

Considerações

A compreensão adequada do tokenomics fornece habilidades de como avaliar um projeto de criptoativos. Com diversas ferramentas e até mesmo o whitepaper, que é documento oficial produzido pelos criadores e desenvolvedores, você pode obter uma visão clara de todas suas características, incluindo da oferta e demanda dos tokens.  

Vale destacar que não existe um modelo único que dará certo para qualquer tipo de projeto e mesmo que exista um bom design de token, o produto ou a solução em si deve ser eficiente e atrair investidores.

Tokenomics é uma área dentro do criptoespaço, onde os princípios e modelos pelos quais tokens sustentam os projetos estão no início da experimentação com o que funciona ou não.  

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